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“Desejo o melhor a Chespirito”, diz Maria Antonieta de las Nieves
Maria Antonieta de las Nieves, a Chiquinha, lamentou o estado de saúde de Roberto Gómez Bolaños “Chespirito”, em entrevista para a Rádio Fórmula. Disse ainda que tentou falar com o escritor, mas que não lhe passam suas chamadas.
Além de reconhecer o talento do escritor, assegurou que “de coração eu lhe desejo o melhor, de coração lhe canto Happy Birthday, de coração rezo todos os dias por sua saúde, para que esteja bem e que Deus o encha de bençãos”.
Falando da eventual morte de Chespirito, Maria Antonieta assegurou que assim como ocorreu com a morte de seu pai, seria um evento muito doloroso em sua vida e que espera estar preparada para esse momento.
No programa “Javier Poza en Fórmula” se comentou que alguns empresários duvidam em contratá-la, pois pensam que a Chiquinha segue pertencendo a Gómez Bolaños. “A Chiquinha é minha por toda a lei”, disse.
Ainda que não tenha deixado de trabalhar, explicou que teve apresentações fora do México, pela situação em que vive no país e por não dar explicações. Recentemente, Maria fez um show em Ensenada, na Baja Califórnia, México.
Finalmente, comentou que durante quatro meses que esteve sem trabalhar, caiu em depressão e ficou doente da tireoide.
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Texto: Rádio Fórmula, traduzido por Antonio Felipe
Edgar Vivar fala sobre visita recente a Chespirito
O ator Edgar Vivar revelou que há um mês viajou a Cancún para ver e visitar seu amigo Roberto Gómez Bolaños, melhor conhecido como Chespirito, para lhe dar parabéns por seu aniversário.
Em declarações para o programa “Javier Poza en Fórmula”, disse que Chespirito “está bem, está frágil de saúde, com um pouquinho mais de peso, está bem, está lúcido, está pleno, está criando, está escrevendo”.
Acrescentou ainda: “está com seus cachorrinhos e está desfrutando do clima de Cancún, fiquei pensativo das coisas que falamos, várias das coisas que conversamos é pessoal, de amigos, me dá nostalgia o tempo que passávamos e trabalhávamos juntos.
Assim mesmo, o ator disse que prefere não falar do estado de saúde de Roberto Gómez Bolaños. “Para mim o que significa é voltar a ver meu amigo e estive muito contente com ele, sobre seu estado de saúde não me pergunte, porque não sou o indicado para falar, eu trato de respeitar sua privacidade, estou compartilhando com vocês que fui visitá-lo, a maneira como o vi, mas não queria me aprofundar mais nisso”.
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Texto: Rádio Fórmula, traduzido por Antonio Felipe
“Minha amizade com Chespirito é como um DVD”, diz Edgar Vivar
No filme “Fachon Models”, Edgar Vivar interpreta um ator considerado “o rei dos infomerciais” e que morre em pleno cenário, fazendo o que mais gosta: atuar.
Na vida real, Vivar, reconhecido por seu papel de Nhonho e Botijão, reconhece que “seria genial” morrer atuando, mas até agora não contemplou a morte.
“Seria genial morrer trabalhando, mas isso não está em meus planos”, disse Vivar, de 65 anos, em tom de piada nesta segunda-feira, em coletiva de imprensa para apresentar o filme.
O filme, que estreia na sexta-feira no México, segue Ulises (Eugenio Bartilotti), um ator gordo de comerciais de produtos que são vendidos pela televisão e seu amigo “El Charal” (Héctor Jímenez), que aspira se sobressair nesse mundo.
Dirigida por Rafael Monteiro, “Fachon Models” explora as dificuldades e os estereótipos de beleza masculina que enfrentam alguns atores.
Vivar indicou que a comédia lhe remeteu a seus inícios artísticos. “A mim me toca muito de perto, comecei fazendo comerciais. Tive que lutar muito com o estereótipo e me chamaram para fazer comerciais por ser gordo e tive que demonstrar que tinha talento. De alguma forma tive que fazer, mas o que viram primeiro em mim é que era uma pessoa gorda”, recordou o ator, que participou de filmes como “O Orfanato” e “Bandidas”.
