Questões sobre gênero
Discussões sobre machismo, feminismo, sexismo e assuntos relacionados
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Questões sobre gênero
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI
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Questões sobre gênero
Startup do sexo
Grupo Globo financia prostituição no Brasil
A burguesia promove a prostituição e é fatal com as mulheres e seus direitos
Organizações Globo patrocinando site de prostituição no Brasil – Foto: Reprodução
Sob o argumento de “segurança, respeito e empoderamento”, Globo, Fantástico, Globo Play, Globo Esporte financiam a prostituição no Brasil.
Ultimamente, estão aparecendo nos estádios de futebol a propaganda da Fatal Model, que se designa como startup do sexo. A Fatal Model se compara com a Uber e a 99 Pop, que não se consideram uma empresa de transporte. A Fatal Model não se considera uma empresa de acompanhantes, nome usado para tirar o impacto do termo correto que é prostituição, mas sim como uma empresa de tecnologia (startup), uma ferramenta que facilitaria tanto para os clientes como para os profissionais do sexo na demanda e oferta da atividade: “empoderar profissionais do mercado adulto, rompendo tabus sobre a profissão e atuando como um facilitador no contato com clientes através da tecnologia”.
A empresa foi criada em 2016 com o propósito de conectar as duas pontas, quem busca acompanhantes com quem pretende oferecer esse serviço, independentemente de sexo e gênero, apesar da maior parte das ofertas ser feita por mulheres.
Logo que se entra no site, existe a informação de que a prostituição é legalizada no Brasil. Dizem que a prostituição é legalizada mas não é regulamentada. Vejamos, como uma profissão pode ser legalizada sem ser regulamentada? Isso não existe, a verdade é que a prostituição é reconhecida como uma atividade que existe no pais pelo COB (Classificação Brasileira de Ocupações) desde 2002 sob o número 5198-05.
Os profissionais do sexo podem recolher contribuições previdenciárias e garantir direitos comuns a todos os trabalhadores, como aposentadoria e auxílio-doença, pagando carnê do INSS como um profissional liberal qualquer – vendedor de cachorro quente, pipoqueiro etc. Já é diferente da diarista de serviços domésticos, que existe regulamentação com a Lei Complementar 150/15. O ex-deputado do PSOL Jean Wyllys propôs o PL 4211/2012 para regulamentar a atividade dos profissionais do sexo, mas em 31/01/2019, esse projeto foi arquivado.
Outra questão que chama a atenção no site da Fatal Model é que a agência de facilitação da prostituição é patrocinada em larga escala pela rede Globo. Mas, ao descobrimos que esse “ramo” movimenta R$ 200 bilhões por ano no Brasil, fica mais fácil entender o porquê. É o capitalismo fazendo o que de melhor sabe fazer, explorar as mulheres, usar seus corpos e ficar com a maior parte do dinheiro.
Sobre o conceito de empoderamento das mulheres, que basicamente é alcançar a igualdade entre gêneros, direitos iguais etc., além de ser uma balela identitária, os dados pelo mundo mostram que as mulheres sempre são as mais exploradas.
Uma pesquisa da Fundação francesa Scelles de 2012 já mostrava que 40 milhões de pessoas se prostituem no mundo, sendo que 75% delas são mulheres entre 13 e 25 anos. E, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), em um estudo sobre AIDS no Brasil, existem, pelo menos neste estudo, 547 mil “acompanhantes” no país. Acreditamos que o número seja bem maior, já que a pandemia da covid-19 jogou milhares de mulheres e seus filhos na miséria, e que os governos não fizeram absolutamente nada para essas mulheres, restando para elas entrarem na “vida fácil” da prostituição.
Outro dado interessante é que 90% dessas mulheres têm um cafetão, que é basicamente o que a Fatal Model faz sob o pretexto de ser uma startup. E vamos lembrar que a atividade de cafetinagem é crime previsto em lei, mas, naturalmente, as leis não servem para a rede Globo. Na verdade, eles estão comemorando.
https://fatalmodel.com/blog/plataforma/ ... nde-midia/
Time de futebol “Altos do Piauí” patrocinado pela Fatal Model.
O site oferece muitos serviços, orientações, lives, planos de assinatura… O menu é bem abrangente.
Vale ressaltar que não é de 2016 que a Globo tenta tratar a prostituição como uma atividade normal na TV. Em 2014, Luciano Huck tentou explorar um quadro no programa onde estaria aproximando mulheres brasileiras dos gringos que viriam para o Brasil na Copa do Mundo. Pegou tão mal que a postagem que ele fez num dia já tirou no outro. As pessoas acusaram a “iniciativa” de incentivo a prostituição, coisa que a Globo negou, defendendo seu ilustre apresentador.
A sociedade burguesa moralmente ataca as mulheres prostitutas que estão nas ruas. Essas mulheres não têm nenhum direito garantido, pois, finalmente, diante de tantos ataques hipócritas, quem tem coragem de pagar um carnê do INSS se dizendo prostituta? Como a própria Fatal Model coloca, a maioria das pessoas que estão cadastradas são mulheres, as quais eles dizem estar “empoderando”. Mas o que é empoderar uma mulher a se prostituir senão reduzir a mulher a um objeto, ao comércio de seu próprio corpo? E ainda com total aval da própria burguesia que ataca as prostitutas, que lhes negam direitos aos serviços de saúde, aposentadoria, vida digna?
A burguesia não cansa de a todo custo colocar as mulheres aos seus serviços, submetida, objetificada e sem direitos. Pois se a mesma prostituta que eles estão promovendo engravidar, ela não tem direito a fazer um aborto seguro, ou a ter renda para se sustentar durante e após a gravidez.
O Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo vem debatendo várias questões pertinentes às mulheres dentro da luta de classes. Somos totalmente contra o identitarismo, que só faz enfraquecer a luta das mulheres trabalhadoras, colocando que a liberdade das mulheres virá pela liberdade sexual, o que, como vimos acima, é uma enorme mentira. Além disso, a política identitária naturaliza a prostituição que, além de uma exploração do corpo da mulher, não produz nenhum bem para a coletividade
O coletivo Rosa Luxemburgo discutiu o direito da mulher ao aborto seguro baseado no desejo da mulher, realizado por serviço público de saúde gratuito e seguro, e no direito da mulher de ter seu filho e poder criá-lo dignamente. Para tanto, o programa do coletivo prevê que as mulheres gravidas recebam ao menos um salário mínimo para ela e ao menos um salário mínimo para cada criança até os 21 anos. O objetivo é que a criança possa ter os cuidados mínimos necessários e estudar sem precisar trabalhar ou largar os estudos para trabalhar.
Esses são pontos mínimos que devemos exigir dentro da sociedade capitalista que trata as mulheres como propriedade privada. Ademais, deve ficar claro que a liberdade da mulher virá principalmente por vias de sua emancipação econômica.
https://www.causaoperaria.org.br/rede/p ... no-brasil/
Grupo Globo financia prostituição no Brasil
A burguesia promove a prostituição e é fatal com as mulheres e seus direitos
Organizações Globo patrocinando site de prostituição no Brasil – Foto: Reprodução
Sob o argumento de “segurança, respeito e empoderamento”, Globo, Fantástico, Globo Play, Globo Esporte financiam a prostituição no Brasil.
