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Mensagem por Chapolin Gremista » 08 Jun 2022, 03:54

Alinhados com o imperialismo
UNE, a mais nova parceira do imperialista IREE
Principal organização estudantil do Brasil firma parceria com instuto dominado pelos golpistas

ImagemBruna Brelaz, presidente da UNE, já procurava se aproximar de Walfrido Warde, diretor do IREE – Reprodução

Oinstituto golpista IREE firma mais uma parceria com setores importantes da esquerda nacional. Foi a vez de a União Nacional dos Estudantes, principal organização estudantil do país e que deveria ser responsável por mobilizar a juventude, ser cooptada por um instituto que tem ligações com a Global Americans, um think tank ligado ao imperialismo norte-americano, responsável pelas incursões golpistas na América Latina.

Nos últimos anos, a UNE tem adotado uma política absurdamente direitista, agindo como um setor de desmobilização de toda a juventude brasileira. Durante todo o período da pandemia, a UNE foi uma das organizações mais empenhadas na defesa da política do “fique em casa”, enquanto centenas de milhares de estudantes eram atacados pela direita. Defenderam o Ensino à Distância (EAD) e chegaram a defender a volta às aulas em meio à pandemia, uma política genocida promovida pelo PSDB. À época, não houve nenhuma tentativa de mobilizar os estudantes para resolver a crise da pandemia, deixando-os totalmente abandonados.

Do outro lado, está o instituto porta-voz da política imperialista, que tem em suas fileira de funcionários figuras como Sérgio Etchegoyen e Raul Jungmann, que trabalharam no governo de Temer e foram peças do golpe de estado de 2016. É com esse tipo de golpista que Guilherme Boulos se juntou, assinando embaixo que é um político da esquerda à serviço do imperialismo.

O IREE atua como um mecanismo para cooptar esses setores da esquerda para trabalharem quase que diretamente para os Estados Unidos. O instituto está ligado ao NED, uma espécie de fachada legal da CIA, responsável por centenas de golpes de estado ao redor do mundo. Essa política externa norte-americana de promover golpes nos países mais pobres é conhecida e o seu modus operandi é justamente esse de usar políticos conhecidos da esquerda, mas que não possuem nenhuma ligação com o movimento operário de fato, como é o caso de Boulos.

Esse tipo de vínculo com o imperialismo pode ser visto em uma parcela muito grande da esquerda brasileira e não é de se surpreender que a UNE também entre nessa furada. O antigo presidente da UNE, Iago Montalvão, foi o principal responsável pela política direitista de ficar em casa enquanto os estudantes passavam dificuldade. Agora, com a presidenta eleita no ano passado, numa eleição farsesca realizada virtualmente e com uma participação minúscula, a situação é ainda pior. A atual presidenta, Bruna Brelaz, destacou-se ao longo do ano passado pela sua defesa entusiasta da frente ampla com a direita golpista, saindo em conversas com figuras como Fernando Henrique Cardoso. O contato íntimo com o PSDB fez com que a UNE, e juntamente o PCdoB (que compõe a direção da organização), convidasse esses golpistas do PSDB para os atos da esquerda. A política absurda foi denunciada amplamente pela nossa imprensa e, com a ajuda do próprio PCO, o PSDB foi finalmente expulso dos atos.

O acordo firmado é mais uma demonstração do direitismo da UNE, entregando-se nos braços do imperialismo norte-americano. Uma organização que já atuava contra a luta da juventude, agora assina embaixo que está mais interessada em em ser uma serviçal da política da direita.

A juventude do PCO, a Aliança da Juventude Revolucionária, defende a reconstrução da UNE pela base, como uma organização efetivamente encabeçada pelos estudantes comprometidos com uma luta, ao lado dos trabalhadores. Uma organização que deve atender ao interesse da classe operária, da juventude, não pode estar comprometida e ser composta por elementos do imperialismo, o principal inimigo dos trabalhadores mundialmente.

https://www.causaoperaria.org.br/artigo ... ista-iree/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 20 Jun 2022, 20:31

Reflexão e interpretação
Que mal faz não interpretar textos!
Não se lê os clássicos. Estudantes que já chegam às universidades com baixa capacidade reflexiva

ImagemAtividade com Lula – Carolina Lima/CUT

Dentre as muitas recentes contendas entre os ditos “tradicionalistas” e os ditos “identitários”, uma tornou evidente um dado que, há muito, despertava suspeitas: a incapacidade de se interpretar textos. Já tem tempo que palavras, tomadas ora na sua literalidade, ora em algum sentido figurado ou raiz etimológica fantasiosa, despertam a sanha das polícias ideológicas digitais da esquerda identitária e da direita liberal (que, vejam só, andam tão estranhamente juntas nessa questão, com pautas do feminismo ganhando propaganda de bancos). E, a partir daí, surge aquela série de desenganos sobre vocábulos como “denegrir”, “mulato”, ou o uso de expressões como “feito nas coxas” ou “o homem (como espécie) foi à Lua”. Tomando por óbvio que alguém à frente de think tanks estrangeiras ou brasileiras, ligadas ao capital internacional, é o disparador deste fenômeno e, adiante, por meio de prepostos, contaminam inocentes úteis na esquerda, quero me debruçar sobre este último grupo.