Foi Roberto Gómez Bolaños quem se fixou em seu talento e não em seu aspecto físico. “[Chespirito] me deu a oportunidade quando começava a trabalhar. Roberto acreditou em mim e aprendi com ele muitas coisas e não termino de aprender”, expressou sobre o comediante, a quem visitou há um mês.
“Recordo o tempo que passávamos juntos e quando trabalhávamos. Disso estivemos falando também”, referiu sobre seu encontro com o comediante, que vive há anos em Cancún.
“Sempre disse que minha amizade com Roberto é como um DVD onde você pausa e não importa o tempo que passe, no momento em que nos reencontramos, desligamos a pausa e segue igual”.
Vivar indicou que o criador de “Chaves” se encontra “lúcido” e que está escrevendo um livro, do qual não revelou detalhes.
Descartou que possam trabalhar juntos, pois “sua criatividade e energia está agora concentrada em escrever, era um homem que produzia, dirigia, pós-produzia e fazia tudo. Tudo tem seu tempo e as circunstâncias, e não pode fazer mais”.
Em breve, Vivar viajará em maio ao Brasil para rodar o filme “Cuando sucede, acontece”. “Eu a estrelo. É uma comédia sobre um cozinheiro que faz cupcakes”, adiantou sobre o filme, que se somará a “No soy guerrillero”, que prevê estrear neste ano.
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Texto: Isaac Garrido, por Associated Press, traduzido por Antonio Felipe
Rubén Aguirre fala sobre seu amigo Chespirito
Rubén Aguirre desfruta de sua aposentadoria em sua residência em Puerto Vallarta, México, de onde concedeu uma entrevista exclusiva para Quién.com, com motivo do aniversário de Chespirito e que, como seu grande amigo e colega, não podia ficar de fora da celebração.
O personagem do Professor Girafales deu reconhecimento mundial a Rubén, que recorda perfeitamente seus inícios junto a Roberto Gómez Bolaños em 1968. “Ele me apresentou um roteiro para Canal 8, que já não existe, eu era o executivo, aceitei e se fez um programa que se chamava El Ciudadano Gómez, ali o conheci e me fez o favor de me incluir em algum programa desses. O programa não teve nenhum êxito e saiu do ar pouco depois, porque não levantava a audiência. Roberto fez uma coisa que se chamava Chespirotadas, eram piadas muito curtas, de 20 ou 30 segundos, que iam salpicando um programa que se chamava Sábado de la Fortuna e deu muita vida a esse programa”.
“Fui o primeiro que trabalhou com ele, tive essa honra”, acrescenta Rubén, que foi testemunha da evolução de Chespirito com o programa Os Supergênios da Mesa Quadrada, que derivou nos próprios shows do Chapolin Colorado e Chaves.
Além de trabalhar juntos, para Rubén, estar ao lado de Chespirito, também foi fazê-lo como um amigo: “Sempre fomos amigos, todos, éramos como uma família, porque convivíamos juntos tanto no estúdio como nas viagens e às vezes estávamos muito mais tempos com nossos companheiros que com nossas próprias famílias. Havia uma grande amizade entre todos, nos ajudávamos, nos queríamos, nos defendíamos”, além de acrescentar que nunca teve nenhum problema com “O rei do humor puro”.
O Professor Girafales compartilha o que é que mais admira de seu amigo: “Realmente admiro seu talento para escrever seus roteiros” e depois de tantos anos de conhecê-lo, assim o recorda: “Como um guia, um mestre, um diretor como nunca tive na vida, era um homem que dirigia o programa e quando você lhe sugeria alguma coisa, a aceitava se era boa, mas se não, te dizia “não”, mas era uma negativa com razão, não te dizia “não” só por dizer, mas por isto e aquilo. Aprendia muito com ele e isso era muito bom”.
“Não sei se lhes aconteceu, mas é muito triste que seu chefe saiba menos que você, que seja chefe porque é cunhado do dono, pois tem que aguentar se você sabe mais. Neste caso foi o contrário, Roberto sabia tanto que aprendíamos todos de sua sabedoria”, comenta Rubén Aguirre sobre a aprendizagem que teve ao lado de seu amigo.
