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América Latina

Mensagem por Chapolin Gremista » 22 Jun 2022, 22:35

Viagens de Maduro
Crise do imperialismo na Eurásia alivia tensões na Venezuela
Presidente venezuelano sai em viagem, visita 5 países além do Irã, demonstrando protagonismo. O bloqueio dos imperialistas perde força com o atoleiro ucraniano.

ImagemNicolas Maduro no seu encontro com o Xá Ali Khamenei, líder supremo iraniano, em 2015. – Foto: Gospel News/ Site:Flickr.com

Alguns partidos de esquerda no Brasil prontamente acusaram a Rússia de ser uma ameaça à segurança internacional e um estado imperialista, condenando implacavelmente sua atuação na Ucrânia. Só que simultaneamente estados oprimidos durante anos pelos imperialistas, como Irã, Venezuela, Nicarágua ou Cuba tem conseguido ter maior liberdade de ação para buscar uma vida melhor para suas populações, aproveitando a situação gerada pelo conflito na Ucrânia e o esforço imperialista para prolongar os combates sem levar em conta os danos provocados.

Um claro exemplo disse é a Venezuela. Tanto que o seu presidente, Nicolas Maduro, realizou um tour internacional do dia 7 ao dia 18 de junho por seis países localizado na África e no Oriente Médio, possibilitando um protagonismo ao seu país que não alcançava deste o falecimento de Hugo Chaves.

A primeira etapa da viagem foi na Turquia onde ele encontrou com o presidente Recep Tayyvp Erdogan. Um dos vários Estados que não participaram da farsa de Juan Guaidó como presidente da Venezuela. A viagem permitiu a assinatura de acordos bilaterais referentes a agricultura, ao turismo e às relações financeiras e visa estimular os investimentos turcos no país sul-americano. Foi a segunda vez que Nicolas Maduro visitou Ancara. A primeira vez foi em julho de 2018. Outra comprovação do alinhamento entre os dois estados é a Turquia, ainda que seja da OTAN, como a Venezuela não adotou as sanções contra a Rússia. O Chefe-de-Estado Turco se comprometeu a retribuir a visita este ano como ocorreu em 2018.

A segunda escala foi em Argel, capital da Argélia, onde foi anunciada a criação de uma companhia aérea para realizar vôos entre as duas capitais pelo presidente argelino Abdelmadjid Tebboune na entrevista coletiva. Maduro aproveitou pela elogiar a posição firme do Argélia na “defesa dos direitos do povo saharaui”, uma referência pela independência do Saara Ocidental dominado pelo Marrocos com o apoio espanhol, a questão da Palestina e destacou a necessidade de eleições na Líbia.

Em seguida, no sábado, dia 11 de junho, o Chefe de Estado venezuelano chegou à capital do Irã, Teerã para se reunir tanto com o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, e com o líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, uma grande honra do Estado Iraniano que o presidente Lula recebeu. Maduro já tinha recebido esta honra em 2015 na primeira visita ao estado persa.

Esta visita confirmou as relações estreitas entre os dois estados visto que foi assinado um acordo de cooperação de 20 anos nos âmbitos político, econômico, turístico, petroleiro e petroquímico entre outros. No anúncio da assinatura do acordo, Maduro citou o apoio iraniano para ampliação das áreas cultiváveis na Venezuela e o Banco de Desenvolvimento Irã-Venezuela. Os mandatários aproveitaram também para assistir o lançamento de um navio petroleiro construído no Irã para ser entregue a Caracas.

O Xá Ali Khamenei ressaltou que a resistência é a forma de lidar com a pressão dos Estados Unidos da América e que o sucesso do Irã e a Venezuela foi de “resistir e resistir”. Em um comunicado publicado no seu site oficial salientou-se que “a República Islâmica do Irã mostra que assume riscos em tempos de perigo e pega as mãos de seus amigos”

O giro internacional de Maduro progrediu em direção ao sol nascente. Em 13 de julho. visitou o Kuwait pela primeira vez. Um dos primeiros compromissos foi a reunião com o Príncipe-Herdeiro, Salah al Jaled. Na saída do encontro, o regente sul-americano destacou uma medida que confirmava uns dos objetivos da comitiva, a criação de uma comissão mista para o fortalecimento da Opep, e da Opep+ e o convite para investimentos kuwaitianos no país caribenho.

Dia 13 de junho, ele parou na futura sede da Copa do Mundo deste ano, o Catar e no dia seguinte se reuniu com o emir, chefe de estado e monarca do estado árabe, Tamm bin Hamad al Thani.. Esta é a terceira visita oficial o país que se retirou da Opep em 2019 sendo o maior exportador de gás liquefeito e com a terceira maior reserva de gás natural. Foi anunciada a abertura de uma linha aérea entre os dois estados somando as anunciadas com Argel, capital da Argélia e Teerã, Capital do Irã.

O último país visitado foi o Azerbaijão às margens do Mar Cáspio, o maior lago de águas salgadas do Mundo. Foi a terceira visita ao estado caucasiano realizada por Maduro como Chefe de Estado.

Devido a constatação que alguns componentes da comitiva testaram positivos para a Covid, as reuniões foram virtuais. Tal fato não impediu que o presidente Nicolas Maduro realizasse as homenagens habituais que os chefes de estados cumprem em visita oficiais ao estado azeri como a ida a Avenida dos Mártires e colocação da coroa de flores no monumento à Heydar Aliyev, mandatário do país de 1993 à 2003 e pai do presidente atual Ilham Aliyev.

Os temas da reunião entre os dois chefes de estado foram a necessidade da ampliação da cooperação ente os países, o fortalecimento da Opep+, uma aliança da Opep com outros dez grandes produtores entre eles a Rússia, o México e o próprio Azerbaijão, e o apoio venezuelano a integridade territorial do Azerbaijão e a extensão por mais um ano do presidente Aliyev como Secretário-Geral do Movimento dos Países Não Alinhados, fórum internacional com 120 estados que surgiu em 1955.

Nas suas postagens no Twitter, ilustradas por fotos dos locais visitados, o mandatário venezuelano tem citado a importância das visitas e as possibilidades de desenvolvimento sociais e econômicos para o povo venezuelano advindos delas

Em todas as visitas Nicolas Maduro ressaltou como foi necessário estabelecer uma economia de guerra contra as sanções ilegais contra o povo venezuelano e necessidade de fortalecer um sistema internacional multipolar, um claro posicionamento anti-imperialista.

