Fórum Portal Vídeos Guia de Episódios

Tag Archives: entrevista

Florinda Meza diz que Ramón Valdés, o Seu Madruga, tinha problemas com o álcool

Reprodução/Univision

Reprodução/Univision

Em entrevista à rede hispânica Univision, dos Estados Unidos, a atriz Florinda Meza disse que Ramón Valdés, o Seu Madruga, teve problemas com álcool. A declaração se soma àquelas dadas ao Programa do Gugu, em março, quando a intérprete da Dona Florinda afirmou que Ramón usava drogas.

Florinda, contudo, não falou de outras drogas durante a entrevista ao jornalista Gustavo Infante, do programa El Gordo y la Flaca. Ela se referiu apenas à bebida.

“O que mais danificou… Nesse caso, seu fígado, ou as duas coisas o prejudicaram. Você sabe que o álcool em excesso cria cirrose e problemas hepáticos. Ele tinha problemas com o fígado, o pâncreas”, disse a atriz.

Meza salientou que os supostos problemas de Ramón com a bebida nunca dificultaram as gravações das séries “Chaves” e “Chapolin”.

“Ramón queria tanto a Roberto, o respeitava tanto, que nunca, nunca falhou com o programa. Soube controlar até algo muito difícil como álcool, porque veja que é difícil controlar o álcool. Nunca paramos porque Ramón chegou em mau estado ou porque faltou à gravação”, afirmou.

A família de Ramón Valdés, no entanto, havia negado que o intérprete do Seu Madruga tivesse problemas com a bebida. Em entrevista ao Ventaneando, da TV Azteca, seu filho Esteban afirmou que o ator não sofria de alcoolismo.

“Ele não tinha nenhum problema de alcoolismo crônico como menciona essa senhora [Florinda]. Sim, ele bebia. Mas não era diário”, contou.

Confira a entrevista de Florinda Meza:

Discuta esse assunto com outros fãs no tópico no Fórum Chaves.

Texto: Antonio Felipe

Carlos Villagrán diz que Ramón Valdés não usava drogas

kiko-fortalezaCarlos Villagrán, o Kiko, volta nos próximos dias à Bolívia, onde fará uma série de shows na cidade de Santa Cruz de la Sierra.

Antes de embarcar no avião que o levará à Bolivia, o ator falou ao jornal El Deber sobre suas lembranças do país, sobre a carreira e ainda negou que Ramón Valdés, o Seu Madruga, usasse drogas.

O que você lembra da cidade?
Tenho tudo na memória, porque na última vez que fui havia muita gente bonita e vegetação.. esse verde na cidade. Me surpreendeu. Também lembro que havia muita gente andando de bicicleta.

Você vem com um show que soa como uma despedida e as pessoas querem te convidar para comer e beber…
Afortunadamente como de tudo. A comida me fascina! É uma das coisas mais sobressaem da minha personalidade. Desfrutei das comidas da Argentina, Peru, Chile…

Aqui comerá um majao [prato típico da Bolívia]…
Sim! Lembro do majao de Santa Cruz de la Sierra… Colocam banana frita, não?

Sim. O que você nos traz?
Levo alegria através das coisas que o Kiko faz. Levo o Kiko eterno, o que todo mundo quer ver e vê-lo cara a cara não é o mesmo que na TV. Kiko não sabe fazer nada, só arrancar risadas do público. Estou exageradamente agradecido com Santa Cruz. É extraordinário! E minha experiência com vocês ficará marcada no livro que estou fazendo.

Qual é seu segredo para se manter vigente?
É um favor de Deus. Tenho 72 anos e as pessoas me dizem que não pareço dessa idade. Quando vou ao palco é exatamente o mesmo Kiko. Não posso iludir as pessoas, devo atuar com a idade do Kiko. Saio para correr, faço exercícios, tomo vitaminas, quase nunca fico doente… Tenho a sorte de que as pessoas gostem do personagem.

Como fará para se desprender de um personagem tão querido como Kiko?
É um pouco difícil, porque todos temos uma criança interior e fiz tantas vezes esse personagem que sou um menino com um adulto dentro. Estou tão cheio de lembranças e de tantas coisas que a vida me presentou através do púbico, que ao deixar o Kiko nem sequer vou sentir algo. Viverei com minhas lembranças.

Kiko lhe deu a possibilidade de viver comodamente durante todo esse tempo?
Sim, mas tampouco sou milionário. Vivo bem, mas minha vida é comum e corrente, não há nada extraordinário.

Recentemente Florinda Meza disse que Ramón Valdés usou drogas. O que você opina? É verdade?
É deplorável o que ela disse, porque está falando de uma pessoa morta que não pode se defender, independentemente de qualquer assunto que seja. Não sei qual foi o motivo, a causa, a razão ou a circunstância que a levou a dizer uma barbaridade tão grande, tendo sido companheiro do programa. Não entendo. Ela tem a culpa do que diz. São suas palavras e deve responder por isso, não Ramón Valdés, que já está debaixo da terra. A mim me consta [que ele não usou drogas] porque fui seu melhor amigo. Que bem que me pergunte, porque muita gente perguntou… e posso dizer que tudo o que Florinda Meza disse é mentira. Não sei o que a obrigou [a dizer isso], porque não convivo com ela e estou surpreso com essa declaração.

Como é sua relação com Florinda Meza?
A verdade é que faz… Faz 35 anos que não tenho nenhuma relação com ela.

Haverá reconciliação?
Não sei, não creio, talvez pelo tempo. Não quero mentir ao meu público porque graças a eles eu como e meus filhos comem. E façam o favor de me ver. Não haverá reconciliação, já passou muito tempo. Há atores que já não estão conosco, como a Bruxa, Godinez, Jaiminho, Roberto… A reconciliação nem sequer foi considerada, e para quê? Quando Roberto Gómez Bolaños decidiu que todos os personagens seriam seus, surgiu uma inconformidade em todo o grupo e prova disso está quando me tiraram do programa e depois ao Seu Madruga. Se tirava o Kiko e Seu Madruga, Dona Florinda ficava sem filho e sem ninguém a quem bater. Sem Seu Madruga, tudo vinha abaixo. A Bruxa ficava sem uma razão de viver na vila e o Senhor Barriga não tinha a quem cobrar o aluguel. O Chaves ficava desprotegido e a Chiquinha, órfã. Tudo se desintegrou pela ambição de Roberto. Ele nos tirou os personagens e se adonou de tudo. Hoje ninguém recebe nem cinco centavos do que o programa gera.

Mas o programa pregava a boa vizinhança…
Não tenho ódio nem rancor, simplesmente que na mesma vida se geram essas coisas. É muito difícil nos juntarmos todos, a vida nos separou e agora cada um tem que trabalhar por conta própria. Com Maria Antonieta jantei outra vez e também falei com o Senhor Barriga em seu aniversário.

28 de novembro de 2014, o que diz?
É a morte de Roberto. Lembrarei dele como amigo, companheiro, mestre. Foi tanto tempo que fizemos o programa e compartilhamos risadas na hora de comer, ou a passamos de maneira genial em todas as reuniões.

Quico ou Kiko, como prefere seu nome?
Me tiraram do programa e passei a usar Kiko, com K, é igual. As bochechas são iguais, o personagem é o mesmo.

O governo mexicano prendeu “El Chapo” Guzmán, mas seu país segue vivendo dias terríveis…
Fiquei feliz que tenham prendido “El Chapo” Guzmán. Se Kate del Castillo está envolvida nesse tema, pois tem que responder por isso, ela é responsável por tudo o que diz ante à imprensa…

Que lhe parece o presidente Evo Morales?
É um presidente que reivindicou os direitos dos indígenas e eu estou a favor do indigenismo. Parece-me bem.

No entanto um referendo não permitiu sua reeleição e os analistas dizem que o socialismo já não funciona na América Latina.
É que nunca funcionou como tal. Por exemplo, todos esperamos que melhorem as relações entre Cuba e Estados Unidos.

Você tem seis filhos. Algum deles seguirá seus passos?
Vou te contar algo: eu queria ser jogador de futebol e a segunda opção era ser comediante. Virei ator porque era mais fácil. Quando aparece Carlos Villagrán como ator e depois desaparece, se você busca, não vai encontrar outro nem antes, nem depois. Não tem nem antecessor, nem sucessor, aparece e desaparece. Será decisão de cada um deles, mas meus filhos já são muito grandes.