Ainda que existam milhares de anedotas, o Professor Girafales conta uma muito particular que teve com Chespirito: “Em uma ocasião me chamaram dos Estados Unidos para fazer um anúncio e me pagavam muito dinheiro em dólares, eu sempre avisava a Chespirito, porque é o dono do personagem, segue sendo. Quando disse sobre esse comercial, me disse “não”, porque era um anúncio da cerveja Coors, me lembro muito bem. Ele me disse que “é uma cerveja e tua imagem é de professor, você não pode anunciar nem cigarros, nem licores, nem cervejas, e eu lhe disse que tinha toda a razão, assim que lhes disse que não, por minha imagem, e lhes disse quem podia fazer e fez, chamaram “El Piporro”, um grande ator, efetivamente fez o anúncio e lhe pagaram muito bem. Roberto teve toda a razão, até a data me chamaram mil vezes para fazer um comercial que não caia e lhes digo que não, que não vá”.
Antes de terminar a entrevista, Rubén envia uma mensagem a seu grande amigo em seu aniversário de número 85: “Muitas felicidades para Roberto, que passe muito bem seu dia e tenha muitos dias destes”.
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Texto: Jorge Coll, por Quién, traduzido por Antonio Felipe
“Meu avô me ensinou a amar o que fazemos”, diz neta de Chespirito
Sem dúvida ter um avô como Roberto Gómez Bolaños deve ser uma experiência que dificilmente poderia ser resumida em algumas palavras. No entanto, Ana Lorena Pérez Ríos Gómez, filha de Graciela Gómez Fernández e uma dos 12 netos do comediante, contou como foi crescer com uma figura como a sua.
A agora diretora disse: “Não sei se influenciou tal qual no que faço, mas definitivamente sim o fez em como faço. Se algo ele nos ensinou, foi a amar o que fazemos”. E sobre isso, há evidência. Basta ver a apaixonada biografia no Twitter da jovem para descobrir que está relacionada com um dos seus personagens mais amados na história do entretenimento no México: “Diretora… amante, doente de observa a vida… sonhadora constante, mestre, aluna, viajante da alma e louca furiosa”.
Como neta de Chespirito, AnaLo, como a conhecem carinhosamente, compartilhou uma de suas lembranças mais inesquecíveis: “O dia que ele me deu uma mesa para pintar, quando fiz dois anos. Era muito preocupado para que forjássemos a imaginação”.
E é a imaginação uma das faculdades que podemos reconhecer nos múltiplos personagens do comediante, desde o menino que vive em um barril, até o super-herói que se descreve como “mais nobre que uma alface”.
A respeito das gravações nos estúdios, das quais Pérez Ríos assegura que foi testemunha desde pequena, fala: “Me lembro que me impressionou quando os vi pela primeira vez ao vivo e se viam muito menores [os personagens] que na televisão”.
O certo é que ainda que pareçam menores de tamanho, a presença que deixaram as criações intelectuais de Chespirito são tudo menos isso, o que seguramente se deve ao entusiasmo que punha em fazer rir ao seu público, o que confirma sua neta:
“Ele gostava muito de seu trabalho e se divertia muito trabalho, sempre nos disse que o melhor trabalho é aquele em que você pode se divertir”. Roberto Gómez Bolaños passou cerca de 60 anos divertindo-se com seu trabalho, fórmula que lhe trouxe inumeráveis êxitos e reconhecimentos a nível nacional e internacional.
De seu estado de saúde atual, sua neta conta que se encontra bem e sobretudo conservando seu bom humor: “Cada vez que lhe falo e lhe pergunto como está, me diz: ‘cada dia mais bonito, caray!'”.
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Texto: Gaby Moreno, por Quién, traduzido por Antonio Felipe
Séries de Chespirito tiveram êxito também na América do Sul e Europa
O piripaque, a chirpiorca e as pastilhas de nanicolina deram a volta ao mundo, assim como suas frases célebres: “não contavam com minha astúcia”, “foi sem querer querendo”, “me escapuliu”, “e agora, quem poderá nos defender”, “ninguém tem paciência comigo”, “sigam-me os bons”, “agora assim te arrebento as bochechas de buldogue velho”, entre muitas mais que nos remetem a um comediante sem igual que não necessita de apresentações.
