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Chapolin Gremista
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Mensagem por Chapolin Gremista » 01 Mai 2022, 03:48

Golpe à vista
Victoria Nuland e seu encontro com “estudantes brasileiros”
Nuland chega ao Brasil com a proposta de se reunir com os "estudantes" brasileiros, a "juventude empreendedora", como forma de estreitar laços com o imperialismo norte-americano

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A subsecretária de Estado para Assuntos Políticos dos EUA, Victoria Nuland, chegou ao Brasil na última semana para a realização do “Encontro com jovens empreendedores do Brasil” e o “Diálogo de Alto Nível Brasil-Estados Unidos da América”. A notícia, dada com pouca atenção pelos órgãos da imprensa golpista, não dão conta da enorme gravidade que Nuland representa.

A mesma ficou conhecida pela história recente do imperialismo norte-americano por ser um das principais organizadoras do golpe de estado nazista na Ucrânia, o mesmo que hoje serve de base para as milicias nazistas em todo o mundo, inclusive no Brasil. Considerado internacionalmente como um campo de treinamento da extrema-direita mundial, a Ucrânia, hoje no meio dos conflitos envolvendo a OTAN e a Rússia, é apenas um exemplo da interferência golpista dos Estados Unidos no resto do mundo.

Agora, em meio a este conflito internacional, Nuland chega ao Brasil com a proposta de se reunir com os “estudantes” brasileiros, a “juventude empreendedora”, como forma de estreitar laços com o imperialismo norte-americano.

Sua visita não esconde o caráter político do imperialismo. Em nota oficial, a visita seria uma “missão diplomática” que tem como intuito aproximar o Brasil, e assim toda a América Latina, a uma política de submissão ao imperialismo norte-americano, que hoje vive a mais profunda crise de sua história.

Para entrar em guerra no exterior, o imperialismo norte-americano pretende “arrumar a casa” e controlar o que considera seu “quintal”, a América Latina. Dessa maneira, a tentativa de formar um núcleo jovem no Brasil, a serviço do imperialismo, é mais uma iniciativa norte-americana que já gerou, no passado, organizações como o MBL.

A juventude tem uma importância fundamental para a manutenção ou não do regime golpista no Brasil. Este é o setor mais radicalizado da sociedade, aquele à frente das principais mobilizações populares da última década e que sofre diariamente com os ataques do golpe e do imperialismo. Assim, interferir na juventude e buscar cooptar, como feito no passado pelo imperialismo, esse setor pode ser visto como parte da manobra de consolidar o golpe no principal país da América Latina.

Os jovens do qual Nuland se encontrou estão muito longe de serem os universitários brasileiros, mas sim, membros da burguesia, filhos de grandes capitalistas, a nova geração do golpe. O caso em questão só serve para reforçar que o imperialismo não pretende perder o controle do país para uma eventual vitória de Lula nas eleições.

Pelo contrário, o trabalho que está sendo feito no momento é de consolidar os aliados do imperialismo e preparar um novo golpe, contra a esquerda e os trabalhadores. Se na Ucrânia Nuland impulsionou as milicias nazistas, nada de bom podemos esperar no caso brasileiro.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... asileiros/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por Chapolin Gremista » 08 Mai 2022, 17:07



Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por Chapolin Gremista » 15 Mai 2022, 20:12

Luta estudantil
Estudantes podem ser a vanguarda da mobilização geral
Mobilização estudantil pode abrir o caminho para uma luta geral de todo o povo

ImagemUBES – Foto Reprodução

Entre os dias 12 e 15 de maio está acontecendo, na Capital Federal, o 44º Congresso da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), que conta com a participação de mais de três mil estudantes secundaristas, vindos de várias cidades brasileiras, depois de 5 anos sem que os congressos da juventude secundarista fossem realizados de forma presencial.

O Congresso se dá num período em que setores dos explorados vêm se manifestando radicalmente em defesa das suas reivindicações contra a supressão de conquistas e direitos trabalhistas, que tem sido marcante, como a greve dos Garis no Rio de Janeiro, a greve radicalizada dos operários da Siderúrgica Nacional (CSN), dos professores e servidores federais.