Ultimamente, estão aparecendo nos estádios de futebol a propaganda da Fatal Model, que se designa como startup do sexo. A Fatal Model se compara com a Uber e a 99 Pop, que não se consideram uma empresa de transporte. A Fatal Model não se considera uma empresa de acompanhantes, nome usado para tirar o impacto do termo correto que é prostituição, mas sim como uma empresa de tecnologia (startup), uma ferramenta que facilitaria tanto para os clientes como para os profissionais do sexo na demanda e oferta da atividade: “empoderar profissionais do mercado adulto, rompendo tabus sobre a profissão e atuando como um facilitador no contato com clientes através da tecnologia”.
A empresa foi criada em 2016 com o propósito de conectar as duas pontas, quem busca acompanhantes com quem pretende oferecer esse serviço, independentemente de sexo e gênero, apesar da maior parte das ofertas ser feita por mulheres.
Logo que se entra no site, existe a informação de que a prostituição é legalizada no Brasil. Dizem que a prostituição é legalizada mas não é regulamentada. Vejamos, como uma profissão pode ser legalizada sem ser regulamentada? Isso não existe, a verdade é que a prostituição é reconhecida como uma atividade que existe no pais pelo COB (Classificação Brasileira de Ocupações) desde 2002 sob o número 5198-05.
Os profissionais do sexo podem recolher contribuições previdenciárias e garantir direitos comuns a todos os trabalhadores, como aposentadoria e auxílio-doença, pagando carnê do INSS como um profissional liberal qualquer – vendedor de cachorro quente, pipoqueiro etc. Já é diferente da diarista de serviços domésticos, que existe regulamentação com a Lei Complementar 150/15. O ex-deputado do PSOL Jean Wyllys propôs o PL 4211/2012 para regulamentar a atividade dos profissionais do sexo, mas em 31/01/2019, esse projeto foi arquivado.
Outra questão que chama a atenção no site da Fatal Model é que a agência de facilitação da prostituição é patrocinada em larga escala pela rede Globo. Mas, ao descobrimos que esse “ramo” movimenta R$ 200 bilhões por ano no Brasil, fica mais fácil entender o porquê. É o capitalismo fazendo o que de melhor sabe fazer, explorar as mulheres, usar seus corpos e ficar com a maior parte do dinheiro.
Sobre o conceito de empoderamento das mulheres, que basicamente é alcançar a igualdade entre gêneros, direitos iguais etc., além de ser uma balela identitária, os dados pelo mundo mostram que as mulheres sempre são as mais exploradas.
Uma pesquisa da Fundação francesa Scelles de 2012 já mostrava que 40 milhões de pessoas se prostituem no mundo, sendo que 75% delas são mulheres entre 13 e 25 anos. E, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), em um estudo sobre AIDS no Brasil, existem, pelo menos neste estudo, 547 mil “acompanhantes” no país. Acreditamos que o número seja bem maior, já que a pandemia da covid-19 jogou milhares de mulheres e seus filhos na miséria, e que os governos não fizeram absolutamente nada para essas mulheres, restando para elas entrarem na “vida fácil” da prostituição.
Outro dado interessante é que 90% dessas mulheres têm um cafetão, que é basicamente o que a Fatal Model faz sob o pretexto de ser uma startup. E vamos lembrar que a atividade de cafetinagem é crime previsto em lei, mas, naturalmente, as leis não servem para a rede Globo. Na verdade, eles estão comemorando.
https://fatalmodel.com/blog/plataforma/ ... nde-midia/
Time de futebol “Altos do Piauí” patrocinado pela Fatal Model.
O site oferece muitos serviços, orientações, lives, planos de assinatura… O menu é bem abrangente.
Vale ressaltar que não é de 2016 que a Globo tenta tratar a prostituição como uma atividade normal na TV. Em 2014, Luciano Huck tentou explorar um quadro no programa onde estaria aproximando mulheres brasileiras dos gringos que viriam para o Brasil na Copa do Mundo. Pegou tão mal que a postagem que ele fez num dia já tirou no outro. As pessoas acusaram a “iniciativa” de incentivo a prostituição, coisa que a Globo negou, defendendo seu ilustre apresentador.
A sociedade burguesa moralmente ataca as mulheres prostitutas que estão nas ruas. Essas mulheres não têm nenhum direito garantido, pois, finalmente, diante de tantos ataques hipócritas, quem tem coragem de pagar um carnê do INSS se dizendo prostituta? Como a própria Fatal Model coloca, a maioria das pessoas que estão cadastradas são mulheres, as quais eles dizem estar “empoderando”. Mas o que é empoderar uma mulher a se prostituir senão reduzir a mulher a um objeto, ao comércio de seu próprio corpo? E ainda com total aval da própria burguesia que ataca as prostitutas, que lhes negam direitos aos serviços de saúde, aposentadoria, vida digna?
A burguesia não cansa de a todo custo colocar as mulheres aos seus serviços, submetida, objetificada e sem direitos. Pois se a mesma prostituta que eles estão promovendo engravidar, ela não tem direito a fazer um aborto seguro, ou a ter renda para se sustentar durante e após a gravidez.
O Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo vem debatendo várias questões pertinentes às mulheres dentro da luta de classes. Somos totalmente contra o identitarismo, que só faz enfraquecer a luta das mulheres trabalhadoras, colocando que a liberdade das mulheres virá pela liberdade sexual, o que, como vimos acima, é uma enorme mentira. Além disso, a política identitária naturaliza a prostituição que, além de uma exploração do corpo da mulher, não produz nenhum bem para a coletividade
O coletivo Rosa Luxemburgo discutiu o direito da mulher ao aborto seguro baseado no desejo da mulher, realizado por serviço público de saúde gratuito e seguro, e no direito da mulher de ter seu filho e poder criá-lo dignamente. Para tanto, o programa do coletivo prevê que as mulheres gravidas recebam ao menos um salário mínimo para ela e ao menos um salário mínimo para cada criança até os 21 anos. O objetivo é que a criança possa ter os cuidados mínimos necessários e estudar sem precisar trabalhar ou largar os estudos para trabalhar.
Esses são pontos mínimos que devemos exigir dentro da sociedade capitalista que trata as mulheres como propriedade privada. Ademais, deve ficar claro que a liberdade da mulher virá principalmente por vias de sua emancipação econômica.
https://www.causaoperaria.org.br/rede/p ... no-brasil/
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Questões sobre gênero
Política e Mulheres
Representatividade?
O erro está em acreditar que a simples mudança no gênero, cor da pele ou orientação sexual poderá representar a mudança.
Senadoras da República em sua bancada feminina – Agência Senado
Faz alguns poucos dias, um articulista de esquerda liberal reclamava da baixa representatividade feminina na Câmara de Deputados. Exaltava a importância das mulheres nos espaços públicos e afirmava de forma categórica que “se houvesse mais mulheres no poder legislativo a legalização do aborto já teria sido aprovada”.
