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Entrevista: Filipe Chambón, fã de CH e colecionador

Um fã que não hesita em fazer de tudo para realizar seus sonhos. É assim que talvez possamos definir o catarinense Filipe Heil, mais conhecido no meio CH como Filipe Chambón. Dono de uma das maiores coleções de produtos relacionados a CH, Filipe conta em entrevista ao Blog do Fórum Chaves como começou sua paixão pelas séries de Chespirito, como se tornou um colecionador e como viu de perto todos os atores de Chaves, até mesmo o próprio Roberto Gómez Bolaños, de quem esteve muito próximo em 2012. Confira:

 

Filipe e parte de sua coleção

Pra começar o nosso papo, eu gostaria que você se apresentasse aos leitores do Fórum Chaves.
Então, sou o Filipe Heil, mas me conhecem como Filipe Chambón, ou só Chambón, ou qualquer outra coisa…

Sabe nos relatar como foi o seu primeiro contato com Chaves e Chapolin?
Ao certo não sei dizer, acho difícil que alguém lembre, só se foi depois que já se tornou “adúltero”, mas o meu creio que foi desde que me conheço por gente. Minha mãe trabalhava o dia todo e eu depois da creche ia pra casa dos meus avós, isso desde cedo, meu avô me buscava na creche por volta do meio dia, eu chegava em casa, ligava a TV e lá já estava passando Chaves e Chapolin. Então creio que eu nasci vendo Chaves!

Quando você percebeu que sua paixão por Chaves e Chapolin iria acompanhá-lo por toda a vida?
Isso eu tenho quase certeza que foi a partir de 2006, que foi quando tive acesso a internet pela primeira vez. Comprei um computador com o dinheiro que tinha guardado, quando coloquei internet nele a primeira coisa que fiz foi abrir o navegador e procurar “Chaves” e então comecei a ler tudo que encontrava sobre as séries e vida pessoal dos atores, comecei a entender como foram as coisas, e não parei. Acho que ali eu não tinha certeza que isso seria levado pra vida toda, mas foi o momento que se transformou em paixão algo que era apenas uma diversão, então pode se dizer que começou por aí.

O primeiro item de sua coleção

E em que momento você se transformou em um colecionador?
Em 2006 também, com o acesso a internet consegui encontrar produtos, e saber o que era e tinha sido lançado no Brasil e no mundo. Mas como disse sobre eu assistir Chaves desde que me conheço por gente tinha mais uma coisa, eu já tinha uma VHS do Chaves antes mesmo de eu nascer, meu vô gastava muito dinheiro em remédio, e uma farmácia aqui da região (acho que seja da região) tinha uma espécie de promoção, que comprando tantos reais em remédios ganhava fitas VHS, de filmes, desenhos, séries, e se não me engano era à escolha do cliente, meu avô quando soube que minha mãe estava grávida resolveu pegar a do Chaves, e pode se dizer que esse foi meu primeiro item de colecionador antes mesmo de saber do que se tratava, e tenho essa VHS guardada até hoje.

Com mais uma parte da coleção

Qual o tamanho da sua coleção atualmente?
Estava contando ontem, e DVD’s oficiais, no caso, os originais lançados tantos no Brasil como no México já são mais de 150, e mais uns 250 gravados por mim mesmo da TV, livros são 10, bonecos mais 120 se não me engano, discos e Singles são por volta de 20, gibis por volta dos 50, e por aí vai.

Além desses itens, que tipo de objetos considerados mais ‘incomuns’ você costuma colecionar?
Isso eu nunca mostrei pra ninguém, mas coleciono até as embalagens dos bonecos, a parte em branca das figurinhas dos álbuns, no caso, a parte de trás da figurinha. Coleciono até isso, no momento de incomum o que lembro é isso, mas deve ter mais algumas coisas.

De qual série ou personagem você possui mais material?
Série é do Chaves, disparado, uma porque também é o que se encontra mais fácil… E personagens também em primeiro lugar o Chaves, depois Quico e depois Seu Madruga.

Qual o primeiro item que você mesmo adquiriu?
Comecei com uns DVD’s falsificados da Amazonas Filmes em 2006 se não me engano, minha mãe me proibia de comprar os originais pois eram muito caros, mais de R$ 100,00 aqui na minha cidade, e ela falava que era dinheiro jogado fora por uma coisa que quando eu ficasse mais velho eu jogaria fora. Mais pra frente me resolvi, joguei todos no lixo e comecei a comprar os originais sem ela saber, e quando ela notou já era tarde, a coleção já era de certa forma “grande”.