Afinal, por que parte da classe trabalhadora cai na esparrela que desce via tobogã dessas Fundação Ford, Global Americans, NED etc, para causar divisão na luta proletária, revolucionária e nacionalista?

Uma pista está num episódio recente, ocorrido no Rio Grande do Sul, durante a pré-campanha do ex-presidente Lula. Antes de ser entoado o hino local, de profundo valor simbólico para o estado que, talvez, seja o mais apegado à sua cultura regional, a plateia, inapropriadamente, lavava roupa suja em público gritando em uníssono: “hino racista, hino racista, hino racista!”. Tomando o cuidado de verificar qual o racismo do hino, descobri o “malfadado” trecho: “povo que não tem virtude acaba por ser escravo”. Ponto. Logo, se há a palavra escravo, é um hino racista. Está, dizem os incautos, dizendo que os escravos foram escravizados porque não tinham a virtude, inerente aos brancos.

Mas seria isso mesmo? Vejamos outros possíveis textos usando a mesma ideia. A começar pelo original. Se “povo que não tem virtude acaba por ser escravo”, sendo a palavra escravo designada de forma imprecisa, evocando um conceito, uma memória discursiva do que é ser escravo, chega-se à conclusão que esta palavra pode ser substituída por dominado, explorado, maltratado. E que a virtude é a insurreição, e não saber apreciar uma peça de Beethoven. Pois bem, se fosse “Povo que não tem virtude acaba como ‘um escravo’”. Ora, aí teríamos não mais um conceito, mas o apontamento geral da condição de privação da liberdade e imposição de trabalhos forçados para a sobrevivência. O que, evidentemente, nos permitiria uma gama de interpretações que iriam desde os hebreus do Antigo Testamento até imigrantes deixados em condições análogas à escravidão ou mulheres sequestradas pelo tráfico de pessoas. O suposto autor instaria o leitor a imaginar quaisquer dessas, inclusive os negros brasileiros da época, e se insurgirem e não terminarem nessa situação. Refere-se, portanto, a um determinado grupo social presente em várias sociedades durante o progresso do materialismo histórico. Por fim, se ele escrevesse “povo que não tem virtude acaba ‘como os escravos’”, aí sim, o artigo definido encerraria margens para interpretação. “Os escravos”, no contexto da Revolução Farroupilha, meados do século XIX, eram os negros traficados ao país. Haveria, portanto, uma concepção racista, ainda que abrandada pelo tempo, em que isso estava naturalizado, não sendo algo definidor do caráter de quem escreveu. Mas não é o que está escrito.

A isso dá-se o nome de polissemia, isto é, a capacidade de uma palavra significar muitas coisas na semântica, embora cumpra com uma exata função sintática. E a melhor forma de entender a polissemia e relacionar-se com o outro, seja o que está ao seu lado, seja aquele que viveu duzentos anos atrás, é a leitura. Quando lê-se em Machado de Assis que “Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis”, não quer dizer que “contos de réis” é uma fração de tempo inferior a mês, ou que o autor se confundiu, mas que o tempo pouco importa. O que importa é quanto tempo levou para o dinheiro acabar e, portanto, com ele ir embora o amor interesseiro de Marcela.

Esse processo é fundamental para o entendimento da linguagem, seus conceitos e, em última instância, da filosofia e das ideologias que assumimos. Sem ele, estamos fadados a ver um discurso bem-intencionado e conceitualmente correto em qualquer obra, mensagem, programa de TV que nos aparecer. Afinal, ninguém vai dizer: “Olá, sou um banco estrangeiro que explora o trabalhador, prático metas abusivas e assédio moral”. Mas dizer: “sou contra o assédio sexual contra a minha atendente virtual”, sim. “Dane-se a trabalhadora bancária de verdade”, que, por sua vez, talvez esteja muito feliz ouvindo a propaganda do banco, e vendo na TV que tal marca colocou o arco-íris na logo para o mês de junho.

Por fim, o mais importante é denunciar um problema que poucos apontam, dada a “nova fantasia do rei” que toma as universidades. Não se lê os clássicos. Estudantes que já chegam de ensinos precários nas escolas públicas (sucateadas) ou privadas (campos de treinamentos para vestibular), chegam às universidades com baixa capacidade reflexiva e já são introduzidos, pelos professores, ao pensamento pós-moderno de Deleuze, Derrida, ou aos conceitos artísticos enlatados de Andy Warhol, sem nunca passar por um Agostinho, Kant, ou mesmo visitar o célebre quadro As Tentações de Santo Antão, de Hieronymus Bosch, triunfo da virada do Gótico para o Renascimento na pintura, que fica em exposição no MASP. Marx, então, já o conhecem só pelo discurso ouvido no DCE.

Sem alicerce para tirar as próprias conclusões sobre nada, essa juventude toma pela literalidade a letra de um hino estadual, escrito no contexto de uma revolva popular, transformando-o numa ode ao supremacismo branco que, acreditam, os gaúchos professam desde sempre.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... ar-textos/
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Mensagem por E.R » 22 Jun 2022, 18:37

NOTÍCIAS
https://jovempan.com.br/noticias/politi ... saria.html

Após a Polícia Federal cumprir um mandato de prisão preventiva contra o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, em decorrência da Operação Acesso Pago – que visa investigar possíveis práticas de tráfico de influência e corrupção na liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb) – na manhã desta quarta-feira, a defesa de Milton Ribeiro afirmou que ingressará na Justiça com um pedido de Habeas Corpus para que Milton Ribeiro seja solto.

Em nota, Daniel Leon Bialski, advogado que assumiu a defesa do ex-ministro, afirmou que “inexiste razão para a prisão preventiva editada” e que “a custódia é injusta e desnecessária”.

A operação da Polícia Federal – que resultou na prisão do ex-ministro – investiga a “prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos” no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb).

Gilmar dos Santos e Arilton Moura, pastores com trânsito na pasta federal e também investigados pela PF, são apontados como integrantes de um gabinete paralelo no Ministério da Educação.

A ordem judicial para que Milton Ribeiro fosse detido foi assinado pelo juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal.
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Mensagem por Chapolin Gremista » 24 Jun 2022, 23:06

Prisão política
Prisão de ex-ministro pisoteia direitos com objetivos eleitorais
Burguesia faz de tudo para emplacar a terceira via, inclusive prender aliados de Bolsonaro para enfraquecê-lo

ImagemMilton Ribeiro, ex-ministro do governo Bolsonaro – Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Nessa quarta-feira (22), agentes da Polícia Federal prenderam o ex-ministro do governo Bolsonaro, Milton Ribeiro, acusado de envolvimento em um esquema de liberação de verbas — que ficou conhecido como “gabinete paralelo” — do Ministério da Educação, pasta que ele dirigiu até março deste ano, quando o “escândalo” foi divulgado pelos monopólios da imprensa capitalista.

Tenhamos claro desde já: não estamos diante de nenhuma luta contra a malversação do dinheiro público. A tão festejada “luta contra a corrupção” não passa aqui, como sempre foi, da folha de parreira por detrás da qual se esconde a real luta de interesses econômicos e políticos da sociedade. Estamos em ano eleitoral, e os setores mais poderosos da burguesia têm o seu plano: emplacar o candidato da terceira via.

A prisão de Ribeiro, figura próxima a Bolsonaro, tem o claro objetivo de enfraquecer a candidatura do ex-capitão. Neste exato momento, basta percorrer as páginas dos jornalões da burguesia para ver em toda a parte a discussão em torno do impacto político da prisão do ex-ministro. Ribeiro é o peão da vez. É a peça que a burguesia escolheu derrubar para atingir Bolsonaro. Se ele esteve ou não efetivamente envolvido num esquema de corrupção, pouco importa — o fundamento da sua prisão responde às exigências da política da terceira via, e é isso o que explica verdadeiramente o fato, não qualquer combate à corrupção.

O processo judicial contra o aliado de Bolsonaro seguiu os métodos do lavajatismo. Sem tirar nem pôr. Denúncias vagas, quase pré-montadas, dão lugar a uma caçada judicial na qual os direitos democráticos do povo são ostensivamente atropelados. As mesmas arbitrariedades que marcaram os processos contra os dirigentes do PT nos casos do Mensalão e da Lava Jato estão presentes no processo contra o bolsonarista. Basta citar a facilidade com que a Justiça Federal derrubou a garantia da presunção de inocência, um dos princípios democráticos fundamentais que separam a era medieval da moderna, ao decretar a prisão preventiva de Ribeiro. Para os métodos consagrados pela Lava Jato, o que deveria ser excepcional e raro torna-se normal e regular. Sem qualquer fundamento jurídico real, a prisão do ex-ministro da Educação foi a cartada que a burguesia e seus órgãos utilizaram, no momento, para atacar Bolsonaro a pouco mais de três meses das eleições.

A ação contra Milton Ribeiro mostra mais uma vez que a terceira via é a política prioritária da ala central da burguesia. A temporada de “caça aos corruptos” foi aberta. E ela não trará nenhum benefício para a classe operária, o povo pobre em geral, e suas organizações de luta. Assim como atacam os bolsonaristas, atacam também a candidatura principal da luta contra o golpe, como ficou patente no recente caso do “contador de Lula”. É preciso denunciar permanentemente as manobras sujas da terceira via e não cair no conto do vigário da ilusória luta contra o bolsonarismo que ela tenta passar.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... leitorais/
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Mensagem por E.R » 25 Jun 2022, 11:17

NOTÍCIAS
https://exame.com/esferabrasil/educacao ... no-brasil/

O ranking internacional de competitividade do International Institute for Management Development (IMD) 2022, que comparou dados de 63 países do mundo, mostra o Brasil em 59ª posição, duas colocações abaixo de 2021.

O levantamento analisa quatro pilares para a competitividade de uma nação : desempenho da economia; eficiência do governo; eficiência dos negócios e infraestrutura.

Um dos principais problemas do Brasil é o baixo nível educacional, um dos menores do mundo, o que indica um déficit na formação de mão-de-obra especializada e aponta que a educação ainda é um gargalo do país.

No Brasil, foram ouvidos 134 executivos de diversas áreas e de companhias de diferentes portes. Em geral, a percepção deles é de que a educação universitária no Brasil não é compatível com as necessidades das empresas.

Os países com melhores resultados no ranking são Dinamarca, Suécia, Suíça e Singapura.
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Mensagem por Chapolin Gremista » 25 Jun 2022, 17:49

Fascismo nas escolas
Militarização deixa escolas mais violentas, e não o contrário
Administração fascista dos militares serve para atacar os direitos da juventude secundarista

ImagemA presença da polícia militar nas escolas públicas tem como objetivo a repressão e a perseguição aos direitos políticos dos filhos dos trabalhadores – Foto: Reprodução

Segundo a Promotoria de Justiça de Defesa da Educação (Proeduc), atos infracionais registrados dentro das escolas públicas de gestão compartilhada do Distrito Federal dobrou em comparação ao período entre 2019 e 2022. Isto é, a presença da polícia nas escolas públicas não reflete o aumento da disciplina, mas a perseguição da juventude secundaristas, sobretudo juventude negra, e o ataque aos direitos dos filhos dos trabalhadores.

A Promotoria divulgou dados contidos em registros da Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA). Tomando como base que o ano letivo tenha 200 dias, 119 ocorrências foram registradas nos centros educacionais militarizados. Os dados apontam que a média diária de atos infracionais foi de 0,59 entre 2019 e 2022. Ou seja, um conflito a cada 48 horas.

Apenas no ano de 2022, de 15 de fevereiro a 12 de maio, a DCA recebeu 70 queixas. O recorte de anos letivos analisados é de 59 dias letivos e, levando isso em consideração, a média de episódios saltou para 1,18. O número literalmente dobrou, chegando a um ato infracional a cada 24 horas, neste ano, entre os 17 colégios participantes do programa de militarização das escolas.

Uma das principais desculpas para impor esse modelo de militarização das escolas são os índices de violência nos ambientes de estudo. Com os resultados da pesquisa, vemos que a presença da polícia assassina não contribui em nada pedagogicamente. Os militares não conseguem controlar a situação nas escolas justamente porque sua gestão não tem como objetivo a formação plena do indivíduo, mas sim aquele incorporado cotidianamente à política militar, que é o de violentar e atacar os direitos da população jovem e estudante.

O verdadeiro objetivo da medida é atacar diretamente o movimento estudantil secundarista e criar mais uma via de repressão à classe trabalhadora. Finalmente, a militarização das escolas insere um dos maiores algozes da juventude, a polícia militar, no seio do ambiente em que se faz a política estudantil.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/j ... contrario/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 26 Jun 2022, 20:29

Direitização do ensino
Roraima: extrema-direita avança e dobra militarização das escolas
A militarização nas escolas é um avanço do autoritarismo na educação, é preciso combater essa tendência perniciosa que pode destruir a nossa educação

ImagemÉ preciso lutar pelo fim da militarização das escolas em todo o País – Foto: Reprodução

Roraima, ainda em 2019, era o segundo estado brasileiro em número de escolas cívico-militares, com 18 escolas. Em primeiro lugar, estava Goiás, contando, na época, com 60 escolas seguindo o modelo de gestão que é uma das promessas de campanha de Bolsonaro. Após a sua posse, as escolas militarizadas se espalham e se fortalecem, e Roraima é um exemplo exímio disso.

O primeiro experimento com escolas militarizadas é de 2014, em Valparaíso/GO. A Escola Estadual Fernando Pessoa se transformou no Colégio da Polícia Militar de Goiás Fernando Pessoa. A diferença não está só no nome, mas em toda a estrutura da instituição educacional pública. A gestão federal também apoiou financeiramente o DF para que 40 escolas fossem militarizadas.

Atualmente, Roraima conta com 33 escolas com este tipo de gestão e administração educacional, 20 em Boa Vista e 13 no interior, além de uma escola e um colégio com educação totalmente militar. Esse tipo de projeto vem sendo implementado em Roraima desde 2016, ainda na administração anterior, de Suely Campos, do PP, mesmo partido do atual governador, Antônio Denarium, que já foi filiado ao PSL.

Reportagem da Agência Senado sobre as escolas militarizadas, publicada em 14/06/2019, descreve da seguinte forma o funcionamento das escolas que o governo federal pretende espalhar pelo Brasil:

“Nas escolas militarizadas (ou cívico-militares), o prédio, os professores e o currículo escolar continuam sendo do governo estadual ou da prefeitura, mas o diretor, a segurança e as regras internas de disciplina passam a ser da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros.”

Vejamos: o diretor, a segurança e as regras internas de disciplina passam a ser da Polícia ou dos Bombeiros. Em outras palavras, toda a dinâmica da unidade escolar fica fora de alcance para os gestores e educadores.

Segundo Josefa Matos, presidente do Sindicato dos trabalhadores em Educação de Roraima, SINTER, além de ficarem excluídos da gestão da unidade, os profissionais da educação de Roraima perdem também em seu contracheque:

“O Sinter tem uma posição, a gente não é a favor. O gestor está perdendo o seu espaço. Enquanto que um gestor de escola de grande porte ganha uma média de R $2 mil, um militar ganha de R $5 a 7 mil”, afirmou Josefa Matos.

O fato é que as escolas militares recebem como educadores e gestores elementos que pertencem aos quadros da reserva militar, tendo seus vencimentos pagos e que, ao trabalharem nas escolas, além de direcionar o comportamento e o pensamento dos alunos, também passam a acumular os salários da escola.