Nem o mesmo Roberto Gómez Bolaños, como reconheceu em uma twitcam, sabe explicar o porquê do êxito de seus programas e personagens, mas foi um feito que o fez muito feliz.
México foi descoberto em muitos países graças aos programas de Chespirito, que de alguma forma e especialmente na América do Sul, tiveram fama pelo sentido de pertencimento da condição social e familiar dos habitantes da vila do Chaves. Outros ingredientes foram o bom humor, os valores, que só podiam ter sido escritos por um bom escritor de comédia e com uma ampla bagagem da cultura popular e o manejo do idioma como Bolaños.
Chespirito foi dos grandes humoristas do país, junto com Tin Tan, mas sua popularidade em todo o mundo o colocaram ao nível de comediantes como Charles Chaplin, Harold Lloyd e Buster Keaton. O mesmo Roberto, e com simplicidade na palavra, declarou em um momento que seu nível de fama superou ao de Cantinflas e Chaplin, inclusive no programa Cómicos y Canciones roubou a cena de Viruta e Capulina, com sua verve e talento como ator, virtude que descobriu aos 29 anos nesse programa.
Além disso, o escritor e produtor mexicano importou dos Estados Unidos a sitcom, ou comédia de situações, séries televisivas que surgiram nos anos 1960 e se distinguiram por incluir risadas gravadas ou ao vivo e desenvolver seus episódios nos mesmos lugares e personagens.
Nem as campanhas de desprestígio que surgiram pela competição entre emissoras puderam com o êxito absoluto do Chaves e Chapolin. A febre se estendeu pelo Brasil, Argentina, Chile, Peru, Venezuela, Panamá e Estados Unidos, apesar de que o cenário e linguagem dos seus programas estavam sobre esquemas chilangos.
O velho continente também se viu contagiado pelo humor de Chespirito, especialmente Espanha, Portugal e Andaluzia, onde se converteu no programa de televisão mais visto em 1995. Também foi visto na África, de onde o comediante recebeu mensagens em sua conta no Twitter, que alcançou 6 milhões de seguidores entre amizades e fãs, com quem se mantém em comunicação.
No Brasil seus programas são transmitidos pelo SBT desde os anos 1980 e superaram a audiência do “Show da Xuxa”, um dos preferidos dos telespectadores. Neste país, o personagem foi batizado como “Chaves” e foi de onde Chespirito recebeu os tweets mais comovedores em reconhecimento ao seu trabalho.
Outro dos países que Chespirito conquistou foi a Argentina, onde lotou o Luna Park com seu show em mais de 16 apresentações. No Chile, encheu duas vezes o estádio de futebol de Santiago em 1977 e o parque Quinta Vergara, em Viña del Mar. Na Venezuela seus programas continuam sendo transmitidos com uma audiência muito alta. Em 1983, lotou duas vezes o Madison Square Garden, em Nova York, com seu espetáculo.
Chespirito percorreu toda a América Latina, à exceção de Cuba, país em que seus programas foram censurados por ter conteúdo de crítica social. Não bastou que o Dr. Chapatin sempre mantivesse bem guardadas as “más palavras e os maus conselhos” no saquinho de papelão que levava em sua mão em todo momento.
Entre os anos 1970 e 1990, os programas de Chespirito foram transmitidos simultaneamente e de forma ininterrupta em pelo menos 20 países e até o dia de hoje, depois de quatro décadas de sua estreia, segue vigente na América Latina, Espanha, Angola, Rússia, Índia e México.
“Os Simpsons” também fazem referência ao comediante mexicano. Os personagens amarelos da famosa série americana retomam frases em espanhol e referências da cultura mexicana em 27 capítulos nas primeiras nove temporadas. Em um dos capítulos, Chespirito superou ao palhaço Krusty no gosto pelos crianças de Springfield.