Sonhou em deixar um museu sobre sua vida?
Não sou vaidoso para isso.

Discuta esse assunto com outros fãs no tópico no Fórum Chaves!

Texto: El Deber, traduzido por Antonio Felipe

Edgar Vivar estará na Costa Rica em campanha por hospital veterinário

edgar-vivar-trabalhoFalar de Edgar Vivar é falar do Chaves e de seus personagens mais queridos, como o Senhor Barriga, Nhonho, entre outros. O ator estará na Costa Rica em novembro, em um jantar para incentivar a criação do primeiro hospital veterinário do país.

Sua presença em nosso país é notícia para a criação do primeiro hospital veterinário. O que pensa disso? É sua primeira visita em mais de 20 anos.
Sim, não vou à Costa Rica há mais de 20 anos, agora vou de uma maneira muito emotiva e com uma causa nobre. Fui a San José trabalhar com a vizinhança e depois fui convidado para o primeiro Teleton. Isso faz mais de duas décadas e agora tenho a oportunidade de saudar a todos os meus amigos ticos.

Quando foi sua visita?
Fomos pela primeira vez à Costa Rica em 1979. Isso faz 36 anos.

Lembra de algo?
Claro, do céu azul da Costa Rica, de sua gente e sua educação. De sua comida, do gallo pinto e da olla de carne. Tenho muitos bons amigos ticos. É um país onde não há exército. Tem uma estabilidade econômica invejável, que nós mexicanos não temos. Paraíso natural.

Onde se presentaram em 1979?
Foi em um local fechado…

Ginásio Nacional?
Foi ali. Espero aproveitar este espaço que me dão para convidar o público tico que tem esse coração tão grande a ajudar essa iniciativa, essa cruzada, e fazer o primeiro hospital veterinário público da Costa Rica. Os animaizinhos precisam de atenção médica.

Li que você preside uma fundação de ajuda aos cães.
Não a presido, mas sou parte dela, pois tenho pouco tempo. Somos parte de um grupo de personagens com vida pública onde há atores, cantores e muita gente ajudando. Todos nos unimos para dar voz aos animais desde a nossa trincheira.

O México tem hospital veterinário?
Claro que sim. Me parece louvável que exista gente na Costa Rica que busque fazer esse sonho realidade. Existe gente que ama seus animais e não tem recursos para atendê-los.

Em relação à vizinhança, como depois de 40 anos ou mais o Chaves e seus personagens seguem impactando a mente do público e dando alegria aos seus corações?
Eu sou o principal surpreendido, essa é a verdade. Não sei dar minhas razões e a última palavra quem tem é o público. É um programa televisivo cuja única missão que tinha era divertir. Nada mais. Só queríamos brindar uma diversão sadia sem recorrer às palavras ruins ou vulgaridades. Eu deixei de fazer televisão e mais aqui no México porque os programas ficaram vulgares. Muita gente talvez não goste. Bom, vivemos numa democracia.

Entre Chespirito e Eugenio Derbez, quem é melhor?
Cada um tem seu estilo. A comédia de Derbez é muito interessante e de outro estilo, apela à inteligência da pessoa.

Chaves mudou sua vida?
Completamente.

Em diversos momentos do dia, como se sente: Senhor Barriga, Nhonho ou Botijão?
(risos) Não, nada disso, agora sou eu. Esses personagens foram parte de minha vida por 25 anos e já estão guardados no livro de memórias. Já estamos em outra coisa.

A partida de Roberto Gómez Bolaños impactou sua vida? Lhe afetou muito?
Sim, claro que me afetou muito. É uma perda enorme para o México e para todos. Uma perda emocional enorme. A um ano de distância de sua partida, sinto saudades. Tive a honra de me despedir de alguma forma.

Alguma lembrança?
Muitas, entre outras, esta: fui trabalhar no Brasil e lhe levei um vídeo onde muitos brasileiros o saudavam. Coloquei uma dessas câmeras GoPro e gravei todas as saudações, lhes prometi que ele as receberia.

E como reagiu Chespirito?
Não era um homem que fazia elogios, mas era bom conversador e utilizava bem a linguagem. Bom em falar. Me disse: “siga fazendo” bem. Isso foi muito bonito e o levo em meu coração.

Depois do êxodo da vizinhança e a partida de Roberto Gómez, porque Quico, Chiquinha, Dona Florinda e o Professor Girafales não pediram perdão?
Eu respeito as decisões de meus companheiros. Creio que é algo muito pessoal de cada um. Ressalto que não custa trabalho se dar bem com as pessoas. Eu me dou bem com todos, de verdade. Nos falamos esporadicamente.

Acredita que Carlos Villagrán falou demais de Florinda Meza?
Creio que cada um é livre de falar o que sinta. O homem deve ser dono de seu silêncio, pois do contrário é escravo do que diz.

O que lhe fazia mais feliz: Senhor Barriga, Nhonho ou o Botija?
Lhe pergunto: você tem filhos?

Não, não tenho.
Por isso posso te dizer que é difícil saber que filho se quer mais. São personagens inesquecíveis e são parte de mim.

Depois de Roberto, você é o mais prolífico na carreira? Já que segue sendo ator e fazendo dublagens…
Ter saído no programa me ajudou muito, me deu notoriedade. A decisão de não continuar fazendo os personagens não me afeta, pois já não posso seguir fazendo o Nhonho, ou a cada vez que fazia, a peruquinha ficava maior. Para mim é uma etapa de minha vida que está encerrada. Eu faço coisas diferentes. Na próxima semana, por exemplo, vou a Lima para a estreia de um filme. No Peru, faço uma temporada de teatro e aqui [no México] faço dublagem, inclusive cinema. Faço muitas coisas como ator. Edgar Vivar, ou seja, eu, me considero mais um ator que um personagem.

Você é médico. Exerceu a profissão?
Exerci por dois anos. Quando comecei a trabalhar com Roberto, estava fazendo residência. Quando comecei na TV, quatro ou cinco meses depois me graduei. Quando começaram as turnês e o trabalho de ator tomou muito tempo, tive que deixar a medicina.

Resolveu seu problema de saúde?
Claro que sim, me sinto muito melhor. Perdi mais de 100 quilos.

Vi você em um reality show onde transformam seu carro. Gostou?
Claro. Gostou muito de carros, é um passatempo, mas não tenho muitos, só dois. Não gosto de dirigir, tenho motorista.

Vive no Distrito Federal (do México)?
Sim.

Visitou a tumba de Chespirito?
Sim.

O que sentiu?
Uma sensação de nostalgia e esperança. Eu sei que está melhor agora e creio que se tornou universal.

É verdade que faziam shows privados na Colômbia e Equador e que iam em aviões de luxo?
Não é verdade. É uma especulação.

O que recorda da Bruxa do 71 e Seu Madruga?
Angelines Fernández foi uma excelente atriz catalã que chegou ao México já sendo famosa. Tive uma grande relação com ela e foi a primeira dama do teatro. Ali foi onde Roberto a conheceu e a convidou para o projeto. Usou uma grande arma para chegar ao grande público. Ela havia trabalhado com Cantinflas. Seu Madruga e a mesma Angelines trabalharam em um filme com Cantinflas. Desde esse momento surgiu Chespirito. Ramón Valdés se tornou um ícone no Brasil.

Muitos estudos foram feitos sobre o Chaves. Análises sociocientíficas que dizem que impactava negativamente as pessoas, mas por outro lado é um êxito. O que pensa disso?
Você deu a resposta. As pessoas têm a decisão pessoal de ver ou não. Foi objeto de estudos e discussões, mas as pessoas seguem vendo. O programa nunca tratou de ser didático nem de ensinar, só de divertir. Os personagens foram criados com dois lados, um brilhante e outro escuro, como somos todos os seres humanos.

Finalmente, em uma palavra, como resume o êxito da vizinhança?
Isso sim é difícil. Boa e difícil pergunta. Inesquecível.

Discuta esse assunto com outros fãs no tópico no Fórum Chaves!

Texto: Diario Extra, traduzido por Antonio Felipe

Antes de ser Girafales, Rubén Aguirre era um “mais um executivo na Televisa”

ruben-entrevistaHavia uma vez um engenheiro agrônomo que era um executivo de um canal de televisão e um dia, recebeu uma proposta de Roberto Gómez Bolaños, que a levou a se tornar o Professor Girafales.