Será mesmo?
Vejamos: temos 77 parlamentares mulheres em um universo de 513 representantes, onde 15% das vagas são ocupadas por quem representa mais de 52% da população brasileira. Por certo que é pouco, mas já houve avanços: em 1982 eram apenas 8 mulheres no congresso, e em 1998 somente 28. Hoje, já se pode dizer que existe uma real “bancada feminina” no Congresso Nacional. Não há dúvida que as mulheres são uma categoria sub-representada e que isso certamente tem consequência nas políticas que são defendidas pela casa legislativa. Entretanto, seria possível dizer que se elas fossem 52% da casa (a real representatividade do gênero) seria muito diferente? Haveria uma facilidade para aprovar pautas que as feministas desejam ver aprovadas? Haveria progresso na equidade de gênero, distribuindo de forma igualitárias ganhos, deveres e direitos?
Creio que esta suposição não passa de uma fantasia, um desejo sem lastro na realidade, e apresento alguns dados que podem confirmar minha perspectiva. Não acredito ser possível desenhar uma linha reta ligando a representatividade de gênero com as políticas em favor da mulher. O mesmo em relação aos não-brancos, igualmente pouco representados. O que vemos hoje é que a maioria das parlamentares da bancada federal é conservadora e aliada de Bolsonaro. Surpresos? Pois não deveríamos estar, pois as mulheres no Brasil não tem uma postura muito diferente daquelas dos homens no que se refere à posição no espectro político. Das 77 deputadas eleitas em 2018 para a atual legislatura 55 votam com Bolsonaro. Ou seja, 71% das mulheres representantes no Congresso Nacional são conservadoras e não seria difícil perceber que sua posição frente ao aborto seria absolutamente contrária à legalização. Segundo a reportagem, a pesquisadora do Grupo de Estudos de Gênero e Política (Gepô) da Universidade de São Paulo (USP), Hannah Maruci frisa que “mais da metade das mulheres eleitas estão à direita no espectro político -– ou seja, mais próximas à posição política do presidente”.
Podemos reclamar de Damares Alves, pela sua postura reacionária e dogmática no que diz respeito aos direitos femininos, mas é injusto dizer que ela não representa a média das mulheres brasileiras.
Contrariamente a outros países do mundo, a participação das mulheres na política representativa é extremamente baixa no Brasil. O país com a maior representatividade é Ruanda com surpreendentes 63% de parlamentares mulheres, país da África que foi devastado por uma guerra civil que matou mais de um milhão de habitantes nos anos 90 do século passado. Cuba em segundo lugar, tem uma representatividade que se aproxima do percentual de mulheres no país, e a maior presença de mulheres na esfera política é um dos claros e inquestionáveis resultados do processo revolucionário cubano. O Brasil ocupa a vergonhosa posição 145, entre a Índia e Gana.
Em um estudo realizado na cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, com quase 1500 mulheres entre 15 e 49 anos de idade, apenas 30% delas se posicionaram positivamente à legalização irrestrita do aborto – como é o desejo de muitas feministas – o que está em sintonia com a representação de mulheres progressistas na atual composição das mulheres do poder legislativo.
É evidente que não se pode dizer que a representatividade é inútil e/ou supérflua. Muito pelo contrário: ter pessoas que sentem na pele a “dor e a delícia” de serem mulheres, negros, gays, trans, indígenas e outras minorias, representando os interesses de sua identidade, é um fato que devemos perseguir para uma sociedade mais plural e mais diversa. Todavia, o erro está em acreditar que a simples mudança no gênero, cor da pele ou orientação poderá fazer este trabalho. Não, ele só ocorre quando se acresce à representatividade um elemento essencial para as lutas populares: a consciência de classe.
“Representatividade sem consciência de classe é ciranda”. Pouco efeito teve para as lutas históricas da comunidade negra o acesso de Fernando Holiday à Câmara de Vereadores da maior cidade do País, muito menos a eleição de “Hélio (Bolsonaro) Lopes” pelo Rio de Janeiro. Igualmente não ocorreu nenhum progresso significativo com a entrada de Thammy Miranda na vereança de São Paulo – representando a comunidade trans – ou uma melhoria para a mulher trabalhadora e seus filhos com a eleição da “Comandante” Nádia em Porto Alegre, ambos filiados aos grupos políticos mais reacionários do atual cenário político-partidário brasileiro. As mulheres pouco ou nenhum avanço vão alcançar tendo Joyce Hasselmann, Carla Zambelli, Simone Tebet, Bia Kicis ou Major Fabiana a representá-las, pois que estas mulheres estão alinhadas aos setores financeiros, ao empresariado, ao agronegócio, aos rentistas e algumas (senão todas) aos mais abjetos interesses do imperialismo. Portanto, as conquistas para a franja mais desassistida da população só serão atendidas quando os representantes – de qualquer identidade – estiverem empoderados para encampar as lutas da população mais oprimida, o que inclui negros, mulheres, gays, trans, etc…
A representatividade vazia é como um corpo sem alma. Pode impressionar por pouco tempo e dar a impressão de que os cidadãos vão se reconhecer no parlamentar, mas a falta de sintonia e conteúdo com o tempo fará crescer a decepção pois os valores conservadores que estes parlamentares carregam ultrapassam as graves questões sociais pelas quais deveriam lutar.
https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... atividade/
Representatividade?
O erro está em acreditar que a simples mudança no gênero, cor da pele ou orientação sexual poderá representar a mudança.
Senadoras da República em sua bancada feminina – Agência Senado
Faz alguns poucos dias, um articulista de esquerda liberal reclamava da baixa representatividade feminina na Câmara de Deputados. Exaltava a importância das mulheres nos espaços públicos e afirmava de forma categórica que “se houvesse mais mulheres no poder legislativo a legalização do aborto já teria sido aprovada”.
Será mesmo?
Vejamos: temos 77 parlamentares mulheres em um universo de 513 representantes, onde 15% das vagas são ocupadas por quem representa mais de 52% da população brasileira. Por certo que é pouco, mas já houve avanços: em 1982 eram apenas 8 mulheres no congresso, e em 1998 somente 28. Hoje, já se pode dizer que existe uma real “bancada feminina” no Congresso Nacional. Não há dúvida que as mulheres são uma categoria sub-representada e que isso certamente tem consequência nas políticas que são defendidas pela casa legislativa. Entretanto, seria possível dizer que se elas fossem 52% da casa (a real representatividade do gênero) seria muito diferente? Haveria uma facilidade para aprovar pautas que as feministas desejam ver aprovadas? Haveria progresso na equidade de gênero, distribuindo de forma igualitárias ganhos, deveres e direitos?