Roberto Gómez Fernández, filho de Chespirito, e que se encontra na cabeça da produção de seu pai em Televisa, assegurou que não há dia em que não cheguem, de todas as partes e de empresas de todas as lugares, propostas de merchandising com os personagens de Chespirito. Prova disso é que a cada ano se lança algum produto relacionado ao Chaves ou Chapolin.
Discos, souvenirs e regalias pela transmissão de seus programas na Europa, América do Sul e até na África, são fruto do amor e paixão que injetou Bolaños em seu trabalho, reconhecido na homenagem América Celebra a Chespirito. O programa do Chaves foi visto por mais de 350 milhões de pessoas por semana e foi dublado em diversos idiomas, entre eles alemão, japonês, português, russo, francês e italiano. Neste último país, leva o nome de Cecco della Botte e os nomes dos personagens são Cecco (Chaves), Signore Bartolomeo (Seu Madruga), Chicco (Quico), Cacciapalle (Professor Girafales), Chiquirita (Chiquinha) e La Strega del 71 (Dona Clotilde).
As histórias em quadrinhos de Chaves e Chapolin, que saíram à venda no México em 1974, também se internacionalizaram. No México e países vizinhos eram publicadas semanalmente e custavam dois pesos mexicanos, depois chegaram a serem vendidos a 4 e 6 (pesos). As primeiras histórias, que também incluíam o Dr. Chapatin e os Caquitos (Chompiras e Peterete), foram escritas por Chespirito, posteriormente, seu irmão Horácio Gómez, que interpretou o Godinez, foi quem se encarregou das histórias. Também foram distribuídas nos Estados Unidos, Porto Rico, República Dominicana, Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua, Costa Rica e Panamá.
Roberto Gómez Bolaños tem um acervo de 1.278 capítulos, incluindo os episódios de Chaves, Chapolin, os esquetes e os que pertencem ao programa Chespirito, ainda que alguns dos capítulos se perderam ao longo dos anos. Em 1995 foi gravado o último programa de Chespirito.
O fim de seu programa fechou e marcou a história da televisão humorística latinoamericana, ainda que o coração amarelo do Chapolin Colorado continua e seguramente continuará vivo entre mexicanos e estrangeiros.
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Texto: Nuria Patiño, por Quién, traduzido por Antonio Felipe
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Personalidades do Brasil e América Latina mandam parabéns a Chespirito
Diversas personalidades da América Latina e do Brasil enviaram parabéns a Roberto Gómez Bolaños nesta sexta-feira, por ocasião do aniversário do escritor, que completou 85 anos.
Ainda na quinta-feira, Edgar Vivar, o Senhor Barriga, tuítou: “meu afeto e meus melhores desejos SEMPRE, amigo, mestre e inesquecível ser humano em seu dia de aniversário. Passe-o bem. VIVA A VIDA!”. Outro companheiro de Bolaños nas séries CH, o ator Rubén Aguirre, intérprete do Professor Girafales, escreveu: “Um presente da vida ter compartilhado alegrias, tristezas, êxitos e fracassos ao lado de Chespirito“. Alguns dos filhos do escritor também usaram o Twitter para mandar parabéns ao criador de Chaves e Chapolin, como Tereza, Marcela, Paulina e Graciela Gómez Fernández.
Várias personalidades do entretenimento da América Latina usaram as redes sociais para parabenizar Chespirito. A cantora Thalía, que foi uma das condutoras de América Celebra a Chespirito, postou uma foto no Instagram, com a legenda: “Feliz aniversário para o melhor!”. O ator Sebástian Rulli, a cantora Lali Esposito, o presidente da Univision, Alberto Ciurana, a apresentadora Sherlyn, o jogador Sebástian González “Chamagol” e o cantor Marco Antonio Solis foram outros nomes que enviaram parabéns a Bolaños.
No Brasil, o SBT fez várias homenagens através das redes sociais, com uma imagem no Facebook e Twitter em comemoração aos 85 anos do escritor. A apresentadora Patrícia Abravanel e integrantes do elenco da novela Chiquititas também parabenizaram Bolaños. No Instagram, o apresentador Gugu Liberato postou um vídeo com trechos de suas entrevistas com Bolaños, no Viva a Noite. A atriz Tatá Werneck também homenageou o intérprete de Chaves e Chapolin.
Durante a tarde, Roberto Gómez Bolaños fez um único tweet, em que agradeceu ao público pelas homenagens. Através da rede social, o escritor disse: “Muito obrigado por todo o seu carinho e todas as suas felicitações. Estou muito emocionado e agradecido, sempre. Um abraço: Chespirito”.
Confira as postagens:
Roberto Gómez Bolaños comemora 85 anos em família e com saúde frágil, mas estável
Rodeado de alguns poucos familiares e muito perto de seus seis milhões de seguidores no Twitter, o comediante mexicano Roberto Bolaños celebra nesta sexta-feira em Cancún seus 85 anos, com a saúde frágil, porém estável no momento.
“Não teremos uma festa, na hora do almoço vamos ao seu quarto para parabenizá-lo. Sua saúde está frágil e, há algum tempo, ele fica na cama, com acompanhamento médico. Fica uma pessoa com ele 24 horas por dia”, contou à Agência Efe nesta manhã um familiar próximo, que preferiu não se identificar.
Em uma conversa por telefone, o parente disse que ultimamente o criador dos célebres personagens “Chaves” e “Chapolin Colorado” “teve dias bons e ruins”.
De acordo com esse familiar, o comediante tem uma forma de explicar seus problemas de saúde “mais a seu estilo”, pois “diz que correu sem óleo por mais de 40 anos trabalhando e com muitas viagens que o levaram para cima e para baixo, e agora os resultados estão aí”.
“É um homem forte de 85 anos, que não perde o senso de humor. Ficamos muito tristes em vê-lo de cama. Agora, estamos felizes porque já tem três dias que ele está muito bem. Ele até publicou um tweet, e isso nos encoraja. Dessa forma, sabemos que ele se sente bem, com ânimo para escrever para os seguidores”, declarou.
A Televisa, principal emissora do México, já sugeriu por várias vezes que alguém escrevesse as postagens em seu nome, mas ele se nega. “É minha conta e eu comando minhas mensagens”, disse o ator.
Pela rede social, o comediante agradeceu a todos os seguidores pelas mensagens recebidas. “Obrigado por todo o seu amor e todos os parabéns. Estou animado e grato, sempre. Um abraço: Chespirito”, publicou.
Alguns amigos também enviaram recados de felicidades pelas redes sociais. O ator Rubén Aguirre, que na série “Chaves” vive o professor Girafales, postou diversas mensagens e uma foto lembrando a época em que atuavam juntos.
Em uma das mensagens ele escreveu: “Um presente de vida é ter compartilhado alegrias, tristezas, sucessos e fracassos ao lado de (Roberto Bolaños) @ ChespiritoRGB”.
Há alguns anos, ele se mudou para Cancún junto com a mulher Florinda Meza, a Dona Florinda da série. O casal vive em uma casa próximo à Lagoa de Nichupté.
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Texto: Agência EFE, via G1.
Rubén Aguirre e Edgar Vivar falam de seu trabalho com Chespirito
“Sabia que as pessoas seguem dizendo que você e eu estamos loucos”, diz um dos personagens que Roberto Gómez Bolaños criou e que, segundo dois de seus colaboradores mais próximos, também é uma resposta para os detratores que criticam seu “humor simples e popular”.
Para o ator Edgar Vivar, um habitante do universo chesperiano – tendo em conta que o apelido de Gómez Bolaños significa “pequeno Shakespeare” – até a comédia de Aristófanes foi classificada para as classes baixas e ainda assim se manteve por sua universalidade que, diz, também reflete Chespirito.
“Na medida em que mais se toma um tema ou grupo, ou uma situação (na comédia), vai se reduzindo o leque as possibilidades; o objetivo é fazer o maior número de pessoas rirem, fazem mais universal o riso, creio que esse é o grande mérito de Roberto, seu humor é muito universal”, disse Vivar sobre o comediante mexicano que nesta sexta-feira completa 85 anos.
Há mais de quatro décadas que Roberto Gómez Bolaños apresentou o Chapolin Colorado, o Chaves e o Doutor Chapatin, personagens que se inseriram no imaginário coletivo do mexicano e de outros países da América Latina, com rotinas humorísticas inocentes em alguns casos e torpes em outros, diferentes no duplo sentido.
“Seus roteiros tinham três coisas: a simplicidade, a pureza, porque era muito puro o que fazia, e a engenhosidade terrível, já disse o mesmo Chespirito, o drama chega ao coração, mas a comédia chega ao cérebro, à inteligência, é mais difícil triunfar na comédia que com o drama, muito mais difícil, e Roberto conseguiu porque tem a inteligência suficiente e a capacidade para fazer roteiros que chegam à inteligência”, disse Rubén Aguirre.
Rubén, que deu vida ao Professor Girafales no Chaves, recorda as críticas que o programa teve no início das transmissões, ao ser marcado como “um programa para bobos” ou “um programa tonto”, mas que, segundo Aguirre, ao final cumpriu a função de suprir uma necessidade de grande parte da sociedade.
A televisão mexicana viu nascer a série Chespirito em 1970, no Canal 8 – de onde surgiu o nome do Chaves – para se manter no ar por 25 anos. Nela, Gómez Bolaños realizava esquetes com personagens que anos antes havia criado, como Chapolin Colorado, um anti-herói que, pese sua pouca inteligência, vencia o medo para salvar os que necessitavam de ajuda.
Em uma entrevista no Chile em 2008, Gómez Bolaños assegurou que o Chapolin abriu-lhe as portas na televisão, enquanto que o Chaves ganhou o carinho das pessoas. Esse menino órfão que vivia em um barril e que gostava de sanduíche de presunto conquistou o coração de milhões de pessoas na América.
“Sempre haverá uma criança que não é brilhante por falta de alimentação, um senhor que não paga o aluguel, uma mãe superprotetora, essas são as bases da comédia, exagerar os rasgos dos personagens para provocar risos”, disse Edgar Vivar sobre a forma como Chespirito buscou retratar a realidade de vários países do continente.
No mesmo plano, Rubén Aguirre vê o Chaves em qualquer vizinhança mexicana, nas favelas do Brasil ou em condomínios da Argentina. “Existe a vizinhança em todas as partes”.
“Eu creio que (Gómez Bolaños) se baseia na vida real (para construir seus personagens), não só do Professor Girafales; por exemplo, Seu Madruga, um tipo que não encontra trabalho, que tem má sorte, mas é honrado, é bom e no fundo, não é mau, mas tem isso que lhe vá tudo mal (…) há muitas coisas no roteiro baseadas na vida real”, disse Aguirre em entrevista telefônica.
O gênio nas letras de Chespirito
Mais do que um amigo, Edgar Vivar considera Roberto Gómez Bolaños como um mestre que lhe ensinou “a pausa na comédia, de entender quais são os mecanismos do riso”.
“Eu posso dizer que pude ter a honra de ter o melhor escritor na televisão mexicana para me escrever um personagem”, disse o homem que encarnou o Senhor Barriga em Chaves e o Botija em Los Caquitos.
“A mim me tirou de ser um ator medíocre em uma figura da televisão (…) atores como eu, como Ramón (Valdés), Quico (Carlos Villagrán), graças a um personagem, a ideias de um senhor como Roberto Gómez Bolaños se fazem da noite à manhã populares, não só no México, mas em toda a América”, disse o Professor Girafales.
Aguirre disse que na construção de seus personagens, 100% do trabalho era de Gómez Bolaños, “nós éramos zero, tudo era dele”. Ainda que eles contribuíssem com algumas frases como o “ta-ta-ta-ta” de Girafales, que o ator de 80 anos tirou de um professor do primário.
“O ta-ta-ta-ta equivale para a pessoa que para não estourar conta até 10, contar até 10 para não se irritar, aqui para não gritar, não bater, explodir”, disse Aguirre, enquanto que Vivar recordou que a improvisação não estava permitida com Chespirito, tudo era ligado ao roteiro.