Os gestores regularmente contratados são humilhados com o mísero salário de 2 mil reais, para escolas grandes. Educadores, sindicatos de educadores, pais e alunos, colocam-se contra a medida que empobrece o ensino e a formação de cidadãos, transformando-os em instrumento de disciplina, patriotismo e civismo, oferecendo os conteúdos da Base Nacional Curricular atrelados a conteúdos baseados em obediência, hierarquia, padronização de respostas e comportamentos, como é comum em instituições militares de ensino ou treinamento.

Fora do contexto militar e se tornando um modelo de educação pública para todos os cidadãos, a militarização das escolas é um instrumento de controle e de desenho da sociedade em formação, ou seja, dos estudantes quando se formarem. Nesse sentido, é uma forma de acabar com o movimento estudantil, a ponta de lança de todas as mobilizações mais revolucionárias em toda a história do País.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 29 Jun 2022, 02:23

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Mensagem por Chapolin Gremista » 29 Jun 2022, 23:24

Crime de opinião
Presidenta da UNE quer prender dirigente negro do PCO
Bruna Brelaz, presidente ilegítima da UNE, se junta ao STF nos ataques contra a liberdade de expressão

ImagemProcesso representa mais um ataque aos direitos democráticos fundamentais do povo – Foto: Reprodução

No começo deste ano, no dia 07 de fevereiro, a equipe de advogados da atual presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Bruna Brelaz, publicou uma queixa-crime contra Juliano Lopes, coordenador do Coletivo de Negros do PCO, João Cândido, e membro da Direção Nacional do Partido.

No documento, a presidenta vem a público denunciar uma coluna assinada por Juliano Lopes para este Diário Causa Operária intitulada Mais uma negra a serviço da casa-grande. Segundo o processo de Brelaz, o militante do PCO haveria atentado contra a sua figura, cometendo “injúria” e “difamação” simplesmente pelo fato de que Lopes lhe chamou de “negra de alma branca” em seu texto. Uma crítica tradicionalmente usada pelo movimento negro para identificar pessoas negras que atuam em benefício dos interesses dos poderosos brancos.

Com isso, a presidenta da UNE requer a responsabilização penal de Juliano frente às suas acusações. Ou seja, não quer nenhuma indenização, tampouco nenhuma retratação por parte do dirigente nacional do Partido. Quer, literalmente, que ele vá para a cadeia pelos “crimes” que ele cometeu.

Mais uma caso gravíssimo de censura

Antes de qualquer coisa, é preciso ficar claro que o processo movido contra Juliano Lopes se trata de um processo político e, mais importante, um caso de censura escancarada. Ou seja, é ainda mais um ataque por parte da burguesia contra a liberdade de expressão e, de maneira geral, os direitos democráticos do povo. Algo nos mesmo moldes do que o STF vem fazendo no último ano.

Afinal, o que Juliano fez na publicação, que pode ser acessada por meio deste link, foi denunciar o caráter grotesco da capitulação de Bruna Brelaz aos inimigos do povo. Para tal, simplesmente utilizou-se de uma expressão que há décadas é utilizada no movimento para caracterizar uma figura negra que, de alguma maneira, age contra os interesses dos trabalhadores.

Finalmente, foi justamente isso que Bruna Brelaz fez. Ao tomar posse da presidência da UNE, não só reproduziu o que os mandatos anteriores estavam fazendo no que diz respeito à entrega dos direitos da juventude à burguesia. Foi além e se aliou com o MBL e FHC, algozes históricos dos trabalhadores brasileiros.

Em outras palavras, colocou a principal e a maior organização da luta da juventude no Brasil completamente à serviço da burguesia. Postura ainda mais condenável pelo fato de que sua eleição se deu de maneira estupidamente antidemocrática, com um Congresso Nacional da UNE sendo chamado às escuras pelos dirigentes pelegos do PCdoB.

Em suma, por denunciar toda essa situação verdadeiramente degradante em termos clássicos da luta dos oprimidos do Brasil, Juliano Lopes está sendo censurado e ameaçado de prisão. Uma operação verdadeiramente ditatorial contra a vanguarda dos trabalhadores.

O identitarismo como arma jurídica

Ao longo de todo o processo, um dos pilares da argumentação jurídica da equipe legal de Brelaz é o identitarismo. No começo, faz questão de ressaltar que é “a primeira presidente negra eleita da UNE”. Título que, principalmente ao lado de seu histórico nojento, não significa absolutamente nada.

Com base nisso, a pelega tenta enquadrar as críticas – muito bem fundadas, diga-se de passagem – de Juliano como racismo. Veja:

“Pela a mencionada matéria, verifica-se que o QUERELADO se utiliza da raça da QUERELANTE e da triste história de escravidão do povo negro, não só para

ofendê-la, como também todo um grupo de pessoas, fazendo paralelos e incitações odiosas e absolutamente racistas”, consta no processo.

Àqueles já familiarizados com o discurso identitário, aqui, temos mais do mesmo. Entretanto, é uma demonstração de como funciona essa política imperialista: fabrica-se um problema que é massivamente propagado pela imprensa burguesa e pela esquerda pequeno-burguesa que, posteriormente, é utilizado em prol dos interesses da burguesia.

Ao contrário do que diz a equipe jurídica de Brelaz, a luta do povo negro nada tem a ver com a cruzada identitária contra as palavras e as injúrias. É, antes de qualquer coisa, uma luta contra o estado capitalista que tem com um de seus alicerces o massacre do povo negro, principalmente por meio da Polícia Militar.

Nesse sentido, deve-se falar à Brelaz: Juliano Lopes, que você quer prender, representa a luta de vanguarda do povo negro no Brasil. Por outro lado, FHC, que você defende de joelhos, é um dos principais representantes da chacina contra a população negra brasileira.

Por esse ângulo, fica claro que a questão não é a luta entre o povo negro – que seria representado por Brelaz – e o racismo – por Juliano. Mas sim, uma luta dos trabalhadores brasileiros, em sua grande maioria negros, contra a burguesia representada por figuras como FHC, Dória e o MBL.

Contra a polarização, a favor da Terceira Via

Ademais, Brelaz procura ainda atacar a radicalização da luta dos trabalhadores do Brasil, afirmando que “o discurso radical tem se inserido em um cenário de escalada da violência no país, com linchamentos virtuais, ameaças, injúrias e propagação de discursos odiosos, tudo fruto da polarização política”.

Cabe, então, a pergunta: qual seria a alternativa à polarização política? Decerto que a resposta não pode ser outra senão a moderação, o centrismo. Logo, Brelaz demonstra, ainda mais uma vez, que serve à Terceira Via, os representantes do “centro democrático” do país, como caracteriza a imprensa burguesa.

Afinal, é esse o setor que se coloca como sendo a alternativa à polarização que tanto assusta a dirigente da UNE. Setor que, muito pelo contrário, representa justamente os interesses do imperialismo no Brasil. Interesses que têm como base o esmagamento da classe trabalhadora.

A ditadura contra a liberdade de expressão

Chama atenção o fato de que, no processo, a equipe de Brelaz utiliza um julgamento anterior para justificar os seus ataques contra os direitos democráticos do povo:

“Importante que se diga, desde já, que não há que se falar em liberdade de expressão do QUERELADO, pois, como bem elucidado pelo julgado atemporal do ex-Ministro do Col. STF, MOREIRA ALVES, tal direito fundamental não é absoluto […]”

Todavia, esquecera de expor o histórico de Moreira Alves: chefe do Gabinete do Ministro da Justiça de Médici – um dos maiores algozes da ditadura de 64 -, bem como apontado à Procuradoria Geral da República por este último. Além disso, indicado ao Supremo Tribunal Federal por ninguém mais, ninguém menos, que Ernesto Geisel, mais um ditador sanguinário da ditadura.

Passagem que escancara que o principal objetivo (político) do processo em questão é o de atacar, de maneira violenta, a liberdade de expressão no Brasil. Uma ação que caminha ao lado dos ataques desferidos pelo STF contra o PCO.

https://www.causaoperaria.org.br/artigo ... ro-do-pco/
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Educação

Mensagem por Chapolin Gremista » 03 Jul 2022, 22:40

Cortes na educação
UFSCar pode fechar as portas graças à política de terra arrasada
Bolsonaro ataca mais uma vez as universidade públicas

ImagemUFSCar – Foto: Reprodução

Na última sexta-feira (24), o Ministério da Educação (MEC) realizou mais um corte no orçamento da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). O corte remove 2,3 milhões de reais da universidade que já trabalha sob déficit orçamentário.

O MEC afirmou que o restante do valor bloqueado será destinado ao Programa de Garantia de Atividade Agropecuária (ProAgro).

Com isso, o cálculo financeiro anual da universidade passa a ser R$ 36 milhões, algo que compromete ainda mais a situação da instituição que já vem sendo sucateada e complicando a situação dos 4 campi.

A reitora Ana Beatriz de Oliveira afirmou que a estrutura para a manutenção da UFSCar já é crítica, pois o corte ocorre em um orçamento que já é deficitário.

“Falta um mês e meio de recurso para que a gente consiga fechar o ano. Nós não queremos falar em fechamento da universidade (…) Nós chegamos em um limite muito crítico porque quando a gente tem um corte quando todos os ajustes já foram feitos, não há mais onde cortar sem comprometer a atividade da universidade”, disse a reitora em live, na segunda (27).

No mês de Maio, o Governo Federal já havia anunciado um bloqueio de 14,5% nas orças universitárias. Porém, no dia 3 de junho o bloqueio foi reduzido pela metade e foram bloqueados 7,2%. Posteriormente o valor foi cortado do orçamento universitário.

O metade do dinheiro dos cortes foi destinado para outros órgãos e a outra metade para o ProAgro. Deixando a UFSCar com de R $4.689.269,50 a menos em suas finanças.

“A redução de um orçamento que já era significativamente deficitário causa impactos diretos, invariavelmente, no funcionamento diário da Universidade. Não há mais onde reduzir custo sem comprometer as atividades fim da UFSCar”, afirmou a universidade em nota.

Os cortes causam um impacto direto no andamento de obras, manutenções e das residências estudantis.

A universidade tinha previsto no início do ano que o orçamento necessário em 2022 para o funcionamento básico da UFSCar seria de R $51,4 milhões. R $41,3 seriam destinados para manutenção universitária, pagamentos de contas e serviços terceirizados e compra de materiais para os 4 campi, o restante deveria ir para o Programa de Assistência Estudantil (PNAES).

