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Chapolin Gremista
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Europa

Mensagem por Chapolin Gremista » 14 Mai 2022, 08:24

Aumentam as tensões
Finlândia na OTAN: começa uma nova etapa da guerra da Ucrânia
Primeiro-ministro e presidentes nórdicos querem ingresso urgente no tratado imperialista

ImagemIngresso da Finlândia à OTAN representaria um acirramento das investidas imperialistas contra a soberania russa – Foto: Reprodução

Nesta quinta-feira (12), a Finlândia anunciou que vai aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) “sem demora”. A declaração veio logo após o posicionamento do presidente e da primeira-ministra como favoráveis à candidatura finlandesa ao bloco.

“Esperamos que as medidas nacionais ainda necessárias para tomar essa decisão sejam tomadas rapidamente nos próximos dias”, afirmaram os governantes.

Ataque direto contra a Rússia

Prontamente, Moscou iniciou uma série de denúncias contra a mobilização do país nórdico em torno da adesão ao bloco imperialista. Afirmou que representava uma séria ameaça à Rússia e, como disse o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, “uma mudança radical na política externa do país [a Finlândia]”.

“A Rússia será forçada a tomar medidas de retaliação, tanto de natureza militar-técnica quanto de outra natureza, a fim de impedir que surjam ameaças à sua segurança nacional”, afirmou a pasta em comunicado oficial.

Dmitri Peskov, porta-voz do governo russo, ressaltou que “a expansão da OTAN não torna nosso continente mais estável e seguro”, reiterando que o país pode tomar novas medidas para “equilibrar a situação”.

“Tudo dependerá de como esse processo de expansão da Otan se desenrolar, até que ponto a infraestrutura militar se aproxima de nossas fronteiras”, colocou Peskov.

Ademais, o vice-presidente do conselho de segurança da Rússia, Dmitri Medvedev, tomou a situação para relembrar a campanha militar incentivada pelo imperialismo na Ucrânia, alertando à possibilidade de um conflito total entre a OTAN e a Rússia:

“Os países da Otan injetando armas na Ucrânia, treinando tropas para usar equipamentos ocidentais, enviando mercenários e os exercícios dos países da Aliança perto de nossas fronteiras aumentam a probabilidade de um conflito direto e aberto entre a Otan e a Rússia”, disse Medvedev.

Desconfianças caem por terra: as ameaças são concretas!

Uma das principais justificativas da Rússia em relação à necessidade de sua operação especial militar na Ucrânia foi, e continua sendo, a urgência da defesa da soberania russa contra a OTAN.

Frente a isso, a imprensa burguesa, bem como a esmagadora maioria da esquerda pequeno-burguesa, afirmaram se tratar de um exagero. Escondendo-se sob o direito internacional, disseram, decididamente, que se tratava de um pretexto falacioso.

Decerto que esse tipo de constatação não passa de uma farsa. A OTAN (o imperialismo) vem avançando a passos largos na Europa. A Ucrânia é prova viva disso, já que o governo dos EUA basicamente tornaram-na membro da OTAN sem a formalidade. Afinal, foi o imperialismo americano quem orquestrou o golpe de 2014 e que, a partir daí, financiou diretamente a atuação de milícias nazistas que praticavam um verdadeiro genocídio no Donbass. Sem contar nas dezenas de laboratórios que comprovadamente produziam armas biológicas com financiamento mascarado por parte do governo.

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Agora, vemos ainda mais uma vez que a operação russo foi, em todos os sentidos, absolutamente acertada. Afinal, a entrada da Finlândia e, consequentemente, da Suécia no bloco imperialista representaria um aumento de mais de 1.300 km na fronteira entre a Rússia e a OTAN. Ou seja, uma área extra gigantesca para que as armas imperialistas possam ser instaladas próximas à Rússia.

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Posição ofensiva mais clara que essa só pode ser vista segundos antes do lançamento de uma ogiva contra Moscou.

Mesmo assim, imperialismo pena em penalizar a Rússia

Consequente de uma instabilidade cada vez maior, o imperialismo estadunidense, frente à perda de sua hegemonia, aplicou duras sanções contra a Rússia e o povo russo. Desde o começo do conflito, essas penalidades partem de simples bloqueios transacionais, até a proibição de compra de produtos de exportação russos por parte dos aliados dos Estados Unidos.

O problema é que a situação fugiu completamente do controle dos EUA que não conseguem conter a venda de produtos russos em decorrência de seu caráter indispensável aos países da Europa.

Finalmente, nenhum aliado dos americanos quer ficar, verdadeiramente, contra a Rússia. E aqui, há uma diferença clara entre condenações diplomáticas, como por meio de votações e pronunciamentos, e boicotes econômicos concretos. Afinal, boa parte dos países europeus depende completamente do gás que a Rússia exporta, como é o caso da Alemanha que, meses após o começo do conflito, não cessou o fornecimento do combustível russo ao país.

No Pacífico, conversas à sete chaves

Para que um novo membro seja admitido na OTAN, é preciso que todos os outros membros concordem com o ingresso.

Entre 10 e 12 de maio, a Primeira-Ministra finlandesa, Sanna Marin, realizou uma viagem para o Japão para “discutir assuntos comerciais”. Entretanto, dada a circunstância do encontro, tudo indica que o assunto principal do encontro seja, justamente, a OTAN. Afinal, Marin havia ido à Grécia semanas antes, resultando em um voto favorável à adesão do país ao bloco.

Ademais, no dia 24 deste mês, antes de passar pela Coreia do Sul, Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, irá, também, ao Japão. Ou seja, vemos de maneira evidente um esforço do imperialismo para fortalecer suas alianças militares na região do Indo-Pacífico. É, acima de tudo, uma tentativa de manter a coesão de seus aliados para responder militarmente tanto no Leste europeu, quanto na Ásia, mirando a China.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... -iminente/

No fim, é guerra!