Rubén Aguirre conversou com a MDZ Radio, da Argentina, durante o programa Tormenta de Ideas, sobre a que disse ser uma etapas mais felizes de sua vida, quando fez parte do elenco de Chaves.

Como vê o tempo em que foi feito o Chaves?
Foi um tempo muito próspero, bonito, alegre, com companheiros muito bons. Passei muito bem e foi a última coisa que fiz.

Como foi conhecer Chespirito sendo você o chefe?
Eu era mais um executivo da Televisa, encarregado de receber as propostas de novos programas. Quando uma história me parecia viável, bonita e boa, a apresentava aos meus chefes e às vezes havia uma uma espécie de filtro.

Imaginava no que se tornaria essa proposta?
Não começamos com o Chaves, a primeira ideia foi de um programa que se chamava El Ciudadano e quando decidi que ele mesmo [Chespirito] faria, se chamou El Ciudadano Gómez. Depois fizemos Chespirotadas, não foi grande coisa, mas teve êxito no México. Logo fizemos Os Supergênios da Mesa Quadrada e depois vieram Chapolin e Chaves, que transcenderam a outros países.

Como começou a trabalhar com Chespirito?
Eu conheci Chespirito alguns anos antes do Chaves. Em Supergênios eu já era o Professor Girafales, éramos quatro que debatíamos assuntos da atualidade, mas quando fez o Chaves, me disse: “agora quero que volte a fazer [Girafales], mas agora com crianças”. Tornamos ele mais amável, sem deixar de ser sempre exigente com o que eu pedia aos alunos. Para humanizar a coisa e dar-lhe uma aparência distinta, estabeleceu-se o romance com Dona Florinda. Isso nos fez mais queridos, tanto a ela como a mim.

Você se baseou em algum professor da infância para criar o Professor Girafales?
Claro, a frase do “ta, ta, ta” eu copiei de Wenceslao Rodríguez, um professor que tive no secundário. Nunca mais o vi, já deveria estar morto quando comecei o programa. Eu tinha 13 ou 14 anos quando ele nos dava aula, hoje tenho 80 e o Girafales eu fiz com 34.

No Chaves, tudo estava no roteiro?
Tudo estava friamente calculado. Quando alguém tinha alguma ideia, comentávamos a Bolaños. Se ele gostava, ensaiávamos primeiro, mas nunca improvisávamos. No México chamamos de morcilla (a improvisação) e estão totalmente proibidas as morcillas.

Todos os personagens que Chespirito criou são anti-heróis. Havia uma ideologia por trás disso?
Havia talento e muita bondade em seu modo de ser, sempre foi um bom homem.

Por que alguns protagonistas brigaram com Chespirito?
O motivo principal foi a ambição. “Eu sou maior que você” ou “devo ganhar mais”, o que ocorre sempre nesse tipo de grupos. A Carlos Villagrán ofereceram um contrato fabuloso na Venezuela, e era lógico que deixaria o programa.

No que Horácio Gómez, o Godinez, colaborava?
Era o irmão de Chespirito, era o administrador, fazia esse pequeno papel, mas na realidade manejava todos os assuntos financeiros do grupo.

Godinez era fanático por futebol?
Sim, e Roberto também, deixava qualquer coisa para ver seu time, o América.

E você?
Eu não gosto de futebol, não gosto muito. Quando criança, como cresci no norte, joguei muito beisebol. Me choca como dão cotoveladas no nariz de um jogador e depois levantam as mãos como dizendo “eu não fui”. Mete um gol e se agarram as nádegas, quisera ver um goleiro que leva um gol e que dê a mão ao jogador e diga “que bárbaro, que belo gol”.

Como era sua relação com os atores, além dos personagens?
Éramos uma família. Ramón Valdés era tão engraçado no programa como fora dele, sempre tinha piadas muito agradáveis para contar, era um bom companheiro.

Ouça a entrevista:

Discuta esse assunto com outros fãs no tópico no Fórum Chaves!

