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Florinda Meza diz que Ramón Valdés, o Seu Madruga, tinha problemas com o álcool

Reprodução/Univision

Reprodução/Univision

Em entrevista à rede hispânica Univision, dos Estados Unidos, a atriz Florinda Meza disse que Ramón Valdés, o Seu Madruga, teve problemas com álcool. A declaração se soma àquelas dadas ao Programa do Gugu, em março, quando a intérprete da Dona Florinda afirmou que Ramón usava drogas.

Florinda, contudo, não falou de outras drogas durante a entrevista ao jornalista Gustavo Infante, do programa El Gordo y la Flaca. Ela se referiu apenas à bebida.

“O que mais danificou… Nesse caso, seu fígado, ou as duas coisas o prejudicaram. Você sabe que o álcool em excesso cria cirrose e problemas hepáticos. Ele tinha problemas com o fígado, o pâncreas”, disse a atriz.

Meza salientou que os supostos problemas de Ramón com a bebida nunca dificultaram as gravações das séries “Chaves” e “Chapolin”.

“Ramón queria tanto a Roberto, o respeitava tanto, que nunca, nunca falhou com o programa. Soube controlar até algo muito difícil como álcool, porque veja que é difícil controlar o álcool. Nunca paramos porque Ramón chegou em mau estado ou porque faltou à gravação”, afirmou.

A família de Ramón Valdés, no entanto, havia negado que o intérprete do Seu Madruga tivesse problemas com a bebida. Em entrevista ao Ventaneando, da TV Azteca, seu filho Esteban afirmou que o ator não sofria de alcoolismo.

“Ele não tinha nenhum problema de alcoolismo crônico como menciona essa senhora [Florinda]. Sim, ele bebia. Mas não era diário”, contou.

Confira a entrevista de Florinda Meza:

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Texto: Antonio Felipe

Roberto Gómez Fernández pede respeito à memória de Ramón Valdés

Roberto Gómez Fernández (foto: divulgação)

Roberto Gómez Fernández (foto: divulgação)

O produtor Roberto Gómez Fernández pediu respeito à memória de Ramón Valdés, assim como para toda a sua família, e desejou que o ator seja lembrado com amor pelo legado que deixou.

O filho de Chespirito não pretende entrar na polêmica após as recentes declarações que fez Florinda Meza ao Programa do Gugu, afirmando que o Seu Madruga teve problemas com drogas.

Fernández pediu para se respeitar a memória do ator, que por anos trabalhou com Roberto Gómez Bolaños no seriado “Chaves”.

“Essa situação não é algo que eu desejo opinar, mas quero que Ramón, assim como toda a sua família, sejam lembrados com todo o carinho do mundo”, disse o produtor, após acrescentar que Ramón foi um dos comediantes preferidos de seu pai.

“Meu pai adorava trabalhar com ele e creio que há que lembrá-lo com amor. É o que deve ficar por respeito à sua família, disse Fernández, que teve a oportunidade de conviver com o comediante, falecido em 1988.

Ele afirmou que lembra de Valdés como uma pessoa graciosa, alegre, dentro e fora do set. Além disso, “que eu saiba, nunca teve problemas com drogas”.

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Texto: Notimex, traduzido por Antonio Felipe

Filhos de Ramón Valdés estudam processar Florinda Meza

A polêmica envolvendo as declarações de Florinda Meza sobre Ramón Valdés continua. Em entrevista ao programa Ventaneando, da TV Azteca, os filhos do intérprete do Seu Madruga dizem que estudam processar a eterna Dona Florinda, após ela dizer ao Programa do Gugu que Ramón usava drogas.

“Agora creio que não falaremos desse tema, mas sim, estamos checando”, disse Araceli Valdés, uma das filhas do ator. “Não te digo que não. Deixamos pendente, mas se é necessário e se aplica, então provavelmente sim”, disse Esteban Valdés sobre um processo para que Florinda se retrate das declarações.

Na entrevista, Araceli destacou que, se Ramón usasse drogas, não poderia trabalhar no ritmo em que aconteciam as gravações dos seriados Chaves e Chapolin.

“Meu pai trabalhava três, quatro vezes por semana, eram gravações de oito horas. Então, eu creio que uma pessoa drogada não poderia fazer esse trabalho”, afirmou. Ela complementou dizendo que, se Ramón fosse a pessoa que Florinda descreveu “de forma obviamente mentirosa”, Roberto Gómez Bolaños o teria despedido.

A filha do ator também se disse preocupada com o impacto disso junto às crianças que são fãs das séries: “E as crianças, por exemplo, que seguem o programa? ‘Ah, então sou fã de um drogado?’ Então isso é algo que também me passou pela mente”, expressou.

