Saúde e Medicina

Espaço para debates sobre assuntos que não sejam relacionados a Chespirito, como cinema, política, atualidades, música, cotidiano, games, tecnologias, etc.
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Furtado
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Re: Sistema Público de Saúde e Planos de Saúde Particulares

Mensagem por Furtado » 13 Jan 2012, 16:44

Empate, não tem como dar sim e não...

O Governo não gasta muito em saúde e o que gasta vai pro bolso dos políticos corruptos. Mas um novo imposto é muito pro brasileiro, que já paga milhões pra União.
Ex-moderador do Bar do Chespirito

Victor235
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Medicina

Mensagem por Victor235 » 28 Mai 2012, 21:31

Tópico para assuntos relacionados à medicina em geral.
NOTÍCIAS
Jack Andraka recebeu US$ 75 mil por sua invenção. Fórmula é ainda 28 vezes menos cara e 100 vezes mais sensível que os recursos atuais
28 de Maio de 2012 | 17:48h


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Jack Andraka
Divulgação / Intel ISEF

O americano Jack Andraka foi o grande vencedor da Intel ISEF 2012, evento realizado nos Estados Unidos para promover as invenções de jovens cientistas espalhados pelo mundo. Jack, de apenas 15 anos, venceu o concurso após criar um método para detectar o câncer de pâncreas que é até 28 vezes mais rápido, 28 vezes menos caro e 100 vezes mais sensível que os recursos atuais.

O adolescente elaborou um sensor que identifica, por meio de um exame feito por uma pequena quantidade de sangue ou urina, se o paciente tem ou não câncer pancreático, ainda em sua fase inicial. O estudo resultou em mais de 90% de precisão. Pela invenção, Jack ganhou US$ 75 mil e recebeu o prêmio mundial de Inovação Jovem Cientista da Fundação Intel das mãos de Gordon E. Moore, co-fundador e presidente aposentado da empresa.

O segundo lugar do concurso ficou com Nicholas Schiefer. O canadense de 17 anos estudou o que ele chama de "microsearch", e analisou pequenas quantidades de conteúdo, como tweets e atualizações de status do Facebook. Com isso, Nicholas espera melhorar os mecanismos de motores de busca e, assim, aperfeiçoar o acesso à informação.

Já o americano Ari Dyckvosky, de 18 anos, levou o terceiro lugar ao investigar a ciência do teletransporte quântico. O estudante descobriu que os átomos estão ligados através de um processo chamado "entrelaçamento", um método em que a informação de um átomo só vai aparecer em outro átomo quando o estado quântico do primeiro átomo é destruído. Apesar de parecer complicado, as organizações que requerem altos níveis de segurança de dados poderiam utilizar o recurso para enviar uma mensagem criptografada, sem correr o risco de intercepção, por exemplo.

Nicholas e Ari levaram US$ 50 mil por suas invenções. Os jovens e suas criações foram selecionados entre os destaques de 446 feiras afiliadas, em cerca de 70 países. Além deles, outros 400 finalistas receberam prêmios por contribuírem com trabalhos inovadores.

Assista abaixo ao "susto" de Jack Andraka ao saber que foi o campeão da ISEF 2012:
OLHAR DIGITAL
"Se aproveitaram da minha astúcia" - VELOSO, Caetano

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Re: Sistema Público de Saúde e Planos de Saúde Particulares

Mensagem por E.R » 30 Jun 2012, 02:42

http://www.istoe.com.br/reportagens/218 ... O+PACIENTE

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Quitação da casa própria, isenção de Imposto de Renda na aposentadoria, prioridade na tramitação de processos na Justiça, receber a cópia da receita digitada e obter remédios de alto custo sem ter de pagar nada por eles. Esses são apenas alguns dos direitos que os pacientes brasileiros podem ter, mas dos quais muitos não se beneficiam simplesmente porque os desconhecem.