Creio que esta suposição não passa de uma fantasia, um desejo sem lastro na realidade, e apresento alguns dados que podem confirmar minha perspectiva. Não acredito ser possível desenhar uma linha reta ligando a representatividade de gênero com as políticas em favor da mulher. O mesmo em relação aos não-brancos, igualmente pouco representados. O que vemos hoje é que a maioria das parlamentares da bancada federal é conservadora e aliada de Bolsonaro. Surpresos? Pois não deveríamos estar, pois as mulheres no Brasil não tem uma postura muito diferente daquelas dos homens no que se refere à posição no espectro político. Das 77 deputadas eleitas em 2018 para a atual legislatura 55 votam com Bolsonaro. Ou seja, 71% das mulheres representantes no Congresso Nacional são conservadoras e não seria difícil perceber que sua posição frente ao aborto seria absolutamente contrária à legalização. Segundo a reportagem, a pesquisadora do Grupo de Estudos de Gênero e Política (Gepô) da Universidade de São Paulo (USP), Hannah Maruci frisa que “mais da metade das mulheres eleitas estão à direita no espectro político -– ou seja, mais próximas à posição política do presidente”.
Podemos reclamar de Damares Alves, pela sua postura reacionária e dogmática no que diz respeito aos direitos femininos, mas é injusto dizer que ela não representa a média das mulheres brasileiras.
Contrariamente a outros países do mundo, a participação das mulheres na política representativa é extremamente baixa no Brasil. O país com a maior representatividade é Ruanda com surpreendentes 63% de parlamentares mulheres, país da África que foi devastado por uma guerra civil que matou mais de um milhão de habitantes nos anos 90 do século passado. Cuba em segundo lugar, tem uma representatividade que se aproxima do percentual de mulheres no país, e a maior presença de mulheres na esfera política é um dos claros e inquestionáveis resultados do processo revolucionário cubano. O Brasil ocupa a vergonhosa posição 145, entre a Índia e Gana.
Em um estudo realizado na cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, com quase 1500 mulheres entre 15 e 49 anos de idade, apenas 30% delas se posicionaram positivamente à legalização irrestrita do aborto – como é o desejo de muitas feministas – o que está em sintonia com a representação de mulheres progressistas na atual composição das mulheres do poder legislativo.
É evidente que não se pode dizer que a representatividade é inútil e/ou supérflua. Muito pelo contrário: ter pessoas que sentem na pele a “dor e a delícia” de serem mulheres, negros, gays, trans, indígenas e outras minorias, representando os interesses de sua identidade, é um fato que devemos perseguir para uma sociedade mais plural e mais diversa. Todavia, o erro está em acreditar que a simples mudança no gênero, cor da pele ou orientação poderá fazer este trabalho. Não, ele só ocorre quando se acresce à representatividade um elemento essencial para as lutas populares: a consciência de classe.
“Representatividade sem consciência de classe é ciranda”. Pouco efeito teve para as lutas históricas da comunidade negra o acesso de Fernando Holiday à Câmara de Vereadores da maior cidade do País, muito menos a eleição de “Hélio (Bolsonaro) Lopes” pelo Rio de Janeiro. Igualmente não ocorreu nenhum progresso significativo com a entrada de Thammy Miranda na vereança de São Paulo – representando a comunidade trans – ou uma melhoria para a mulher trabalhadora e seus filhos com a eleição da “Comandante” Nádia em Porto Alegre, ambos filiados aos grupos políticos mais reacionários do atual cenário político-partidário brasileiro. As mulheres pouco ou nenhum avanço vão alcançar tendo Joyce Hasselmann, Carla Zambelli, Simone Tebet, Bia Kicis ou Major Fabiana a representá-las, pois que estas mulheres estão alinhadas aos setores financeiros, ao empresariado, ao agronegócio, aos rentistas e algumas (senão todas) aos mais abjetos interesses do imperialismo. Portanto, as conquistas para a franja mais desassistida da população só serão atendidas quando os representantes – de qualquer identidade – estiverem empoderados para encampar as lutas da população mais oprimida, o que inclui negros, mulheres, gays, trans, etc…
A representatividade vazia é como um corpo sem alma. Pode impressionar por pouco tempo e dar a impressão de que os cidadãos vão se reconhecer no parlamentar, mas a falta de sintonia e conteúdo com o tempo fará crescer a decepção pois os valores conservadores que estes parlamentares carregam ultrapassam as graves questões sociais pelas quais deveriam lutar.
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As brasileiras não gostam
Fiasco: só três em cada dez mulheres se dizem feministas
Apesar da propaganda terrorista da Rede Globo e da imprensa burguesia a favor do identitarismo, a esmagadora maioria das mulheres não se identifica com ideologia imperialista
Feminismo é a ideologia do imperialismo – Foto: Reprodução
Um levantamento realizado no dia 7 de março deste ano pela Ideia e encomendada pelo Instituto Update afirma que só três em cada dez mulheres brasileiras se dizem feministas.
Apesar disso, a pesquisa também afirma que a maioria esmagadora das mulheres brasileiras defendem a ampliação dos direitos das mulheres.
É importante reforçarmos que o termo “feminista” acabou ganhando um cunho pequeno-burguês e representa a política imperialista e identitária, que mais mina a luta das mulheres do que ajuda. Nesse sentido, é possível afirmar que boa parte das mulheres tem consciência do identitarismo e é contra ele.
https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... eministas/
Fiasco: só três em cada dez mulheres se dizem feministas
Apesar da propaganda terrorista da Rede Globo e da imprensa burguesia a favor do identitarismo, a esmagadora maioria das mulheres não se identifica com ideologia imperialista
Feminismo é a ideologia do imperialismo – Foto: Reprodução
Um levantamento realizado no dia 7 de março deste ano pela Ideia e encomendada pelo Instituto Update afirma que só três em cada dez mulheres brasileiras se dizem feministas.
Apesar disso, a pesquisa também afirma que a maioria esmagadora das mulheres brasileiras defendem a ampliação dos direitos das mulheres.
É importante reforçarmos que o termo “feminista” acabou ganhando um cunho pequeno-burguês e representa a política imperialista e identitária, que mais mina a luta das mulheres do que ajuda. Nesse sentido, é possível afirmar que boa parte das mulheres tem consciência do identitarismo e é contra ele.
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NOTÍCIAS
Aborto e feminismo
Mulheres trabalhadoras não se guiam pelo identitarismo
Dados revelam que, enquanto minoria das mulheres é feminista, a maioria do povo é favorável ao aborto
Manifestação a favor da legalização do aborto – Foto: Reprodução
No Brasil, de cada dez mulheres, apenas três se considera feminista. No entanto, 48% da população é a favor da legalização do aborto.
Uma pesquisa realizada pela agência Ideia em março de 2022 com 1.269 pessoas, revelou que apenas 30% das mulheres se consideram feministas. Um dos motivos é que as mulheres associam o feminismo à radicalização, e apontam a “marcha das vadias” como exemplo de mulheres feministas que são agressivas, radicais e que odeiam homens.
Outra questão é que os movimentos feministas identitários dividem a luta das mulheres, desvinculando-a da luta de classes. Dessa forma, despolitizam as mulheres e prejudicam a compreensão de que várias conquistas das mulheres como, por exemplo, o direito a trabalhar, ao voto, licença maternidade etc., vieram das lutas coletivas das feministas.