Independente do que resulte as negociações entre os nórdicos e a OTAN, o fato é que o imperialismo perde cada vez mais o controle da situação. Por isso, é obrigado a tomar medidas ainda mais agressivas, como é o caso da adesão da Finlândia ao bloco.

Inaugura-se, nesse sentido, uma nova etapa da guerra entre a Rússia e o imperialismo. Neste momento, a analogia do animal ferido não poderia se encaixar melhor. O imperialismo está ferido e, portanto, fará de tudo para recuperar a sua posição e tentar empurrar o mundo em uma miséria cada vez maior. Se conseguirão, só o futuro dirá. Mas o fato é que a ação russa teve frutos extremamente positivos para a luta dos trabalhadores em âmbito planetário e está, efetivamente, obtendo êxito em enfraquecer a dominação imperialista sobre os povos oprimidos.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/i ... a-ucrania/
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Mensagem por E.R » 14 Mai 2022, 08:26

Se a Rússia fizer com a Finlândia ou com a Suécia o que tá fazendo na Ucrãnia, aí sim teremos a Terceira Guerra Mundial.
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Europa

Mensagem por Chapolin Gremista » 14 Mai 2022, 09:01

É muito grave.
Imperialismo Avança
Finlândia e Suécia no Otan podem ser um passo para a guerra
Tentativa de Finlândia e Suécia na Otan podem transformar a região em um verdadeiro barril de pólvora e milhõe de vidas podem estar em risco

ImagemO imperialismo e seus tentáculos se apoderando de tudo – Reprodução

A Finlândia está tentando entrar na OTAN, o que pode elevar a tensão no Leste-Europeu ao seu nível mais alto. O país mantém 1.304 km de fronteira com a Rússia e, como alguém já disse, a região vai se transformar em um barril de pólvora.

Pelo visto, existe um setor do imperialismo que está apostando suas fichas em uma guerra generalizada. Se isso acontecer, milhões de pessoas podem perder suas vidas devido um pequeno grupo de interesses que quer não apenas manter, como também ampliar seu poder político e econômico sobre as riquezas do Planeta.

Para piorar o quadro, a Suécia também deverá pedir ingresso na OTAN, o que agravará muito a situação. Esses países, que até ontem optaram por uma relativa neutralidade, mesmo durante o período conhecido como Guerra Fria, estão cedendo às pressões do imperialismo americano e podem se envolver em uma guerra com o segundo mais poderoso exército do mundo. A Rússia, obviamente, é bem inferior ao conjunto dos países da Otan, o que não significa que poderá infligir terríveis danos a seus eventuais inimigos.

A Europa está entrando em uma guerra que não é sua, vai pagar caro porque ali será o palco principal dos conflitos. Os EUA estão a milhares de quilômetros e empurram seus aliados, quase lacaios, para a destruição.

A Finlândia tem na Rússia o seu terceiro parceiro comercial. Pelo menos 10% de suas empresas serão severamente afetadas, em caso de confronto, enquanto 60% serão afetadas de algum modo. O que esse país tem a ganhar e por quais motivos seus governantes estão tão ávidos para adentrar nesse caminho? No caso de o conflito escalar, é óbvio que a Rússia atacará os países inimigos mais próximos, o que torna a Finlândia, caso entre na OTAN, um dos primeiros a sofrer as consequências. É quase uma tática suicida.

China na alça da mira

Simultaneamente a esse aumento de tensões na Europa, o imperialismo estende seus tentáculos em direção à Ásia. A primeira-ministra finlandesa, Sanna Marin, esteve no Japão entre os dias 10 e 12 deste mês, embora a justificativa para a visita tenham sido as relações comerciais entre os países, é certo que o assunto principal tenha sido a OTAN.

O presidente dos EUA, Joe Biden, estará no Japão, fará uma visita à Ásia entre os dias 20 e 24, visitando primeiro a Coreia do Sul e, segundo o Global Times de hoje, 13 de maio, “muito recentemente, a agência nacional de inteligência da Coreia do Sul se juntou ao Centro de Excelência em Defesa Cibernética Cooperativa da OTAN como o primeiro membro asiático deste último. Tanto a Coreia do Sul quanto o Japão foram convidados para a Cúpula da OTAN a ser realizada no próximo mês. Pode sinalizar que os aliados asiáticos dos EUA e a OTAN estão formando interações institucionais. Isso é algo para se estar atento”.

O Global Times é uma espécie de porta-voz informal do governo chinês e em várias matérias já disse que, com razão, que o conflito entre Rússia e Ucrânia envolverá a China que, todos sabem, é alvo do imperialismo. Não à toa, vem fazendo inúmeras provocações no mar do Japão e Estreito de Taiwan. Os chineses já disseram que não vão aceitar intromissões na Ilha.

Os EUA estão tentando fortalecer o Quad, que muitos chamam de Mini-OTAN, um bloco militar do qual participam também Austrália, Índia e Japão. Essa movimentação levou o editorial do Global Times à seguinte conclusão em seu último parágrafo: “Os EUA e a OTAN, com forte lógica de política de poder, política de bloco e mentalidade da Guerra Fria, podem aplicar sua tática de transformar outras regiões em barris de pólvora na região da Ásia-Pacífico. Com as lições extraídas da crise na Ucrânia, os países da Ásia-Pacífico devem dar as mãos para dizer não à interferência estrangeira na região e começar a construir seu próprio regime de segurança, evitando que a crise na Europa se forme à nossa porta”.

Será que a China, até agora tão cautelosa, começara a formar suas próprias alianças militares na região? Se não fizerem nada o imperialismo avançará, se fizerem algo o imperialismo também avançará do mesmo jeito. Então, é melhor se preparar para o confronto que parece inevitável.