Para Gabriela Valdés, outra filha do Seu Madruga, essa foi “a pior bofetada que [Florinda] poderia ter dado em meu pai”. Esteban complementou: “Eu não sei o que há em seu coração, não posso dizer quais os motivos que ela tenha para dizer algo assim tão sério e tão grave”.

Confira mais na entrevista:

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Texto: Antonio Felipe

Carlos Villagrán diz que Ramón Valdés não usava drogas

kiko-fortalezaCarlos Villagrán, o Kiko, volta nos próximos dias à Bolívia, onde fará uma série de shows na cidade de Santa Cruz de la Sierra.

Antes de embarcar no avião que o levará à Bolivia, o ator falou ao jornal El Deber sobre suas lembranças do país, sobre a carreira e ainda negou que Ramón Valdés, o Seu Madruga, usasse drogas.

O que você lembra da cidade?
Tenho tudo na memória, porque na última vez que fui havia muita gente bonita e vegetação.. esse verde na cidade. Me surpreendeu. Também lembro que havia muita gente andando de bicicleta.

Você vem com um show que soa como uma despedida e as pessoas querem te convidar para comer e beber…
Afortunadamente como de tudo. A comida me fascina! É uma das coisas mais sobressaem da minha personalidade. Desfrutei das comidas da Argentina, Peru, Chile…

Aqui comerá um majao [prato típico da Bolívia]…
Sim! Lembro do majao de Santa Cruz de la Sierra… Colocam banana frita, não?

Sim. O que você nos traz?
Levo alegria através das coisas que o Kiko faz. Levo o Kiko eterno, o que todo mundo quer ver e vê-lo cara a cara não é o mesmo que na TV. Kiko não sabe fazer nada, só arrancar risadas do público. Estou exageradamente agradecido com Santa Cruz. É extraordinário! E minha experiência com vocês ficará marcada no livro que estou fazendo.

Qual é seu segredo para se manter vigente?
É um favor de Deus. Tenho 72 anos e as pessoas me dizem que não pareço dessa idade. Quando vou ao palco é exatamente o mesmo Kiko. Não posso iludir as pessoas, devo atuar com a idade do Kiko. Saio para correr, faço exercícios, tomo vitaminas, quase nunca fico doente… Tenho a sorte de que as pessoas gostem do personagem.

Como fará para se desprender de um personagem tão querido como Kiko?
É um pouco difícil, porque todos temos uma criança interior e fiz tantas vezes esse personagem que sou um menino com um adulto dentro. Estou tão cheio de lembranças e de tantas coisas que a vida me presentou através do púbico, que ao deixar o Kiko nem sequer vou sentir algo. Viverei com minhas lembranças.

Kiko lhe deu a possibilidade de viver comodamente durante todo esse tempo?
Sim, mas tampouco sou milionário. Vivo bem, mas minha vida é comum e corrente, não há nada extraordinário.

Recentemente Florinda Meza disse que Ramón Valdés usou drogas. O que você opina? É verdade?
É deplorável o que ela disse, porque está falando de uma pessoa morta que não pode se defender, independentemente de qualquer assunto que seja. Não sei qual foi o motivo, a causa, a razão ou a circunstância que a levou a dizer uma barbaridade tão grande, tendo sido companheiro do programa. Não entendo. Ela tem a culpa do que diz. São suas palavras e deve responder por isso, não Ramón Valdés, que já está debaixo da terra. A mim me consta [que ele não usou drogas] porque fui seu melhor amigo. Que bem que me pergunte, porque muita gente perguntou… e posso dizer que tudo o que Florinda Meza disse é mentira. Não sei o que a obrigou [a dizer isso], porque não convivo com ela e estou surpreso com essa declaração.

Como é sua relação com Florinda Meza?
A verdade é que faz… Faz 35 anos que não tenho nenhuma relação com ela.

Haverá reconciliação?
Não sei, não creio, talvez pelo tempo. Não quero mentir ao meu público porque graças a eles eu como e meus filhos comem. E façam o favor de me ver. Não haverá reconciliação, já passou muito tempo. Há atores que já não estão conosco, como a Bruxa, Godinez, Jaiminho, Roberto… A reconciliação nem sequer foi considerada, e para quê? Quando Roberto Gómez Bolaños decidiu que todos os personagens seriam seus, surgiu uma inconformidade em todo o grupo e prova disso está quando me tiraram do programa e depois ao Seu Madruga. Se tirava o Kiko e Seu Madruga, Dona Florinda ficava sem filho e sem ninguém a quem bater. Sem Seu Madruga, tudo vinha abaixo. A Bruxa ficava sem uma razão de viver na vila e o Senhor Barriga não tinha a quem cobrar o aluguel. O Chaves ficava desprotegido e a Chiquinha, órfã. Tudo se desintegrou pela ambição de Roberto. Ele nos tirou os personagens e se adonou de tudo. Hoje ninguém recebe nem cinco centavos do que o programa gera.