Nesta pesquisa, 83% das mulheres são a favor da paridade salarial entre os sexos; 92% apontaram as questões relacionadas ao combate à violência contra as mulheres como importantes; 77% das mulheres apoiam maior participação das mulheres na política; e 70% votariam em uma mulher negra para presidente. No entanto, não querem ser vistas como feministas.
Na contramão, uma outra pesquisa aponta que 48% da população é a favor da legalização do aborto. O Instituto Ipsos realizou uma pesquisa no Brasil e em mais 26 países sobre essa questão. No Brasil, 20,4% das pessoas entrevistadas são favoráveis à legalização do aborto em qualquer caso; 27,4% são a favor na maioria dos casos; 28,8% acham que deve ser ilegal na maioria dos casos; 12,8% acham que deve ser totalmente ilegal e 16,6% não deram sua opinião ou não souberam o que falar. Em relação à legalização do aborto em casos de estupro, o Brasil fica perto da média mundial, que é de 76% a favor. E em relação à legalização total ou parcial, a média mundial é de 59%.
É interessante que os países desenvolvidos são os que mais são a favor da legalização do aborto, como a Suécia (86%), França (83%), Bélgica (78%), Reino Unido (74%) e Itália (73%). Já os países atrasados são os que têm maiores taxas de rejeição da legalização do aborto, como África (42%), Colômbia (40%), Malásia (32%) e Peru (31%). Algo decorrente, de maneira geral, do atraso econômico destes países.
Frente aos dados colocados, chama a atenção que mulheres que se colocam como não feministas apoiam uma pauta fundamental da luta das mulheres que é a legalização do aborto. Este fato vem da prática da vida das mulheres trabalhadoras que, seguramente na sua maioria, quando engravida, pondera se não seria preciso fazer um aborto, pois as condições para criar uma criança são profundamente difíceis no atual estágio de crise do imperialismo.
Isso mostra que as trabalhadoras não estão muito preocupadas com o identitarismo, mas com as questões concretas de suas vidas. As mulheres trabalhadoras estão preocupadas com ter trabalho e salário dignos para dar de comer aos filhos, em ter creches para poder trabalhar e ter onde deixar as crianças, saúde e escola pública de qualidade para elas e seus filhos. As mulheres querem poder andar nas ruas e dentro de casa sem serem agredidas, querem segurança para seus filhos e isso é obrigação do Estado, e não do “empoderamento”, política absolutamente inócua defendida pela ideologia identitária.
https://www.causaoperaria.org.br/rede/p ... titarismo/
Mulheres trabalhadoras não se guiam pelo identitarismo
Dados revelam que, enquanto minoria das mulheres é feminista, a maioria do povo é favorável ao aborto
Manifestação a favor da legalização do aborto – Foto: Reprodução
No Brasil, de cada dez mulheres, apenas três se considera feminista. No entanto, 48% da população é a favor da legalização do aborto.
Uma pesquisa realizada pela agência Ideia em março de 2022 com 1.269 pessoas, revelou que apenas 30% das mulheres se consideram feministas. Um dos motivos é que as mulheres associam o feminismo à radicalização, e apontam a “marcha das vadias” como exemplo de mulheres feministas que são agressivas, radicais e que odeiam homens.
Outra questão é que os movimentos feministas identitários dividem a luta das mulheres, desvinculando-a da luta de classes. Dessa forma, despolitizam as mulheres e prejudicam a compreensão de que várias conquistas das mulheres como, por exemplo, o direito a trabalhar, ao voto, licença maternidade etc., vieram das lutas coletivas das feministas.
Nesta pesquisa, 83% das mulheres são a favor da paridade salarial entre os sexos; 92% apontaram as questões relacionadas ao combate à violência contra as mulheres como importantes; 77% das mulheres apoiam maior participação das mulheres na política; e 70% votariam em uma mulher negra para presidente. No entanto, não querem ser vistas como feministas.
Na contramão, uma outra pesquisa aponta que 48% da população é a favor da legalização do aborto. O Instituto Ipsos realizou uma pesquisa no Brasil e em mais 26 países sobre essa questão. No Brasil, 20,4% das pessoas entrevistadas são favoráveis à legalização do aborto em qualquer caso; 27,4% são a favor na maioria dos casos; 28,8% acham que deve ser ilegal na maioria dos casos; 12,8% acham que deve ser totalmente ilegal e 16,6% não deram sua opinião ou não souberam o que falar. Em relação à legalização do aborto em casos de estupro, o Brasil fica perto da média mundial, que é de 76% a favor. E em relação à legalização total ou parcial, a média mundial é de 59%.
É interessante que os países desenvolvidos são os que mais são a favor da legalização do aborto, como a Suécia (86%), França (83%), Bélgica (78%), Reino Unido (74%) e Itália (73%). Já os países atrasados são os que têm maiores taxas de rejeição da legalização do aborto, como África (42%), Colômbia (40%), Malásia (32%) e Peru (31%). Algo decorrente, de maneira geral, do atraso econômico destes países.
Frente aos dados colocados, chama a atenção que mulheres que se colocam como não feministas apoiam uma pauta fundamental da luta das mulheres que é a legalização do aborto. Este fato vem da prática da vida das mulheres trabalhadoras que, seguramente na sua maioria, quando engravida, pondera se não seria preciso fazer um aborto, pois as condições para criar uma criança são profundamente difíceis no atual estágio de crise do imperialismo.
Isso mostra que as trabalhadoras não estão muito preocupadas com o identitarismo, mas com as questões concretas de suas vidas. As mulheres trabalhadoras estão preocupadas com ter trabalho e salário dignos para dar de comer aos filhos, em ter creches para poder trabalhar e ter onde deixar as crianças, saúde e escola pública de qualidade para elas e seus filhos. As mulheres querem poder andar nas ruas e dentro de casa sem serem agredidas, querem segurança para seus filhos e isso é obrigação do Estado, e não do “empoderamento”, política absolutamente inócua defendida pela ideologia identitária.
https://www.causaoperaria.org.br/rede/p ... titarismo/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI
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Questões sobre gênero
Tebet, prostituta da burguesia.
NOTÍCIAS
Reforma trabalhista
Tebet votou para que grávidas trabalhem em condições insalubres
As mulheres trabalhadoras nem precisam de inimigas com uma "amiga" como essa
Simone Tebet, em discurso no Senado a favor do golpe. Nunca defendeu as mulheres – Foto: Reprodução
Há quase 5 anos, no dia 11 de setembro de 2017, a senadora Simone Tebet, candidata da terceira via, votava o texto que seria aprovado no Senado pela chamada reforma trabalhista. A reforma determinou que se pudesse negociar de maneira individual – ou seja, que o patrão pudesse retirar ou flexibilizar- determinados direitos: parcelamento das férias, flexibilização da jornada, participação nos lucros e resultados, intervalo de almoço, plano de cargos e salários, banco de horas, grau de insalubridade do trabalho, prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia do Ministério do Trabalho, remuneração por produtividade etc. Ademais, essa dita negociação estaria acima da lei, ou seja, direitos garantidos poderiam ser negociados, ou seja, perdidos. Além disso, foi estabelecida a possibilidade de multa em processos trabalhistas a quem realizar o processo.