Não há dúvida que ele se aproveitou do enfraquecimento do imperialismo, desgastado pelo esforço de enviar armas e mercenários para Ucrânia de tentativa de desestabilizar o governo de Putin.

A visita a cinco estados exportadores de gás natural e petróleo, três pertencentes a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), assim como a própria Venezuela, indica o esforço de articular uma ação conjunta em um momento que os estados imperialistas e aliados escolheram abrir mão da produção russa como forma de pressionar o Putin, mas continuam precisando suprir suas necessidades energéticas.

O exemplo da Venezuela mostra a importância de garantir a soberania nacional sobre o petróleo. Um caminho estabelecido em 1976 quando foi criada a Petróleos de Venezuela (PDVSA), a empresa estatal Venezuela e reafirmado em maio de 2007 quando presidente Hugo Chávez nacionalizou a faixa petrolífera do Orinoco.

O controle venezuelano sobre esta “comodity” fundamental para a sociedade contemporânea força o imperialismo a procurar um acordo de fornecimento com Maduro, ainda que não reconheça a sua vitória nas eleições de 2018 e o acusa, de maneira farsesca através do departamento de justiça estadunidense em março de 2020, “narcoterrorismo”, narcotráfico e porte de armas, entre outros.

Assim no dia 8 de março deste ano, uma comitiva estadunidense foi a Caracas. O porta voz da Casa Branca Jens Esaki na época declarou que “o propósito da viagem dos funcionários do governo americano foi discutir uma variedade de temas que incluem certamente energia, segurança energética”.

Em maio, o governo estadunidense autorizou que a empresa Chevron negocie os termos para renovar a sua licença de produção na Venezuela, ainda que só para venda no mercado local. Em junho foi anunciado que as empresas petrolíferas italiana Eni e espanhola Repsol estavam autorizadas por Washington a exportar o petróleo venezuelano para a Europa sem correr o risco de penalização. Mais concessões devem ser anunciadas nas próximas semanas porque o preço do petróleo continua subindo nas bolsas internacionais.

A tragédia desta situação é que o imperialismo impedindo que o fantoche ucraniano realize um acordo com o Presidente Russo e obrigando que o povo ucraniano continue sofrendo com os bombardeios e destruição das suas cidades e servindo de escudos humanos para as milicias neonazistas.

Todavia um outro ponto deve ser destacado para o povo brasileiro e em especial para a classe trabalhadora. A importância que a Petrobras continue sobre o controle nacional para garantir o seu papel de indutora do desenvolvimento socioeconômico brasileiro. A luta para garantir deve inclusive procurar reduzir ou até eliminar a participação acionária de estrangeiros de modo a incrementar sua liberdade de ação sem depender dos “humores” do mercado financeiro. Ainda mais no momento que Bolsonaro faz um jogo de cena com objetivo eleitoral depois de três anos e meio de aumentos dos combustíveis atrelados à moeda estadunidense. Para esta luta somente a vitória de Lula interessa.

Alguns partidos de esquerda no Brasil prontamente acusaram a Rússia de ser uma ameaça à segurança internacional e um estado imperialista, condenando implacavelmente sua atuação na Ucrânia. Só que simultaneamente estados oprimidos durante anos pelos imperialistas, como Irã, Venezuela, Nicarágua ou Cuba tem conseguido ter maior liberdade de ação para buscar uma vida melhor para suas populações, aproveitando a situação gerada pelo conflito na Ucrânia e o esforço imperialista para prolongar os combates sem levar em conta os danos provocados.

Um claro exemplo disse é a Venezuela. Tanto que o seu presidente, Nicolas Maduro, realizou um tour internacional do dia 7 ao dia 18 de junho por seis países localizado na África e no Oriente Médio, possibilitando um protagonismo ao seu país que não alcançava deste o falecimento de Hugo Chaves.

A primeira etapa da viagem foi na Turquia onde ele encontrou com o presidente Recep Tayyvp Erdogan. Um dos vários Estados que não participaram da farsa de Juan Guaidó como presidente da Venezuela. A viagem permitiu a assinatura de acordos bilaterais referentes a agricultura, ao turismo e às relações financeiras e visa estimular os investimentos turcos no país sul-americano. Foi a segunda vez que Nicolas Maduro visitou Ancara. A primeira vez foi em julho de 2018. Outra comprovação do alinhamento entre os dois estados é a Turquia, ainda que seja da OTAN, como a Venezuela não adotou as sanções contra a Rússia. O Chefe-de-Estado Turco se comprometeu a retribuir a visita este ano como ocorreu em 2018.

A segunda escala foi em Argel, capital da Argélia, onde foi anunciada a criação de uma companhia aérea para realizar vôos entre as duas capitais pelo presidente argelino Abdelmadjid Tebboune na entrevista coletiva. Maduro aproveitou pela elogiar a posição firme do Argélia na “defesa dos direitos do povo saharaui”, uma referência pela independência do Saara Ocidental dominado pelo Marrocos com o apoio espanhol, a questão da Palestina e destacou a necessidade de eleições na Líbia.

Em seguida, no sábado, dia 11 de junho, o Chefe de Estado venezuelano chegou à capital do Irã, Teerã para se reunir tanto com o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, e com o líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, uma grande honra do Estado Iraniano que o presidente Lula recebeu. Maduro já tinha recebido esta honra em 2015 na primeira visita ao estado persa.

Esta visita confirmou as relações estreitas entre os dois estados visto que foi assinado um acordo de cooperação de 20 anos nos âmbitos político, econômico, turístico, petroleiro e petroquímico entre outros. No anúncio da assinatura do acordo, Maduro citou o apoio iraniano para ampliação das áreas cultiváveis na Venezuela e o Banco de Desenvolvimento Irã-Venezuela. Os mandatários aproveitaram também para assistir o lançamento de um navio petroleiro construído no Irã para ser entregue a Caracas.