Mas o programa pregava a boa vizinhança…
Não tenho ódio nem rancor, simplesmente que na mesma vida se geram essas coisas. É muito difícil nos juntarmos todos, a vida nos separou e agora cada um tem que trabalhar por conta própria. Com Maria Antonieta jantei outra vez e também falei com o Senhor Barriga em seu aniversário.

28 de novembro de 2014, o que diz?
É a morte de Roberto. Lembrarei dele como amigo, companheiro, mestre. Foi tanto tempo que fizemos o programa e compartilhamos risadas na hora de comer, ou a passamos de maneira genial em todas as reuniões.

Quico ou Kiko, como prefere seu nome?
Me tiraram do programa e passei a usar Kiko, com K, é igual. As bochechas são iguais, o personagem é o mesmo.

O governo mexicano prendeu “El Chapo” Guzmán, mas seu país segue vivendo dias terríveis…
Fiquei feliz que tenham prendido “El Chapo” Guzmán. Se Kate del Castillo está envolvida nesse tema, pois tem que responder por isso, ela é responsável por tudo o que diz ante à imprensa…

Que lhe parece o presidente Evo Morales?
É um presidente que reivindicou os direitos dos indígenas e eu estou a favor do indigenismo. Parece-me bem.

No entanto um referendo não permitiu sua reeleição e os analistas dizem que o socialismo já não funciona na América Latina.
É que nunca funcionou como tal. Por exemplo, todos esperamos que melhorem as relações entre Cuba e Estados Unidos.

Você tem seis filhos. Algum deles seguirá seus passos?
Vou te contar algo: eu queria ser jogador de futebol e a segunda opção era ser comediante. Virei ator porque era mais fácil. Quando aparece Carlos Villagrán como ator e depois desaparece, se você busca, não vai encontrar outro nem antes, nem depois. Não tem nem antecessor, nem sucessor, aparece e desaparece. Será decisão de cada um deles, mas meus filhos já são muito grandes.

Sonhou em deixar um museu sobre sua vida?
Não sou vaidoso para isso.

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Texto: El Deber, traduzido por Antonio Felipe

Saiba tudo sobre a polêmica envolvendo Florinda Meza e Ramón Valdés

ramon-florindaAntes mesmo de ir ao ar, a entrevista de Florinda Meza, a Dona Florinda, para o Programa do Gugu, na Rede Record, já vinha causando polêmica. Na segunda-feira (14), foi divulgado que a atriz afirmara a Gugu Liberato que Ramón Valdés, o Seu Madruga, teve problemas com drogas.

“Ele era o único que teve problemas com drogas”, disse Florinda, repetindo algo que ela e seu falecido marido, Roberto Gómez Bolaños, haviam dito durante uma twitcam para fãs, em 2012.

Logo a declaração ganhou repercussão nas redes sociais, onde Florinda começou a ser atacada por fãs e até mesmo por uma neta de Ramón Valdés, Mariana Vantolra:

“Don Ramón é o melhor avô da história, inventam fofocas pela inveja de que ele sim triunfou pelo talento que tinha”, disse Mariana no Twitter. Em seguida, ela fez outro comentário, apagado logo depois: “Florinda Meza, meu avô drogadinho? Já recordo que você queria invadir os casamentos de todos”.

Na quarta-feira (16), antes da entrevista ser exibida, Florinda Meza usou seu Twitter para pedir desculpas pelas declarações sobre Ramón, ressaltando que ele era um “grande amigo” e o “comediante favorito de Roberto”:

“Quero esclarecer que jamais pretendi manchar a imagem de meu querido Ramón Valdés. Ele era um comediante talentoso e um grande ser humano. Ramón era um grande amigo meu e de Roberto, era seu comediante favorito. Era um cavalheiro e sempre cumpriu seu trabalho maravilhosamente.

Perguntaram-me porque morreu tão jovem. Talvez não deveria responder a isso, pois não me correspondia. Mas o importante, se virem a entrevista completa, é tudo de bom que também disse sobre ele, que foi muito.

No entanto, peço desculpas de coração aos seus familiares e aos que o amam, se com minhas palavras ofendi sua memória. Não foi minha intenção. O bonito da vizinhança do Chaves é que éramos uma família e não há família perfeita. Todos tínhamos defeitos, falhas, maus momentos.