Texto: Rádio MDZ, traduzido por Antonio Felipe

“Falta talento e sobra tecnologia”, diz Rubén Aguirre sobre a televisão de hoje

ruben-entrevista“A primeira vez que apareci na televisão, no Canal 10 de Monterrey, me rechaçaram. Mario Quintanilla, o diretor do canal, ao me ver no ar, disse que me via mal: que estava tão grande que nem sequer cabia na tela. É grotesco! Suas mãos parecem luvas de beisebol. Como isso ocorre? Você não serve pata a televisão! Não se dá conta? Veja, vá com o gerente, Juan Garza, e melhor que fique vendendo publicidade”.

As memórias de Rubén Aguirre, o inesquecível Professor Girafales, recentemente editadas no México pela Editora Planeta, são o testemunho de um rechaço que não ficou no não.

Pelo contrário, ainda que o locutor, cronista de touradas, ator e pai de família (teve sete filhos e diz ter plantado mais de mil árvores) nasceu em Saltillo em 15 de junho de 1934, não pôde apagar durante muitos anos o adjetivo de “grotesco”, superou em muito o dito, para se converter, graças ao professor que estava irremediavelmente apaixonado pela Dona Florinda em Chaves, em um comediante de categoria internacional.

Después de Usted é também um livro sobre a história do rádio no México, relato daqueles anos iniciais onde a tecnologia brilhava por sua ausência e tudo o que ia ao ar era fruto exclusivo da criatividade dos locutores.

Entre eles, o mais audaz e sem dúvida engenhoso, Rubén Aguirre, que para matar o aborrecimento quando lhe trabalhava de madrugada, punha-se a inventar radionovelas onde ele fazia todos os sons e vozes.

Estamos em um bonito hotel de Puerto Vallarta. Temos um encontro com o Professor Girafales. Amigos e parentes mandam mensagens com saudações, multiplicando uma expressão eterna: “Tá ta ta tá”, expressão inesquecível que o comediante copiou de um velho professor de escola chamado Wenceslao.

“Era um velhinho que era muito bom professor, muito bom homem, mas que quando lhe fazíamos perder a paciência, saía o ta ta ta tá”, contou Rubén.

Aos 81 anos, Rubén Aguirre conserva o vozeirão. Já não caminha, porque um grave acidente automobilístico lhe afetou a coluna vertebral e sua esposa de toda a vida, Consuelo, ficou sem uma perna.

Foram momentos duros para um homem com alma de viajante e que transita entre a charmosa localidade balneária de Jalisco o inverno de sua vida, rodeado de seus filhos, entre eles Veronica, que o ajudou a revisar e corrigir seu escrito.

No prólogo escrito por Armando Fuentes Aguirre “Catón”, primo de Girafales, destaca-se “sua alegria e sua generosidade”.

Alegre e generoso: efetivamente, se mostra durante a longa entrevista para SinEmbargo, onde entre outras coisas tem bonitas palavras sobre Ramón Valdés, o Seu Madruga, um comediante sem par com quem compartilhou cenários, sonhos e amizade.

Para você, quem é o melhor comediante do México?
Cantinflas, sem dúvida.

Mais que Tin Tan?
Tin Tan era mais completo, cantava, dançava, mas fez também filmes ruins. Bom, claro que Cantinflas fez coisas horríveis ao final de sua carreira. De todos os comediantes atuais, o mais inteligente e que mais gosto é Eugenio Derbez. E das mulheres, Consuelo Duval. Como a admiro, que boa comediante ela é! Atrevo-me a compará-la e a dizer que é superior inclusive a Carol Burnett.

Bons comediantes com roteiros frouxos.
Sim, a verdade é que sim. Não há bons escritores de humor na televisão atual. Ou não há escritores, ou não os pagam, algo passa. A tecnologia cresceu muito, mas o talento não seguiu o mesmo caminho. Repetem novelas que foram sucesso há 30 anos, se uma novela triunfa na Argentina, a trazem ao México, mudam duas ou três coisinhas e a montam aqui. Fazem novas versões para não pensar. Falta talento e sobra tecnologia. Para nós custava muito fazer o Chapolin ficar pequeno em nossa época. Eram horas e horas de trabalho do pobre diretor do programa. Agora, com tanta facilidade, fazem voar os atores, os fazem magros, gordos, das maneiras que querem.