A atual candidata e senadora Simone Tebet vem fazendo uma campanha sobre uma suposta defesa da mulher num viés identitário. O que quer dizer, como exposto acima, o massacre dos trabalhadores em geral, mulheres ou não, em conjunto com uma camada de demagogia para pintar tudo isso de rosa.
Mas o exposto não é somente o que a senadora defende, ela vai além: a dita flexibilização do trabalho em locais insalubres também serviu para grávidas e mulheres em período de amamentação. Na prática, isso quer dizer que gestantes e lactantes só seriam afastadas do trabalho em caso de “grau máximo” de insalubridade, só que o grau de insalubridade do trabalho também pode ser, supostamente, negociado!
Em outras palavras, a candidata presidencial, Simone Tebet, votou pela retirada de direitos de trabalhadoras gestantes e lactantes para que não sejam afastadas de atividades insalubres! Isso foi determinante no período da pandemia para que essas mulheres fossem submetidas a trabalhos que as expunham ao vírus letal, sem proteção.
A reforma trabalhista, após aprovada, não gerou os empregos prometidos. No lugar disso, o que se viu foi uma precarização dos empregos já existentes, com retirada generalizada de direitos e efetiva redução de salários em diversas áreas. Os trabalhadores, mulheres ou não, podendo ser multados em caso de processo trabalhista se julgado de “má-fé”, tiveram retirado seu acesso à justiça do trabalho.
Simone Tebet votou a favor disso, do massacre da população, da destruição das condições de vida dos trabalhadores, que hoje se encontram na miséria, no desemprego, no desalento, na fome. A candidata da terceira via, candidata do golpe, candidata da Rede Globo, nada tem a oferecer às mulheres senão o fato de ser mulher, uma mulher para massacrar as demais mulheres, enquanto fala cinicamente que “mulher vota em mulher”.
Foi Simone Tebet, também, uma das que votou pelo golpe, pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores, a primeira presidenta da história do País. Um golpe que foi dado para efetivar a reforma trabalhista, bem como a reforma da previdência, que retirou o direito de se aposentar de todas as mulheres trabalhadoras e de todos os trabalhadores.
Mais que isso, Tebet é latifundiária, um setor da sociedade que emprega a pistolagem contra camponeses e indígenas. No caso, ela é do Mato Grosso do Sul, da região de Dourados, onde assassinatos e torturas contra os índios Guarani-Caiouá, como o companheiro Magno Souza, candidato do PCO ao governo do Mato Grosso do Sul, ocorrem há anos. Uma mulher inimiga dos trabalhadores, inimiga dos camponeses, inimiga dos indígenas e de todas as mulheres que se enquadram nestas categorias.
Se o identitarismo fosse sério quando diz que a mulher é mais afetada pelas mazelas sociais, então acusaria seriamente a referida candidata. Porque se as medidas citadas nesta matéria afetaram e afetam o conjunto da população de maneira cortante, afetam ainda mais brutalmente as mulheres brasileiras. O identitarismo, empregado por Simone Tebet, é uma arma apontada para aquelas que diz proteger. É uma história, e uma promessa, de massacre.
A direita golpista, pró-imperialista, a direita dita tradicional, ou chamada por alguns setores da esquerda pequeno-burguesa de direita democrática; é o setor mais perigoso da direita. Foi essa ala que deu o golpe, que retirou os direitos da população, que atacou a Petrobrás e desmontou a indústria nacional com a farsa da Lava-Jato, o que levou a um aumento drástico no desemprego, uma destruição do Brasil.
Aos trabalhadores e trabalhadoras, apenas uma opção: Fora Bolsonaro e todos os golpistas! Lula presidente, por um governo dos trabalhadores!
https://www.causaoperaria.org.br/rede/p ... nsalubres/
Tebet votou para que grávidas trabalhem em condições insalubres
As mulheres trabalhadoras nem precisam de inimigas com uma "amiga" como essa
Simone Tebet, em discurso no Senado a favor do golpe. Nunca defendeu as mulheres – Foto: Reprodução
Há quase 5 anos, no dia 11 de setembro de 2017, a senadora Simone Tebet, candidata da terceira via, votava o texto que seria aprovado no Senado pela chamada reforma trabalhista. A reforma determinou que se pudesse negociar de maneira individual – ou seja, que o patrão pudesse retirar ou flexibilizar- determinados direitos: parcelamento das férias, flexibilização da jornada, participação nos lucros e resultados, intervalo de almoço, plano de cargos e salários, banco de horas, grau de insalubridade do trabalho, prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia do Ministério do Trabalho, remuneração por produtividade etc. Ademais, essa dita negociação estaria acima da lei, ou seja, direitos garantidos poderiam ser negociados, ou seja, perdidos. Além disso, foi estabelecida a possibilidade de multa em processos trabalhistas a quem realizar o processo.
A atual candidata e senadora Simone Tebet vem fazendo uma campanha sobre uma suposta defesa da mulher num viés identitário. O que quer dizer, como exposto acima, o massacre dos trabalhadores em geral, mulheres ou não, em conjunto com uma camada de demagogia para pintar tudo isso de rosa.
Mas o exposto não é somente o que a senadora defende, ela vai além: a dita flexibilização do trabalho em locais insalubres também serviu para grávidas e mulheres em período de amamentação. Na prática, isso quer dizer que gestantes e lactantes só seriam afastadas do trabalho em caso de “grau máximo” de insalubridade, só que o grau de insalubridade do trabalho também pode ser, supostamente, negociado!
Em outras palavras, a candidata presidencial, Simone Tebet, votou pela retirada de direitos de trabalhadoras gestantes e lactantes para que não sejam afastadas de atividades insalubres! Isso foi determinante no período da pandemia para que essas mulheres fossem submetidas a trabalhos que as expunham ao vírus letal, sem proteção.
A reforma trabalhista, após aprovada, não gerou os empregos prometidos. No lugar disso, o que se viu foi uma precarização dos empregos já existentes, com retirada generalizada de direitos e efetiva redução de salários em diversas áreas. Os trabalhadores, mulheres ou não, podendo ser multados em caso de processo trabalhista se julgado de “má-fé”, tiveram retirado seu acesso à justiça do trabalho.
Simone Tebet votou a favor disso, do massacre da população, da destruição das condições de vida dos trabalhadores, que hoje se encontram na miséria, no desemprego, no desalento, na fome. A candidata da terceira via, candidata do golpe, candidata da Rede Globo, nada tem a oferecer às mulheres senão o fato de ser mulher, uma mulher para massacrar as demais mulheres, enquanto fala cinicamente que “mulher vota em mulher”.
Foi Simone Tebet, também, uma das que votou pelo golpe, pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores, a primeira presidenta da história do País. Um golpe que foi dado para efetivar a reforma trabalhista, bem como a reforma da previdência, que retirou o direito de se aposentar de todas as mulheres trabalhadoras e de todos os trabalhadores.