Mas ainda assim, sempre houve carinho, trabalhávamos em harmonia e vivemos belos momentos. Por isso duramos tantos anos como uma equipe.”

Apesar disso, outros familiares negaram à imprensa que Ramón Valdés fosse usuário de drogas. Em entrevista ao programa Ventenando, a TV Azteca, Esteban Valdés, filho do ator, disse que Florinda sabia “o erro que tinha cometido”:

“Somos dez filhos de meu pai e a maneira de resumir nosso sentimento é que foi injusto. Não sei se comparar com as bofetadas, com o que expressou sem pensar, meu pai não está aqui para se defender e é injusto o que ela disse. Sim, causou um dano, no entanto não queremos estar na polêmica. Ela sabe o erro que cometeu, os fãs já falaram mais do que sentimos, é a decisão das pessoas que amam meu pai”.

Em relação ao pedido de desculpas de Florinda, Esteban afirmou que gostaria que ela se retratasse: “agradecemos as desculpas, mas teria que ver se ela está disposta a se retratar”.

“Não sabemos se meu pai usava drogas. Ele foi diagnosticado com câncer no estômago e lhe davam uns anos de vida, mas seguiu por três anos e meio mais. Gostava de tomar suas bebidas, mas tinha que evitá-las”, concluiu.

Um dos irmãos de Ramón, Antonio Valdés, fez duros ataques a Florinda. Também falando ao Ventaneando, ele disse que a atriz busca apenas publicidade.

“Que Florinda Meza converse com o diabo, porque a verdade é que o diabo a está esperando. O que ela busca é publicidade, pobre senhora. Deus a ajude a encontrar algo que resolva sua solidão”, disparou Antonio.

Ele também disse que Ramón apenas consumia cigarros e bebidas: “Deveríamos estar muito enojados. Não, nós sabemos que é mentira. Ramón fumava, bebia álcool, obviamente era muito feliz”.

Após essas polêmicas, Florinda Meza não fez mais declarações. No Twitter, seu último post foi no dia 20 de março. Em resposta aos ataques, fãs da atriz lançaram uma tag de apoio à intérprete da Dona Florinda, “Estamos Contigo Florinda”.

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Texto: Antonio Felipe

Morre o ator Germán Robles, que interpretou o primo do Seu Madruga

german-roblesMorreu este sábado (21) o veterano ator Germán Robles. De enorme carreira no teatro e cinema mexicanos, Robles participou do episódio “O Primo do Seu Madruga”, em 1975, interpretando o Seu Madroga.

Robles tinha 86 anos e estava internado há vários dias com peritonite. Ele também sofria de DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica). A morte do ator foi informada por sua esposa, Ana María Vázquez, pelo Twitter na manhã de hoje.

Nascido em Gijón, na Espanha, em 20 de março de 1929, Robles teve marcante carreira no cinema e no teatro do México, principalmente em filmes de terror. Nas novelas, pode ser visto no Brasil em “Amigos para Sempre” e “Serafim”. Também atuou como dublador, onde fez vozes como de Anton Ego, em Ratatouille, e Davy Jones em Piratas do Caribe. Ao todo, fez mais de 90 filmes, 600 teleteatros e 30 novelas.

Há alguns dias, depois de vários anos sem aparecer em público, Robles esteve na inauguração de um estúdio no México, com o seu nome.

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Texto: Antonio Felipe

Fórum Chaves entrevista Carlos Seidl, dublador do Seu Madruga

Se o Seu Madruga é tão amado no Brasil, muito disso se deve a uma pessoa: Carlos Seidl. O dublador carioca foi a voz dos personagens de Ramón Valdés por 28 anos, tendo atuado nas séries clássicas na Maga, nos DVDs da Amazonas Filmes e no Chaves Animado. Até hoje, ele é celebrado pelos fãs que amam Madruguinha e, nos eventos CH, é sempre um dos mais requisitados. Para comemorar os 90 anos de nascimento de Ramón Valdés, o Fórum Chaves entrevistou com exclusividade Carlos Seidl, que falou um pouco de sua relação com o personagem:

Como o personagem Seu Madruga chegou até o senhor?
Eu trabalhava no estúdio de dublagem do SBT e o diretor Marcelo Gastaldi me chamou para dublar o personagem Don Ramon no “piloto” de uma série nova que a emissora havia comprado do México. Quando a série foi aprovada, o Marcelo adaptou os nomes de alguns personagens, como a Chilindrina que virou Chiquinha e Don Ramon que virou Seu Madruga.