Os sem-serra voltam a ocupar várias áreas em todo o Brasil; setores mais empobrecidos da população já começam a saquear lojas e supermercados graças à fome e ao desemprego a que a maioria da população está submetida. Protestando, contra as medidas de ataque aos trabalhadores e a educação, está marcada já para próxima semana, dia 23, a greve unificadas das categorias do serviço público federal pela reposição das perdas salariais; contra a PEC 32 (Reforma Administrativa); pela revogação do Teto de Gastos, dentre outras medidas do governo golpista Bolsonaro, que visa aprofundar o plano econômico neoliberal cujo o objetivo é reduzir os gastos públicos, para beneficiar meia dúzia de banqueiros e capitalistas nacionais e internacionais em meio a uma crise gigantesca do capitalismo.

Nesse contexto atual de ataque, comparável, apenas, no período da década de 1990 no governo Collor de Mello, que aprofundou a miséria e agravou a crise para a classe trabalhadora e a população em geral. Naquele período vários planos econômicos foram despejados sobre os ombros dos trabalhadores, servido para pretexto deste governo de “resolver” a crise econômica causada por eles próprios. Na verdade, foram planos que, disfarçadamente, serviram como manobras para transferir recursos dos salários e das áreas sociais para banqueiros, latifundiários, grandes capitalistas, inclusive para honrar os compromissos com a dívida externa e interna, havendo uma completa fidelidade do governo para com os capitalistas nacionais e internacionais. Esta política levou a formação de uma legião de dezenas de milhões de indigentes e rebaixando os salários da maioria da população. Foi nesse contexto que o movimento dos estudantes, naquele período, foi de fundamental importância para impulsionar a luta geral dos trabalhadores que, em certo sentido deram início as greves operárias e pela campanha pelo “Fora Collor”. Naquele período, a juventude secundarista saiu às ruas mostrando um claro ascenso do movimento estudantil e foi um espelho dos acontecimentos da década de 1968 quando aconteceram as rebeldias dos estudantes na França, sacudindo o mundo com as revoltas estudantis, greves gerais de trabalhadores, com manifestações, contra a guerra no Vietnã, nos EUA, passeatas gigantescas como as que ocorreram no Brasil contra a ditadura militar, ponta de lança dos movimentos que culminaram com a queda da ditadura dez anos depois.

Esses acontecimentos não deixam dúvida que as mobilizações da juventude são a ponta de lança de uma mobilização mais ampla da classe operária.

O Congresso da Ubes que está acontecendo em Brasília é a primeira reunião nacional da juventude secundarista presencial depois de 5 anos, em meio a diversas mobilizações que estão acontecendo em todo o País contra a militarização das escolas, contra a reforma do ensino médio, contra as mensalidades, contra a destruição do ensino, etc.

Nesse sentido, está colocado para os secundaristas, antes de mais nada, fazer um balanço da UBES, dirigida, majoritariamente pelo PCdoB, que se encontra na mais completa paralisia.

No último período, logo após o golpe de Estado de 2016, na farsa do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, no reacionário Congresso Nacional, a juventude secundarista saiu às ruas mostrando um claro ascenso do movimento estudantil, conforme demonstrado nas ocupações de escolas e protestos contra o fechamento das escolas, o mesmo acontecendo em relação à questão da militarização.

Toda essa tendência de luta dos estudantes foi bloqueada pelas suas direções, que são instrumento da burguesia. No último período a política do PCdoB, que dirige, tanto a UBES, quanto a UNE, colocou em prática, nas manifestações pelo Fora Bolsonaro, a política de Frente Ampla, ou seja, foram a ponta de lança de uma política de acordos com os golpistas, pais do Bolsonaro, com o objetivo exclusivamente eleitoreiros, jogando para o último plano as verdadeiras lutas dos estudantes de da classe trabalhadora. A traição dessas direções chegou ao ponto de se unir ao PSDB, aos algozes dos estudantes, em atos, como foi o 1º de maio de 2021. A direção Da UBES, por exemplo, ficou totalmente a reboque do programa do Bolsonaro, com a defesa do ensino à distancia (EAD), um dos maiores ataques a educação nos últimos tempos.

Para mudar esta situação é necessário que a juventude secundarista, que está participando do 44º Congresso da UBES, tenha uma política de se contrapor à paralisia das suas direções com um plano de luta independente da burguesia e seus governos. Defender a construção de uma nova direção para a UBES, que tenha um verdadeiro programa de luta que tenha como pautas principais, o fim do vestibular, não ao ensino pago, pelo congelamento das mensalidades, contra a militarização das escolas, abaixo o congelamento dos gastos públicos, etc. Lutar por uma UBES democrática com congressos anuais, com delegados eleitos somente pela base na proporção de 500 estudantes para 1 delegado.

Além das pautas de reivindicações fundamentais dos estudantes secundaristas, é necessário aprovar a pauta mais geral da política nacional para dar cabo ao golpe de estado em andamento no País: Fora Bolsonaro e todos os golpistas; Lula Presidente, por um governo dos trabalhadores.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/j ... cao-geral/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 16 Mai 2022, 22:22

Massachusetts
Manifestação contra a demissão de professores em Malden
Cerca de 100 professores estão sob ameaça de demissão

ImagemMalden High School – Foto: Reprodução

Uma de nossas companheiras recentemente denunciou demissões realizadas na Malden High School na noite da última quinta-feira (12/05), cerca de 105 professores foram afetados pela decisão da superintendência, entre eles estão professores especializados no tratamento de crianças com problemas psicológico, tais profissionais que já são escassos na rede pública estadunidense.

A superintendência afirmou em nota que não seriam mais necessárias as contratações pois, segundo a escola, o número de matrículas escolares foi baixo e dando outras “mil e uma desculpas sem sentido”, como afirma nossa companheira Tatiane Oliveira que cobriu o caso em Malden.

Os estudantes da Escola em Malden, que conta com cerca de 2000 alunos organizaram uma manifestação em protesto contra a demissão dos professores. O sindicato dos professores de Malden convocou uma reunião de emergência onde 300 educadores participaram e foi colocada a questão de outra manifestação em frente ao escritório da Superintendente de Malden.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/i ... em-malden/
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Mensagem por E.R » 18 Mai 2022, 19:16

NOTÍCIAS
https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e- ... schooling/

A Câmara dos Deputados aprovou o requerimento para que o projeto de lei que regulamenta o homeschooling passe a tramitar em regime de urgência.

O placar da votação foi 290 a favor da urgência, 144 contra o requerimento e uma abstenção.
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Mensagem por Chapolin Gremista » 19 Mai 2022, 01:40

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Mensagem por Chapolin Gremista » 20 Mai 2022, 12:46

Por greve geral
ANDES-SN renega a luta sindical
O ANDES-SN se apropria do salário dos docentes para militar em causa própria, em nome de seus donos, partidos como PSOL, PCB, UP, PSTU

ImagemAs pautas identitárias não interessam a quem está com medo de ficar desempregado e teve seu salário reduzido – SEDUFSM

Dando um Ctrl + F na página da SEDUFSM não encontramos a palavra SALÁRIO.

Enquanto diversos setores do serviço público federal fazem greve e alguns, como policiais rodoviários federais conseguem tudo que querem, a nossa categoria profissional, a maior em número, não consegue mobilizar para fazer um congresso em defesa dos trabalhadores. Predomina nesse ambiente insalubre, a luta identitária, ao invés da luta política.

Desde 2011, o ANDES-SN é controlado pelo “Consórcio PSOL, PCB, PSTU, UP”, sob supervisão dos pelegos da CSP-Conlutas, que fez greves contra os governos do PT, mas diante do Bolsonaro estabelecem o pacto de mediocridade, a fim de não utilizar grandes manifestações de rua que façam Lula Presidente. Para além dessa questão, basta lembrar dos cartazes e faixas, que antes reivindicavam aumento salarial, e agora desapareceram completamente.

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Desde o golpe de Estado, não temos sequer reposição salarial, agora vemos nosso tempo de serviço aumentado com a reforma da previdência, a carga de trabalho se elevando drasticamente e os custos de manutenção do trabalho estão terceirizados completamente. Não há mais verbas para pesquisas, o que faz com que as Fundações se aproveitem de professores mercenários e sem consciência, busquem ONGs para atuar na política universitária.

Alta evasão de alunos, professores cada vez mais adoecidos e o cardápio oferecido pelo ANDES é a “luta” contra racismo estrutural, machismo, homofobia etc., não levando em conta que estamos passando por dificuldades salariais, que aprofundam todos os problemas postos pelo capitalismo. Um professor em início da carreira sequer consegue se manter com o salário inicial, os concursos são para um ano de serviço apenas, dificultando o fortalecimento dos cursos de graduação.

Um sindicato que diz colocar “A vida acima dos lucros” parece estar lucrando bastante com as mensalidades dos professores, pois parecem estar distantes da realidade dos trabalhadores. Um professor com família não consegue se manter e manter seu próprio trabalho, influenciando diretamente no seu desempenho, cada vez aquém das possibilidades.

Para concluir, conclamamos a todos os insatisfeitos com a atuação do ANDES-SN e CSP-Conlutas, a integrar o Coletivo Educadores em Luta da Corrente Sindical Causa Operária, lutar por salário digno, contra o desemprego e as privatizações. Urgentemente precisamos convocar GREVE GERAL, e lutar pela eleição de Lula Presidente, Por um governo de trabalhadores.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... -sindical/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 22 Mai 2022, 01:21



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Mensagem por Chapolin Gremista » 25 Mai 2022, 17:30

Por tempo indeterminado
Bahia: professores da rede municipal deflagram greve
Categoria reivindica reajuste salarial de 33,24% à prefeitura, que oferece 6%

ImagemTrabalhadores devem lutar por Lula presidente – Foto: Reprodução

Oinício deste ano foi marcado pela agitação dos professores por seus direitos, pois logo no começo do ano, foi anunciado que o acumulado da pandemia em relação ao piso nacional dos professores seria o aumento de 33,24%.

Essa noticia mexeu diretamente com os professores que, em muitos estados, um exemplo é o de São Paulo, estavam com mais de oito anos sem reajuste. A defasagem dos vencimentos dos professores frente à crise e à inflação motivou os docentes a sair a campo para lutar pelos seus salários.

Tivemos diversas greves desde o mês de janeiro e, agora, é a vez dos professores municipais da Bahia. Os Professores da rede municipal de Salvador iniciaram, na última quinta-feira (19), uma greve por tempo indeterminado. Fizeram uma assembleia com os profissionais da Rede Municipal de Ensino na Praça Municipal às 9h e, com isso, iniciaram as greves.

O presidente da Associação de Professores Licenciados do Brasil (APLB), da seção de Salvador, Rui Oliveira, informou que a categoria pede, além do reajuste salarial de 33,24%, melhores condições de trabalho e correções que correspondem às perdas inflacionárias. Segundo também a APLB, a adesão no primeiro dia de greve foi de 90% das escolas, número extremamente positivo.

Alguns professores conseguiram algum tipo de reajuste com as greves pontuais que tiveram. Porém, diante da situação inflacionária e a defasagem dos salários, é preciso um movimento nacional de luta pelos 33,24% e um gatilho quando a inflação alcançar o patamar de 5%, pois mesmo os que receberam o reajuste do piso, infelizmente logo vão voltar ao mesmo patamar de miséria.

“Tem seis anos que o governo municipal não concede reajuste. As perdas inflacionárias chegam a 54%. Então, o poder de compra foi reduzido pela metade, o que a gente comprava há seis anos, hoje não compramos nem pela metade. O governo ofereceu 6% de reajuste, mas a categoria não aceita”, explicou Rui.

É preciso um amplo movimento não somente dos professores mas de todos os trabalhadores que vem amargando perdas substanciais. Somente a luta contra o golpe de 2016 que aprofundaram a política neoliberal pode ter um fim consequente.

Nesse sentido, é preciso radicalizar a greve dos professores e intensificá-la visando torná-la nacional. Ademais, é imprescindível que a mobilização tome a palavra de ordem Lula presidente. Ou seja, adquira um caráter político claro. Essa é a única forma de colocar em xeque a política neoliberal de esmagamento dos trabalhadores e, consequentemente, combater o avanço do golpe no País.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/c ... ram-greve/
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Mensagem por E.R » 26 Mai 2022, 11:17

NOTÍCIAS
https://www.agazeta.com.br/es/economia/ ... resas-0522

A micro e pequenas empresas são responsáveis pela maioria dos empregos gerados no Brasil e costuma ter em seus quadros profissionais diversos níveis de escolaridade.

Algumas das principais vagas que o mercado de trabalho está precisando nesse momento :

. Desenvolvedor de TI (Tecnologia da Informação)
. Editor de mídias
. Profissional de TI (Tecnologia da Informação)
. Eletricista
. Mecânico
. Operário qualificado para indústria, agricultura ou comércio.

O Brasil precisa investir mais em cursos técnicos em setores específicos para preencher vagas no mercado de trabalho.
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Mensagem por E.R » 26 Mai 2022, 20:55

NOTÍCIAS


Indústria precisa de profissionais qualificados em novas áreas, que precisam ter ensino específico para elas.
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Mensagem por Chapolin Gremista » 29 Mai 2022, 19:12

O câncer do secundarismo
PCdoB na UBES: o parasita do movimento secundarista
O PCdoB destrói as organizações estudantis para alimentar as ambições de seus dirigentes carreiristas

ImagemA camisa da organização mais parasitária do movimento estudantill – Foto: Reprodução

Membros da equipe do Pró-Cultura estiveram presentes no congresso da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, que é há tempos dominada pelo PCdoB.

A UBES seria um dos centros da organização do movimento estudantil em escala nacional, isso pelo menos na expectativa do incauto simpatizante da política de esquerda e do movimento estudantil, que se envolve inocentemente com a coisa no intuito de fazer a diferença e, frequentemente, ingressar no mundo político. Afinal, o movimento estudantil acaba sendo a porta de entrada de muitos para a militância, inclusive para a militância revolucionária.

Esses indivíduos que, inspirados e animados com a ideia de intervir na situação política ao seu redor, ao se depararem com uma atividade escabrosa como foi (e comumente é, há décadas) o ConUbes, têm grandes chances de se afastarem na hora da atividade política. Ou pior, trocarem de lado e se juntarem à campanha da direita contra o movimento estudantil e à esquerda ao verem o nível da podridão das direções das entidades.

Quem imagina um congresso, seja ele de um partido, sindicato, entidade estudantil ou seja a organização política que for, espera uma atividade formal, bem organizada e devidamente credenciada e regulamentada, onde se prima pela responsabilidade com os devidos procedimentos necessários para validar aquilo que é determinado pelos membros da organização em questão de forma que essas determinações tenham legitimidade perante a base do movimento. Isso, caros leitores, é o oposto do que se vê na atividade que a UBES (ou seria melhor dizer, o PCdoB) chama de congresso.

Como havíamos dito antes, o ambiente não só não passa a devida sensação de legitimidade que uma atividade que elege a direção de uma entidade nacional de um dos pilares da luta social que é o movimento estudantil deveria passar; como estimula o ódio, a repulsa e o sectarismo dos presentes instantaneamente.

Ao entrar no congresso, você se depara com uma atividade totalmente descentralizada (leia-se: completamente desorganizada e sem sentido prático). Palanques aleatórios de organizações diversas espalhados por um vasto espaço aberto parecem não apresentar nenhuma função real para a intervenção no congresso. São, antes de tudo, uma falação desordenada e já irritante de tão repetitiva para quem está frequentemente presente nas atividades onde essas organizações e “direções” comparecem. E mais: são discursos eloquentes que servem apenas à promoção daqueles que ali intervém.

Essas falas, que buscam supostamente apresentar um programa, são, frequentemente, uma regurgitação identitária e muito moderada de retórica supostamente muito combativa. Não tem lastro na situação política real dos estudantes e nem de quase ninguém, a não ser por vagas conexões que podem muito bem nem existir se verificadas no detalhe.

Se fosse apenas por isso, seria apenas mais uma atividade que nos faz perder cada dia mais a fé de que essas organizações de esquerda tem um real propósito social que esteja fora dos seus próprios interesses. Mas, claro que não acaba por aí.

Durante os três dias de congresso, concomitantemente com a falação pseudo-radical insuportável que já estamos acostumados, outro fator que, este sim, surpreende, e pode ser até chocante dependendo do grau de sensibilidade e de experiência do observador, se apresenta quando observamos os indivíduos ali presentes de perto. Algo importante de se salientar, antes de entrarmos no mérito, é que, por se tratar de uma organização dos secundaristas, as “delegações” são compostas primariamente por menores de idade.

Ao interagir e observar as pessoas ali presentes, se percebe que uma parcela expressiva, se não majoritária, do quórum do congresso, não faz a mais remota ideia do que está acontecendo. Não sabe nem ao menos com quem veio e de que se trata a atividade. Isso acontecia majoritariamente com aqueles que eram da delegação da UJS, mas o fenômeno também se manifestava em pessoas de outras organizações, porém em menores graus.

Isso já mostra claramente qual é a política para o congresso da UBES pelo PCdoB: perpetuar o controle da UJS na UBES a qualquer custo, política essa que não exclui a destruição da capacidade mobilizatória, ou seja, da utilidade prática da entidade para atingir esses fins mesquinhos e profundamente podres.

Esse método profundamente despolitizado e característico da política burguesa de se fazer as coisas rendeu um problemão à UJS, pois os desavisados que a organização trouxe eram altamente suscetíveis à apresentação de alguma política, algo que o próprio PCdoB não fornecia. Sendo assim, a aceitação ao material da Aliança da Juventude Revolucionária foi tanta, que rendeu cenas lamentáveis, como a de dirigentes e pessoas da organização do bloco da UJS sendo obrigadas a intimidar militantes do PCO para que não distribuírem panfletos. E aqueles sortudos do bloco que conseguissem ter contato com política através do material da AJR eram rapidamente repreendidos, repreensões essas que iam desde um dirigente do PCdoB arrancar o panfleto das mãos do sujeito, até ameaçar que o indivíduo não voltaria para casa se deixasse seu contato conosco ou mantivesse nosso material consigo.

Entretanto, novamente, é importante colocar: fosse apenas isso, ainda não haveria tanto motivo para redigir um texto dessa natureza, para colocar publicamente com esta clareza estes problemas. Poderia ser ainda, apesar de estar em um patamar maior de desonestidade e mesquinharia política do que de costume, passável como “acontecimentos de rotina” da política rasteira do movimento estudantil para quem já está razoavelmente acostumado. Porém, como foi dito, não para por aí.

O fato que mais impressiona, no mau sentido, é claro, são os métodos pelos quais a UJS consegue formar a sua “fila da sopa” no ConUBES.

Como foi dito anteriormente, por ser o congresso de uma entidade dos estudantes secundaristas, se trata de uma atividade com um alto índice de menores de idade. Mas, aparentemente, isso não tem muito valor no cálculo do PCdoB de como aliciar os desavisados para sua operação espúria. Por toda parte, principalmente de noite, após os “trabalhos”, vemos menores embriagados e sob o efeito de drogas que são consumidas a céu aberto e frente aos olhos, e pior, com o estímulo de elementos maiores de idade da coordenação do congresso – leia-se, do PCdoB.

A todo momento, era possível ouvir as sirenes de ambulâncias levando pessoas ao hospital em uma frequência totalmente anormal para atividades políticas, seja de qual for o tamanho. Não eram raros os indivíduos regurgitando em lixeiras, lixeiras estas que após o seu “uso” detinham um odor alcoólico característico das “festinhas” mais degradadas que se vê por aí.

Em um determinado momento da atividade, a enfermaria do Ginásio Nilson Nelson foi murada com barreiras metálicas para impedir que o seu interior, que abrigava menores que passaram mal devido à perigosa combinação de álcool, entorpecentes como lança perfume e maconha, e o calor implacável e caracteristicamente seco do Distrito Federal, fosse visto.

Em um dos banheiros masculinos (que era totalmente inutilizável devido ao cheiro insuportável de dejetos humanos e fluídos corporais acumulados em sanitários entupidos), foi relatado por membros da delegação da AJR, que havia um traficante de drogas.

Fora isso, havia um clima sexual frequente que não era, de modo algum, inibido para manter a ordem da atividade. O clima era especialmente marcante e desagradável nos banheiros de condição sub-humana descritos acima.

Ainda nos foi relatado que o congresso forneceu comida que havia perecido aos estudantes. Houve relatos, inclusive, de que foram encontrados vermes no feijão das marmitas do almoço do segundo dia, algo que é corroborado pela espetacular aceitação da barraca de cachorros quentes organizada por militantes do PCO, na qual até os líderes das organizações que têm profundo desafeto pelo PCO iam se alimentar.

Após todas essas infrações que acabariam com qualquer show de música ao vivo ou atividade pública, ainda tivemos a cena digna de nota, de um elemento da “organização do evento”, vir até a barraca da AJR dizer que ela teria de ser desmontada por não constar no croqui dos bombeiros, colocação que foi prontamente respondida apresentando todos os defeitos que foram descritos aqui ao sujeito que nos ameaçava, fazendo-o entender que seu pior pesadelo seria que qualquer fiscalização de qualquer natureza aparecesse em um raio de quilômetros daquele congresso.

Ao notar o erro que estava cometendo, o pretenso organizador deu meia volta e, após algumas tentativas mal sucedidas de avacalhar a atividade da AJR, com blefes baratos (típicos do movimento estudantil), chegando ao ponto de tentar nos fazer dar um golpe e se apropriar de uma barraca que era do movimento popular da juventude do PT, o MPJ, ele desistiu.

É importante salientar que essa situação deplorável não é mérito da UBES em si, que é apenas uma entidade, mas sim de quem a toca há anos, que é o PCdoB, usando o disfarce de um de seus inúmeros nomes fantasia, que no movimento estudantil é a UJS.

Não é exagero dizer que o que o PCdoB faz com a UBES é semelhante ao que um parasita faz ao organismo de um ser humano. Ele se apropria dos recursos vitais desse ser humano e, aos poucos, o faz definhar e recrudescer, se instalando cada vez mais, tornando a sua separação do organismo hospedeiro cada vez mais difícil e tornando as capacidades fisiológicas do sujeito cada vez mais débiles. O parasita, que é a UJS na UBES, se instalou a ponto de fazer o hospedeiro agir em função dos interesses do parasita contra seus próprios, que, no caso, são os interesses do movimento estudantil.

Esse sequestro das funções vitais da organização se reflete em seu congresso, que mostra como a organização, enquanto dominada pela UJS, serve apenas como um fim em si mesmo. A única atividade enérgica do PCdoB que utiliza a UBES é o esforço de guerra bienal empregado para perpetuar a direção da UJS durante o ConUBES.

Confira na íntegra o episódio do Pró Cultura sobre o congresso da UBES



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Mensagem por Chapolin Gremista » 03 Jun 2022, 01:35

Universidade Identitária
As universidades refletem o Brasil?
As políticas identitárias isentam a burguesia de seu papel de opressor, por isso são apoiadas por grandes empresas e bancos

ImagemA UNE e o IREE, “renovando” as relações entre empresa e Estado – Reprodução

O relatório da V Pesquisa Nacional de Perfil Socioeconômico e Cultural dos (as) Graduandos (as) das IFES (Instituições Federais de Ensino Superior) – 2018 (a mais recente) traz alguns dados interessantes, que, no entanto, chegam ao leitor mediados (ou enviesados) pelo frenesi identitário.

No texto, comemora-se o fato de estar o perfil dos estudantes de graduação das universidades federais brasileiras, “a cada edição, mais próximo do perfil sociodemográfico do Brasil”, ou seja, “as universidades expressam a diversidade cultural, racial e de sexo da população brasileira, assim como a desigualdade de renda”.

Segundo o relatório, o número de cotistas, em 2018, já atingia 48,3% dos estudantes das universidades federais e o número de mulheres representava 54,6% do total. O número de cotistas, aparentemente, cruza dados de estudantes negros, egressos de escola pública e de baixa renda (renda familiar per capita de um salário mínimo e meio).

O eufemismo “desigualdade de renda”, que quer dizer “baixa renda”, já vem sendo marotamente arrolado entre os atributos de “diversidade” e, de certa forma, comemora-se como um grande sucesso das políticas de cotas a ascensão de pobres à universidade: “A renda mensal familiar nominal média per capita no país, publicada pelo IBGE em 2018, era de R$1.373,00, enquanto a renda mensal familiar nominal média per capita dos estudantes da graduação é de R$1.328,00”. Finalmente, conclui o relatório que “as universidades refletem o Brasil”.

Tudo isso pode parecer boa notícia, pois as cotas estariam promovendo um deslocamento social dos pobres, que, há não muito tempo, mal podiam sonhar com um diploma universitário. Até aí, tudo bem, mas, sem querer jogar água na fervura, como sabemos das lições de física, dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo, e as universidades não ampliaram seu número de vagas. Em outras palavras, se os pobres adentraram as universidades federais, os ricos foram para outro lugar – ao que tudo indica, “melhor”.

Quem tiver um pouco de memória lembrará que, no início, a burguesia se insurgiu bravamente contra as políticas de cotas, alegando que seriam injustas, pois, sendo uma reserva de vagas para uns, reduziriam o número de vagas para outros. Com o tempo, a grita foi diminuindo e, de alguns anos para cá, a situação se acomodou. Seria ingenuidade, porém, achar que os ricos tomaram consciência de que é bom dividir os bancos escolares com os pobres nas universidades públicas.

Hoje a burguesia, ela própria empenhada nas campanhas identitárias, como se vê nas pesquisas empreendidas por suas organizações e na divulgação que a sua imprensa dá ao tema, matricula seus filhos em universidades estrangeiras. Têm aumentado o número de escolas bilíngues desde a infância, que preparam desde cedo os bem-nascidos para estudar fora do Brasil.

O destino dos jovens da burguesia é estudar fora e voltar com seus diplomas estrangeiros, que serão o diferencial para ocupar os melhores postos nas empresas daqui e tudo o que se segue. Dessa forma, o diploma a que têm acesso os cotistas vai perdendo o valor. O de graduação já vale muito pouco, tanto que os identitários agora querem cotas na pós-graduação. O próximo passo seria pedirem cotas em Harvard.

O que aqui se pretende mostrar é que as esmolas da burguesia não são conquistas. O que a burguesia dá com uma das mãos ela mesma tira com a outra. As políticas de “diversidade” abraçadas pelo banco Itaú, pelos grandes empresários e pela imprensa hegemônica não passam de camuflagem. É próprio do sistema capitalista excluir. Enquanto a burguesia der as cartas, nada vai mudar efetivamente, ainda que os beneficiários de cotas tenham a impressão de que mudou alguma coisa.

Essa impressão vem, naturalmente, da insistência no discurso meramente racial, de negros versus brancos, que substituiu a percepção da luta de classes pela percepção do “racismo estrutural”. O dado encoberto nas relações sociais, responsável pela desigualdade e pela opressão, deixaria de ser a luta de classes para ser um aspecto da psicologia social, disperso em toda a sociedade, embutido nas palavras, algo que não seria da responsabilidade de ninguém em particular, mas, sim, de todos, sendo, portanto “estrutural”.

Ora, enquanto isentam a burguesia de seu papel opressor, as políticas identitárias oferecem às estatísticas dados de “avanço” sobre os “brancos”, deixando de dizer, é claro, que apenas brancos pobres ou mesmo os de classe média, que não tenham condições de estudar fora ou de pagar uma das faculdades caras que são reduto dos filhos da burguesia (FAAP, FGV, Insper etc.), é que pagarão a conta, como se o problema fosse resolvido na base do “revanchismo histórico”. A burguesia nunca paga a conta, exceto quando o povo se levanta e vira a mesa.

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Mensagem por E.R » 03 Jun 2022, 06:43

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Mensagem por Chapolin Gremista » 03 Jun 2022, 17:27

Não às mensalidades
Pelo fim do vestibular e a estatização do ensino privado
Por ensino público e universal

ImagemEstá em marcha o fim do ensino público – Reprodução

Com o projeto apresentado no Congresso Federal por Kim Kataguiri (MBL), abriu-se a discussão no interior do governo golpista pela implementação de mensalidades em todas as universidades publicas. O projeto, coloca que seria necessário cobrar mensalidades nas instituições publicas, acabando assim totalmente com o ensino superior gratuito no Brasil.

O golpe em torno da medida está em que seria necessário, em primeiro momento, que apenas aqueles que “podem” irão pagar estas mensalidades. Acompanhando Kim Kataguiri, Tabata Amaral, a deputada que já tentou se passar por “esquerda” no último período, se lançou no apoio a esta política criminosa, revelando ser nada mais que uma correspondente dos interesses dos banqueiros.

Em meio a esta situação, ao contrário do que afirma Tabata Amaral, os verdadeiros prejudicados não são os setores mais ricos da sociedade, mas sim a classe operária. Quem está nas universidades públicas brasileiras é a classe média e a classe operária, enquanto isso a burguesia estuda no exterior, sobretudo em universidades norte-americanas. Assim, as mensalidades não servem para atingir os filhos da burguesia, mas sim, os setores mais oprimidos da sociedade, que estudam nas universidades publicas.

O ensino universitário brasileiro nesse sentido já é profundamente sucateado. Sem investimento, com diversos cortes universitários, as universidades públicas e seus alunos estão jogados às traças. Com a cobrança das mensalidades, o ensino superior torna-se cada vez mais distante da população pobre e oprimida, além disso, abre as portas para a privatização total das universidades públicas.

Começando pelas mensalidades progressivas, o sucateamento das universidades, prepara a sua privatização e a destruição completa do ensino superior público brasileiro, ou seja, qualquer chance de acesso da classe operária a universidade.

O caso revela a necessidade de se promover uma verdadeira luta contra a tentativa de privatização do ensino e a defesa da universalização do ensino público e gratuito. A medida, além de ferir a constituição que garante o ensino público no Brasil, serve para destruir por completo o ensino como um todo, atacando não só os estudantes como todo povo brasileiro.

Por isso, é preciso defender um programa completo de defesa do ensino e contra os ataques do golpe. É preciso defender que todo ensino seja público e gratuito, que se coloque um fim no vestibular, este filtro que impede grande parte da população pobre e oprimida a poder ter direito a continuar seus estudos. Nesse sentido, é preciso organizar nas escolas e universidades a campanha contra as mensalidades e contra o regime golpista, o avanço desta política será o fim do ensino público brasileiro.

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