Turquia esfria um pouco a tensão

Na manhã desta sexta-feira, (13/05), a Turquia rejeitou a entrada da Finlândia e da Suécia na OTAN contra a Rússia. O presidente Recep Tayyip Erdogan manifestou desacordo porque, segundo ele, os países escandinavos abrigam terroristas. Membros do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão) estão refugiados na Suécia, seguidores do clérigo Fethullah Gulen, que vive nos EUA. Erdogan os acusa de ter tentado o golpe militar contra seu governo em 2016.

O presidente da Turquia seguramente deve estar com as barbas de molho, pois sabe muito bem que a tentativa de golpe partiu do imperialismo. Não faz muito bem para a saúde confiar nos EUA, basta ver o que fizeram com Saddam Husseim, dentre outros. Fortalecer os imperialistas pode ser uma maneira de encurtar o caminho até a cova, por isso os turcos precisam medir muito bem o que vão fazer pois poderão sofrer as consequências.

Suécia e Finlândia, pelo menos por enquanto, não devem ser aceitas na OTAN, mas não se sabe se, ou até quando, os turcos conseguirão aguentar a pressão contrária e, como já vimos mais de uma vez, os EUA não se incomodam em descumprir regras e acordos. Se sentirem necessidade de passar por cima da Turquia para trazer esses dois países para suas fileiras, com certeza o farão.

A esquerda internacional não pode ficar apenas assistindo essa movimentação do imperialismo e, pior, não pode aceitar os lacaios que se voltam contra a Rússia, país que está sendo oprimido e tem o direito de se defender. É preciso formar um grande movimento que denuncie as intenções do imperialismo. Não podemos permitir que milhões de vidas se percam para defender os interesses daqueles que são nossos principais inimigos.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/i ... -a-guerra/
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Mensagem por E.R » 14 Mai 2022, 09:06

O Brasil é neutro, mas sabemos que se o Brasil tiver que tomar um lado algum dia, vai ser o lado de sempre, junto com Inglaterra e Estados Unidos.
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Mensagem por Chapolin Gremista » 14 Mai 2022, 09:08

Vai depender da presidência. Os países oprimidos da América Latina tendem a ficar ao lado dos russos.
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Mensagem por E.R » 14 Mai 2022, 09:15

Mesmo se for o PT na presidência, até pelo fato dos democratas estarem no poder nos Estados Unidos.

O Brasil está alinhado ao mundo ocidental, até mesmo as lideranças de esquerda no país sempre que podem vão visitar os Estados Unidos ou os países europeus.

O Brasil é uma espécie de Estados Unidos da América do Sul, com cultura e hábitos muito parecidos. Talvez isso seja menor em outros países da América do Sul, mas principalmente em Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai os costumes são muito parecidos com os dos americanos.

A invasão russa na Ucrânia esse ano, a esmagadora maioria da população brasileira ficou ao lado da Ucrãnia, a opinião pública principalmente, mesmo muita gente que tinha simpatia pelo Putin antes da guerra, acabou ficando do lado da Ucrânia.
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Mensagem por Chapolin Gremista » 14 Mai 2022, 09:24

Lula mantém boas relações com os Estados Unidos mas já declarou diversas vezes que sabe que sua prisão e o golpe de estado que Dilma sofreu foram encomendas do Tio Sam. Por essas e outras sua atuação política tende a se chocar com as políticas do imperialismo, a prova disso foram as declarações recentes dele sobre a guerra, colocando a culpa do conflito no governo americano.
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Conflito Israel-Palestina

Mensagem por Chapolin Gremista » 14 Mai 2022, 09:28

Ditadura Fascista
Israel reprime brutalmente enterro de jornalista palestina
O Estado Sionista, peça fundamental para a repressão imperialista no Oriente Médio, não respeita sequer o direito de os palestinos enterrarem seus mortos.

ImagemA jornalista palestina assassinada por Israel sendo sepultada em Jerusalem – Foto: Andraous Jahshan

Milhares de palestinos se reuniram nesta sexta-feira (13) para acompanhar o funeral da jornalista palestina do canal de notícias Al Jazeera, Shireen Abu Akleh, morta, na última quarta-feira (11) pela ditadura fascista do Estado de Israel no pleno exercício da profissão, enquanto cobria e denunciava um ataque de Israel na Cisjordânia. Shireen Abu Akleh foi sepultada no cemitério Monte Sião, ao lado dos pais, na cidade de Jerusalém, ocupada por Israel.

Uma multidão com bandeiras palestinas e cantando, “Palestina, Palestina”, seguiu o cortejo fúnebre, do Hospital Francês St Louis, no bairro ocupado de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental, para um serviço fúnebre no Portão de Jaffa, na Cidade Velha de Jerusalém, e finalmente para o Cemitério onde foi enterrada.

O Estado fascista de Israel não respeitou nem mesmo o luto da família e da população impactados pelo cruel assassinato da jornalista que há anos denuncia a situação de opressão que Israel mantém sobre os palestinos. Durante o cortejo a polícia atacou a multidão, fazendo com que quase derrubasse o caixão de Shireen Abu Akleh; espancaram pessoas que participavam do cortejo, tomaram das mãos dos palestinos as bandeiras da Palestina, tiraram do carro fúnebre e chegaram a quebrar um vidro do carro que levaria o corpo da jornalista. Pessoas foram detidas num ato de selvageria abjeta. As pessoas que carregavam o caixão resistiram e não permitiram que caísse no chão.



Mesmo antes do cortejo fúnebre, a polícia de Israel já praticava infâmias; invadiu a casa de familiares, que moram em Israel, horas após ser assassinada pelo Estado de Israel, tiraram uma bandeira da Palestina e mandaram abaixar a música patriótica. O irmão da jornalista também foi convocado, na quinta-feira (12), por autoridades palestinas para alertá-lo das pessoas que carregavam bandeiras palestinas ou cantavam cânticos pró-palestina durante cerimônias em memória da jornalista.