As pessoas sabem pouco sobre os seus direitos. Vejo isso todos os dias aqui no hospital”, lamenta o advogado Victor Hugo Neves, do Departamento Jurídico do Hospital A C Camargo, referência nacional no tratamento do câncer.

Trata-se, porém, de uma realidade que começa a mudar graças a um movimento cada vez mais consistente orquestrado pela Justiça, advogados e entidades representantes de pacientes cujo objetivo é justamente divulgar e fazer valer todos os benefícios que ajudam a garantir um atendimento médico seguro e de qualidade.

Parte das iniciativas mais importantes está sendo executada na esfera da Justiça. É a ela que os cidadãos recorrem cada vez mais, e é dela que recebem, também cada vez mais, decisões favoráveis a seus pleitos. “É só por intermédio da Justiça que o paciente muitas vezes tem um tratamento de qualidade”, diz a advogada Rosana Chiavassa, especializada em direito da saúde.

Por conta da demanda, algumas decisões importantes estão sendo tomadas. Recentemente, o Tribunal de Justiça de São Paulo editou oito resumos contendo o entendimento dos juízes sobre alguns dos conflitos frequentes entre usuários de planos de saúde e operadoras. Esse mercado, que conta com 47,6 milhões de conveniados e 1.006 empresas, é o responsável pelo maior número de queixas que chegam aos tribunais.

“No meu escritório, há cerca de 30 liminares concedidas a pacientes de convênio para uma dada a um usuário da rede pública”, diz o advogado Julius Conforti, também especializado na área. As súmulas, como são chamados os resumos feitos pelo tribunal, afirmam que os juízes são favoráveis aos seguintes direitos, mesmo que não estejam previstos nos contratos dos planos : assistência home care, cirurgia plástica após realização de operação bariátrica, colocação de stents cardíacos, próteses e órteses, recebimento de quimioterapia oral, realização de exames e procedimentos envolvidos em doenças cobertas pelas operadoras, internação sem limite de tempo, ser informado pelo menos dez dias antes de descredenciamento por falta de pagamento e não sofrer reajuste por faixa etária a partir dos 59 anos.

O impacto da manifestação será grande. “A súmula serve como uma informação pública sobre o entendimento majoritário do tribunal. Espera-se que os juízes sigam a direção apontada por ela”, explica o desembargador Luiz Antônio Rizzatto Nunes, do Tribunal de Justiça de São Paulo. “E, quando um tribunal define uma súmula, tenta desestimular a prática de abusos pelas empresas.” As decisões também podem ser utilizadas por tribunais de outros Estados para fundamentar suas sentenças.

Decisões referentes a batalhas anteriores já se transformaram em jurisprudência. Um dos exemplos é sobre o que foi estabelecido na chamada “Lei dos Planos de Saúde”, de 1998. Nela, estão especificados os tratamentos que os planos são obrigados a cobrir. As empresas defendiam que a norma só valia para contratos estabelecidos depois da lei. No entanto, em razão do número de ações na Justiça, ficou entendido que as regras valem para todos os contratos. “A data da assinatura do contrato é irrelevante”, afirma o advogado Gilberto Bergstein, há 20 anos atuando na área.

A Associação Brasileira de Medicina de Grupo também participa do movimento que acontece na Justiça. “Estamos nos reunindo com magistrados para discutir a necessidade de criar comitês de especialistas para informar com profundidade os juízes”, diz Arlindo de Almeida, presidente da entidade.

A mobilização dos agentes envolvidos na defesa dos pacientes está resultando em outras conquistas. Há dois meses, uma lei sancionada pela presidenta Dilma Rousseff determina que os hospitais não podem exigir o cheque caução no momento da internação. Quem infringir a legislação poderá receber pena de detenção de três meses a um ano e multa.

Também recentemente a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determinou prazos para o atendimento. As consultas pediátricas, de clínica geral ou obstetrícia, por exemplo, devem ser realizadas em sete dias a partir do momento que o usuário buscou o médico. Além disso, a ANS disponibilizou um telefone 0800 para receber as queixas dos usuários desrespeitados nesse direito. “O critério tempo é simples e tangível para o consumidor medir o grau de acesso ao serviço que contratou”, diz Maurício Ceschin, presidente da agência. No primeiro trimestre deste ano, a ANS recebeu cerca de três mil reclamações. “A operadora tem cinco dias para resolver a questão. Caso contrário, pode ser multada e até ter suspensa a comercialização do serviço em questão”, diz Ceschin.

Em alguns municípios, pacientes com câncer, Aids e doença renal crônica, por exemplo, estão isentos de pagar IPTU. Campos do Jordão, em São Paulo, é um deles. “Incentivamos as pessoas a procurar os vereadores para propor leis assim”, diz Tiago Farina, diretor-jurídico do Instituto Oncoguia, especializado na assistência a doentes com câncer. “Também há projetos para atualizar a lista de doenças graves registrada no governo federal”, afirma Luciana Camargo, diretora-executiva da instituição.

Composta por enfermidades como câncer, esclerose múltipla e Parkinson, a lista serve de base para definir quais as doenças cujos pacientes podem se beneficiar com vários direitos, boa parte deles de cunho social. Um exemplo é o direito de pessoas com câncer de sacar o FGTS.

A história da luta por melhores condições de atendimento é recente, se comparada a outras causas. “O Direito da Saúde começou na década de 50, com o começo dos programas de assistência de saúde nas empresas”, conta Fernando Scaff, coordenador do curso de pós-graduação em direito da saúde da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. E, por se tratar de uma área dinâmica – os avanços na medicina são frequentes –, legisladores, advogados e juízes muitas vezes se veem entre um certo descompasso entre o que dizem as leis e o que a ciência já oferece.

O problema se reflete principalmente quando se fala nos tratamentos que devem ser cobertos pelos planos. Muitas das novidades estão em uso, mas ainda não foram incluídas no rol da ANS do que deve ser pago. Um dos exemplos é a cirurgia robótica, técnica adotada em alguns casos por apresentar menores riscos. “Outro caso é o transplante de coração”, diz a advogada Joana Cruz, do Instituto de Defesa do Consumidor. Em geral, as operadoras negam a cobertura a procedimentos do tipo, mas a chance de o conveniado obter na Justiça o seu custeio é grande. No âmbito público, essa discussão também aparece. Por isso, o Ministério da Saúde criou um comitê para avaliar a incorporação de novas tecnologias ao SUS, uma medida que deve repercutir na redução das demandas judiciais. Em 2011, o ministério foi citado em 12.811 ações judiciais com pedidos de medicamento, por exemplo.

Para que a assistência seja mais efetiva é preciso superar alguns obstáculos. O primeiro é fazer com que mais gente conheça os direitos. “Os usuários dos planos acabam convencidos de que não têm direitos, deixam de receber tratamentos e pagam pelo que não devem”, afirma Horácio Ferreira, advogado da saúde. “É enorme o número de pessoas que precisa de ajuda”, diz Vinicius de Abreu, representante da ONG Saúde Legal.

Brechas na legislação também impedem o alcance total da Justiça. No Procon de São Paulo, das 7,2 mil reclamações contra planos de saúde recebidas no ano passado, 950 não tiveram solução. “As operadoras se aproveitam das lacunas na legislação, em prejuízo do consumidor”, diz Paulo Arthur Góes, diretor da instituição.

E, mesmo quando a Justiça já garantiu o direito, pode haver dificuldades. “Muitos hospitais apresentam resistência à aceitação das liminares e só liberam o procedimento quando chega a autorização do plano”, conta o advogado Julius Conforti. Nesses casos, o paciente pode chamar a polícia. Outro direito garantido, mas que também pode exigir esforço de quem quer usufruí-lo, é o acesso aos medicamentos de alto custo. Não é raro que o estoque dos postos de distribuição não esteja abastecido. “Mas, apesar dessas dificuldades, estamos avançando”, diz o advogado Conforti.
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Re: Sistema Público de Saúde e Planos de Saúde Particulares

Mensagem por E.R » 21 Jul 2012, 05:11

http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo/

O Sírio-Libanês, famoso hospital de São Paulo, está chegando ao Rio de Janeiro.

