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Memória CH: Kiko percorre o interior de São Paulo em circo (1997)

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Em abril, o ator Carlos Villagrán desembarca no Brasil para uma turnê de despedida de seu personagem Kiko, com shows em São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte. O Memória CH resgata uma notícia sobre a turnê que Villagrán fez no interior de São Paulo em 1997, com o Circo Stankowich. Confira:

Kiko, agora, anima circo no interior
O ator Carlos Villagrán, que ganhou fama no seriado “Chaves”, vai rodar o Estado de São Paulo durante 45 dias

EDUARDO ZANELATO
Especial para o Estado

Mesmo 18 anos depois de ter deixado o elenco do seriado Chaves, o bochechudo Kiko continua a ser o ganha-pão de Carlos Villagrán. Na semana passada, o ator mexicano chegou ao país para uma turnê pelo interior de São Paulo. Durante 45 dias, Villagrán volta a encarnar o personagem nas apresentações do Circo Stankowich. A estréia será em Campinas. “As trapalhadas do Kiko encerram o espetáculo: ele tenta tocar violão, cantar e dançar, mas não consegue”, diz Villagrán.

Segundo o ator, Kiko era mais popular do que Chaves, o que seria uma das causas de sua saída do elenco. “Havia muito ciúme”, comenta. Carlos Villagrán tentou, sem sucesso, permanecer na TV: voltou a representar o personagem em programas no México e na Venezuela. Uma das séries foi exibida pela Bandeirantes.

Na década de 80, Villagrán caiu na vida mambembe. Passou a percorrer os países onde Chaves era exibido, fazendo shows. Em 1995, esteve no sul do Brasil. Hoje, seus planos incluem shows na Europa e na Ásia – provavelmente em fevereiro. Aonde quer que vá, Villagrán tem de revelar o “segredo” das bochechas do Kiko. “Não uso nada artificial, apenas encho as bochechas de ar”, diz. “Eu nasci com esse defeito de fabricação”.

Sem artistas na família, Carlos Villagrán iniciou sua trajetória em 1971, com pequenas participações em programas humorísticos. No ano seguinte, o personagem que o tornou célebre surgiu ao lado de Chaves e sua turma, num quadro de Chespirito (CNT/Gazeta), programa da emissora mexicana Televisa, em que atuou por sete anos. Chegou a interpretar personagens sérios no teatro, mas sempre gostou de comédia. “É muito melhor fazer o público rir do que chorar”, afirma.

Concorrência – O ator diverte-se ao saber que muitos brasileiros pensam que ele está morto (do elenco, os únicos mortos são os intérpretes do sr. Madruga e de Dona Clotilde, a Bruxa do 71). “Foi a concorrência do SBT que inventou isso”, diz.

Villagrán afirma que nenhum dos seis filhos dos seus dois casamentos pretende seguir a carreira artística. “Não tenho sucessores”, lamenta Villagrán. Aos 48 anos, o comediante, que de bobo não tem nada, não descarta a possibilidade de trabalhar no vídeo, até mesmo no Brasil. “Se houver alguma proposta, terei muito prazer em voltar à TV”.

* Publicado no jornal O Estado de São Paulo, em 8 de junho de 1997.

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Pesquisa: Antonio Felipe

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