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Lançado em 1º de agosto, o programa
Fofocando já durou mais do que se esperava. Sua audiência em mais de uma ocasião ficou abaixo dos sofríveis quatro pontos na Grande São Paulo. A maior foi de sete, em agosto, em um dia em que
Mara Maravilha dividiu a bancada com Leão Lobo e Mamma Bruschetta.
Esse pico encorajou os diretores do SBT a efetivar a ex-jurada de Silvio Santos e ex-barraqueira de A Fazenda como "apresentadora" da atração de fofocas, agora realizada no mesmo sofá que já foi de Hebe Camargo.
Com manifestações homofóbicas e gordofóbicas, a evangélica maliciosa
não tem outra função no Fofocando a não ser forçar intrigas, tentar polemizar, provocar os colegas do próprio programa - tudo numa encenação de qualidade duvidosa.
Ela não tem informação (pelo contrário, demonstra estar despreparada para falar de vidas conjugais de famosos). Preconceito, tem de sobra.
Fofocando é um programa barato. Ele é feito graças ao trabalho de outros jornalistas. Quase todas as informações que veicula são chupinhadas de colunas e sites especializados em televisão e celebridades - a exceção é o conteúdo apresentado pelo jornalista Léo Dias, agregado ao elenco da atração na última sexta (30).
Seus videotapes se limitam a narrações em off ilustradas com fotografias ou imagens de divulgação.
O programa de ontem (5) gastou 19 minutos para informar e "debater" assuntos com alguma relação com o espiritismo. A primeira notícia, replicada literalmente de um site, relatava que Florinda Meza, viúva de de Roberto Gómez Bolaños, o Chaves, vem tentando "fazer contato com o marido falecido" no final de 2014. A contribuição de Mara foi no mínimo desnecessária. Ela sugeriu que dona Florinda deixe Bolaños nas mãos de Deus e que vá "passear no shopping". "Você tem que desapegar, praticar o desapego", aconselhou à atriz mexicana.
A personagem de Mara faz a linha desinformada. Duvidou que a apresentadora norte-americana Oprah Winfrey já esteve com o médium brasileiro João de Deus. Obviamente, ela sabia disso, foi brifada pela produção. Isso ficou claro porque sua pergunta a Léo Dias (se existia algum registro fotográfico do encontro) era a deixa para a direção do programa exibir imagens.
Mara, no entanto, apresentou Oprah como "a mulher mais rica do mundo". Uma pesquisa de milésimos de segundos na internet revelaria que a apresentadora é apenas a 239ª mulher mais afortunada do planeta, segundo a revista Forbes.
Na falta de ter o que dizer, Mara atropela os colegas com comentários desnecessários ou cantarolando trechos de alguma música. Fala coisas nonsense, como "Você coloca chuchu no feijão e ele pega gosto". No Fofocando, alimenta uma falsa atração sexual pelo Homem do Saco, um personagem que se apresenta com um saco de supermercado na cabeça e que também não tem absolutamente nada a dizer. Par perfeito para Mara, suas intervenções são infantis.
Mas o esporte preferido de
Mara parece ser polemizar sobre homossexualidade. Na sexta passada, afirmou que "está na moda virar homossexual" ao comentar sobre o closing out da jornalista Fernanda Gentil, que assumiu namorar uma mulher. F
oi bombardeada por Leão Lobo, gay assumido, e por Mamma Bruschetta, um homem (o ator Luiz Henrique Benincasa) que se veste de mulher. Ontem, insinuou sobre a sexualidade de Léo Dias, lamentando que o jornalista não "gosta da fruta" (ela se referia a uma mulher). "A Mara é tipo Cura Veado", batizou Leão Lobo.
Para alívio dos militantes gays, obesos e adeptos do espiritismo, Mara não está funcionando no Fofocando. A audiência do programa caiu na semana passada, quando ela entrou para o programa. Só melhorou nesta semana, com a chegada de Léo Dias.
Nas redes sociais, Mara é metralhada diariamente. "Gosto do Fofocando, mas Mara dificulta a a fofoca", sintetizou no Twitter a telespectadora Julianna Malheiros.