Você diz em seu livro que alguns atores se convertem em monstros sagrados e confundem a ficção com a realidade. Roberto Gómez Bolaños foi um monstro sagrado?
Creio que sim. Creio também que se Roberto tivesse nascido nos Estados Unidos e não no México, que Bob Hope, que nada. Nasceu no México e desgraçadamente aqui os trabalhos de ator sempre são mal pagos e mal difundidos.

Em seu livro, não obstante você se anima a discutir algumas coisas…
Éramos tão amigos que me dava a liberdade de discutir algumas coisas. Se tivesse sido só meu chefe, não teria me atrevido. Por outro lado, cada quem busca os problemas. Nem Edgar Vivar nem eu tivemos problemas alguma vez para usar nossos personagens, por exemplo. Eles (Carlos Villagrán e Maria Antonieta de las Nieves) tiveram algumas questões, não sei se em busca de notoriedade ou de ambição, não sei.

Mas você diz em seu livro que o trabalho é de quem o necessita.
Sim, como diz Neruda em “O Carteiro”: a poesia é de quem a necessita. Assim também é o trabalho. E o personagem, o mesmo, não é de quem o inventa, mas de quem o executa e logo o necessita para trabalhar.

Você foi muito amigo de Roberto Gómez Bolaños, mas foi também da Chiquinha.
E de Carlos Villagrán também. Conheci Maria Antonieta de las Nieves quando era quase uma menina. Logo se casou com um locutor amigo meu e eu fui muito feliz. Cada quem tem seu caráter e ninguém tem a culpa de ser como é. Há muita gente tosca, eu não sou. Minha forma de ser busca o menos possível o conflito e se dar bem com todo mundo.

Clique em “Leia Mais” para ler a entrevista completa.

Rubén Aguirre, o Professor Girafales, após sair do hospital: “estou muitíssimo melhor”

girafales-selecaoO ator Rubén Aguirre, intérprete do Professor Girafales, disse esta quinta-feira (2) que está “muitíssimo melhor” em sua casa, após ter ficado duas semanas hospitalizado no México. A declaração foi dada ao programa Ventaneando, da TV Azteca.

Aguirre afirmou que já está em franca recuperação. “Estive no hospital por alguns e, graças aos médicos que me trataram, eu ‘ressuscitei'”. O ator diz que agora está “muitíssimo melhor, acompanhado de toda a minha família, meus filhos, todos vieram ficar comigo nesses momentos”.

O eterno Professor Girafales ficou duas semanas internado em um hospital na Cidade do México, com um quadro de desidratação, que teve complicações. Já em casa, o ator expressou que ainda enfrenta problemas: “Agora tenho dificuldade para comer. Tudo o que como, devolvo”.

Aguirre também contou ao Ventaneando que está recebendo tratamento em casa. “Tenho três terapeutas que estão cuidando de mim, fazendo exercícios, várias coisas”, concluiu.

Confira a entrevista em vídeo:

Discuta esse assunto com outros fãs no tópico no Fórum Chaves!

Texto: Antonio Felipe

Fórum Chaves entrevista Maria Antonieta de las Nieves, a Chiquinha

entrevista-chiquinha

Depois de Rubén Aguirre e Edgar Vivar, o Fórum Chaves entrevistou Maria Antonieta de las Nieves. A intérprete da Chiquinha conversou com o site através do Skype por quase uma hora.

Na entrevista, a atriz conta sobre seu começo de carreira, porque saiu das séries de Chespirito em 1973, como surgiu Aquí Está la Chilindrina, seu trabalho como dubladora, comenta a recente turnê pelo Brasil e ainda envia uma mensagem especial para sua primeira voz brasileira, Sandra Mara Azevedo.

Confira a entrevista na íntegra no player abaixo. Se preferir, leia a transcrição aqui.

Texto: Antonio Felipe

Chiquinha chega ao Brasil e conta como serão seus shows

Foto: Leonardo Muniz

Foto: Leonardo Muniz

Maria Antonieta de Las Nieves, 62, intérprete da Chiquinha no seriado Chaves, desembarcou em São Paulo nesta quarta-feira (06), onde realizou uma coletiva de imprensa para falar sobre sua turnê no Brasil.