Como você lida com essa inibição com o fato de você ser um ‘homem crescido’ e fã de CH?
Bom, as vezes isso é meio complicado, mas quando eu era mais novo era pior, mesmo sendo novo as pessoas achavam estranho, fora do comum como alguém poderia ser fã de Chaves, ao meu ver, do ponto de vista deles parecia algo impossível. Mas como eu já disse diversas vezes, eu sendo fã de Chaves ou de qualquer outra coisa não me faz assinar nenhum termo de responsabilidade que me impede de PENSAR e ter minhas opiniões perante a assuntos sérios da sociedade. Ser fã de Chaves, desenhos, seja lá do que for, não te deixa melhor nem pior que ninguém, as pessoas tem que parar com esse tipo de preconceito ridículo e aceitar, se aquilo te faz bem, porque criticarem?

Qual item você considera o mais raro da sua coleção?
Pra quem é colecionador considero minha lancheira de 1979 do Chapulín Colorado.

E o item mais valioso para você?
Autógrafo de Chespirito, sem dúvida alguma, e sem precisar pensar duas vezes, e que não há dinheiro no mundo que pague.

Existe algum item que você passou um tempão atrás até consegui-lo para a sua coleção?
Muitissississíssimos! A lancheira que citei foi um, por ser muito cara e difícil de achá-la em bom estado de conservação, uma mini fita K7 do Quico, e diversas outras coisas que agora não me vêm na memória, mas como eu disse, são muitas.

E quais aqueles que, apesar de você estar atrás há muito tempo, ainda não conseguiu?
Os comics mexicanos e a lancheira do Chaves, ambos até são encontrados à venda, mas pedem valores absurdos! Pra mim colecionar é uma paixão, e não me importo em gastar dinheiro com isso, só acho que há pessoas que exploram demais, e não compro para não ajudar esse tipo de gente, prefiro esperar até que uma simples camponesa de nobre coração que vai todos os dias ao bosque recolher lenha venda em um preço melhor.

Além de CH, há alguma outra paixão que te faça colecionar e acompanhar com tanta intensidade?
De ser fã mesmo, de dedicar 50% da vida não, é apenas CH mesmo, mas tenho uma banda de rock nacional que tenho muita admiração, sempre que posso compareço nos shows e tudo mais, mas não se compara ao que sou com CH. CH é minha vida, pode se dizer assim.

Você é casado, namora, tem um relacionamento com alguém? Como essa pessoa vê a sua dedicação a CH?
Namorei dois anos, mas terminamos há pouco tempo, e tive muita sorte com essa minha namorada, acredito eu que ela, como me falava, gostava de Chaves. Mas naquele jeito que todos gostam, só assistem por assistir, e algumas vezes ela assistia comigo, e não se importava por eu ser fã, até me apoiava, e muito. Lembro que no ano passado quando eu venci o concurso pra ir para a homenagem “América Celebra a Chespirito” com tudo pago pela Televisa ela foi quem mais me apoiou quando logo em seguida me tiraram o prêmio por eu não ter 18 anos e isso segundo as regras impediria de receber o prêmio, a viagem no caso. Faltavam menos de 10 dias pra homenagem, eu não tinha nem passaporte, e era menor de idade, era muita coisa pra resolver em cima da hora e conseguir viajar por conta própria já que eu nunca havia saído do país, e ela me apoiou em tentar o passaporte de emergência, e apoiou até o ultimo minuto e isso foi algo que me deu ainda mais força pra correr atrás e no final dar tudo certo, conseguir ir pra homenagem.