O modelo será de uma organização social com o governo Sérgio Cabral Filho, o Sírio e a Rede D’Or. No primeiro momento, a unidade vai funcionar com 40 leitos num anexo do Hospital Rios D’Or, em Jacarepaguá.

Mas, a partir de 2014, o Sírio Libânes carioca poderá ocupar todo o prédio onde hoje funciona o Barra D’Or, que tem 160 leitos.

É que a Rede D’Or vai transferir sua unidade da Barra da Tijuca para um novo hospital, com 360 leitos, a ser construído entre o Via Parque e o parque Terra Encantada.
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Re: Sistema Público de Saúde e Planos de Saúde Particulares

Mensagem por Chilindrinaツ » 21 Jul 2012, 18:50

Não ja chega de impostos. Querem comer mais um pouco do nosso dinheiro, cambada de sem-vergonhas!

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Re: Sistema Público de Saúde e Planos de Saúde Particulares

Mensagem por Ero Sennin » 21 Jul 2012, 19:45

Mais dinheiro indo direto pra cueca? Nunca.
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Re: MEDICINA

Mensagem por E.R » 09 Set 2012, 03:16

http://g1.globo.com/bemestar/noticia/20 ... canos.html

Cientistas do Centro Médico da Universidade Columbia, em Nova York, estudam a possibilidade de formular a primeira pílula anticoncepcional oral para homens, capaz de interromper a produção de espermatozoides.


Em um trabalho ainda incipiente com ratos, publicado na revista Endocrinology, os pesquisadores relatam mexer em um receptor de ácido retinoico (derivado da vitamina A) e ter uma rápida recuperação da fertilidade após a interrupção do uso.

Há quase 100 anos, já se sabe que a falta dessa vitamina no organismo pode provocar esterilidade masculina, entre outros problemas, como prejuízos à visão.

Segundo o estudo, baixas doses da droga não afetam os olhos e, por não incluírem hormônios na composição, não teriam efeitos colaterais como diminuição da libido, maior risco de doenças cardiovasculares e hiperplasia (aumento) benigna da próstata.

O desafio agora, para que a pílula dos homens se torne realidade, é provar que o composto é seguro, eficaz e reversível quando usado por muitos anos.


Segundo o urologista Fernando Almeida, médico do Hospital Sírio-Libanês e professor da Escola Paulista de Medicina, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), esses estudos ainda são experimentais, e o grande problema é encontrar a reversão da infertilidade.

“Ser uma droga não hormonal, como ocorre nas mulheres, é uma vantagem nesse caso, pois mexer com os hormônios masculinos causaria alterações na próstata, na voz e no cabelo, entre outras”, diz o médico.

O ideal, portanto, seria bloquear apenas os receptores de vitamina A nos testículos, preservando o restante do corpo.

O urologista Renato Fraietta, especialista em reprodução humana e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), reforça que essa descoberta ainda é inicial, porém promissora. Várias outras sugestões de contraceptivos masculinos já surgiram, de acordo com ele, mas nenhuma emplacou.


“Quem sabe, isso possa ser criado e substituir a pílula feminina ou democratizar o uso entre os parceiros. Mas ainda não é possível prever como será”, afirma.

De acordo com o médico, os principais entraves são em relação à segurança, eficácia, praticidade e manutenção da função hormonal do indivíduo.

Ao contrário da mulher, que já nasce com todos os óvulos que terá durante toda a vida, o homem produz espermatozoides continuamente. A ejaculação elimina espermatozoides produzidos apenas três meses antes.

Por conta disso, a confecção de uma pílula masculina é mais difícil, pois a recuperação não é rápida e a reversibilidade pode ser lenta ou inexistente. Além disso, mexer nos hormônios pode desencadear um efeito "rebote" (baixa hormonal até a recuperação dos testículos), perda de força muscular, cansaço, depressão e sonolência, entre outros prejuízos.

“No período de uso, o ideal seria o homem ejacular normalmente, sem espermatozoides, da mesma forma que um paciente vasectomizado, com a diferença de que poderia voltar a ser fértil a qualquer momento”, explica Fraietta.

Se o composto for injetável, com duração maior que a de um comprimido, a dificuldade para controlar a duração do princípio ativo seria ainda maior.
Vamos ver se a ciência vai conseguir algum dia criar um medicamento seguro. Por enquanto, a vasectomia continua sendo a solução.
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Re: Sistema Público de Saúde e Planos de Saúde Particulares

Mensagem por E.R » 09 Set 2012, 03:34

http://www.istoe.com.br/reportagens/214 ... QUANTIDADE

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Ao autorizar a criação de 1.615 novas vagas em faculdades de medicina públicas e privadas de todas as regiões do Brasil, o Ministério da Educação (MEC) provocou uma polêmica na categoria.

Segundo o MEC, a medida irá contribuir para amenizar o problema da falta de médicos no país.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) discorda. Segundo o órgão, a decisão desconsidera a qualidade da formação dos novos profissionais e se baseia na falsa premissa de que o Brasil carece de profissionais de saúde. De acordo com a instituição, a média nacional de 1,95 médico por mil habitantes (o MEC considera 1,8) é maior do que a mundial, de 1,4. O número não tem sido suficiente, porém, para reduzir as filas nos hospitais públicos nacionais e a explicação do CFM é de que os médicos estão mal distribuídos entre as regiões brasileiras e entre as instituições públicas e privadas.

De acordo com Maria Helena Machado, pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, o principal problema do Sistema Único de Saúde (SUS) é a má gestão do trabalho. “Faltam políticas adequadas para fixar os profissionais onde eles são necessários, seja no interior do país, seja nas periferias das metrópoles”, diz.

A cidade de São Paulo, por exemplo, conta com mais de quatro médicos por mil habitantes, o dobro da média nacional, mas cerca de 75% deles atuam na região central da cidade. Do Complexo Hospitalar Heliópolis, dentro da maior favela da cidade de São Paulo, na zona sul da capital, o cirurgião F. expõe algumas das razões para isso. “São horas de trânsito para chegar a essas áreas, onde é preciso enfrentar situações de violência e hospitais sucateados”, diz o médico, que trabalha há mais de 20 anos no local.

F. preferiu não se identificar por estar sendo ameaçado de morte pela família de um de seus pacientes, que entrou em coma após uma reação à anestesia durante uma cirurgia de hérnia cervical. Nesses anos de trabalho em hospitais públicos, ele coleciona histórias de violência e tensão. Em outra ocasião, no Hospital Fernando Mauro, zona sul de São Paulo, o cirurgião salvou da morte uma adolescente de 14 anos com um tipo grave de meningite depois de o irmão da paciente sacar um revólver na recepção. “Eu poderia ter morrido antes de conseguir tratá-la”, afirma. “Além de tudo, os salários são baixíssimos e só valem a pena quando complementamos a renda com plantões.”

Para o médico e advogado Sérgio Palmeira, que lançará no segundo semestre o livro “Direito, Medicina e Poder”, um dos maiores problemas da categoria é o esquema de plantões. “Os médicos fazem plantões enormes, muitas vezes de 24 horas, apesar de isso ser vetado pelo CFM, e acham que estão se beneficiando, já que dormem no trabalho e pensam : ‘Estão me pagando para dormir’”. Essa prática possibilita, segundo o especialista, um “equilíbrio artificial” do mercado, no qual há um médico para três postos de trabalho, segundo pesquisa do CFM. A média brasileira é maior do que a mundial, de 1,4 médico por mil habitantes, mas bem mais baixa do que a de países mais desenvolvidos. Os Estados Unidos, por exemplo, contam com 2,4 médicos por mil habitantes; Portugal, 3,9; e Cuba, recordista, 6,4. “Se o número de vagas é o triplo do número de profissionais, quem diz que não faltam médicos está fazendo uma defesa corporativista por acreditar, erroneamente, que os plantões são bons para eles. Perde o paciente, que é mal atendido”, afirma Palmeira. Médicos de hospitais públicos ouvidos por ISTOÉ revelaram ser uma prática comum dois profissionais pagos para trabalhar durante as mesmas 12 horas combinarem entre si a divisão de horários – um atuaria nas primeiras seis horas e o outro nas restantes.

O fato é que, sobrecarregados, os médicos não conseguem atender à demanda. Na noite da quarta-feira 30 de maio, por exemplo, a médica Ângela Maria Tenório teve uma espécie de surto no Hospital Estadual Rocha Faria, zona oeste do Rio de Janeiro. Pelos corredores da instituição lotada, ela gritava: “Os pacientes estão à míngua, estão morrendo.” À ISTOÉ, Ângela disse que o hospital deveria ter uma equipe com nove profissionais de clínica médica, mas só vem trabalhando com quatro. Naquele dia, só ela estava presente para atender a duas enfermarias com cerca de 130 pessoas internadas e uma unidade intensiva com mais de dez pacientes em estado grave. “O desabafo foi a gota d’água do acúmulo de estresse”, disse.

O contexto, portanto, exige soluções muito mais complexas do que apenas formar novos profissionais, apesar de esses serem bem-vindos. Para Maria Helena Machado, da Escola de Saúde Pública da Fiocruz, a solução passa por planos de carreira médica similares às de juízes federais. “Ao passar no concurso, o profissional seria mandado para o interior e as periferias, mas, posteriormente, poderia ser transferido para regiões mais valorizadas, que é o que todos querem”, diz.

Ela também defende a criação de facilidades para que os médicos alocados em regiões afastadas, como o interior da Amazônia, possam participar de programas de educação continuada para progredir na carreira. Abrir vagas para estudantes, portanto, não passa de uma pequena parte da solução.
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Bia N
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Re: Sistema Público de Saúde e Planos de Saúde Particulares

Mensagem por Bia N » 09 Set 2012, 11:11

Falta de médicos dá nisso: longas filas e muito tempo de espera e como consequencia...

-mortes na fila de espera
-mortalidade infantil (em especial, mortes de crianças no período do feto ou ao nascer)
-longa espera em casos de transplante ou cirurgia, no mímino 1 ou 2 anos

Maioria dos casos foi por negligência e falta de médicos.

E pelo visto consideraram que o Rio de Janeiro tem o pior índice de saúde no Brasil. -_-

O governo precisa dar uma mexida de emergência na saúde pública, onde a maioria da gente precisa bastante dela.
Ela não desapareceu, apenas se escondeu.


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Re: Sistema Público de Saúde e Planos de Saúde Particulares

Mensagem por Guilherme CH » 09 Set 2012, 11:40

Não, de jeito nenhum. Dá para melhorar muito bem a saúde sem impostos.

Basta o Governo querer investir, pois dinheiro tem.

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Re: MEDICINA

Mensagem por JVCH » 09 Set 2012, 22:27

Alguém aqui do fórum, além de mim, também faz medinica?
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Re: MEDICINA

Mensagem por Scopel » 09 Set 2012, 22:52

Renata e um Ricardo do Equador (Chápulo), se não me engano.

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Re: Sistema Público de Saúde e Planos de Saúde Particulares

Mensagem por E.R » 08 Out 2012, 14:08

http://economia.estadao.com.br/noticias ... 9826,0.htm

A venda de uma das maiores empresas brasileiras de saúde, a Amil, para a UnitedHealth, anunciada nesta segunda-feira, não precisará passar pelo crivo do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), uma vez que a companhia norte-americana não possui atualmente, no Brasil, faturamento suficiente para que a operação tenha peso do ponto de vista concorrencial.