Jornalistas e conhecidos de Shireen Abu Akleh destaram sua coragem e seu comprometimento com a causa palestina e seu trabalho jornalístico que inclui anos de denúncia das condições que Israel impõe aos palestinos.

O Estado da Palestina condenou a ação de Israel no campo de refugiados em Jenin, na Palestina, que ocasionou a morte da jornalista que cobria mais esse crime de Israel contra os palestinos. Exortou ainda que os jornalistas denunciem os crimes de Israel, bem como que o Procurador do Tribunal Penal Internacional abra imediatamente um inquérito para apurar os crimes de Israel contra jornalistas. Declarou também que o Conselho das Nações Unidas deve cumprir seu dever legal e proteger as o povo palestino como preve as proprias resoluções da ONU.

Estado de Israel, uma ditadura a serviço do imperialismo

O Estado de Israel exerce uma ditadura de tipo fascista contra a população palestina, seja a que está dentro do Estado de Israel, seja os que se encontram na Faixa de Gaza ou na região da Cisjordânia.

Diferentemente do que a imprensa capitalista apregoa, Israel não é um estado democrático em meio ao mar de teocracias retrógradas do oriente médio, ao contrário Israel não somente não é um Estado democrático, como um Estado de tipo fascista, que promove um verdadeiro massacre com motivações inclusive raciais, como é um dos fatores que mantém os povos da região oprimidos e, por isso, mais longe das conquistas democráticas.

A própria formação de Israel como foi constitui um crime, que foi apoiado por todo o imperialismo mundial; o Estado de Israel instituído em 1948 ampliou-se a revelia das próprias exigência da ONU quando da sua criação, expulsou de suas casas as populações locais, tomou as cidades pela violência e pela guerra, os territórios, tudo, condenando-as a um gueto, tal qual experimentaram os judeus durante o III Reich.

Israel é apoiado pelo imperialismo, porque constitui uma base de operações e um porto seguro para a dominação imperialista da região, sobretudo dos Estados Unidos. Os crimes tenebrosos de Israel, que não deve muito aos dos nazistas alemães, são ignorados pelos órgãos e pela comunidade internacional justamente pelo papel que cumpre na estabilização da dominação do imperialismo no Oriente Médio.

É preciso lutar pelo fim do Estado de Israel, estado que assumiu um caráter claramente fascista e racista contra o árabe-muçulmano. Esse Estado deve ser dissolvido para que possa nascer um Estado plurinacional com uma representação igualitária entre palestinos-muçulmanos, judeus e outras nacionalidades que participem dele. Essa é a única solução possível para o conflito.

Caso contrário, o que veremos é a continuação da opressão, do massacre dos palestinos pelos Estado de Israel, ação que faz crescer o ódio contra a população judaica comum, que nada tem a ver com a política dos poderosos, dos capitalistas e políticos judeus que mantém a política de massacre contra a população palestina. Assim se alimenta o ódio racial, porque na visão de quem vive o conflito, os motivos econômicos e políticos não se apresentam tão fortes como quando se expressam no ódio racial.

É preciso lutar pelo fim do Estado de Israel e em defesa de um estado plurinacional de palestinos, judeus e outras nacionalidades. A existência do Estado de Israel é um flagelo para a população muçulmana e um perigo para a população judaica do mundo inteiro. Abaixo os crimes de Israel! Abaixo o regime fascista de Israel!

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Mensagem por Fola » 14 Mai 2022, 19:00

Chapolin Gremista escreveu:
14 Mai 2022, 09:24
Lula mantém boas relações com os Estados Unidos mas já declarou diversas vezes que sabe que sua prisão e o golpe de estado que Dilma sofreu foram encomendas do Tio Sam.
A Esquerda não desiste das suas narrativas mentirosas mesmo. Vão provocar a reeleição do esterco que agora está na presidência, e depois vão ficar perguntado onde foi que erraram. Definitivamente, não terá sido por falta de aviso.
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Mensagem por Dias » 14 Mai 2022, 19:45

Verdade, Lula vacilou nessa. Agora vou ser obrigado a votar no miliciano que deixou mais de 600 mil pessoas morrerem na pandemia por pura psicopatia enquanto zombava deles e que taca sigilo de 100 anos em tudo que faz pra depois falar que não tem corrupção no governo. Gente morrer eu até tolero, agora falar mal dos meus Estados Unidos já é demais.
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Mensagem por Fola » 14 Mai 2022, 20:22

Não sei se esse comentário foi para mim, mas eu não me referia a "falar mal dos Estados Unidos", mas sim à narrativa furada (que ninguém além da própria Esquerda compra) de que Dilma sofreu um golpe de Estado.
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Mensagem por Dias » 14 Mai 2022, 21:49

Fola escreveu:
14 Mai 2022, 20:22
Não sei se esse comentário foi para mim, mas eu não me referia a "falar mal dos Estados Unidos", mas sim à narrativa furada (que ninguém além da própria Esquerda compra) de que Dilma sofreu um golpe de Estado.
O comentário sobre os Estados Unidos foi inspirado em algumas jornalistas que sempre tomam as dores dos Estados Unidos.

Mas você acha que alguém vai pensar "eu ia votar no Lula se ele não tivesse falado que Dilma sofreu golpe"? Quem não vai votar nele tem mais de um motivo, e motivos estes que vão muito além de alguém ter dito que o impeachment foi golpe.
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Mensagem por Chapolin Gremista » 15 Mai 2022, 06:37

Dilma sofreu impeachment por ''pedaladas fiscais'' enquanto Bolsonaro não sofreu nenhuma consequência por matar 600 mil pessoas.

O eleitor de ''esquerda'' que não sabe que foi golpe simplesmente é da esquerda que a direita gosta.

E o próprio Lula sabe que não precisa falar um ai sobre os Estados Unidos para ser atacado pela burguesia golpista, isso vai acontecer de qualquer jeito, então ele tá mais do que certo em não ficar quieto mesmo. Cachorro que é mordido por cobra tem medo de linguiça.
===

Infelizmente muito se palpita sobre o conflito na Ucrânia, mas pouco se sabe de fato e materiais como esse são essenciais para esclarecer o que politicamente causou o conflito como a nazificaçã do país após o golpe de estado também patrocinado pelos EUA (uma coincidência para os néscios que duvidam que eles seriam capazes de dar golpe em qualquer país, é tudo ''teoria de conspiração da turma do PETÊ'' :lol: :garg:
Exclusivo do Donbass
“Para o povo de Lugansk, independência é integração à Rússia”
Ministro das Relações Exteriores da República Popular de Lugansk concede entrevista ao Diário Causa Operária

Imagem─Rafael Dantas e Eduardo Vasco, de Lugansk

Ontem (13) foi comemorado o Dia da Independência da República Popular de Lugansk (RPL). Há oito anos, em um referendo com a participação de 81% dos eleitores, a separação da Ucrânia obteve 96,2% de aprovação. Criou-se então um novo país, que somente recebeu algum reconhecimento internacional quando, em fevereiro deste ano, a Rússia anunciou que considera a RPL ─ bem como a República Popular de Donetsk (RPD) ─ como nações independentes.

Na praça central de Lugansk, é possível ver um pouco da destruição causada pela agressão ucraniana em 2014, motivo pelo qual os habitantes da região decidiram seguir o seu próprio caminho. Em frente ao prédio onde hoje funciona o governo da RPL, encontra-se um monumento dedicado a dois jornalistas do canal Rússia 1 que morreram atingidos pelos bombardeios ucranianos em Lugansk em 17 de junho de 2014 e outro em homenagem às pessoas mortas em 2 de junho naquela praça. Outro memorial, com os retratos de 130 pessoas, está instalado ao lado da entrada do edifício. “Foram os primeiros mortos da guerra”, diz o ministro das Relações Exteriores da RPL, Vladislav Deynego. “Morreram por nós e pelo nosso futuro”, completa Maria Sergybaeva, funcionária do ministério que auxiliou na tradução da entrevista. A sala ao lado da que o então deputado do conselho popular (a organização de tipo soviético formada na época da luta pela independência da Ucrânia) se encontrava foi atingida pelos estilhaços. Um amigo seu foi ferido.

Em 2014 muitos civis que lutaram para defender suas casas e famílias dos grupos nazistas que acabavam de tomar o poder em Kiev foram mortos em Lugansk.

ImagemOutdoor comemorativo do “Dia do nascimento da República” de Lugansk, 11 de junho


A equipe de Causa Operária teve uma longa conversa com Deynego. A seguir, um resumo da entrevista:

Qual era seu partido na época?

Não havia partidos naquela época, somente as pessoas da rua. E até agora não temos partidos. Apenas organizações sociais. As pessoas apresentavam suas candidaturas por conta própria e eram eleitas.

Movimentos sociais, trabalhadores, etc.?

E sindicatos.

Mas hoje o parlamento já é composto por partidos políticos, certo?

Não, nós não temos partidos políticos. Apenas organizações sociais ao invés de partidos. Os sindicatos não têm mais atividade no parlamento. Mas muitos sindicalistas fazem parte dessas organizações sociais com assento no parlamento.

E neste momento membros dos sindicatos são deputados?

Sim.

Quantos deputados há no parlamento?

Cinquenta.

Então os ministros e os deputados não pertencem a nenhum partido político?

Não. Podem haver pessoas ligadas a partidos políticos russos, mas neste momento os partidos russos não fazem parte do nosso sistema político.

ImagemFachada do edifício onde funciona o Conselho Popular (narodnia soviet) de Lugansk, com as bandeiras da República Popular, da União Soviética e da Rússia


O que você pensa sobre o reconhecimento da RPL por outros países, como Síria e Venezuela? Há uma negociação sobre isso neste momento.

Nós conversamos sobre isso com eles, mas ainda não conseguimos chegar a um acordo.

A embaixada da RPL em Moscou será inaugurada em junho?

Eu não sei, talvez em maio.

E no Brasil? (risos)

Talvez (risos). Vocês poderiam ajudar.

Vamos fazer todos os nossos esforços para isso.

Vamos ficar felizes (Maria).

E os bombardeios ucranianos neste momento? Estão ocorrendo aqui por perto?

Eles estão ocorrendo a cerca de 15 km daqui.

Eles estão ocorrendo diariamente?

Sim, mas não aqui. Em Sieverodonetsk, Popasnaya, etc.

Há algum perigo aqui na cidade de Lugansk?

Não. A Ucrânia poderia bombardear a cidade, mas não está fazendo isso neste momento.

As pessoas aqui estão preocupadas com a possibilidade de bombardeio?

Não, aqui não.

É uma cidade pequena, quantos habitantes ela tem?

Cerca de 450 mil.

As ruas parecem vazias, há poucas pessoas. Hoje é um dia normal, ou é feriado?

É o Dia da Independência, mas o problema é que muitos homens neste momento estão lutando na linha de frente.

Quantas pessoas?

Talvez 40 ou 50 mil de toda a república, não sei.

A Maria: você trabalha para o ministério de relações exteriores há quanto tempo?

Há um ano.

Quantos membros há no governo?

Deynego: eu não sei.

Maria: depende, no nosso ministério há uns 25, 27. São 16 ministérios. Mas em breve o número vai aumentar, pois com o reconhecimento da Rússia irão aumentar as tarefas e as demandas de trabalho.

A Maria: Antes você fazia o quê?

Eu era estudante da Universidade Estatal de Lugansk, fazia Ciências Sociais.

Ela continua funcionando normalmente?

Sim.

Há muitas pessoas voltando da Rússia neste momento?

Não tenho certeza.

Você tem familiares na Rússia?

Sim, meu avô.

E na Ucrânia?

Não. Os outros familiares vivem aqui.

Sua família perdeu membros na guerra?

Não, mas as de amigos muito próximos sim. Talvez toda família tenha algum membro que morreu na guerra.

Voltando a Deynego: O que você pensa a respeito do papel da ONU nessa guerra desde 2014?

Essa é uma pergunta muito boa, mas é muito ampla.

A Cruz Vermelha e outras organizações internacionais enviaram algum tipo de ajuda para cá?

As organizações internacionais pararam de nos ajudar. Agora estamos aguardando. Há por exemplo os Médicos Sem Fronteira. Mas alegam que não podem ajudar porque não há como transferir dinheiro ou qualquer tipo de ajuda para cá.

Como tem sido a reconstrução de Lugansk após oito anos?

Ela só começou agora. Há uma grande ajuda da Rússia.

Se não fosse pela Rússia…

Maria: seria muito difícil.

Como é o apoio da Rússia?

Maria: Ajuda humanitária.

Ajuda econômica também?

Então nos mostram uma notícia publicada no canal do Telegram do Ministério: “Às vésperas do Dia da República de Lugansk, um comboio de ajuda humanitária saiu de Ufa. Os beneficiários da carga são da cidade de Krasny Luch, que tem muitas ligações históricas com a Basquíria. A carga inclui materiais de construção, alimentos, mais de 167 toneladas. Além disso, também uma policlínica móvel com quatro módulos com equipamentos médicos, cardiologia, pediatria e dentistas. Cerca de 3 toneladas de equipamentos médicos e remédios, 23 médicos e 17 enfermeiras e paramédicos. O Ministério das Relações Exteriores da República Popular de Lugansk expressa grande gratidão à República irmã por toda a assistência e apoio. Nos dias em que o Donbass liberta o seu povo do nazismo de Kiev, o apoio do povo irmão da Basquíria é especialmente valioso para nós”.

Esse tipo de ajuda vem todos os dias?

Não todos os dias, mas com muita frequência.

Sobre a economia de Lugansk. É claro que ela foi afetada pela guerra. Mas atualmente, as pessoas encontram emprego ou vivem de ajuda humanitária?

Sim, há trabalho. A maior parte da ajuda humanitária é enviada para os territórios liberados e para os combatentes.

O que você pensa a respeito da cobertura da imprensa internacional?

Ela é muito pouca. Episódica. Por exemplo, (do Brasil apenas) vocês vieram até aqui.

Os jornalistas ocidentais estão todos no Oeste da Ucrânia. Em Kiev, Lvov, e não aqui no Donbass, onde a guerra está acontecendo. E todo esse tempo foi assim? Sem jornalistas aqui para ouvir o que as pessoas têm a dizer? Só nós? Ou ou um ou outro?

Em 2014 havia muitos jornalistas aqui. Mas a informação que eles colhiam não era publicada. Havia inclusive equipes de TV do Brasil quando tomamos o controle do prédio da polícia ucraniana e os policiais tiveram de sair, mas isso não foi transmitido.

Isso é comum na imprensa ocidental. Eles filmam mas não publicam o que filmaram.

Sim. E naquela época havia um jornalista britânico aqui, ele ficou hospedado no prédio que hoje é a sede do governo.

Você falou que a reconstrução de Lugansk acabou de começar. As reparações no prédio do governo são recentes?

Sim.

E sobre a cobertura geral da imprensa, você acha que há muitas distorções? A imprensa diz que a Rússia está cometendo um genocídio na Ucrânia mas não fala do genocídio no Donbass.

Em 2014, a cidade de Lugansk estava cercada pelas forças ucranianas, que haviam bloqueado o acesso ao cemitério. Fomos forçados a enterrar os mortos nos arredores da cidade, onde hoje é um memorial.

E a imprensa internacional não mostrou isso?

As câmeras chegaram a filmar, mas não encontrei nenhuma reportagem sobre isso.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, esteve em Kiev, esteve em Moscou, mas não aqui no Donbass. O que você pensa disso?

Em 2019 esteve aqui Stephen O’brien [subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários e Coordenação de Auxílio Emergencial] e conversou conosco. Visitou um vilarejo que foi destruído e a missão da ONU o reconstruiu. Havia muitos projetos aprovados pela ONU, mas todos eles foram paralisados após o início da operação especial da Rússia.

Alguma previsão de quando eles poderiam recomeçar?

Talvez em junho ou julho, mas eu não sei. Estamos aguardando. Eles dizem que não há como transferir os fundos ou carregamentos.

Lugansk está sofrendo com as sanções contra a Rússia?

Não há bloqueio na fronteira com a Rússia, mas não há demanda da economia russa pelos nossos produtos. Os empresários russos estão com medo de sanções.

Quais os principais produtos para exportação aqui?

Antes da guerra nós produzíamos muito carvão, metal, muitos tipos de produtos químicos. Indústria pesada, locomotivas.

Era uma parte importante da economia ucraniana?

Não só da Ucrânia, mas da União Soviética. Havia uma fábrica muito grande e famosa de locomotivas, chamada Revolução de Outubro.

E ela durou até depois da queda da URSS e só foi paralisada em 2014?

Sim.

E agora a economia está paralisada?

Não completamente paralisada, mas na maior parte sim. Não há demanda pelas nossas locomotivas. Algo parecido ocorre com o metal e os produtos químicos.

Lugansk não produz seus próprios alimentos?

Sim, produzimos nosso próprio trigo e vamos começar a exportar.

Poderíamos dizer que existe uma crise humanitária na RPL?

Sim, existe. Muitos jovens vão para a Rússia, alguns para a Ucrânia. Ficaram as pessoas mais velhas. Mas nosso orçamento não é suficiente para pagar as aposentadorias.

Qual é o apoio do governo para essas pessoas?

Eles recebem a aposentadoria, mas uma quantidade de dinheiro vem da Rússia. Não é possível ter um nível normal de vida por aqui.

E as pessoas não conseguem viver apenas com o salário, precisam de ajuda do governo para completar a renda?

Antes do início da operação especial, havia a possibilidade de receber aposentadoria da Ucrânia. Com duas aposentadorias era possível viver. Mas nem todos recebiam. Era muito difícil receber a aposentadoria, era preciso ir ao lado ucraniano a cada dois meses porque o governo ucraniano exigia uma prova de vida dessas pessoas.

Há programas sociais do governo?

Há vários tipos de ajuda para as pessoas mais necessitadas, como as crianças e os idosos. São cerca de 20 programas sociais diferentes.

Que tipo de ajuda?

Transferência de renda.

Mesmo para aqueles que vão para a Ucrânia a cada dois meses?

Sim, mas algumas vezes é impossível. Havia apenas um ponto da fronteira onde se podia cruzar, e somente a pé. Só algumas categorias de pessoas poderiam receber carvão para usar no inverno.

O que você pensa sobre o papel dos EUA e dos países ocidentais nesta guerra, desde 2014?

A história dessa guerra é muito antiga. Em 2004 houve o primeiro Maidan.

A Revolução Laranja…

Sim. E naquele período as forças da Revolução Laranja eram financiadas pelos EUA. O Congresso dos EUA financiava fundos pelo “desenvolvimento da democracia” na Ucrânia, cerca de 5 bilhões de dólares.

Isso era feito através de ONGs?

As ONGs são um mecanismo, naquela época atuaram as ONGs de George Soros, a USAID, etc., muitas organizações que financiaram aquela “revolução”.

E durante o Maidan?

O segundo Maidan começou no final de 2013 sob a desculpa de um suposto ataque contra crianças, mas não eram crianças, eram homens de cerca de 30 anos de idade.

É possível dizer que o crescimento do fascismo ucraniano é uma continuação direta da Revolução Laranja de 2004?

Não apenas dela. Devemos olhar para o período da Grande Guerra Patriótica e os dez anos seguintes. Naquele período os nacionalistas ucranianos estavam em atividade e depois disso voltaram nos anos 90.

Com a queda da União Soviética…

Sim. E apareceram novamente em 2004.

Eles estavam em atividade na Revolução Laranja de 2004?

Eles tomaram parte, mas sem atividades agressivas. Foi depois disso que começaram a se tornar mais agressivos.

Vamos falar sobre você, ministro. Você é professor, não?

Não. Eu era especialista em TI.

Aqui em Lugansk?

Não, em uma cidade próxima, Alchevsk.

E durante a independência de Lugansk em 2014, qual foi o seu papel?

Eu estava aqui desde os primeiros dias da “Primavera Russa”.

E você tomou parte nos eventos?

Eu participei da tomada da sede da SBU (a polícia ucraniana). Nesse período houve a preparação para o referendo. Eu organizei o referendo em Alchevsk e antes havia trabalhado na organização de eleições na Ucrânia desde 1995.

Qual foi o resultado do referendo?

96% votaram pela independência. E 75% dos eleitores participaram. Havia na cédula a pergunta: “Você apoia a proposta do governo pela independência da República Popular de Lugansk?”. Não havia uma pergunta sobre a integração à Rússia, mas as pessoas interpretaram isso como um caminho para se integrar à Rússia.

Eles entendem que a independência é a integração com a Rússia?

Sim. Enquanto isso, na Ucrânia cerca de 56% dos eleitores apenas participaram das eleições. Foi um momento muito interessante. No período das eleições na Ucrânia, parte dos membros dos comitês eleitorais havia participado da Revolução Laranja, mas quando houve o referendo eles vieram para mim e disseram: “Devemos trabalhar no mesmo comitê”. Então eu perguntei: “Por quê? Nós temos visões diferentes”. Mas eles disseram: “Não. Nosso ponto de vista é um só. Naquelas eleições [de 2004], nós trabalhamos por dinheiro, mas agora devemos trabalhar porque nossa terra precisa de nós e nós vamos unir todos os comitês.”

E sobre o futuro? A RPL vai se integrar à Rússia?

Essa será a pergunta do próximo referendo. Só o povo pode decidir.

E quando você acha que isso vai acontecer? O que você acha que é preciso para finalizar a Operação Especial?

Eu não sei.

Mas a maior parte da RPL já está liberada. Você acha que é preciso acabar totalmente com a guerra para fazer isso?

Nós devemos resolver o problema da libertação do nosso território primeiro. Todo o território da República precisa ser liberado. E a Ucrânia precisa ser desnazificada.

Quanto porcento da RPL está liberada neste momento?

95%. Em termos territoriais, mas não populacionais. Sievierodonetsk, Lysychansk, parte de Rubizhne, Kreminaya ─ onde estão ocorrendo combates de rua… Mas nessas cidades vivem cerca de 200 mil pessoas.

São poucos territórios, mas com muita gente.

Sim.

E economicamente importantes, também?

Eram. Mas muitas fábricas foram destruídas.

Há uma ajuda mútua com Donetsk?

Sim.

Você disse que a independência é a integração com a Rússia. E isso vai acontecer também com Donetsk, ou seja, no Donbass como um todo?

Talvez.

Você disse que a linha de frente está a 15 quilômetros. Nós poderíamos chegar perto da linha de frente?

Vocês precisam de credenciamento civil e militar. Primeiro um credenciamento civil, depois um credenciamento na milícia popular.

Nós gostaríamos de entrevistar os milicianos e os militares da RPL.

A maioria deles está na linha de frente.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/b ... -a-russia/


Editado pela última vez por Chapolin Gremista em 15 Mai 2022, 20:35, em um total de 1 vez.
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Europa

Mensagem por Chapolin Gremista » 15 Mai 2022, 20:15

OTAN
UE ameaça Turquia de isolamento se bloquear Suécia e Finlândia
União Europeia, lacaia dos EUA, tenta coagir a Turquia a aceitar novos membros na OTAN colocando a região em perigo de guerra

ImagemOTAN, braço armado do imperialismo – Sputnik – Reprodução

–Sputnik – A Suécia e a Finlândia expressaram seu desejo de aderir à OTAN após o começo da operação militar especial da Rússia na Ucrânia, mas tanto Ancara como Moscou criticaram a iniciativa.

Manfred Weber, líder do Partido Popular Europeu (PPE), o maior do Parlamento Europeu, ameaçou a Turquia de isolamento dentro da OTAN se decidir bloquear as propostas de adesão da Finlândia e da Suécia.

Qualquer um que questione a unidade da OTAN se isolará dentro da comunidade”, disse no domingo (15) Weber”.

O legislador da UE sublinhou que, se a adesão à OTAN é o que a Finlândia ou a Suécia querem, ela deve ser permitida. O líder partidário afirmou que não havia motivos razoáveis para negar aos dois países o direito de aderir à aliança.

Jens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN, por sua vez, declarou que a aliança está planejando aumentar sua presença na região do Báltico e fornecer garantias de segurança para a Finlândia e a Suécia e que já está revendo suas propostas para aderir à OTAN. Ele também espera que os países resolverão as divergências com a Turquia.

Estou confiante de que seremos capazes de encontrar uma base comum, um consenso sobre como avançar nas questões de adesão”, disse Stoltenberg.

A Finlândia anunciou hoje (15) que se candidatará à adesão à OTAN, enquanto a Suécia ainda não referiu sua posição oficial. Ambas começaram a considerar a adesão à OTAN como opção após o início da operação militar especial da Rússia na Ucrânia.

Ancara criticou a possibilidade de adesão da Suécia e da Finlândia, com o presidente turco Recep Tayyip Erdogan acusando esses países de abrigarem “organizações terroristas”, inclusive “nos seus parlamentos”. Ao mesmo tempo, Ibrahim Kalin, porta-voz de Erdogan, explicou que a Turquia não está fechando a porta à entrada de Estocolmo e Helsinque e que quer ver essa questão resolvida.

A Rússia também critica uma filiação desses país, advertindo que isso apenas deteriorará ainda mais as relações bilaterais.

https://www.causaoperaria.org.br/artigo ... finlandia/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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América Latina

Mensagem por Chapolin Gremista » 17 Mai 2022, 00:47

Planos para assassinar
Trump queria assassinar Maduro, diz Suptnik
O ex-presidente dos EUA avaliou opções para remover Nicolás Maduro do poder na Venezuela, inclusive através de uma invasão direta do país, escreveu ex-chefe do Pentágono

ImagemNicolás Maduro, Presidente da Venezuela – Foto: Reprodução

Neste último domingo (15), a SputnikNews, agência de notícias russa, denunciou uma ameaça feita contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, como saída para neutralização de forças contrárias ao imperialismo americano. A denúncia foi publicada no livro Um Juramento Sagrado (A Sacred Oath, em inglês), lançado na terça-feira (10) por Mark Esper, ex-chefe do Pentágono (2019-2020).

Leia a seguir a matéria na íntegra:

─ Sputnik News ─ Donald Trump, ex-presidente dos EUA (2017-2021), propôs aos líderes de oposição da Venezuela que matassem Nicolás Maduro, mandatário do país, indicou no sábado (14) a agência espanhola Europa Press, citando o livro “Um Juramento Sagrado” (“A Sacred Oath”, em inglês), que foi publicado na terça-feira (10) por Mark Esper, ex-chefe do Pentágono (2019-2020).

“O que aconteceria se o Exército dos EUA fosse lá e se livrasse de Maduro?”, perguntou Trump em 5 de fevereiro de 2020, durante uma reunião em Washington com os opositores venezuelanos Juan Guaidó, Julio Borges, Carlos Vecchio e Mauricio Claver-Carone, citado por Esper, que acreditava que o presidente dos EUA estava “pondo à prova” Guaidó.

“É claro que sempre agradeceríamos a assistência dos EUA”, respondeu o opositor, acrescentando que os venezuelanos que moravam na Colômbia “queriam recuperar seu país por eles próprios”. Isso levou Esper a questionar Guaidó se os seus apoiadores estariam dispostos a se “organizar, treinar e lutar”, em vez de envolver diretamente tropas dos EUA contra Maduro.

“Sim, o fariam”, concluiu Guaidó após uma argumentação tortuosa, o que não tranquilizou o ex-secretário de Defesa dos EUA.

Donald Trump e a equipe do Conselho de Segurança Nacional (NSC, na sigla em inglês) dos EUA continuaram favorecendo uma invasão militar direta dos EUA, e não desde a Colômbia, que “seria complicada”. Guaidó deixou de se opor à ideia, o que levou Esper a “direcionar qualquer conversa sobre este tema em uma direção diferente”.

“Como eu disse sarcasticamente ao presidente antes da reunião, tenho certeza de que a oposição venezuelana ‘lutaria até o último americano’ se nós o oferecêssemos”, disse Esper.

No entanto, a falha da tentativa de golpe de Estado em 2019 contra Maduro reforçou a opinião de Trump de que Guaidó era “fraco” e que o presidente efetivo da Venezuela era “forte”. A Operação Gideon de maio de 2020 para depor Nicolás Maduro, que, segundo o ex-chefe do Pentágono, poderia ter sido o plano aprovado por Juan Guaidó, também foi frustrado mais tarde por Caracas.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/i ... z-suptnik/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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