Com Maria Antonieta de las Nieves

Além de colecionador de itens, você é um colecionador de momentos imparem para um fã de CH, dentre esses momentos em que teve oportunidade de conhecer os atores dos seriados, por exemplo. Qual você classifica como o mais inesquecível?
É dificil, hein… Todos são únicos e sem explicação, vivi muita coisa boa relacionada a CH em muito pouco tempo, é tudo mágico, fico sem palavras pra descrever, porque até hoje eu ainda não consigo acreditar. Conheci Edgar Vivar e Carlos Villagrán em 2010, e quem diria, virei amigo do Senhor Barriga e nos encontramos mais algumas vezes depois, ele é uma pessoa incrível, além de um dos meus grandes ídolos é uma pessoa fora do comum, humilde, atencioso, e como o próprio Senhor Barriga, tem um coração tão grande que não lhe cabe no peito e desce para a barriga. Conheci também a Chiquinha no Programa do Ratinho em 2011. Creio que dos fãs de verdade eu fui o único privilegiado que conseguiu dar um abraço nela, entregar uma boneca e tirar uma foto. Outro momento lindo, e em 2012 o que citei na pergunta anterior, ter participado do “América Celebra a Chespirito” lá vi quatro atores CH unidos pela primeira vez na minha frente, e vi também pela primeira vez Rubén Aguirre, que tive a oportunidade de lhe dar um aperto de mão e tirar uma foto, conseguir trocar umas palavrinhas com a Velha Coroca do 14. Alem de que, ver Chespirito a poucos metros de mim, sem poder abraçá-lo ou cumprimentá-lo, mas tive a honra de vê-lo, coisa que nem todo fã tem oportunidade, e me sinto honrado por isso, por ter aproveitado ao máximo os momentos especiais relacionados a CH que tive até então, mas falta o mais importante, abraçar Chespirito.

Com Edgar Vivar

O que as séries de Chespirito representam na sua vida?
Essa resposta superaria todas as outras, seria maior ainda, dava pra fazer um livro! Mas vou resumir de uma forma rápida. É algo muito bom na minha vida, acredito que graças a genialidade de Chespirito eu posso dizer que sou mais feliz do que eu deveria ser, nem todos conseguem notar isso, mas Chaves é mais que apenas um programa de humor. Tem uma mensagem muito bonita por trás disso tudo e quem consegue notar isso acaba virando fã, porque é algo profundo, é algo lindo, melhor dizendo. Um menino de rua, sem brinquedos e que passa fome consegue ser feliz com poucos amigos ainda que tenham suas diferenças, e é muito otimista acima de tudo. E o Chapolin? A frase que o próprio Chespirito sempre usa: “herói não é aquele que tem poderes extraordinários e sim aquele ser humano que vence o medo e enfrenta os problemas”, isso já serve pra motivar a vida, que prova que somos capazes de conseguir o que queremos, basta acreditar que sim, enfrentar os obstáculos, e seguir firme! Espero ter resumido de uma forma clara, porque é mais ou menos isso.

E para finalizar, que mensagem você deixaria para os grandes fãs de Chaves e Chapolin?
Que me paguem o aluguel! Digo… Bom, o que tenho pra dizer, fica aos mais novos fãs então, no caso as crianças que serão o futuro da pátria. Que lutem pelos seus sonhos, é a frase que eu mais falo para as pessoas, seja lá qual seja esse sonho, meus maiores sonhos e únicos talvez eram todos relacionados à CH, ainda não realizei todos como já disse, ainda me falta abraçar Chespirito, e pretendo lutar por isso ainda. Então, se vocês têm um sonho, seja ele qual for, relacionado a CH ou não, corram atrás, mesmo que muitos digam que é impossível, que não vale a pena, que você não vai conseguir, corram atrás, de braços cruzados ninguém conquistou nada na vida, e eu pra conquistar todos esses momentos especiais que consegui ao lado de meus ídolos tive que me esforçar muito. E sabem de uma coisa? VALEU MUITO A PENA CADA SEGUNDO!

Discuta este assunto com outros fãs no tópico no Fórum Chaves!

Entrevista por: Giovani Chambón

3 Responses to Entrevista: Filipe Chambón, fã de CH e colecionador

  1. Pedro disse:

    “Isso eu nunca mostrei pra ninguém, mas coleciono até as embalagens dos bonecos, a parte em branca das figurinhas dos álbuns, no caso, a parte de trás da figurinha. Coleciono até isso, no momento de incomum o que lembro é isso, mas deve ter mais algumas coisas.”

    Pra que colecionar essas porcarias? Colecionar bonecos, dvds e tal é ótimo, mas colecionar o papel de tras da figurinha é doença…na moral…

  2. Walter disse:

    Filipe….parabéns pela sua coleção cara! Fiquei com mt inveja pois amo mt chaves! rssss

    sou colecionador de action figures e adorei sua coleção de bonecos!

    so que infelizmente tem gente inbecil que fica com raiva e ao invés de reconhecer o esforço de quem corre atras de sua coleção, vem aqui falar mal……é foda

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