Chaves e Chapolin são programas que até hoje servem de referência como atração televisiva infanto-juvenil. Seus personagens, histórias e quadros fazem tanto baixinhos como grandinhos se emocionarem. Talvez isso ajude a explicar algo que não é lá tão racional: a magia de se assistir ao vivo os atores que fizeram parte dessas produções. No caso do bonachão Edgar Vivar, que eternizou os papeis de Senhor Barriga e de Nhonho, o encanto e a veracidade de suas atuações são diretamente proporcionais ao peso de seu personagem mais famoso. No ano passado, o simpático senhor trouxe toda essa alegria para Porto Alegre, onde fez, inclusive, muito marmanjo sentir-se criança novamente. Faceiro com o sucesso e o carinho dos fãs locais, Vivar fez questão de agendar um retorno por estes pagos. Em sua segunda passagem pelo Rio Grande do Sul, com o espetáculo “Senhor Barriga É Jovem Ainda!”, o mexicano fará apresentações na Capital (28/9), em Pelotas (29/9) e em Caxias do Sul (30/9).

Antes de desembarcar por aqui o ator respondeu, por e-mail, uma entrevista para a Abstratti Produtora – responsável pelos espetáculos em solo gaúcho. No bate-papo, ele fez questão de ressaltar a felicidade que compartilha com seus admiradores e garantiu que não pretende parar tão cedo (mesmo beirando os 70 anos). Segundo o próprio humorista, ainda existem muitos alugueis para serem cobrados.

O senhor veio pela primeira vez ao Rio Grande do Sul no ano passado, quando fez uma única apresentação em Porto Alegre. Quais suas lembranças da ocasião? O que mais lhe chamou a atenção na cidade e no povo gaúcho? 
Com certeza vocês me proporcionaram momentos muito especiais! Abrimos a turnê de 2012 com o show de Porto Alegre, e eu não sabia o que esperar por ser a minha primeira vez na cidade. Posso dizer que vocês superaram todas as minhas expectativas. Passei ótimos momentos ao lado dos amigos gaúchos, que me receberam cheios de carinho e também com muito churrasco e chimarrão (risos)! Foi tudo muito especial e não vejo a hora de encontrá-los novamente.

Quais as diferenças do espetáculo apresentado em 2012 e do que será mostrado este ano? 
Eu costumo dizer que o show “Sr. Barriga É Jovem Ainda!” é uma montanha-russa de emoções. Você nunca sabe o que vai acontecer, até porque interajo muito com o público e isso garante momentos únicos em cada apresentação. Mas também estou preparando surpresas para esses shows no RS. Aguardem!

Quando o senhor entra no palco, parece algo mágico, uma energia positiva muito forte e emocionante. Já parou para pensar nisso? Qual sua motivação para seguir apresentando shows e fazendo a alegria dos fãs? Tem planos para se aposentar? 
Me aposentar? Nem pensar! Ainda tenho muitos alugueis para cobrar (risos)! Acho que a resposta está na própria pergunta. Como poderia pensar em me aposentar e não sentir mais essa energia que você menciona? É isso que me dá ainda mais vontade de continuar. Você diz que eu estou “fazendo a alegria dos fãs”, mas na verdade são eles que estão fazendo a minha. Na apresentação do ano passado aí em Porto Alegre, a plateia cantava alto todas as músicas, ria alto e se emocionava. Essa é a minha motivação! É ótimo saber que tenho tantos amigos que ainda não me foram apresentados espalhados pelo mundo. Mas é ainda melhor poder conhecê-los.

Depois de sua passagem pelo Rio Grande do Sul, seu ex-companheiro de seriado, Carlos Villagrán (o Kiko), também fez show em Porto Alegre. Ele foi, inclusive, nomeado como embaixador da Copa do Mundo 2014, que ocorrerá no Brasil. O senhor ainda mantém contato com Villagrán? Chegaram a conversar sobre suas experiências no Rio Grande do Sul? O que achou da indicação dele para ser embaixador da Copa? 
A última vez que estive com Carlos foi um pouco antes da turnê dele pelo Brasil. Eu desejei muito sucesso para ele, mas tinha certeza que o povo brasileiro o receberia de braços abertos como sempre fazem conosco. Ele acabou engatando uma turnê no Peru na seqüência e eu estive viajando muito para promover o lançamento do filme Meu Malvado Favorito 2, no qual eu dublo um dos personagens. Também estive envolvido em diferentes peças de teatro. Então, acabamos não nos encontrando mais.

Para fechar: qual o senhor apontaria como o momento mais marcante de sua carreira como comediante e qual a sua cena preferida no Chaves e no Chapolin?
Eu adoro os episódios do Chaves gravados em Acapulco e também o especial de Natal que se passa na casa do Sr. Barriga. Também gravamos um episódio do Chapolin naquele mesmo hotel em Acapulco, que é um dos meus preferidos. Gravar o Chapolin sempre foi muito divertido, pois em um dia você estava numa pirâmide, no outro ia para o velho oeste, enfrentava lobisomens, extraterrestres e por aí vai. Não tenho como destacar um momento marcante, só agradeço a Deus por todos os momentos felizes que a minha carreira me proporcionou e ainda me proporciona.

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Texto: Abstratti Produtora