O que ocorre é que mais uma universidade federal se encontra sob risco de fechar. A política de terra arrasada promovida pela direita golpista procura sucatear ao máximo as universidades e acabar com o ensino público.

São R $77,61 milhões a menos do orçamento universitário em 10 anos, o que contabiliza uma queda de 68,02%.

Com as universidades públicas funcionando com migalhas, torna-se mais fácil para a burguesia colocar em pauta o “financiamento” (leia-se cobrar os estudantes do ensino público) e até mesmo a privatização das próprias instituições de ensino superior.

O atual orçamento faz com que a universidade não tenha estrutura para o funcionamento de várias áreas e tipos de trabalho fundamentais para o ensino como pesquisas, extensões, cultura, aulas, bolsas, permanências, hospitais, manutenções e várias outras coisas que fazem com que uma universidade seja uma universidade. A UFSCar corre risco de passar 7 meses parada por conta dos cortes.

Já a principal entidade estudantil do país, a União Nacional dos Estudantes (UNE), não mobiliza um dedo para organizar os estudantes contra todos os severos golpes que o Governo Bolsonaro aplica contra as universidades públicas. Sua presidente, Bruna Brelaz, parece estar mais preocupada em prender um homem negro por racismo do que em defender democratização do ensino.

É necessário que os próprios estudantes, técnicos e professores se organizem e se mobilizem contra a política de terra arrasada promovida por Jair Bolsonaro através de uma verdadeira luta não somente contra o fim da UFSCar mas contra o sucateamento de todas as universidades públicas do país.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/j ... -arrasada/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 05 Jul 2022, 18:54

CPI Palanque
CPI do MEC, mais um oportunismo eleitoreiro a serviço da 3ª Via
Mais um espetáculo com cunho eleitoreiro. Esse tipo de ação não mobiliza os trabalhadores e pode até servir de apoio à terceira via.

ImagemUma política de faz de conta – Reprodução

Com a prisão temporária de Milton Ribeiro, ex-ministro do MEC, e de pastores ligados ao ministério no último dia 22 de junho após uma ação da Polícia Federal que apura a atuação destes mesmos pastores na liberação de recursos do ministério, o caso tornou-se o centro das atenções da campanha parlamentar e eleitoral.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou nessa terça-feira um pedido de criação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que tem como objetivo investigar as denúncias envolvendo casos de corrupção no Ministério da Educação. A criação da mais nova CPI no governo Bolsonaro agora só depende da aprovação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para o seu início.

A CPI vem ganhando força desde a prisão de Milton Ribeiro, sobretudo nos setores parlamentares da esquerda pequeno-burguesa e do chamado “centrão”, que se colocam como uma pretensa “oposição” parlamentar ao governo Bolsonaro. Em resposta, Bolsonaro tenta barrar no STF a criação da comissão e libera ao mesmo tempo verbas do orçamento secreto para contornar a crise há poucos meses das eleições.

A crise iniciou com a revelação de um orçamento paralelo no Ministério da Educação, divulgado pela própria imprensa burguesa. O governo Bolsonaro dessa maneira, busca controlar a crise liberando bilhões em verbas e manobrando com os parlamentares em momentos de maior crise no interior do regime, o que pode ser visto mais de R$3 bilhões enviados pelo governo após a prisão de Milton Ribeiro, um valor que corresponde a 20% do total previsto para todo o ano de 2022.

A liberação dos recursos tem como intenção mobilizar parte do centrão para defender o governo e impedir a abertura da CPI, no senado é encabeçado por Flávio Bolsonaro e Davi Alcolumbre.

No entanto, esta nova crise no interior do governo Bolsonaro está para mais uma vez ser contornada com uma típica manobra parlamentar do principal setor da burguesia brasileira. Assim como no caso da CPI do Covid, a mais nova CPI tem como intenção servir muito mais como uma campanha eleitoral para setor da terceira-via, do qualquer combate ao governo Bolsonaro, muito menos, ao regime golpista de conjunto.

Para a CPI ganhar legitimidade, a burguesia vem cooptando setores da esquerda pequeno-burguesa parlamentar a se juntarem a campanha pró-inquérito no senado. Dessa forma, como ocorreu durante as investigações envolvendo as vacinas contra o coronavírus, a CPI do MEC tem como finalidade alavancar setores do centrão, com o apoio central de partidos da esquerda parlamentar.

A campanha em si é feita para não ter resultados reais. Em primeiro lugar está posto mais uma vez a política da esquerda pequeno-burguesa que, no lugar de mobilizar os trabalhadores, coloca como único meio de atacar o golpe recorrer à própria justiça golpista. A política cada vez mais judicializada da esquerda parlamentar não só é um erro, como acaba por fim apenas fortalecendo a burguesia e o regime golpista de conjunto.

A esquerda pequeno-burguesa fortalece a justiça golpista, confiando a ela a luta dos trabalhadores, além disso, se coloca a reboque da política de partidos da direita golpista que supostamente são “contra Bolsonaro”, ou seja, da chamada terceira-via. O resultado da CPI será nulo, mais uma vez, no entanto servirá para a esquerda continuar a dar legitimidade ao regime golpista e impulsionar a terceira-via, que busca por meio da imprensa burguesa, ganhar apoio para as eleições presidenciais.