Pela legislação atual, só precisam ser analisadas pelo Cade operações de fusão e aquisição nas quais uma das partes tenha, no Brasil, faturamento anual bruto de 750 milhões de reais e a outra, de 75 milhões de reais.

Como está entrando no mercado brasileiro, a UnitedHealth não se enquadra nesse filtro previsto na legislação.

Apesar de a operação não demandar preocupações na parte concorrencial, a Amil e o setor de saúde privada como um todo vêm sendo objeto de análises rigorosas no sistema brasileiro de defesa da concorrência.

A norte-americana UnitedHealth selou sua entrada no Brasil ao fechar a compra da Amil Participações, atribuindo um valor de cerca de 11 bilhões de reais à empresa e apostando na expansão do mercado brasileiro de saúde suplementar.

"Para nós, o potencial parece ser o mesmo que o mercado dos Estados Unidos tinha 20 anos atrás ou mais", afirmou nesta segunda-feira o presidente da UnitedHealth, Stephen J. Hemsley, mencionando a ascensão da classe média e políticas de estímulo ao setor de saúde no Brasil.
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Re: Sistema Público de Saúde e Planos de Saúde Particulares

Mensagem por @EA » 08 Out 2012, 17:55

Quando a la_chilindrina fez um tópico parecido com esse eu propus a mudança da enquete daqui lá na Politura e não teve nenhuma objeção. Porque a enquete antiga já tinha um óbvio resultado e a atual (que tava no tópico da la_chilindrina) serviria pra fazer um balanço das atuais condições do SUS.

Vão opinando. Como vocês avaliam o atual estado do SUS?

Enquete anterior:
Você é a favor da criação de um imposto para melhor o sistema de Saúde no Brasil ?

. Sim 4% [ 1 voto]
. Não 96% [ 26 votos]
Agente da Coroa a serviço da Rainha


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Ouça Don Cristóvão quero avisar que a tripulação está com fome!
E por que não comem?
Porque não há comida!
E por que não há comida?
Porque acabou!
E por que acabou?
Porque comeram!
E por que comeram?
Porque tinham fome!
Tá vendo, deveriam ter esperado!



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Dá licença, gente! Tô passando pelo tópico!!!
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Re: MEDICINA

Mensagem por E.R » 10 Out 2012, 02:54

http://economia.terra.com.br/noticias/n ... E_81653284

O ministro do Comércio Exterior e Investimento Estrangeiro de Cuba, Rodrigo Malmierca, reuniu-se nesta terça-feira com empresários brasileiros para estudar a cooperação bilateral entre Brasil e Cuba no setor biofarmaceutico.

Rodrigo Malmierca se encontrou com empresários do setor na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), com quem avaliou a colaboração entre laboratórios dos dois países.

Na reunião, o ministro cubano afirmou que as empresas privadas brasileiras "também" têm voz nas negociações de colaboração do setor farmacêutico realizadas por ambos os governos, segundo um comunicado da Fiesp.

O presidente do comitê de Saúde da Fiesp, Ruy Baumer, considerou que as companhias brasileiras, além de ter interesse em vender a Cuba, consideram a possibilidade de desenvolver novos produtos farmacêuticos em colaboração com instituições do país caribenho.

Em 2011, Cuba e Brasil assinaram acordos de cooperação para o desenvolvimento de pesquisas e produtos de alta tecnologia para o tratamento de doenças como o câncer e o diabetes. A companhia brasileira Eurofarma é um exemplo de associação, já que desde 2006 desenvolve em Cuba remédios da área de oncologia.

Rodrigo Malmierca, que estava acompanhado da vice-ministra de Turismo, Xiomara Martínez, e do vice-ministro de Indústria Básica, Rosell Guerra Campanha, reuniu-se ontem com o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, e hoje viajará para Brasília.
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