Mais que isso, Tebet é latifundiária, um setor da sociedade que emprega a pistolagem contra camponeses e indígenas. No caso, ela é do Mato Grosso do Sul, da região de Dourados, onde assassinatos e torturas contra os índios Guarani-Caiouá, como o companheiro Magno Souza, candidato do PCO ao governo do Mato Grosso do Sul, ocorrem há anos. Uma mulher inimiga dos trabalhadores, inimiga dos camponeses, inimiga dos indígenas e de todas as mulheres que se enquadram nestas categorias.
Se o identitarismo fosse sério quando diz que a mulher é mais afetada pelas mazelas sociais, então acusaria seriamente a referida candidata. Porque se as medidas citadas nesta matéria afetaram e afetam o conjunto da população de maneira cortante, afetam ainda mais brutalmente as mulheres brasileiras. O identitarismo, empregado por Simone Tebet, é uma arma apontada para aquelas que diz proteger. É uma história, e uma promessa, de massacre.
A direita golpista, pró-imperialista, a direita dita tradicional, ou chamada por alguns setores da esquerda pequeno-burguesa de direita democrática; é o setor mais perigoso da direita. Foi essa ala que deu o golpe, que retirou os direitos da população, que atacou a Petrobrás e desmontou a indústria nacional com a farsa da Lava-Jato, o que levou a um aumento drástico no desemprego, uma destruição do Brasil.
Aos trabalhadores e trabalhadoras, apenas uma opção: Fora Bolsonaro e todos os golpistas! Lula presidente, por um governo dos trabalhadores!
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Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI
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NOTÍCIAS
Enquete
Mais de 90% acham que Tebet não representa as mulheres
Candidata do MDB faz demagogia com o movimento feminino para se passar por defensora das mulheres, coisa que nunca foi
Simone Tebet, a protetora da classe dela, a burguesia – Reprodução
Segundo pesquisa divulgada hoje, 08, em rede social deste Diário, com 191 votos, 93% das pessoas acreditam que Simone Tebet, latifundiária do Mato Grosso do Sul, que pertence a uma família de cargos públicos hà gerações, não representa as mulheres brasileiras.
Somente a assessoria dela e seu cahorro de etimação votaram “sim”, o que refletiu em 6% do resultado.
É gigante a distância da vida de Simone, abastada, burguesa com família toda em empregos e cargos públicos, garatidora da aposentadoria da própria mãe, aliás acho que só neste episódio que seu voto foi favorável as mulheres, as amigas da classe dela, claro.
A PEC 287 que altera o sistema previdenciário, detona conquistas sociais e fixa em 65 anos a idade mínima para aposentadoria de homens e mulheres, mas garante que a mãe de Simone, ganhando R$ 376 mil 776 por ano por 10 meses de trabalho “árduo” do esposo no mais elevado cargo publico do Estado, não vai sofrer com a dura pancada que a PEC 287 reserva à grande maioria do povo brasileiro, sobretudo as mulheres, conforme aponta a proposta palaciana que ela defende como boa MDbista.
https://www.causaoperaria.org.br/rede/p ... -mulheres/
Mais de 90% acham que Tebet não representa as mulheres
Candidata do MDB faz demagogia com o movimento feminino para se passar por defensora das mulheres, coisa que nunca foi
Simone Tebet, a protetora da classe dela, a burguesia – Reprodução
Segundo pesquisa divulgada hoje, 08, em rede social deste Diário, com 191 votos, 93% das pessoas acreditam que Simone Tebet, latifundiária do Mato Grosso do Sul, que pertence a uma família de cargos públicos hà gerações, não representa as mulheres brasileiras.
Somente a assessoria dela e seu cahorro de etimação votaram “sim”, o que refletiu em 6% do resultado.
É gigante a distância da vida de Simone, abastada, burguesa com família toda em empregos e cargos públicos, garatidora da aposentadoria da própria mãe, aliás acho que só neste episódio que seu voto foi favorável as mulheres, as amigas da classe dela, claro.
A PEC 287 que altera o sistema previdenciário, detona conquistas sociais e fixa em 65 anos a idade mínima para aposentadoria de homens e mulheres, mas garante que a mãe de Simone, ganhando R$ 376 mil 776 por ano por 10 meses de trabalho “árduo” do esposo no mais elevado cargo publico do Estado, não vai sofrer com a dura pancada que a PEC 287 reserva à grande maioria do povo brasileiro, sobretudo as mulheres, conforme aponta a proposta palaciana que ela defende como boa MDbista.
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NOTÍCIAS
CONGRESSO NACIONAL
“Empoderamento”: 1/4 das eleitas são esposas de políticos
Eis para que serve a farsa burguesa do "empoderamento" das mulheres na política: para serem fantoches e laranjas dos políticos da burguesia
Demagogicamente a crise indentitária política se concretizou no 1º turno das eleições, segundo levantamento da imprensa burguesa, publicado hoje (18), cerca de um quarto das mulheres eleitas para a maior bancada feminina da história da Câmara dos Deputados são esposas de políticos, qual será a efetividade dessas deputadas e suas condutas em relação aos seus companheiros ?
A questão que se coloca aqui não é sobre a capacidade das eleitas ocuparem seus cargos, nem suas funções, mas sim a legitimidade dessa cláusula do TSE, que obriga que uma parte das candidaturas sejam femininas dentro do partido, mesmo sem saber se existem mulheres aptas e não postes de seus maridos, o que reforça ainda mais um controle burguês, errático, enfraquecedor e no mínimo desistimulante para as mulheres romperem o mito da participação na política nacional.
São 91 deputadas eleitas para 2023, e 23% dessas mulheres estão “amarradas” a carreira política de seus maridos. Na tentativa de livrar o senado e câmara de políticos homens o tiro saiu pela culatra e o controle moralista e conservador da política foi multiplicada negativamente, ou seja, um político burguês, que elegeu sua mulher por ter dinheiro e a máquina eleitoral à sua disposição, agora tem dois votos, mais poder e salário no cenário atual.
As coisas só mudarão quando o povo for realmente representado pelo povo, sem um judicário para desautorizar e desligitimar o voto popular, inclusive.
“Empoderamento”: 1/4 das eleitas são esposas de políticos
Eis para que serve a farsa burguesa do "empoderamento" das mulheres na política: para serem fantoches e laranjas dos políticos da burguesia
Demagogicamente a crise indentitária política se concretizou no 1º turno das eleições, segundo levantamento da imprensa burguesa, publicado hoje (18), cerca de um quarto das mulheres eleitas para a maior bancada feminina da história da Câmara dos Deputados são esposas de políticos, qual será a efetividade dessas deputadas e suas condutas em relação aos seus companheiros ?
A questão que se coloca aqui não é sobre a capacidade das eleitas ocuparem seus cargos, nem suas funções, mas sim a legitimidade dessa cláusula do TSE, que obriga que uma parte das candidaturas sejam femininas dentro do partido, mesmo sem saber se existem mulheres aptas e não postes de seus maridos, o que reforça ainda mais um controle burguês, errático, enfraquecedor e no mínimo desistimulante para as mulheres romperem o mito da participação na política nacional.