O que a esquerda pequeno-burguesa faz na CPI é colocar na mão de políticos golpistas, de partidos como MDB, PSD e REDE o destino da “luta contra Bolsonaro”. Para esta mesma esquerda, está claro que seu único objetivo é a promoção individual de cada senador, focando em conquistar votos para as eleições de 2022.

É mais uma manobra eleitoral, sem qualquer finalidade. Uma política oportunista que estes mesmos setores classificam como o “único meio” possível de combater Bolsonaro. As manifestações de rua foram abandonadas por completo, a esquerda deixou as ruas para a extrema-direita, e de maneira oportunista considera que seu futuro eleitoral depende de manobras farsa com o principal setor da burguesia, os golpistas “democráticos”.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... da-3a-via/
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Mensagem por E.R » 08 Jul 2022, 02:35

NOTÍCIAS




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Mensagem por Barbano » 08 Jul 2022, 11:01

Enquanto isso os sem proposta seguem liderando com folga -_-

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Mensagem por Chapolin Gremista » 08 Jul 2022, 19:57

Denúncia UFPB
Interventor Valdiney Gouveia privatiza restaurante da UFPB
Privatizações na educação visam lucros e estão muito longe de inclusão social e amparo aos estudantes

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Inauguração com a imprensa golpista para enganar a população de que o lugar está sendo melhor cuidado e serve melhor aos estudante e funcionários, mas não fala da taxa absurda cobrada – Reprodução

Na manhã da última sexta-feira, 01/07 o interventor bolsonarista Valdiney Gouveia participou do evento de inauguração do restaurante universitário no campus sede da UFPB. O restaurante estava fechado desde Maio de 2020 para reformas internas. Foi anunciado o acesso livre ao público não assistido pelos programas de assistência estudantil, como técnicos e professores mediante pagamento do valor R$ 10,50 por refeição.

Trata-se de mais uma medida da intervenção bolsonarista de privatização da UFPB. O valor cobrado pela instituição é absurdo comparado, inclusive aos valores de outras instituições de ensino superior como a USP. “Para alunos da graduação e da pós, o valor do tíquete que dá direito a uma refeição é, atualmente, de R$ 1,90”.

Trata-se de mais uma medida da intervenção bolsonarista na UFPB que tem se destacado como a mais repressora de todo Brasil, atos de censura a livre manifestação na Universidade e perseguição aos sindicatos e movimentos estudantis são corriqueiros.

O comitê estudantil UFPB denúncia a total desmoralização política do DCE que se cala diante dos graves ataques da intervenção bolsonarista de Valdiney Gouveia na UFPB.

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https://www.causaoperaria.org.br/rede/j ... o-da-ufpb/
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Mensagem por E.R » 09 Jul 2022, 05:18

NOTÍCIAS
https://www.camara.leg.br/noticias/8880 ... er-pobreza

Especialistas em educação recomendaram a priorização da educação para crianças de até seis anos como forma de combater a pobreza e melhorar a produtividade econômica do Brasil.

De acordo com os participantes de audiência promovida pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, o país precisa investir mais em acesso a creches, ampliar programas sociais já existentes e fazer um trabalho conjunto com a participação dos governos estaduais, municipais e federal.

Segundo cálculos do pesquisador do Centro de Políticas Públicas do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), Naercio Menezes, seria necessário investir R$ 400 por criança para diminuir a pobreza entre os cidadãos de até seis anos de idade, em um total de R$ 80 bilhões por ano.

“Esse custo engloba programas existentes. Não seria um novo programa, mas reformulações de programas que já existem, como o Auxílio Brasil, de forma a aumentar a transferência de renda para as famílias com crianças”, defendeu Naercio Menezes. “Quando a família tiver criança pequena, de zero a seis anos, ela receberia um valor maior, até atingir R$ 400 por criança.”

Na avaliação da CEO da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Mariana Luz, o financiamento pode ser um primeiro passo. Só que o mais importante, para ela, é a colaboração entre União, estados e municípios, em que a União ofereça não só a oportunidade de financiamento, mas participe da implementação de uma etapa da educação que é de responsabilidade dos municípios.

Conforme o Plano Nacional de Educação (PNE), pelo menos 50% da população de zero a três anos de idade deve ter uma vaga assegurada em creche até 2024. No entanto, um estudo da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal mostrou que as crianças que mais precisam de creche ainda têm pouco acesso ao serviço.

O estudo se baseou no Índice de Necessidade de Creche 2018-2020 e Estimativas de Frequência : Insumos para a Focalização de Políticas Públicas, realizado pela fundação.

Segundo o indicador, o número de crianças que precisam ser atendidas cresce ano a ano. Em 2018, 40,6% das crianças de até três anos estavam em grupos vulneráveis que mais precisavam das vagas. Em 2019, a porcentagem passou para 42,4%.

“Essa ferramenta olha para essa questão. Ela também mostra que muitas vezes a meta de 50% não é suficiente para um determinado município”, avaliou Mariana Luz. “Quando a gente tem metas nacionais em um país do tamanho do Brasil, com a desigualdade que a gente tem, a gente vai precisar entender de forma mais cuidadosa qual é a realidade de cada município.”

No Brasil, a creche não é uma etapa obrigatória. A educação é obrigatória apenas a partir dos quatro anos de idade, mas o Estado deve garantir vagas para todos que desejarem.
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