Qual foi sua primeira impressão do personagem, no começo da dublagem?
A série, para quem via pela primeira vez, parecia muito tosca perto dos padrões das nossas novelas e programas, porém logo percebemos na ingenuidade das personagens um diferencial de nossos programas e o talento de Ramón Valdés para o humor já havia sido alertado pelo Marcelo quando deu as diretrizes do personagem. Procurei captar seu tipo de humor e reproduzi-lo à minha maneira, da melhor forma possível.

O que o senhor destacaria na atuação de Ramón Valdés? 
O seu tempo de comédia, que é fantástico. Ele sabia tirar proveito de todas as situações e usou e abusou de seu carisma pessoal e de suas expressões fortes.

Tem algum episódio ou momento marcante de “Chaves” ou do personagem Seu Madruga na série, para o senhor?
Todos os bordões foram muito bem adaptados e sempre funcionam, tanto que sempre que surge alguma brincadeira entre pessoas que assistem a série, eles são citados. Alguns episódios como o de Acapulco são mais lembrados. Para mim, os episódios em que o Seu Madruga está nos studios de Hollywood e fala dos filmes antigos e de velhos atores é muito emocionante, pena que quase não passam esses episódios.

Quase todos os fãs apontam o Seu Madruga como personagem preferido em “Chaves”. A que o senhor atribui essa idolatria do público para com o Seu Madruga?
Dentro da série, sem dúvida é o mais carismático, não só pelo personagem em si, que provoca uma certa solidariedade porque está sempre tentando fazer o melhor, nem sempre da melhor maneira e acaba se dando mal, está sempre apanhando da dona Florinda, mas pelo carisma do próprio ator.

O senhor é sempre uma das presenças mais celebradas em eventos que reúnem dubladores. Como o senhor se sente hoje, tão celebrado pelos fãs, por ser o dublador do Seu Madruga?
É muito gratificante sem contar que é uma surpresa ter esse reconhecimento tantos anos depois de ter realizado esse trabalho. É sem dúvida fruto da comunicação entre as pessoas através da internet.

Em 2012, quando o SBT adquiriu o novo lote de episódios de Chaves para dublar, o senhor não aceitou o contrato proposto e deixou o personagem. Como foi deixar de ser a voz de um personagem tão marcante quanto o Seu Madruga?
É lamentável que se tenha que tomar uma atitude tão radical, indo contra a própria vontade para fazer respeitarem seu direito. O direito autoral, segundo a lei e o bom senso é sagrado, intransferível e inalienável e é devido a cada apresentação da obra, pois ali está, e os espectadores reconhecem, além da voz dizendo palavras, um bem imaterial que agrega um valor artístico à obra e isso apesar de não poder ser medido, tem que ser remunerado.

O que significa hoje o Seu Madruga em sua vida?
Na minha vida particular, devo dizer que ajuda muito pelo fato de ser eu uma pessoa tímida, essa identificação com meu trabalho me facilita a comunicação com as pessoas. A nível profissional, tive vários convites de trabalhos pelo fato de ter dublado o seu Madruga, como Adorável Psicose na Multishow, Porta dos Fundos e os trabalhos na Rede Record.

O que o senhor diria a Ramón Valdés, se ele estivesse vivo e o senhor pudesse encontrá-lo?
Além de agradecer muito o presente que é esse personagem que ele me deu, teria que transmitir minha admiração pelo seu talento.

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Texto e entrevista: Antonio Felipe

02/09: Há 90 anos nascia Ramón Valdés, o Seu Madruga

Em um 2 de setembro, há exatamente 90 anos, nascia um dos maiores comediantes de todos os tempos: Ramón Gómez-Valdés Castillo, mais conhecido no mundo todo como Don Ramón ou, no Brasil, Seu Madruga. Se no último dia 9 de agosto, quando foram completados 25 anos da morte de Ramón, nós celebramos o mito, a lenda, hoje queremos celebrar o homem Ramón Valdés. Uma pessoa simples, de enorme carisma, que fez carreira no cinema e depois, na televisão, conquistou o mundo. A partir de agora, conheça um pouco da grande história do nosso querido Madruguinha!

Ramón Valdés nasceu em 2 de setembro de 1923, na cidade do México, filho do agente aduaneiro Rafael Gómez-Valdés Angellini e da dona de casa Guadalupe Castillo, sendo o sétimo dos dez filhos do casal. Quando tinha dois anos, sua família se mudou para Ciudad Juárez, no estado de Chihuahua.

Seus irmãos Germán Valdés “Tin Tan”, Manuel “El Loco” Valdés e Antonio “Ratón” iniciaram carreira artística no cinema em meados da década de 1940. Não demorou muito para que Ramón seguisse o mesmo caminho. Antes de ser ator, no entanto, Ramón fazia outros tipos de trabalho no México, atuando no ramo dos transportes, levando frutas para vários lugares do país. Ramón ainda teve sua própria oficina de aparelhos eletrônicos e vendeu moles e consomes. Sua estreia nas telas foi em Calabacitas tiernas (¡Ay qué bonitas piernas!), de 1949. A produção, dirigida por Gilberto Martínez Solares, foi protagonizada por Tin Tan. Ramón faz uma breve participação como o personagem Willy. Ao longo dos anos seguintes, Valdés empilharia participações em filmes mexicanos, vários deles com seus irmãos Tin Tan e El Loco, como Soy Charro de Levita (1949), El Rey del Barrio (1950) e Fuerte, Audaz y Valiente (1963).

Em 1962, participou do filme En Peligro de Muerte, com Viruta e Capulina. Roberto Gómez Bolaños era um dos roteiristas da película. Em 1969, Ramón começa a atuar também na televisão, agora ao lado de Chespirito, que foi pessoalmente convidá-lo para ser um dos integrantes do quadro Os Supergenios da Mesa Quadrada, no programa Sábados de la Fortuna. O personagem de Valdés era o Ingeniebrio Ramón Valdés Atirado Al Lanis. Com o sucesso do quadro, Chespirito ganha seu programa próprio e passa a apresentar outros tipos de esquetes e personagens. Ramón faz participações em vários quadros, inclusive do Chapolin Colorado, que surgiria dentro de Chespirito, em 1970.

Pouco depois, em 1972, Ramón participa do primeiro quadro do personagem que daria origem à série que projetou-lhe para todo o mundo: Chaves. Nesta primeira aparição, Ramón era um vendedor de balões que passava por incômodos causados pelo menino interpretado por Chespirito. O quadro foi um sucesso e começou a ganhar mais oportunidades na tela. Nascia então, em 1972, El Chavo del Ocho e, com ele, o Seu Madruga. O personagem, no começo, vivia no apartamento 14, onde moraria posteriormente Dona Florinda. Com o Madruga, vivia a filha Chiquinha, interpretada por Maria Antonieta de las Nieves. Logo depois, vão surgindo outros personagens. Ramón muda para o 72 e ali permanece até o final. E em 1973, Chaves e Chapolin transformam-se em séries independentes, partindo para um sucesso sem precedentes.

Em Chaves, Seu Madruga transforma-se em uma espécie de núcleo do programa, como disse certa vez Carlos Villagrán. Quase todos os personagens tinham um envolvimento direto em suas ações nos roteiros: Dona Florinda lhe batia, Quico lhe chamava de “gentalha”, Dona Clotilde era apaixonada por ele, Chiquinha era sua filha, Senhor Barriga vinha lhe cobrar o aluguel e o Chaves provocava grandes confusões envolvendo Ramón. Chespirito soube aproveitar muito bem o carisma do personagem e a ótima interpretação de Valdés, alçando-o a fio condutor das principais histórias da série. Já em Chapolin, suas interpretações eram variadas: foi desde personagens como Seu Mundinho, Cyrano de Bérgèrac e heroi Super Sam, inspirado no Superman, até vilões marcantes como Alma Negra, Tripa Seca e Racha Cuca. Por algum tempo, foi também um dos ladrões do esquete Los Caquitos, o Peterete, companheiro de roubos do Chompiras (papel de Bolaños).

Chaves e Chapolin transformam-se em grandes êxitos da comédia e Ramón é um dos mais beneficiados, tornando-se uma das estrelas das séries. O Seu Madruga ganha cada vez mais destaque dentro dos seriados e Valdés ganha tanto reconhecimento quanto seu irmão, Gérman “Tin Tan”. No cinema, suas atuações são ocasionais. Durante o tempo em que atuou nas séries, fez poucos filmes, entre eles, “El Profe”, protagonizado por Cantinflas.

Em 1978, os seriados sofrem um grande revés com a saída de Carlos Villagrán. O intérprete do Kiko partiu para carreira solo na Venezuela e deixou um significativo vazio, uma vez que era um personagens de maior destaque, ao lado do próprio Ramón Valdés. No ano seguinte, mais um revés: depois de participar de “El Chanfle”, o próprio Ramón decide sair. Informações dão conta de que sua saída foi motivada pela interferência excessiva de Florinda Meza na produção. Valdés começa a percorrer o México com um circo. Dois anos depois, voltou a atuar com Chespirito, interpretando mais uma vez o Seu Madruga e outros personagens. Mas seu retorno foi curto e no final do mesmo ano, ele deixava o elenco de Bolaños definitivamente.

Durante a década de 1980, seguiu percorrendo o México e outros países com seu circo. Por algum tempo, trabalhou com Carlos Villagrán nas séries Federrico e ¡Ah, que Kiko!. No mesmo período, descobriu que tinha um câncer. A doença não lhe impediu de trabalhar por alguns anos, mas em 1988, não tinha mais como lutar. Em 9 de agosto, veio a falecer após uma parada cardiorrespiratória, aos 64 anos.

Pessoalmente, Ramón Valdés era uma figura muito simples. Vestia-se do mesmo jeito que nas séries, com roupas modestas. Diz-se que trajes mais refinados lhe incomodavam. Torcedor fanático do Necaxa, também era um aficionado por carpintaria, de acordo com seu filho Esteban, que contou que Ramón fabricava os móveis da própria casa. O ator casou-se três vezes e teve dez filhos e muitos netos. Era querido por todos os atores de Chaves, tendo uma amizade especial principalmente com Edgar Vivar, Angelines Fernández, Maria Antonieta de las Nieves e Carlos Villagrán. Seu corpo está sepultado no Mausoleo del Ángel, em Cidade do México.

Ramón Valdés, se ainda estivesse de corpo presente, hoje completaria 90 anos de vida. No entanto, ele segue vivo para todos os milhões de fãs latinoamericanos que se divertem todos os dias com Seu Madruga e os demais personagens de Valdés. Fazer rir era mais do que seu ofício: era a forma como levava a vida. Com sua arte, fez gerações inteiras sorrirem. E neste dia, só temos a agradecer por tudo o que ele deu à América Latina e, por que não?, ao mundo todo também: obrigado, Ramón Valdés!

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Texto: Antonio Felipe

09/08: Há 25 anos falecia Ramón Valdés, o Seu Madruga

Em 9 de agosto de 1988, o mundo perdia um dos maiores nomes da comédia. Um ator que se popularizou ao interpretar não apenas um personagem, mas um verdadeiro mito. Um ícone até hoje venerado por milhões de pessoas na América Latina. Um filósofo popular, dono de grandes pensamentos que seguem como mantras para muitos, além de tiradas cômicas de grande qualidade, sem contar a expressão corporal única que complementava as piadas que ele contava. Há exatamente 25 anos, Ramón Gómez-Valdés Castillo, ou simplesmente, Ramón Valdés, o Seu Madruga, partia deste mundo, para eternizar-se como uma marca pétrea na comédia de todos os tempos.

Nascido em Cidade do México, Valdés teve a comédia muito próxima de si desde cedo. Irmão de grandes nomes do humor mexicano como Germán Valdés “Tin Tan” e Manuel “El Loco” Valdés, começou sua carreira como ator no cinema, ao final da década de 1940. Quando terminava a década de 1960, estava trabalhando na televisão, onde conheceria Roberto Gómez Bolaños, que o convidou para integrar o elenco de Os Supergênios da Mesa Quadrada e, logo, o Chapolin. Em 1972, fez parte do primeiro esquete que originou o seriado onde se consagrou em todo o mundo: interpretando um vendedor de balões, era atrapalhado por um garoto sem nome, na pele de Chespirito. Era o embrião do Chaves, que pouco tempo depois ganhava quadro próprio no programa Chespirito e, em 1973, assumia espaço próprio no Canal 8. Naquele 1972, nascia o Seu Madruga, um homem pouco afeito ao trabalho, que vivia fugindo de pagar os quatorze meses de aluguel ao Seu Barriga. Pai da Chiquinha, ainda tinha que enfrentar a mão pesada de Dona Florinda, que sempre lhe dava um tabefe por causa do Quico, seja por um beliscão ou por algo que o Madruga não tinha feito, mas acabava assumindo a culpa sem querer.

Seu Madruga foi se destacando no elenco de Chespirito, por conta do incrível talento de Valdés. O personagem era o centro das atenções na maioria dos episódios, em que ele tentava novas profissões como leiteiro, sapateiro, pedreiro, cabeleireiro, entre tantas outras, ou então por situações das mais diversas, como os imbróglios envolvendo suas calças no varal ou seu sonambulismo. Com Quico, interpretado por Carlos Villagrán, foi tomando conta da série – e até hoje, os dois personagens são os preferidos da maioria dos fãs. Em Chapolin, ele também tinha grande destaque, com vilões muito divertidos quanto perigosos, como o Pirata Alma Negra e o Tripa Seca, além da antítese do Super-Homem, o Super Sam.

Em 1978, porém, Villagrán deixa as séries, buscando mais espaço para lucrar com seu personagem, que fazia grande sucesso. E no ano seguinte, Valdés também se despede dos seriados de Chespirito. Entrevistado por uma revista mexicana, alegou que fez isso porque o clima nos bastidores estava insuportável, principalmente pelas intervenções de Florinda Meza na produção. O ator se lançou ao circo e acabou voltando a trabalhar com Chespirito dois anos depois, participando de uma série de episódios do então Programa Chespirito. No mesmo ano, no entanto, ele saiu para seguir carreira solo novamente. Por um período, chegou a atuar com Villagrán em suas séries, na Venezuela e no México, ambas sem êxito.

Durante vários anos na década de 1980, Ramón sofreu com um câncer no estômago, que teria se espalhado por vários outros órgãos, razão pela qual ele ficou internado por um bom tempo no Hospital Santa Helena, na Cidade do México. Apesar da doença, Ramón nunca sentiu medo da morte. De acordo com um de seus filhos, Esteban, o ator nunca fez dramas com sua doença. Ao contrário, decidiu continuar sua carreira e mostrava total tranquilidade à família, inclusive contando piadas a todos. Mesmo em seus momentos finais, Ramón manteve-se sereno. O ator Edgar Vivar, grande amigo de Valdés, disse que uma das últimas falas do intérprete do Seu Madruga foi que, no fim das contas, ele não tinha pago o aluguel. Carlos Villagrán contou recentemente que uma vez, estava no hospital e chorava com a situação de Ramón, que disse: “Não chore, bochechudo. E mais, te espero lá”. Carlos questionou: “No céu?”, ao que Ramón devolveu: “Não se faça de tonto, lá embaixo te espero!”.

Depois de duas semanas sedado, para que não sentisse mais dores, o pior aconteceu. Em 9 de agosto de 1988, Valdés sofreu uma insuficiência respiratória, causando-lhe um infarto que lhe tirou a vida. Seus restos foram sepultados no Mausoléo del Ángel, na Cidade do México, em um cortejo fúnebre que reuniu muita gente. Angelines Fernández, amiga de longa data do ator, foi uma das que mais sentiu a perda, ficando por muito tempo ao lado do caixão, inconsolável, chamando por seu “Rorro”.

Ramón Valdés era querido por todos os atores. Roberto Gómez Bolaños destacou certa vez que “nunca ninguém me fez rir tanto como Ramón Valdés”. Para Carlos Villagrán, Ramón era seu melhor amigo e Seu Madruga era o “núcleo do programa”. Maria Antonieta de las Nieves, filha de Don Ramón na série, era considerada igualmente por Ramón como sua filha, tanto é que em sua casa, ao lado das fotos dos filhos, estava a de Maria. Quando ela soube da morte do ator, foi parar no hospital. Rubén Aguirre cita Ramón como “um homem de caráter muito alegre, muito brincalhão. Era um grande, mas um grande ator e me doeu muito [quando ele se foi] porque além disso era um grande companheiro”. Ana de la Macorra destaca que Valdés tinha muita simplicidade, “um afeto para com todos nós que trabalhávamos, era amável com todo mundo”. Já Ricardo de Pascual afirma que Ramón “com sua alegria preenchia a todos do elenco”.

Este dia de hoje não é para ser triste. Mesmo que há 25 anos nosso ídolo Ramón tenha partido, ele deixou uma herança gigantesca em matéria de humor para todas as gerações que se seguiram, através de seu trabalho marcante nas séries de Chespirito. Trabalho este, até hoje, inquestionável, que ainda diverte milhões de pessoas em todo o mundo. Ramón é um ícone. Um mito. Seu Madruga tornou-se um personagem de culto, um estilo de vida. E em sua homenagem que hoje, 25 anos depois de sua morte, só temos a dizer: obrigado por tudo, Ramón Valdés!

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Texto: Antonio Felipe

Com novos dubladores de Chaves e Seu Madruga, 5ª temporada do Chaves em Desenho estreia no SBT

Na manhã desta segunda-feira, o SBT surpreendeu os fãs ao estrear a quinta temporada do Chaves em Desenho Animado, com o episódio Histórias de Vizinhança.

O desenho está sendo exibido dentro do Carrossel Animado, às 9h. Na manhã de hoje, foi exibido o episódio 101 da série, que abre a quinta temporada. Para os fãs, além de conferir mais material inédito, é possível acompanhar a atuação de Daniel Müller e Marco Moreira, novos dubladores de Chaves e Seu Madruga.

Müller substitui Tatá Guarnieri, que dublou as quatro temporadas anteriores, assim como Moreira, que entrou no lugar de Carlos Seidl. Ambos também são as novas vozes no Chaves clássico, no lote de episódios inéditos que o SBT adquiriu.

Confira o episódio do desenho:

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Texto: Antonio Felipe