Caracterizada como Chiquinha, sua principal personagem, ela contou como serão suas apresentações no país. “Vou começar o show com o meu pout-pourri Aqui está la Chilindrina, depois, o público vai me ver chorar, rir, cantar e então vamos dançar”. Ainda sobre seus shows, ela revela que os fãs vão se emocionar: “Vamos fazer uma homenagem à vizinhança. Vai ser muito bonito, todo mundo vai chorar”.

Questionada sobre a morte de Ramón Valdés, o Seu Madruga, ela contou como recebeu a triste notícia. “Eu estava no Peru, em uma coletiva, quando um repórter me perguntou se eu sabia que meu papai havia morrido. Não pude trabalhar naqueles dias, foi horrível”, lamenta.

Além de sua passagem pelo país, ela contou sobre seus projetos futuros, como o lançamento de sua autobiografia “Há muitas coisas que ninguém havia dito, mas eu vou dizer em meu livro. Em breve o livro sairá e espero que ao mesmo tempo em espanhol, português e em inglês”, afirma.

O Fórum Chaves esteve presente na coletiva e perguntou sobre sua participação no programa Mira Quién Baila, “Foi maravilhoso participar, mesmo sem ganhar”. Sobre a dublagem do filme Detona Ralph (Ralph, el Demoledor) ela contou que recebeu o convite da Disney, mesmo não dublando há 30 anos. “Dublei o filme em duas manhãs. Fiquei muito feliz!”, finalizou.

Depois da coletiva, Maria concedeu entrevistas para programas de TV como o Pânico na Band, que esteve presente com três integrantes do elenco. À noite, a atriz gravou o Agora é Tarde, com Danilo Gentili. A entrevista irá ao ar hoje, à meia-noite, na Band.

A turnê da Chiquinha começa nessa sexta-feira (8) no Rio de Janeiro, no Espaço Rampa. Domingo (10), ela se apresenta em São Paulo, no Carioca Club e segunda-feira (11), em Porto Alegre, no Opinião. Confira os pontos de venda aqui.

Discuta esta notícia com outros fãs no tópico no Fórum Chaves!

Texto: Danny Sequia

Exclusivo: Fórum Chaves entrevista Edgar Vivar, o Senhor Barriga

entrevista-edgar-vivar

O Fórum Chaves entrevistou com exclusividade o ator Edgar Vivar, que interpretou o Senhor Barriga. No último dia 29, ele recebeu o Fórum no hotel onde estava hospedado, em Porto Alegre, para uma conversa de cerca de uma hora.

Na entrevista, Vivar falou como foram seus anos na medicina, como conheceu Chespirito e passou a fazer parte das séries CH. Ele também comentou a respeito das diversas regravações de episódios, fez revelações inéditas sobre o fim do Chapolin Colorado em 1979 e a morte de Ramón Valdés, contou como era seu circo e também como foi seu encontro com o dublador Mário Vilela, em 2003.

A entrevista foi realizada por Antonio Felipe Purcino, com técnica, gravação e edição de Guilherme Liça. Confira na íntegra:

Você também pode ler a entrevista completa aqui.

Discuta este assunto com outros fãs no tópico no Fórum Chaves!

Texto: Antonio Felipe

Nelson Machado e Cecília Lemes participam do Agora é Tarde

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Com histórias envolvendo os bastidores e também a relação com o público, os dubladores Nelson Machado (Kiko) e Cecília Lemes (Chiquinha) divertiram o público na noite de ontem, no programa Agora é Tarde, na Band. Também participou o dublador Garcia Júnior, voz do Pica-Pau.

Os três estiveram no talk-show apresentado por Danilo Gentili como “lendas da dublagem”. Eles contaram histórias engraçadas envolvendo situações do dia-a-dia enquanto dubladores. O trio comentou ainda sobre como funcionam algumas coisas da profissão, como os requisitos para ser dublador e o trabalho para fazer diferentes vozes de um mesmo ator.

O público pode ver ainda alguns dos principais personagens de cada um, além de um rápido momento em que eles dublaram um roteiro que misturava várias vozes conhecidas deles, como da Chiquinha, Kiko, He-Man, MacGyver, entre outros.

Confira a entrevista completa:

Discuta este assunto com outros fãs no tópico no Fórum Chaves!

Texto: Antonio Felipe