São 91 deputadas eleitas para 2023, e 23% dessas mulheres estão “amarradas” a carreira política de seus maridos. Na tentativa de livrar o senado e câmara de políticos homens o tiro saiu pela culatra e o controle moralista e conservador da política foi multiplicada negativamente, ou seja, um político burguês, que elegeu sua mulher por ter dinheiro e a máquina eleitoral à sua disposição, agora tem dois votos, mais poder e salário no cenário atual.
As coisas só mudarão quando o povo for realmente representado pelo povo, sem um judicário para desautorizar e desligitimar o voto popular, inclusive.
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BRASIL
Consequência do golpe: 80% das mulheres estão endividadas
O verdadeiro empoderamente feminino se dá pela emancipação econômica, e não pelo identitarismo
No Brasil, mais de 80% das mulheres estão endividadas, conforme pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – CNC.
No último mês de setembro, a CNC publicou uma pesquisa que demonstrou que 80,9% das mulheres estão sem condições de pagar suas dívidas, sendo que esse valor em comparação com os homens é de 2,7 p.p. (pontos percentuais) maior. Também é importante salientar que 81,5% dos lares chefiados por mulheres recebem o Auxílio Brasil, já que as mulheres foram as primeiras a perderem seus empregos na crise econômica que se aprofundou com a pandemia COVID19.
No geral, 79,3% dos lares brasileiros estão endividados, sendo que este valor é recorde da série histórica que foi iniciada em 2010. Entre agosto e setembro de 2022, o endividamento das famílias cresceu 0,3%.
Deste total de famílias endividadas, 80,9% são de mulheres, sendo que de setembro/2021 para setembro/2022 houve um aumento de 5,9 p.p. segundo a Pesquisa de Inadimplência do Consumidor – Peic. Em comparação com agosto/2022, houve um crescimento de 0,9 p.p. entre as mulheres e queda de 0,1 p.p. entre os homens.
A pesquisa revela que a inflação elevada e as altas taxas de juros são os responsáveis pela inadimplência no país, sendo que cartões de crédito e carnês são os grandes causadores dos endividamentos. As mulheres devem mais nos cartões de crédito 85,6%, enquanto os homens são 84,6%; e nos carnês, mulheres 19,4% e homens 18,8%. Já nas outras modalidades que seriam financiamento de carro, crédito pessoal, financiamento de casa, cheque especial, os homens estão na frente… aparentemente as mulheres não possuem crédito nos bancos para esses fins, já que uma grande parcela trabalha em subempregos ou estão desempregadas.
Estes dados nos levam a questionar mais uma vez a política identitária que prega que as mulheres tornam-se “empoderadas”, seja lá o que isso significa, por motivos subjetivos, quando não pela questão da “liberdade sexual”, pois uma mulher empoderada seria uma mulher independente. No entanto, estes dados acima mostram que as mulheres que não são emancipadas economicamente, são mulheres dependentes.
As mulheres não são as primeiras a serem demitidas e as últimas a conseguirem um emprego devido à má sorte, ou à falta de empoderamento. Isso ocorre porque existe uma política de exclusão das mulheres. Todos sabemos que as mulheres ganham menos mesmo tendo melhor formação e executando a mesma função que um homem. A questão da legalização do aborto vem na mesma situação, que é manter as mulheres escravas do lar, dependentes e bitoladas.
Para que a mulher seja verdadeiramente independente, é preciso lutar por sua emancipação econômica, ou seja, que ela tenha condições materiais, concretas para sobreviver e levar adiante uma vida digna. Caso contrário, ela fica à mercê ou do trabalho doméstico, ou dos patrões, duas situações de opressão.
É preciso dizer que a única forma da mulher alcançar sua verdadeira emancipação econômica e portanto sua liberdade, é através da luta pelo socialismo. Mulheres trabalhadoras, uni-vos!
https://causaoperaria.org.br/2022/conse ... dividadas/
Consequência do golpe: 80% das mulheres estão endividadas
O verdadeiro empoderamente feminino se dá pela emancipação econômica, e não pelo identitarismo
No Brasil, mais de 80% das mulheres estão endividadas, conforme pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – CNC.
No último mês de setembro, a CNC publicou uma pesquisa que demonstrou que 80,9% das mulheres estão sem condições de pagar suas dívidas, sendo que esse valor em comparação com os homens é de 2,7 p.p. (pontos percentuais) maior. Também é importante salientar que 81,5% dos lares chefiados por mulheres recebem o Auxílio Brasil, já que as mulheres foram as primeiras a perderem seus empregos na crise econômica que se aprofundou com a pandemia COVID19.
No geral, 79,3% dos lares brasileiros estão endividados, sendo que este valor é recorde da série histórica que foi iniciada em 2010. Entre agosto e setembro de 2022, o endividamento das famílias cresceu 0,3%.
Deste total de famílias endividadas, 80,9% são de mulheres, sendo que de setembro/2021 para setembro/2022 houve um aumento de 5,9 p.p. segundo a Pesquisa de Inadimplência do Consumidor – Peic. Em comparação com agosto/2022, houve um crescimento de 0,9 p.p. entre as mulheres e queda de 0,1 p.p. entre os homens.
A pesquisa revela que a inflação elevada e as altas taxas de juros são os responsáveis pela inadimplência no país, sendo que cartões de crédito e carnês são os grandes causadores dos endividamentos. As mulheres devem mais nos cartões de crédito 85,6%, enquanto os homens são 84,6%; e nos carnês, mulheres 19,4% e homens 18,8%. Já nas outras modalidades que seriam financiamento de carro, crédito pessoal, financiamento de casa, cheque especial, os homens estão na frente… aparentemente as mulheres não possuem crédito nos bancos para esses fins, já que uma grande parcela trabalha em subempregos ou estão desempregadas.
Estes dados nos levam a questionar mais uma vez a política identitária que prega que as mulheres tornam-se “empoderadas”, seja lá o que isso significa, por motivos subjetivos, quando não pela questão da “liberdade sexual”, pois uma mulher empoderada seria uma mulher independente. No entanto, estes dados acima mostram que as mulheres que não são emancipadas economicamente, são mulheres dependentes.
As mulheres não são as primeiras a serem demitidas e as últimas a conseguirem um emprego devido à má sorte, ou à falta de empoderamento. Isso ocorre porque existe uma política de exclusão das mulheres. Todos sabemos que as mulheres ganham menos mesmo tendo melhor formação e executando a mesma função que um homem. A questão da legalização do aborto vem na mesma situação, que é manter as mulheres escravas do lar, dependentes e bitoladas.
Para que a mulher seja verdadeiramente independente, é preciso lutar por sua emancipação econômica, ou seja, que ela tenha condições materiais, concretas para sobreviver e levar adiante uma vida digna. Caso contrário, ela fica à mercê ou do trabalho doméstico, ou dos patrões, duas situações de opressão.
É preciso dizer que a única forma da mulher alcançar sua verdadeira emancipação econômica e portanto sua liberdade, é através da luta pelo socialismo. Mulheres trabalhadoras, uni-vos!
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Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI