Questões sobre gênero

Discussões sobre machismo, feminismo, sexismo e assuntos relacionados

Espaço para debates sobre assuntos que não sejam relacionados a Chespirito, como cinema, política, atualidades, música, cotidiano, games, tecnologias, etc.
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Mensagem por Chapolin Gremista » 16 Dez 2021, 18:45

Então você não leu a notícia. A situação das mulheres no Afeganistão já é melhor hoje do que durante 2 décadas de invasão americana, mas isso a Globo News não vai te contar.
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por Nezz » 16 Dez 2021, 18:53

Aquela declaração foi só pra inglês ver, e quem disse que a vida das mulheres melhorou? O Talibã também? rs
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Mensagem por Chapolin Gremista » 16 Dez 2021, 19:03

O governo declarou que está proibido o casamento forçado e também que as mulheres não são propriedades dos homens, coisa que jamais aconteceu durante as décadas de ocupação ''democrática'' americana

Então, sim, as coisas já estão mudando. Mas não vai sair no Jornal Nacional. :garg: :garg:
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Mensagem por Barbano » 17 Dez 2021, 10:37

Estão mudando bastante. Agora elas voltaram a ser obrigadas a usar véu, e não podem praticar esportes. Como melhorou a vida das mulheres esse Taliban...
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Mensagem por Chapolin Gremista » 17 Dez 2021, 21:11

De acordo com a Miriam Leitão e o Merval Pereira, sim. :asso:
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Mensagem por Chapolin Gremista » 25 Fev 2022, 06:25

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Mensagem por Chapolin Gremista » 03 Abr 2022, 15:18

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Mensagem por Chapolin Gremista » 11 Mai 2022, 01:06

Bebês neoliberais
Mães são obrigadas a deixar crianças recém-nascidas em creches

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Mães estão tendo que deixar seus bebês com menos de dois meses na creche devido a crise econômica que assola o país, ou voltam a trabalhar, ou morrem de fome.

Uma questão importante nos debates do coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo do PCO, é que as mulheres possam criar seus filhos com dignidade. Frequentemente estamos apontando como as mulheres são as mais prejudicadas em qualquer situação na sociedade capitalista, e portanto, seus filhos também.

Mães estão tendo que deixar seus bebês com menos de dois meses na creche devido a crise econômica que assola o país, ou voltam a trabalhar, ou morrem de fome.

Uma questão importante nos debates do coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo do PCO, é que as mulheres possam criar seus filhos com dignidade. Frequentemente estamos apontando como as mulheres são as mais prejudicadas em qualquer situação na sociedade capitalista, e portanto, seus filhos também.

Vimos que com a intensificação da crise econômica devido a pandemia do coronavírus, as mulheres foram as primeiras a perder seus empregos, ou a se demitir para poder cuidar das crianças que não tinham escola, ou dos doentes da família.

O governo do presidente ilegítimo e fascista Jair Bolsonaro não fez nada pelas mulheres ou pelos trabalhadores em geral, os míseros R$600,00 de auxílio emergencial iniciais não davam para nada e agora o auxílio Brasil é de R$233,00, que não paga nem o leite da criança.

Devido a essa situação as mães recém paridas estão tendo de deixar seus bebês com menos de dois meses nas creches para voltar ao trabalho, que são trabalhos informais e que portanto não lhes dão direito nenhum, nem a licença maternidade de 120 dias, que já é bem pouco.

Vamos aqui informar que as mães neste período ainda são puérperas, isto é, a partir do momento da saída da placenta até 45 é considerado pós-parto; em relação aos bebês, os três primeiros meses são considerados meses intensos de gestação externa, e até os 18 meses gestação externa menos intensa. Acreditamos que é possível a partir destas informações compreender o quanto este período é importante para o desenvolvimento do bebê e quanto é importante a mãe estar junto dele.

No entanto, não é possível que a mãe fique com seu filho sem nenhum tipo de amparo. Para que esse desenvolvimento seja bom, a mãe não pode estar sem condições materiais.

Na Conferência Internacional de Mulheres do Coletivo Rosa Luxemburgo do PCO, esse assunto foi abordado. No documento final consta a necessidade de que o Estado pague pelo menos um salário para as mães e pelo menos um salário para a criança até a maioridade, a creche é um dispositivo importante, mas no tempo correto, e inclusive sabemos que não há creches suficientes para as crianças, e muito menos para bebês recém nascidos.

Não fosse suficiente essa desgraça toda a que as mulheres são submetidas, a Folha de São Paulo fez uma matéria sobre essa questão onde contam alguns casos destas mães desgraçadas por essa política neoliberal assassina, e chama nossa atenção o discurso de algumas mulheres, uma delas é a da Mariana Luz, CEO da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, organização que atua por melhores políticas para a primeira infância, ela diz: “Garantir vaga para uma criança de um ou dois meses com uma mãe nessa situação de vulnerabilidade é garantir a sobrevivência. Nós, como sociedade, precisamos entender qual é o melhor lugar para esse bebê que vive esse contexto, mas não basta só ter a vaga é preciso qualidade.”

A qualidade é além de tudo pelo que a mãe passa, garantir o aleitamento materno, “a amamentação é importante para o fortalecimento do sistema imunológico da criança. O leite materno de cada mãe tem as propriedades necessárias e específicas para cada criança. E é o momento em que a criança forma vínculos, isso é importante para o seu desenvolvimento cognitivo e socioemocional”. Isto é, a mãe tem que ser uma máquina, além de ter que trabalhar no pós-parto para não morrer de fome, tem que garantir a amamentação.

Já a economista Cecilia Machado, professora da FGV e colunista da Folha de São Paulo, “a situação mostra a dualidade do aumento do mercado informal no país. Se por um lado, permite a inserção das mães no trabalho, por outro, não as garante direitos trabalhistas básicos, como a licença-maternidade”, e aproveita para puxar o saco do governo golpista, “ao menos São Paulo conseguiu estruturar uma política pública muito importante que é oferecer vaga em creche para que essas mães possam voltar a trabalhar, o que infelizmente não acontece na maioria dos municípios. Ter renda também é dar condições para o desenvolvimento da criança”.

Como nós do Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo sempre apontamos, NÃO EXISTE SORORIDADE INTERCLASSES!

https://www.causaoperaria.org.br/rede/p ... m-creches/
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Mensagem por Barbano » 11 Mai 2022, 11:09

PCO achando que dinheiro cai do céu pra pagar dois salários até a maioridade :garg:

Se já tem vagabundo de sobra por aí com misérias como o Auxílio Brasil, imagine com o governo bancando salário para todas as famílias com filho... Iriam ficar criando filhos até os 60~65 anos, e depois é só correr atrás do BPC e ficar a vida toda mamando nas tetas dos pagadores de impostos.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 11 Mai 2022, 15:24

Qualquer idiota sabe que dinheiro não falta, o problema é a distribuição. Mas pra burguesia que aceita juiz ganhando 100 mil e professor ganhando uma merreca, é claro que é absurdo. :lol:

Em relação a questão da maternidade, filosoficamente sou antinatalista, ou seja, não incentivo a reprodução humana. Entretanto, politicamente é necessário apoiar essas medidas, porque o contrário é a população jogada na sarjeta, resultando em criminalidade, abandono, mendicância, prostituição e todo o tipo de lixo que surge da degradação da sociedade capitalista.

Nesse sentido, entre apoiar o povo e a burguesia, eu não tenho dúvidas de qual lado vou ficar, afinal de contas, eu não sou filho de desembargador. :garg: :feliz:
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Mensagem por Chapolin Gremista » 20 Mai 2022, 09:20

Identitarismo
Número de candidatas à cargos públicos não importa
À medida em que as eleições se aproximam, imprensa burguesa inicia uma campanha demagógica em prol de candidaturas femininas

ImagemCampanhas pela Inclusão de mulheres na politica, pura demagogia burguesa – Foto: Reprodução

A Imprensa burguesa já começou a demagogia com as candidaturas femininas para as eleições.

A Folha de São Paulo noticiou que o número de mulheres pré-candidatas às eleições de 2022 caiu em relação a 2018. Em 2018 foram 30 candidatas aos governos estaduais, o que equivale a 15% das candidaturas. Até o momento, dos 161 pré-candidatos, 22 são mulheres, o que equivale a 14%.

Este número pode baixar após as convenções dos partidos que deverão referendar ou não as candidaturas. No momento, das 27 unidades federativas, apenas 14 poderão ter mulheres como candidatas ao Executivo Estadual. Será uma candidata mulher para cada sete candidatos homens. Vale lembrar que 53% do eleitorado brasileiro é de mulheres.

A imprensa burguesa ainda lembra que apenas seis estados tiveram até hoje mulheres como governadoras. São eles: Rio de Janeiro, Pará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Roraima.

O Rio Grande do Norte é o único estado que teve três mulheres governadoras, e a atual Fátima Bezerra (PT), caso seja reeleita, vai se igualar às outras duas mulheres que conseguiram esse feito, Roseana Sarney (PFL/MDB) no Maranhão, e Wilma de Faria (Avante), no Rio de Janeiro.

Fátima Bezerra avalia que a diminuição do número de mulheres candidatas se dá devido ao governo Jair Bolsonaro, que segundo ela, “é menos aberto à diversidade de gênero”. No entanto, em 2014, quando o governo era de uma mulher do campo progressista, a ex-Presidente Dilma Rousseff, o número de candidatas mulheres foi de 20, representando apenas 11% dos candidatos.

Fato é que tudo isso é uma baboseira, uma demagogia da imprensa burguesa com a situação da mulher. A grande verdade é que não importa o número de mulheres candidatas, pois são todas candidaturas burguesas. Tais candidaturas não impulsionam a emancipação da mulher, não são um fator progressista e não são indicativos concretos da evolução da luta da mulher.

O Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo do PCO está sempre pontuando essa questão sobre as mulheres em cargos políticos. Já começa pelas legendas. Das nove mulheres que já foram governadoras no Brasil, seis são de partidos da direita; já a primeira mulher que exerceu o cargo no Brasil, a Janilene Vasconcelos de Melo, nomeada governadora de Rondônia por 42 dias em 1982, não tinha partido, isto é, também era da direita.

Fica bem fácil de perceber o quanto que apenas ter mulheres em cargos políticos não quer dizer nada para a emancipação da mulher quando vemos as tais mulheres que chegam ao poder.

Vamos começar por Damares Alves (Republicanos). É Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos no governo Jair Bolsonaro e até agora só fez retroceder a condição das mulheres,. Inclusive, em 2021, usou apenas 24% das verbas destinadas aos programas contra a violência das mulheres; No governo Biden, temos Kamala Harris, considerada uma capitã do mato que não só ataca as mulheres americanas, bem como a população negra; Condoleezza Rice, Secretária de estado do Bush, disse que “a guerra no Iraque vale a pena”; Margaret Thatcher foi primeiro ministra do Reino Unido de 1979 a 1990. Quando ela morreu em 2013, muitos comemoraram dizendo que havia chegado a hora da bruxa morrer. Era chamada de a Dama de ferro e instituiu políticas econômicas ultra conservadoras que destruíram milhares de empregos; Ângela Merkel ficou a frente da Alemanha de 2005 a 2021, uma ditadora que impôs políticas duríssimas a países menores como Grécia e Portugal, a fim de encher os cofres dos bancos especuladores alemães; e o que dizer de Madeleine Albright? Primeira mulher secretária de estado nos EUA, responsável pela morte de mais de 500 mil crianças iraquianas, teve a indecência de dizer que o preço valeu a pena.

Ainda no Brasil temos deputadas como Tábata do Amaral, Simone Tebet, Joice Hasselmann e outras que votaram contra os trabalhadores em todas as oportunidades.

Fica claro, portanto, que o que importa é a política da pessoa, não o gênero. A única forma de emancipar a mulher é por meio da luta pelo socialismo, e somente figuras ligadas aos trabalhadores podem levar essa luta adiante de maneira consequente.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/p ... o-importa/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 18 Jun 2022, 11:33

Repressão
“Olhar fixo” pode ser enquadrado como assédio
Senadora do MDB produziu projeto que prevê a criminalização de olhares incisivos com pena de 6 meses a 1 ano

ImagemA luta da mulher é a luta pelo comunismo – Foto: Reprodução

A Senadora Rose Freitas (MDB/ES) apresentou, no dia 09/06/2022, o projeto de lei (PL) 1.314/2022, que altera os artigos 216-A e 233 do Decreto-lei 2.848, de 1940, que já considera crime o assédio sexual não físico, através de constrangimento ou posse de conteúdo sexual sem autorização. No dia 14/06, o projeto foi retirado de tramitação no Senado a pedido da própria autora, que justificou a retirada dizendo que houve um erro no envio do projeto, tendo sido feito sem sua autorização.

O projeto previa a criminalização de olhares fixos e reiterados junto ao decreto. Ou seja, olhar para alguma pessoa se tornaria crime e seria enquadrado como assédio sexual.

Temos aqui um claro mecanismo de vigilância constante sobre os olhares dos cidadãos e cidadãs. Para se comprovar tal tipo de olhar, cabe fabular que câmeras ou sensores devem estar conectados o tempo todo, em todos os lugares, inclusive em casa, no trabalho e nas ruas.

De qualquer forma, a atmosfera opressiva de tal medida geraria uma sociedade totalmente controlada, condicionada e paranoica. Parece ser um projeto para proteger as mulheres, mas, atingiria seu suposto objetivo? Protegeria as mulheres de tais olhares, ou de outras violências? Decerto que não.

O projeto retirado previa penas de seis meses a um ano mais multa. Se a vítima fosse menor de 18 anos, a pena seria aumentada em um terço. Segundo a própria senadora, a inspiração para o projeto foi uma lei da cidade de Londres, a qual condena os olhares invasivos e de conotações sexuais em transporte públicos.

Todavia, Rose Freitas afirma que em vários países, assim como no Brasil, várias campanhas foram feitas no sentido de coibir os olhares invasivos e que estes “não devem ser apenas coibidos, mas criminalizados”. Criminalizar seria, então, o objetivo final do projeto retirado.

Ou seja, o projeto pretendia “surfar” na onda identitária que está em alta em época pré-eleitoral. Ainda mais com a pré-candidata MDBista, Simone Tebet, sendo insuflada pela terceira via. Seria uma ótima oportunidade para apelar ao eleitorado feminino.

A esse projeto, somam-se outras medidas, projetos em tramitação e ações do STF. A CCJ, Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, adiou, em 09/06/22, a votação do projeto de lei do Senado que previa a simplificação da caracterização do crime abuso sexual. O texto (PLS 287/2018) dispensa a exigência de condição hierárquica superior em relação à vítima para configuração do delito.

A votação foi adiada após leitura do relatório de Marcos do Val (PODEMOS/ES). Pelo projeto, apresentado em 2018 por Vanessa Graziottin, o assédio seria comprovado pelo simples constrangimento de alguém em busca de vantagens sexuais. Do Val retirou do texto os aumentos de pena e afirmou que os demais mecanismos propostos no projeto já são previstos em lei. Assunto adiado.

Pelo lado das mulheres trabalhadoras, alguns direitos fundamentais para sua segurança física, psicológica e econômica são negados pela esmagadora maioria dos projetos e comissões que tramitam em assembleias estaduais e federais.

O primeiro deles, o direito ao aborto legal e assistido em rede pública, garantindo à mulher o direito a decisões sobre seu próprio corpo e sua própria vida, sem ingerência de instituições. O segundo direito, garantido pela Constituição mas que não é implementado, é o direito à saúde, à educação e cuidados para as crianças, como creches e acompanhamento médico totalmente públicas e de qualidade.

O direito à habitação e ao saneamento básico também está na Constituição, que o Estado deveria cumprir. Os princípios de dignidade e cidadania que a Constituição garante às mulheres devem ser mais fortalecidos e espalhados por todos os rincões do Brasil. Criminalizar olhares fixos, assobios, cantadas…Parece que há falta de problemas urgentes para esses representantes eleitos se debruçarem. Fica claro que, no final, servem apenas para atacar o povo.

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Mensagem por CHarritO » 23 Jun 2022, 11:08

https://noticiasdatv.uol.com.br/noticia ... vico-83519

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Após Silvio Santos ser elogiado por dar uma aula contra a transfobia em seu programa no SBT no último dia 12, Linn da Quebrada disse que o apresentador e outros comunicadores devem um pedido de desculpa pela forma que retrataram pessoas trans ao longo dos anos na televisão.

O internauta compartilhou o vídeo em que o comunicador entrevistou Ava Simões, uma mulher trans, e tirou algumas dúvidas sobre a identidade de gênero dela durante o Programa Silvio Santos.

"É também o mesmo Silvio que constrange e debocha da Roberta Close. Ele, como tantos outros meios de comunicação, devem desculpas pelo desserviço e pela contribuição assídua em desumanizar e atuar com tanto gosto na manutenção da violência e da dor. É necessário que não só ele, mas tantos profissionais da comunicação percebam o esforço sistemático na criação de um imaginário social, em rede nacional, que trabalhou muito bem para que rissem diante do espetáculo traumático de nos ferir e desumanizar."

Meus títulos e conquistas no FCH:
Moderador Global do FCH (2012 à 2014 / 2016 à 2020)
Moderador do Meu Negócio é Futebol (2010 à 2012 / 2015 à 2016)
Eleito o 1º vencedor do Usuário do Mês - Março 2010
Campeão do Bolão da Copa do FCH (2010)
Campeão do 13º Concurso de Piadas (2011)
Bicampeão do Bolão do FCH - Brasileirão (2011 e 2012)
Campeão do Bolão do FCH - Liga dos Campeões (2011/2012)
Campeão de A Casa dos Chavesmaníacos 10 (2012)
Campeão do Foot Beting (2014)
Hexacampeão da Chapoliga (2014, 2015, 2016, 2017, 2019 e 2020)
Campeão de O Sobrevivente - Liga dos Campeões (2016/2017)
Campeão de O Sobrevivente - Copa América (2019)
Campeão do Bolão da Copa América (2019)

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Mensagem por Chapolin Gremista » 18 Jul 2022, 16:54

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Mensagem por Chapolin Gremista » 20 Jul 2022, 01:32

Crime contra as Mulheres
Nota Oficial do Coletivo Rosa Luxemburgo
A violência obstétrica não é fato isolado, há muito vem sendo denunciada e vem escalando a cada dia.

ImagemMédico anestesista Giovanni Quintella, posiciona o campo (pano azul), de forma a esconder que está com o pênis na boca da paciente inconsciente durante o parto cesárea. – Reprodução

AViolência contra a mulher é institucionalizada

Na madrugada da segunda-feira, 11 de julho, o médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra foi preso em flagrante por estupro de uma mulher durante seu parto cesárea no Hospital Heloneida Studart, na baixada fluminense do Rio de Janeiro.

A equipe de enfermagem daquele plantão começou a desconfiar do médico pois nas três cirurgias anteriores que ele participou, teve comportamentos fora do padrão: sedava muito as mulheres, o que é bastante fora do normal, já que assim que o bebê nasce, se propicia o primeiro contato pele a pele entre o bebê e a mãe; além disso, ele também usava o campo, pano que serve para proteger a área da cirurgia e não deixar a mulher assistir a cirurgia, para impedir que os outros profissionais o vissem, e não havia motivo para tampar tanto, uma vez que estavam sedadas e não poderiam ver os procedimentos. Apesar de que o médico tenha tentado disfarçar, a equipe percebeu sua movimentação suspeita perto das pacientes.

Depois que a denúncia foi publicizada, apareceram notícias de que o médico anestesista também impedia que as mulheres fossem acompanhadas durante o parto, o que é um direito conforme a Lei nº 11.108/05, que deixa claro que fica a critério exclusivo da parturiente (mulher grávida) a escolha de seu acompanhante. Pode ser o marido, a mãe, uma amiga, uma doula. Não importa se há parentesco ou tampouco o sexo do acompanhante.

Outra notícia que apareceu foi que uma colega de equipe médica declarou à delegada que viu o médico Giovanni Quintella com o pênis ereto em uma outra cirurgia.

A equipe de enfermagem, enfermeiras e técnicas, desconfiadas encontraram uma forma de colocar um celular filmando de forma que o médico não percebesse. As imagens são no mínimo estarrecedoras. Enquanto acontecia a cirurgia cesariana, por dez minutos o médico anestesista manteve seu pênis dentro da boca da paciente por ele sedada. Ele se movimentava de forma contida e, no final, usou lenço de papel para limpar os vestígios de esperma na boca da mulher inconsciente, totalmente sem condições de se proteger daquele que deveria estar ali para prestar cuidados.

Tudo isso acontecendo, parece ironia, num hospital público cujo nome homenageia uma grande defensora dos direitos das mulheres, Heloneida Studart. Mas não é ironia, é simplesmente a institucionalização da violência contra as mulheres.

A violência obstétrica não é fato isolado, há muito vem sendo denunciada e este caso mostrou a escalada do descaso que é muito grande. Existem mortes de mulheres e de bebês devido a violência obstétrica. Recentemente, o secretário de saúde do Ministério da Saúde, Raphael Câmara, reformulou as cartilhas técnicas sobre parto descaracterizando de violentos os atos médicos já consolidados como tal pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como a manobra de Kristeller, dentre outros métodos.

Sabemos que no Brasil a medicina é elitizada, pobre não tem condições de se sustentar em um curso de medicina, ou devido às altas mensalidades das faculdades particulares, ou por não poder se sustentar em um curso integral, pois a carga horária impede que a pessoa trabalhe.

Para piorar, existe um corporativismo que mantém um número limitado de vagas nos cursos de medicina a fim de diminuir a oferta de médicos e assim manter os salários altos. Poucos fazem medicina por vocação, muitos escolhem a carreira porque o retorno financeiro é alto, e muitos ainda vão herdar a clientela dos pais já médicos, seus consultórios, clínicas ou mesmo hospitais.

Tudo isso faz com que a classe também seja altamente corporativista, chegando ao absurdo de o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP) pedir à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) por meio de ofício, punição para uma advogada que promoveu uma oficina de orientação sobre os direitos das mulheres gestantes, a fim de que as mulheres possam saber como se defender da violência obstétrica.

A presidenta do Cremesp, Irene Abramovich, (sim, é uma mulher!) afirma que o curso “tem o intuito de instigar as mulheres a denunciarem os médicos especialistas em obstetrícia e pediatria por supostas violências obstétricas”.

Sendo assim, a sra. presidenta deveria fazer uma parceria com essa advogada, pois é do escopo do CREMESP fiscalizar a atuação médica, que precisa melhorar muito esse trabalho. O pior de tudo, é que a OAB se curvou ante a solicitação e chamou a advogada para depor, um verdadeiro absurdo. Desde quando o CREMESP tem prerrogativa sobre a OAB?

Também chamamos atenção para outros fatos: o cuidado da delegada Bárbara Lomba na abordagem do médico anestesista que estuprou a mulher durante o parto, só faltou pedir desculpas por o estar prendendo em flagrante, “é desagradável, mas vamos ter que fazer”; a médica colega de equipe, ver o médico anestesista de pênis ereto durante uma outra cirurgia de cesárea e não pensar que algo estava errado; as equipes médicas não se incomodarem com a sedação das pacientes e ainda dizerem que não é usual, mas ele é anestesista pode fazê-lo.

É a institucionalização da violência contra as mulheres, principalmente as trabalhadoras pobres que necessitam do serviço público. Esses profissionais demonstram que não têm empatia nenhuma por nós mulheres, fazem seu trabalho de maneira fria e impessoal. Isso mostra a que nível chega um ser humano em relação a outro dentro desse capitalismo decadente e pérfido no qual nos encontramos.

O Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo, do Partido da Causa Operária, entende que somente com a organização das mulheres em grupos de autodefesa se poderia dizimar a ignorância imposta pela sociedade capitalista à maioria das mulheres da classe trabalhadora, as mais vulneráveis. Temos que nos unir e nos organizarmos para derrubar esse sistema pérfido e sujo que nunca respeitou a mulher em sua plena capacidade.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/p ... uxemburgo/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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