Edgar Vivar: “me despedi de meus personagens da vizinhança”
O ator Edgar Vivar, reconhecido por seus personagens Nhonho, Botijão e Senhor Barriga, volta a Lima, no Peru, para fazer teatro, mas esclarece que não tem interesse em recriar os personagens de Chespirito.
Você está de volta ao Peru em 28 de maio para estrelar a obra “En el parque” com Ricky Tosso.
Sim, trata-se de dois velhos simpáticos, um quase cego e outro com Alzheimer… Ricky Tosso escolheu bem a obra. A mim me toca interpretar o ancião míope que compartilha o banco de um parque com outro que se torna seu amigo.
O que significa o Peru em sua carreira?
Muitas coisas… Foi a porta de entrada da América do Sul para o Chaves. Também significa regressar à minha casa, por isso não pensei duas vezes quando Ricky me propôs a obra. Por isso, já que não quis seguir fazendo o Nhonho, por respeito ao público e a mim mesmo.
Mas seus companheiros Maria Antonieta de las Nieves e Carlos Villagrán seguem com seus personagens.
Está bem, é uma decisão pessoal, a respeito. Eles segue fazendo, eu não. Eu fiz uma turnê de despedida há mais de 12 anos com meus personagens e foi emocionante. Preferi sair de minha zona de conforto e fazer outras coisas.
O que significou Chespirito em sua carreira de atuação?
Não poderia entender minha vocação de ator sem ele. Posso dizer que foi o melhor escritor de televisão em língua espanhola que me criou três personagens.
Acredita que as rixas entre os atores de Chaves mancharam a imagem da vizinhança?
Deteriorar a imagem da vizinhança? Imagino que sim no consciente popular, porque a imagem de fora sempre foi harmônica, mas aí está a decisão dos envolvidos… Nossa amizade vai mais além disso.
Gostaria de um reencontro com eles?
Um reencontro profissional eu vejo pouco provável, mas seguimos nos vendo. Juntarmos os que estamos vivos, vejo difícil. Montar um show seria pouco provável e não seria uma boa decisão.
Pensa em se aposentar?
Penso que o público é quem aposenta e há que ter lucidez suficiente para se dar conta disso. Não é bom se prender às coisas. Não quis me prender a um personagem, trato de me diversificar. Antes de tudo sou um ator.
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Texto: Peru21, traduzido por Antonio Felipe
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