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"Minha amizade com Chespirito é como um DVD", diz Edgar Vivar
No filme "Fachon Models", Edgar Vivar interpreta um ator considerado "o rei dos infomerciais" e que morre em pleno cenário, fazendo o que mais gosta: atuar.
Na vida real, Vivar, reconhecido por seu papel de Nhonho e Botijão, reconhece que "seria genial" morrer atuando, mas até agora não contemplou a morte.
"Seria genial morrer trabalhando, mas isso não está em meus planos", disse Vivar, de 65 anos, em tom de piada nesta segunda-feira, em coletiva de imprensa para apresentar o filme.
O filme, que estreia na sexta-feira no México, segue Ulises (Eugenio Bartilotti), um ator gordo de comerciais de produtos que são vendidos pela televisão e seu amigo "El Charal" (Héctor Jímenez), que aspira se sobressair nesse mundo.
Dirigida por Rafael Monteiro, "Fachon Models" explora as dificuldades e os estereótipos de beleza masculina que enfrentam alguns atores.
Vivar indicou que a comédia lhe remeteu a seus inícios artísticos. "A mim me toca muito de perto, comecei fazendo comerciais. Tive que lutar muito com o estereótipo e me chamaram para fazer comerciais por ser gordo e tive que demonstrar que tinha talento. De alguma forma tive que fazer, mas o que viram primeiro em mim é que era uma pessoa gorda", recordou o ator, que participou de filmes como "O Orfanato" e "Bandidas".
Foi Roberto Gómez Bolaños quem se fixou em seu talento e não em seu aspecto físico. "[Chespirito] me deu a oportunidade quando começava a trabalhar. Roberto acreditou em mim e aprendi com ele muitas coisas e não termino de aprender", expressou sobre o comediante, a quem visitou há um mês.
"Recordo o tempo que passávamos juntos e quando trabalhávamos. Disso estivemos falando também", referiu sobre seu encontro com o comediante, que vive há anos em Cancún.
"Sempre disse que minha amizade com Roberto é como um DVD onde você pausa e não importa o tempo que passe, no momento em que nos reencontramos, desligamos a pausa e segue igual".
Vivar indicou que o criador de "Chaves" se encontra "lúcido" e que está escrevendo um livro, do qual não revelou detalhes.
Descartou que possam trabalhar juntos, pois "sua criatividade e energia está agora concentrada em escrever, era um homem que produzia, dirigia, pós-produzia e fazia tudo. Tudo tem seu tempo e as circunstâncias, e não pode fazer mais".
Em breve, Vivar viajará em maio ao Brasil para rodar o filme "Cuando sucede, acontece". "Eu a estrelo. É uma comédia sobre um cozinheiro que faz cupcakes", adiantou sobre o filme, que se somará a "No soy guerrillero", que prevê estrear neste ano.
Administrador desde 2010, no meio CH desde 2003.