“Isso não queria dizer que não se permitia a inclusão de piadas, se podiam fazer durante o ensaio, que fossem de acordo com o personagem, a ação dramática, e que fossem boas”, disse Edgar Vivar, que considera como um objetivo para sua carreira desligar-se de seus personagens que o fizeram popular ao lado de Gómez Bolaños.
“Que bonita vizinhança”
Outra chave do êxito do programa Chespirito foi a convivência de seu elenco por mais de duas décadas, algo parecido com “brincar” dentro do set.
“Toda essa dinâmica, todo esse êxito que se teve, se não nos déssemos bem, não seria possível; existe um mecanismo que é a seleção natural, então houve gente que se separou e houve gente que ficou, e o êxito prevaleceu, porque o êxito estava baseado, como tudo, no trabalho e na dedicação”, disse Edgar Vivar.
Rubén Aguirre disse que o trabalho com o elenco de Chespirito era muito divertido, “brincávamos muito”, em especial com piadas que fazia Ramón Valdés.
“Uma vez, no cimento (de uma banca de um estádio) Ramón foi dormir e ao vê-lo ali dormindo nos ocorreu algo, encontramos várias velas, e começamos a rezar como se estivesse morto (…) quando acordou, tomou coragem e nos correu, mandando-nos longe”, lembrou o ator.
Edgar Vivar destacou a igualdade que imperava no cenário, pese a ser Roberto Gómez Bolaños a figura central do programa, cada um dos personagens tinha a mesma importância.
“Ele era o que produzia, idealizava, que dava a cada um seu brilho, ele poderia ter sido egoísta em algum momento e escrever para ele as melhores piadas, mas não, sempre compartilhou”, concluiu.
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Texto: Jorge Eduardo Gómez/CNN México, traduzido por Antonio Felipe
21/02: Hoje é aniversário de Roberto Gómez Bolaños!
No dia 21 de fevereiro de 1929, nascia o homem que faria a alegria de milhões de pessoas por muitas décadas, de muitas gerações. Há 85 anos nascia Roberto Gómez Bolaños, criador de Chaves, Chapolin, Dr. Chapatin e tantos outros personagens!
Conhecido como Chespirito, apelido dado pelo cineasta Augustín Delgado, ao constatar os grandes talentos de escritor de Bolaños, Roberto nasceu em Cidade do México, filho de Francisco Gómez Liñares e Elsa Bolaños Cacho-Aguilar. Tentou ser jogador de futebol, boxeador e até engenheiro. Mas ao entrar para a agência de publicidade D’Arcy, em 1952, começou sua carreira de enorme sucesso na comunicação.
Escreveu alguns dos programas de maior sucesso no México, como Viruta y Capulina, El Ciudadano Gómez e Os Supergênios da Mesa Quadrada. Em 1970, criaria o Chapolin. E em 1972, criou o Chaves. Em 1973, os personagens ganhavam programas próprios e em pouco tempo, tornavam-se gigantescos sucessos em toda a América.
Com seu humor universal, atemporal, puro, Bolaños cativou milhões de pessoas em todo o mundo. Há mais de 40 anos, suas séries são sucesso em todos os países em que são exibidas. Além de ser um grande escritor, exercitou seu talento primordial no teatro, atuação, direção, poesia e música.
Em 2012, foi celebrado na homenagem América Celebra a Chespirito. Atualmente, Bolaños vive em Cancún com sua esposa Florinda Meza. Segue escrevendo e sendo celebrado diariamente por seus milhões de fãs em todo o mundo.
No Brasil, suas séries são amadas de forma incondicional. Ele mesmo reconhece que talvez nem mesmo no México haja tanta gente apaixonada pelos seus personagens. Graças a Bolaños, conhecemos a alegria, a comédia, de um modo simples, singelo e de imensa qualidade. Graças a Bolaños, conhecemos personagens que são parte de nossas vidas. Conhecemos uma vila com pessoas com seus defeitos e qualidades, tal como gente que encontramos em toda a América Latina. Chespirito nos ensinou grandes lições. Nos fez chorar. Apresentou-nos o bom sentido do humor.
Por tudo isso, mais que feliz aniversário, dizemos hoje: MUITO OBRIGADO, CHESPIRITO!
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Texto: Antonio Felipe