O Xá Ali Khamenei ressaltou que a resistência é a forma de lidar com a pressão dos Estados Unidos da América e que o sucesso do Irã e a Venezuela foi de “resistir e resistir”. Em um comunicado publicado no seu site oficial salientou-se que “a República Islâmica do Irã mostra que assume riscos em tempos de perigo e pega as mãos de seus amigos”

O giro internacional de Maduro progrediu em direção ao sol nascente. Em 13 de julho. visitou o Kuwait pela primeira vez. Um dos primeiros compromissos foi a reunião com o Príncipe-Herdeiro, Salah al Jaled. Na saída do encontro, o regente sul-americano destacou uma medida que confirmava uns dos objetivos da comitiva, a criação de uma comissão mista para o fortalecimento da Opep, e da Opep+ e o convite para investimentos kuwaitianos no país caribenho.

Dia 13 de junho, ele parou na futura sede da Copa do Mundo deste ano, o Catar e no dia seguinte se reuniu com o emir, chefe de estado e monarca do estado árabe, Tamm bin Hamad al Thani.. Esta é a terceira visita oficial o país que se retirou da Opep em 2019 sendo o maior exportador de gás liquefeito e com a terceira maior reserva de gás natural. Foi anunciada a abertura de uma linha aérea entre os dois estados somando as anunciadas com Argel, capital da Argélia e Teerã, Capital do Irã.

O último país visitado foi o Azerbaijão às margens do Mar Cáspio, o maior lago de águas salgadas do Mundo. Foi a terceira visita ao estado caucasiano realizada por Maduro como Chefe de Estado.

Devido a constatação que alguns componentes da comitiva testaram positivos para a Covid, as reuniões foram virtuais. Tal fato não impediu que o presidente Nicolas Maduro realizasse as homenagens habituais que os chefes de estados cumprem em visita oficiais ao estado azeri como a ida a Avenida dos Mártires e colocação da coroa de flores no monumento à Heydar Aliyev, mandatário do país de 1993 à 2003 e pai do presidente atual Ilham Aliyev.

Os temas da reunião entre os dois chefes de estado foram a necessidade da ampliação da cooperação ente os países, o fortalecimento da Opep+, uma aliança da Opep com outros dez grandes produtores entre eles a Rússia, o México e o próprio Azerbaijão, e o apoio venezuelano a integridade territorial do Azerbaijão e a extensão por mais um ano do presidente Aliyev como Secretário-Geral do Movimento dos Países Não Alinhados, fórum internacional de 120 estados que surgiu em 1955.

Nas suas postagens no Twitter, ilustradas por fotos dos locais visitados, o mandatário venezuelano tem citado a importância das visitas e as possibilidades de desenvolvimento sociais e econômicos para o povo venezuelano advindos delas

Em todas as visitas Nicolas Maduro ressaltou como foi necessário estabelecer uma economia de guerra contra as sanções ilegais contra o povo venezuelano e necessidade de fortalecer um sistema internacional multipolar, um claro posicionamento anti-imperialista.

Não há dúvida que ele se aproveitou do enfraquecimento do imperialismo, desgastado pelo esforço de enviar armas e mercenários para Ucrânia de tentativa de desestabilizar o governo de Putin.

A visita a cinco estados exportadores de gás natural e petróleo, três pertencentes a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), assim como a própria Venezuela, indica o esforço de articular uma ação conjunta em um momento que os estados imperialistas e aliados escolheram abrir mão da produção russa como forma de pressionar o Putin, mas continuam precisando suprir suas necessidades energéticas.

O exemplo da Venezuela mostra a importância de garantir a soberania nacional sobre o petróleo. Um caminho estabelecido em 1976 quando foi criada a Petróleos de Venezuela (PDVSA), a empresa estatal Venezuela e reafirmado em maio de 2007 quando presidente Hugo Chávez nacionalizou a faixa petrolífera do Orinoco.

O controle venezuelano sobre esta “comodity” fundamental para a sociedade contemporânea força o imperialismo a procurar um acordo de fornecimento com Maduro, ainda que não reconheça a sua vitória nas eleições de 2018 e o acusa, de maneira farsesca através do departamento de justiça estadunidense em março de 2020, “narcoterrorismo”, narcotráfico e porte de armas, entre outros.

Assim no dia 8 de março deste ano, uma comitiva estadunidense foi a Caracas. O porta voz da Casa Branca Jens Esaki na época declarou que “o propósito da viagem dos funcionários do governo americano foi discutir uma variedade de temas que incluem certamente energia, segurança energética”.

Em maio, o governo estadunidense autorizou que a empresa Chevron negocie os termos para renovar a sua licença de produção na Venezuela, ainda que só para venda no mercado local. Em junho foi anunciado que as empresas petrolíferas italiana Eni e espanhola Repsol estavam autorizadas por Washington a exportar o petróleo venezuelano para a Europa sem correr o risco de penalização. Mais concessões devem ser anunciadas nas próximas semanas porque o preço do petróleo continua subindo nas bolsas internacionais.

A tragédia desta situação é que o imperialismo impedindo que o fantoche ucraniano realize um acordo com o Presidente Russo e obrigando que o povo ucraniano continue sofrendo com os bombardeios e destruição das suas cidades e servindo de escudos humanos para as milicias neonazistas.

Todavia um outro ponto deve ser destacado para o povo brasileiro e em especial para a classe trabalhadora. A importância que a Petrobras continue sobre o controle nacional para garantir o seu papel de indutora do desenvolvimento socioeconômico brasileiro. A luta para garantir deve inclusive procurar reduzir ou até eliminar a participação acionária de estrangeiros de modo a incrementar sua liberdade de ação sem depender dos “humores” do mercado financeiro. Ainda mais no momento que Bolsonaro faz um jogo de cena com objetivo eleitoral depois de três anos e meio de aumentos dos combustíveis atrelados à moeda estadunidense. Para esta luta somente a vitória de Lula interessa.

https://www.causaoperaria.org.br/artigo ... venezuela/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Europa

Mensagem por Chapolin Gremista » 22 Jun 2022, 22:40

Crise do imperialismo
Macron perde maioria absoluta legislativa; extrema-direita avança
Eleições para o legislativo do país foram marcada por um índice altíssimo de abstenções, bem como um domínio por parte da extrema-direita de Le Pen

ImagemDerrota gigantesca de Macron e avanço da extrema-direita expuseram a completa crise do imperialismo, que está se mostrando totalmente incapaz de controlar a situação à nível internacional – Foto: Reprodução

As eleições para o legislativo francês expuseram a crise pela qual passa o imperialismo: o partido do principal representante da burguesia, o partido do presidente Emmanuel Macron, perdeu a maioria que tinha no parlamento. Dos 577 deputados do parlamento francês, a coalizão presidencial, chamada de Juntos!, não conseguiu os 289 deputados necessários para formar maioria.

Enquanto isso, o NUPES – que é a coalizão de esquerda da qual o Mélenchon faz parte – teve entre 150 e 200 deputados; e a extrema-direita teve o crescimento percentual mais elevado, alcançando 89 assentos: antes destas eleições legislativas, o Reunião Nacional não tinha alcançado sequer 15 deputados, que é o número mínimo necessário para formar um grupo parlamentar.

Com as eleições legislativas, o partido que representa mais fundamentalmente o imperialismo se enfraqueceu e deu lugar a uma gigantesca escalada da extrema-direita, fenômeno que indica que o imperialismo já não consegue mais controlar a situação. A esquerda se mostrou incapaz de captar o descontentamento popular contra o governo Macron, que afluiu para a extrema-direita.

O descontentamento com o regime político de conjunto e, portanto, com a esquerda que se identifica com ele, foi demonstrado também pelo alto índice de abstenções, de modo que, no primeiro turno das eleições legislativas, obteve-se mais de 50% de pessoas que não foram votar.

O fato de o Nova União Popular, Ecológica e Social (NUPES) não estar captando a indignação popular e estar, efetivamente, jogando a classe operária nos braços da extrema-direita, revela o completo fracasso da política de frente ampla e quais são os resultados quando a esquerda decide se tornar porta-voz do regime político decrépito e odiado pelo povo.

A derrota de Macron nas eleições legislativas, bem como a quase derrota nas eleições presidenciais para a fascista Marine Le Pen – e ele só não perdeu por conta do “voto útil” de muitos setores da esquerda, que se colocaram à reboque do imperialismo sob a justificativa de “combater o fascismo” – também indicam a falência da política neoliberal.

A frente ampla com os setores inimigos do povo serve apenas para, aos olhos da classe operária, identificar a esquerda com o regime político, com suas instituições e com a direita imperialista. Tudo isso compõe o cenário perfeito para o crescimento da extrema-direita, que se torna o verdadeiro para-raios da indignação do povo, que é cada vez mais crescente.

A esquerda deve se apoiar na mobilização da classe operária contra o regime político e contra toda a direita, ao invés de levar à frente esta política falida da frente ampla, que consiste em se aliar aos inimigos do povo com a suposta justificativa de combater o fascismo. O apoio à direita neoliberal não representa uma derrota do fascismo, mas sim uma capitulação ao imperialismo e, na prática, significa rifar as lutas dos oprimidos em favor de cargos e interesses pessoais e pequeno-burgueses.

No fim das contas, quando a esquerda se alia aos seus inimigos de classe, o que ela está fazendo é fortalecer a extrema-direita, ao contribuir para, erroneamente, formar na consciência das massas a ideia de que seria o fascismo a única corrente política verdadeiramente antidemocrática.

A esquerda deve ser a corrente política que guiará a classe operária para derrotar toda a direita, não só o fascismo, como também a direita tradicional. A classe operária deve, através de sua própria mobilização, unir-se não com seus inimigos de classe, mas consigo mesma, com a classe operária de todos os outros países, e, na unidade, atuar contra o sistema capitalista, contra a direita, contra a OTAN e contra o imperialismo.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/i ... ta-avanca/
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Mundo

Mensagem por Chapolin Gremista » 22 Jun 2022, 22:44

Temendo pelo óbvio
O Ministério da Defesa de Taiwan denuncia invasão
Ministério da Defesa de Taiwan diz que 29 aviões de combate do PLA entraram na zona de defesa aérea

ImagemBandeira de Taiwan hasteada pela marinha – Reprodução

Azona de identificação de defesa aérea de Taiwan incluía 29 aeronaves militares do Exército Popular de Libertação da China (PLA), segundo dados do site do departamento de defesa da ilha.
Assim, oito caças multiuso Shenyang J-16, cinco caças Shenyang J-11, quatro Su-30, Shaanxi Y-9 e Shaanxi Y-8 de guerra eletrônica e aeronaves de inteligência eletrônica e outros participaram da operação.

De acordo com as informações recebidas, Taiwan enviou uma patrulha aérea para monitorar a situação e implantou sistemas de mísseis antiaéreos.

A RPC realiza regularmente exercícios e patrulhas na área do Estreito de Taiwan no contexto de relações agravadas com os Estados Unidos, inclusive por causa da questão de Taiwan. O Ministério das Relações Exteriores da China o chamou repetidamente de o mais sensível nas relações entre Washington e Pequim.
Mais cedo, o ministro da Defesa de Taiwan, Qiu Guozheng, disse que, no caso de um confronto com a China, não importa quem vença, o conflito terminará em tragédia para ambos os lados. Segundo ele, “ninguém quer guerra”.
As relações oficiais entre o governo central da RPC e Taiwan se romperam em 1949, depois que as forças derrotadas do Kuomintang lideradas por Chiang Kai-shek se mudaram para a ilha em 1949.

Os contatos comerciais e informais entre a ilha e a China continental foram retomados no final da década de 1980. Desde o início da década de 1990, as partes começaram a entrar em contato por meio de organizações não-governamentais – a Associação de Pequim para o Desenvolvimento das Relações no Estreito de Taiwan e a Fundação de Intercâmbio do Estreito de Taipei.
Pequim não reconhece a soberania de Taiwan e tem inveja dos contatos de outros países com Taiwan, insistindo em uma “política de uma só China”. Isso implica que a ilha é parte integrante do território chinês, e as autoridades da RPC são o único governo legítimo.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/i ... a-invasao/
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Conflito Israel-Palestina

Mensagem por Chapolin Gremista » 22 Jun 2022, 22:55

Povo eleito para a Ditadura
Israel: ditadura aberta contra judeus e árabes
O povo que foi eleito para governar deixou a religião de lado, para organizar a ditadura mundial a partir da limpeza étnica

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A verdadeira bandeira de Israel – Latuff/Mondoweiss

Chorume é um líquido que resulta da decomposição de matérias orgânicas. Trata-se de um elemento fétido, resultado de diversas combinações de materiais percolados, lixiviados. Metaforicamente Israel é o mesmo, um Estado apodrecido, nauseante pelo odor de morte e da combinação de tudo que há de mais podre no imperialismo.

Vamos apresentar três fatos que ocorreram recentemente, que explicam porque Israel é o chorume do imperialismo, que se enquadram em três princípios elementares do sionismo: o Apartheid; o Genocídio e a Ditadura, o ápice dos desejos de Hezrl, o ideólogo dessa distorção da humanidade, que é o regime sionista.

Imagem
Durante a segunda Cruzada, Mounkidh, um cronista sírio escreveu sobre os pré-sionistas (cruzados judaico-cristãos, templários entre outros):

“Glorioso seja Alá, o criador e autor de todas as coisas! Qualquer um que tenha tido conhecimento do que diz respeito aos franj (Cruzados ou pré-sionistas) apenas pode glorificar e santificar Alá, o Todo-Poderoso, pois neles se veem animais que são superiores em coragem e fervor para lutar, e em nada mais, assim como bestas são superiores em força e agressividade”. (Osama Ibn Mounkidh)
Israel é a materialização de todo o desejo daqueles que se consideram o “povo eleito”, alcunha que além de demonstração de arrogância e de imperialismo, sendo claramente um ‘sacerdócio’ político. Trata-se de um Estado que não se emancipou da religião judaica, pois não é conveniente ao poder, já que o “povo eleito” precisa de escudos como “holocausto”, “antissemitismo” e defesa contra a “jihad”. Vejamos Marx:

“A questão da relação entre emancipação política e religião torna-se para nós o problema da relação entre emancipação política e emancipação humana. Criticamos as imperfeições religiosas do Estado político por meio da crítica do Estado político na sua construção secular, sem prestar atenção às suas deficiências religiosas. Exprimimos em termos humanos a contradição entre o Estado e uma religião determinada, por exemplo o judaísmo, revelando a contradição entre o Estado e elementos seculares particulares, entre o Estado e a religião em geral, entre o Estado e os seus pressupostos gerais“Numa aliança das mais grotescas, Israel formou o consenso em torno de uma frente amplíssima que levou o “fraco”, na visão do imperialismo, Naftali Bennett à Primeiro-Ministro ao governo e, rapidamente, à renúncia.

Na visão do imperialismo, Bennet permitiu pressão árabe junto ao governo. Quem poderá ocupar o cargo é o ministro das Relações Exteriores Yair Lapid, homem forte que tem levado adiante as relações com os Estados Unidos, e um dos maiores aliados do regime dos batalhões nazistas, o também Estado artificial da Ucrânia. Na visão de Kiryat HaMemshala/Knesset/Washington, Bennett não tem tido força suficiente para aplicar as duas demandas internas: Apartheid e Genocídio.

Antes de entregar o cargo de Primeiro-Ministro, Benjamin Netanyahu promoveu a maior ofensiva Faixa de Gaza, de maio de 2021, o bloco dominante de extrema-direita da colônia dos EUA, visava justificar sua permanência com a maior ofensiva genocida desde 2014. Em meio à acusações de corrupção, e com o fortalecimento do Hamas durante a jornada, Netanyahu não resistiu à política de frente ampla.

A ofensiva contra os árabes em 2021 durante o Ramadã demarcou uma nova fase do Apartheid, pois foi recebida pelo império como a última etapa da limpeza étnica. A brutalidade com que Israel atacou a Faixa de Gaza, ao mesmo tempo revelou a força das forças de oposição à Israel, como o Hamas. Contudo, mais um ato discricionário, para além de suas fronteiras formais, congressistas da Bancada de Abraão visa orquestrar a criação do “Ato de Dissuasão das Forças Inimigas e Habilitação de Defesas Nacionais“, que a expensas de se prevenir das forças de oposição no Oriente Médio, está organizando o maior aparato militar jamais visto na região.

ImagemPatrola genocida e limpeza étnica

A tentativa de eliminação do povo árabe com a ajuda de títeres

Forças internas do Hamas, o Hezbollah e, principalmente o Irã, que deixou claro que fornecerá uma resposta adequada às agressões israelenses e afirmou que a segurança de seus cidadãos é uma linha vermelha para o governo: “A linha vermelha da República Islâmica é a segurança de seus cidadãos e, para alcançar esse objetivo, o Irã tomará todas as medidas retaliatórias necessárias para responder às ações hostis do regime sionista”, disse o porta-voz persa Ali Bahadori Yahromi, na segunda-feira, 20.

Yahromi ressaltou que a natureza do regime de apartheid e ilegítimo de Tel Aviv está enraizada no terrorismo, na crueldade e na violação dos direitos de outros países. A rivalidade contra o chorume sionista se aprofundou também, por conta de um ataque terrorista na capital iraniana, Teerã, onde Hasan Sayad Jodayi, coronel da Força Quds, do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica (IRGC), foi morto, em 22 de maio. Os autores do ataque, dois homens armados em uma motocicleta, fugiram. Sabe-se que estavam a mando de Israel, conforme informações da VEVAK.

Neste contexto, o presidente iraniano, Seyed Ebrahim Raisi, prometeu a vingança “definitiva” pelo sangue derramado de Jodayi e garantiu que a arrogância mundial está envolvida neste assassinato. Da mesma forma, o major-general Hosein Salami, comandante-em-chefe do IRGC do Irã, prometeu que o Corpo de Guardiões dará uma “resposta dura” aos envolvidos nesse crime e fará com que “os adversários” do país “se arrependam”. “Nenhum ato maligno do inimigo ficará sem resposta e congelaremos o inimigo em seus desejos”, advertiu.

As condições criadas a partir de 2021 impõe ao próprio povo, a dissolução rápida do parlamento e a imposição de um governo forte por tempo indeterminado. Essas são as condições mais favoráveis com que os sionistas gostam de realizar o grande jogo do “povo eleito”. Todas as condições de apropriação de território com violência, torturas, utilizando-se da religião para organizar um Estado artificial, em pleno Oriente Médio, é a materialização dos propósitos do imperialismo na escala de Israel, território sem paralelo no mundo, dadas as condições de sua formação social, constituída por uma casta entre os judeus, que pretende se escudar em passado recente para impor toda sua cultura, ideologia e modo de vida, por intermédio de sua imprensa planetária.

Como revolver terra com chorume? Transformando em composteira?

Todo apoio ao Irã, ao Hezbollah e Hamas!

https://www.causaoperaria.org.br/rede/i ... -e-arabes/
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Europa

Mensagem por Chapolin Gremista » 23 Jun 2022, 13:52

Bloqueio a Kaliningrado
OTAN provoca novamente a Rússia, desta vez usando a Lituânia
País do Mar Báltico diz estar apenas cumprindo determinações ao proibir o trânsito de mercadorias sancionadas. Governo russo fala em agressão sem precedentes


Imagem

_Rafael Dantas, de Moscou

Enquanto a cidade de Donetsk, no Donbass, está sendo bombardeada diariamente pelas forças ucranianas, outra batalha se desenvolve a mais de 1.400 quilômetros ao Norte. Uma guerra comercial com alto potencial explosivo se desenrola entre a Lituânia e a Rússia.

Extensão das sanções

A companhia estatal de linhas de ferro da Lituânia, país-membro da OTAN, notificou no último dia 18 sua homóloga na região russa de Kaliningrado de que proibiria o trânsito de mercadorias como cimento, ferro e madeira, incluídas nas sanções impostas pela União Europeia contra a Rússia. Carvão e outros combustíveis são os próximos da lista, com sanções ao seu transporte previstas para agosto.

A companhia estatal de linhas de ferro da Lituânia, país-membro da OTAN, notificou no último dia 18 sua homóloga na região russa de Kaliningrado de que proibiria o trânsito de mercadorias como cimento, ferro e madeira, incluídas nas sanções impostas pela União Europeia contra a Rússia. Carvão e outros combustíveis são os próximos da lista, com sanções ao seu transporte previstas para agosto.

O território de Kaliningrado é um enclave russo, sede de sua frota no Mar Báltico. Para alcançá-lo por terra, Moscou precisa enviar seus recursos através da Bielorrússia e da Lituânia. O bloqueio diminuirá pela metade a variedade de mercadorias que podem transitar pelas linhas de ferro lituanas e fará cair até quatro vezes o seu volume bruto. Forçaria a Rússia a fazer com que o envio de mercadorias importantes fosse feito pelo mar, a partir do Golfo da Finlândia, aumentando significativamente os custos.

A marinha mercante que opera no Báltico a partir de São Petersburgo já afirmou que está pronta para conduzir o comércio por mar enquanto o bloqueio durar. O embargo levará ao estrangulamento econômico de Kaliningrado. O trânsito de pessoas e mercadorias não-sancionadas continua normal.

Comportamento agressivo

“Eles [a Lituânia] agem de modo agressivo. Eles saíram dos limites das linhas hostis, ultrapassaram mesmo os limites da conduta contrária ao direito internacional. Eles se comportam [de maneira] agressiva e hostil”, disse Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, em um programa na TV russa.

O quinto pacote de sanções europeias contra a Rússia foi introduzido em abril de 2022. Ele estava dirigido justamente a prejudicar o transporte de cargas, mas Kaliningrado era uma exceção. Acordos haviam sido assinados em 2004, garantindo a entrada da Lituânia na União Europeia na medida que não interferisse no trânsito de mercadorias para o enclave russo no Báltico.

“Espero que os representantes da Lituânia ainda tenham algum profissionalismo remanescente na avaliação da situação […] Eles devem entender as consequências – e as consequências, infelizmente, virão”, afirmou Zakharova (RIA Novosti, 21/6/2022).

O Ministério das Relações Estrangeiras da Rússia se manifestou exigindo que as autoridades lituanas suspendam imediatamente as restrições classificadas por ele como “abertamente hostis”. O embaixador russo na União Europeia foi chamado a Moscou nesta terça-feira (21) para discutir as medidas a serem tomadas.

Reação russa

“A Lituânia bloqueou Kaliningrado por terra e, nós, com o apoio da Bielorrússia, podemos responder na mesma moeda. Mais ainda, todo o Bálitco sofrerá, portos locais serão tornados completamente inúteis”, explicou à agência de notícias russa RIA Novosti o editor da revista Arsenal da Pátria, Alexei Leonkov.

Segundo a mesma agência, um economista, Leonid Khazanov, propõe que ao bloqueio de transportes pode ser acrescentado o bloqueio energético. “Há um terminal de processamento de gás liquefeito em Kaipeda. Sua capacidade é de quatro bilhões de metros cúbicos. Se a Rússia parar de vender o combustível azul aos lituanos, não somente esta empresa, mas toda a indústria local dependente dela seria paralisada sem dispararmos um tiro”, disse.

Especialistas ouvidos pela imprensa russa, no entanto, se dividem entre os que acreditam que a rusga sobre o transporte de mercadorias russas não levará a uma ação militar em breve, e os que consideram que as negociações, sanções e contrassanções de ambas as partes não levarão a nada, já que a Lituânia se declarou capaz de passar sem o gás russo em abril.

Analistas em diplomacia e relações internacionais ainda depositam esperanças em que as contradições internas do bloco europeu apresentem oportunidades de negociação que possam apaziguar a situação.

Segundo algumas avaliações, uma saída negociada só poderia se dar contornando o governo da Lituânia, que já deixou claro que apenas cumpre o papel de pára-choques dos interesses da União Europeia. “Esta não é uma decisão da Lituânia”, disse o ministro das Relações Exteriores do País, Gabrielius Landsbergis. “Estas são sanções europeias que entraram em vigor no dia 17 de junho, e as ferrovias estão agora aplicando as sanções” (Southfront, 21/6/2022).

O governo russo deixou claro, por meio do porta-voz presidencial Dimitri Peskov, que considera ilegal a decisão das autoridades lituanas.

O ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, afirmou que “se o trânsito de mercadorias entre Kaliningrado e o resto do território da Federação Russa por meio da Lituânia não for completamente restabelecido em breve, então a Rússia se reservará o direito de tomar medidas em defesa de seus interesses nacionais” (‘Lituânia está ilegalmente bloqueando Kaliningrado’, InfoBrics, 21/6/2022)

O chefe do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, afirmou nesta terça-feira (21) que haveriam “sérias consequências” para os lituanos “no futuro próximo” (The Guardian, 21/6/2022).

Uma saída militar não está descartada

Considerando o conflito armado em andamento no Donbass há oito anos, desde o golpe da Praça Maidan na Ucrânia, para muitos observadores internacionais uma solução negociada parece ser apenas uma etapa no aumento das tensões militares já em andamento.

Andrei Klimov, chefe do Conselho da Comissão para a Proteção da Soberania da Federação Russa, afirmou que a União Europeia precisa corrigir a situação do bloqueio de Kaliningrado. De acordo com ele, a OTAN está começando a bloquear a Rússia usando as mãos da Lituânia. “Isto é uma agressão direta, forçando o recurso à autodefesa” (20/6/2022).

O editor do canal do Telegram, Intel Slava Z, agregador de notícias especializado em conflitos militares, geopolítica e no noticiário internacional, afirma que a esta altura os tratados são inúteis. “Tudo aquilo que cuja violação gera benefícios [para a União Europeia] será violado. Não faz sentido apegar-se a papéis neste momento”.

“A ruptura deste bloqueio pela força e a solução do problema do ‘corredor polonês’ significa, primeiro, uma guerra convencional e, então, nuclear, com a OTAN. Daí que se fale cada vez mais sobre a ‘capacidade de armas nucleares de dissuasão’ [tradução livre para ”nuclear deterrence”] de modo a tentar manter este cenário dentro dos limites de uma guerra convencional”.

Atualização: Vilnius pode apelar à OTAN por tropas e armas

A agência RIA Novosti informa que o diplomata e ex-secretário de Relações Exteriores lituano, Albinas Januszka, declarou em suas redes sociais face ao conflito que

“É válido tirar vantagem da ‘crise do trânsito [de mercadorias em] Kaliningrado’ para provar à OTAN de que não precisamos sequer de uma brigada, mas pelo menos uma divisão, além de defesas aéreas antimísseis significativa. Nossos políticos (ministros) da defesa têm falado disso mais de uma vez. E eles precisam estar localizados fisicamente na Lituânia porque … de acordo com o artigo quinto da OTAN, a OTAN inteira deve defender a Lituânia, e não apenas uma brigada na Alemanha …. a Lituânia, queira ou não, recebeu os argumentos, então vamos usá-los”

A crise no país do Báltico pode, como se vê, facilmente ser usada para intensificar o cerco militar à Rússia com o deslocamento de tropas e armas para a fronteira com a Bielorrússia, aumentando a tensão em uma clara preparação para uma guerra.

Para muitos especialistas militares, são movimentações que colocam o planeta mais próximo da Terceira Guerra Mundial.

Veremos.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 23 Jun 2022, 14:07

População radicalizada
Morre manifestante indígena durante protestos no Equador
Equador enfrenta grande onda de protestos e governo direitista reprime população com brutalidade

ImagemEquatorianos saem às ruas contra o governo – Reprodução

–Brasil 247 – Um manifestante indígena foi morto pelas forças de segurança pública do Equador nesta terça-feira (21), durante os protestos contra o preço dos combustíveis no país, que já duram nove dias. A informação é da Carta Capital, via AFP.

Esta foi a segunda vítima fatal desde o início das manifestações. Vale lembrar que o presidente conservador Guillermo Lasso decretou estado de emergência nas províncias de Chimborazo, Tungurahua, Cotopaxi, Pichincha, Pastaza e Imbabura ainda ontem. Tal medida concede a Lasso o direito de suspender os direitos dos cidadãos e utilizar a violência das Forças Armadas para reprimir protestos.

Para aceitar conversar com o chefe do executivo equatoriano, a Confederação de Nacionalidades Indígenas (Conaie), que convocou as manifestações, exige que tal estado de exceção seja revogado. Nas redes sociais, o líder da Conaie, Leónidas Iza, pediu a “redução das ações repressivas” e afirmou que a atitude do presidente “apenas conseguiu exacerbar os ânimos da população e gerar graves escaladas do conflito.”

A primeira morte havia ocorrido na segunda-feira (20), quando um jovem caiu de um barranco durante a manifestação e veio a óbito. O Ministério Público do país abriu investigações para averiguar se o caso se trata de um homicídio.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 23 Jun 2022, 14:14

Luta anti-imperialista
China é tema de pós-graduação no Brasil
Setor educacional privado cede à ascensão de novos atores globais e cria pós-graduação especializada em China Contemporânea

ImagemPanorama da região chinesa de Hong Kong – Wang Shen/Xinhua

China Rádio International

Por Hélio de Mendonça Rocha

Universidade brasileira está em seu primeiro semestre de estudos para formação de especialistas em “China Contemporânea”, como foi nomeado o curso.

Com a mudança cada vez mais acentuada das relações políticas e econômicas internacionais, num cenário global tendente ao multilateralismo, esforços têm sido feitos por empresas, governos e pesquisadores para melhor compreensão dos novos protagonistas da geopolítica. Os chamados emergentes, entre eles Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o grupo Brics (S para South Africa, África do Sul em inglês), passam, inclusive, a considerar a inclusão de novos países ao bloco, como a Argentina.

Entretanto, carece ainda o entendimento de quem são esses países, não apenas diante dos números econômicos, mas também dos aspectos políticos e culturais que os organizam como povo e instituições ocupantes de um determinado território. Para entender melhor a China, que é um dos líderes desse processo de emergência de novas sociedades e culturas representadas pelos Estados emergentes, um novo curso de pós-graduação foi aberto no Brasil, neste primeiro semestre de 2022, pela universidade PUC-Minas, oferecendo especialização em China Contemporânea.

A China Radio International (CRI) conversou com o diretor do curso, o professor Javier Vadell, doutor em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

CRI: Qual o objetivo geral do curso e como ele pretende qualificar as pessoas para o entendimento sobre o que é a China e como são as relações com o país?

Vadell: O objetivo é apresentar a um público diverso algumas características essenciais de política, economia, negócios, cultura e organização social da China contemporânea. Fornecer uma visão completa e aprofundada nesses aspectos, para o futuro especialista, numa dinâmica crítica e reflexiva, para tirar preconceitos que o público tem em relação à China. A ideia é preparar o profissional para compreender a relação com uma cultura diferente, com um processo de formação de civilização com cinco mil anos, que é próprio e diferente do ocidental. Temos uma página só para explicar o curso, onde está tudo mais bem detalhado.[1]

CRI: Que importância o senhor atribui a esta formação, no momento histórico que vivemos?

Vadell: Isso, logicamente, tem impacto na relação com esse país, que desde 2009 é o principal parceiro comercial do Brasil. Também é preciso apresentar aos profissionais os impactos globais da ascensão chinesa em diferentes esferas, como tecnológica, cultural e comercial. Além disso, é preciso alicerçar as análises de cenário, para que as pessoas saibam o que acontece na China, que hoje é um centro como a Europa ou os Estados Unidos. O que acontece lá, tem implicações na economia global. O cenário cultural, social e político que envolve a China tem repercussão mundial, e por isso é necessário entendê-lo e acompanhá-lo.

CRI: Que profissões precisam mais deste conhecimento?

Vadell: O profissional tem que ter conhecimento, independentemente das áreas. Acadêmico, comércio exterior, comunicação, empresas com ligação direta ou indireta com a China. A primeira turma que nós recebemos, neste semestre, tem estudantes formados em diversas áreas. Advogados, empresários, acadêmicos. Em comum, percebe-se a necessidade de enfrentar a desinformação que ainda existe sobre a China, o que gera ainda muitos preconceitos. A única forma de combater isso é com conhecimento, produção de conhecimento.

CRI: O estudo do mandarim abre portas para o mercado de trabalho?

Vadell: Claro. Assim como saber inglês abre portas, a partir de agora, todo o conhecimento sobre a China abre portas, e o conhecimento do mandarim é essencial. No nosso curso, não abordamos o mandarim, mas vamos desde a história da China até o cenário de negócios do país. É possível ter uma abordagem profunda e livre de preconceitos.

CRI: O senhor acredita que o cenário multipolar está mais próximo? Ou pode acontecer um arrefecimento das economias emergentes, como ocorreu com os demais emergentes asiáticos nos anos 1990?

Vadell: É um cenário completamente diferente. O crescimento econômico de Japão e Coreia do Sul até os anos 1990 foi atrelado à economia ocidental, no processo após a Guerra Fria que chamavam de “globalização”. O mundo já é outro e o protagonismo do Brics representa uma mudança mais ampla na geopolítica, pois são crescimentos autônomos política, cultural e socialmente.

CRI: Qual o papel da crise na Europa para essa transformação?

Vadell: O problema recente entre a Rússia e a Ucrânia acelerou esse processo, que já era inevitável. Países da periferia vieram ao centro, e não se pode falar em dependência, quando se fala de países como a Índia e a China, com uma população cinco vezes maior que a dos Estados Unidos, grande parte produzindo e consumindo. É mais complexo do que dizer “multipolar”. É um tipo novo de globalização, em que países além da China, como o Sudeste e o Centro asiático, também terão papel fundamental. E, nessa ordem em transição, a China virou uma referência.

[1] PUC-Minas: https://www.pucminas.br/Pos-Graduacao/I ... A2nea.aspx

https://portuguese.cri.cn/news/world/40 ... 65848.html

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Mensagem por E.R » 23 Jun 2022, 23:16

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Mensagem por E.R » 23 Jun 2022, 23:17

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Mensagem por Chapolin Gremista » 24 Jun 2022, 01:00

REFUGIADOS
Imperialismo desabrigou mais de 100 milhões de pessoas em 2022
Conflitos engendrados pelo imperialismo já produziram número recorde de refugiados neste ano

ImagemNúmero de refugiados já é o maior desde a segunda guerra mundial. – reprodução

Levantamento do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) revelou que cerca de 100 milhões de pessoas foram obrigadas a se deslocar de seus países ou cidades de origem em 2021.

Tratam-se de pessoas que foram obrigadas a se deslocar pelo globo tentando fugir da fome, da violência, da guerra e de toda sorte de infelicidades proporcionadas pelo imperialismo ,segundo o Banco Mundial existem hoje 23 países vivendo em meio a conflitos de média e alta intensidade.

O volume apurado é 8% maior do que o revelado em 2020 e mostra um crescimento de mais de 100% quando comparado ao ano de 2012,segundo o relatório “Tendências Globais” divulgado pelo Acnur. O relatório diz ainda que o quadro do primeiro semestre de 2022 é o da mais aterrorizante crise já vista desde a segunda guerra mundial.

Perto de 70% daquelas pessoas em situação de refugiados e deslocados no exterior vem de apenas cinco países:6,8 milhões da Síria, 4,6 milhões da Venezuela, 2,7 milhões do Afeganistão,2,4 milhões do Sudão do Sul e 1,2 milhões de Mianmar.

A amostra dos países de origem da maioria dos deslocados mostra o papel de agente protagonista do imperialismo nessa situação, todos eles sofrem consequência humanitárias por clara ação do imperialismo, em especial o norte americano.

A Venezuela por exemplo, por maior que seja o esforço do governo popular de Nicolás Maduro em prover a população, amarga as consequências do bloqueio econômico norte americano, no Afeganistão, os americanos que saíram fugidos do país após a retomada triunfante do Talibã, levaram consigo cerca de $ 9 bilhões de dólares e seguem impedindo que esse dinheiro, que deveria ser usado pelo governo do talibã para amenizar a crise econômica e humanitária no país causada pelas duas décadas de invasão norte americana , volte às mãos dos afegãos, deixando cerca de 55% da população afegã a beira da morte por falta de comida.

Até mesmo quando o assunto são os refugiados ucranianos, perto de sete milhões desde o início da invasão russa à Ucrânia, o deslocamento também entra na conta da ação imperialista, pois a investida russa não haveria razão de ser não fosse o golpe de estado arquitetado pelos americanos em 2014 na Ucrânia e seus desdobramentos ofensivos à Rússia.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 24 Jun 2022, 01:08

Bombardeando Donetsk
Tropas ucranianas usam projéteis de calibre da OTAN
Escritório de representação da DPR: APU disparou 13 projéteis de calibre 155 mm em Donetsk

Imagem
Pedaços de projéteis calibre 155m – Reprodução

RIA Novosti, tradução do DCO ─ Às 16h37, as tropas ucranianas dispararam contra o distrito de Kievsky, em Donetsk, disparando 13 projéteis do calibre “OTAN” de 155 mm, informou o escritório de representação da DPR nos relatórios do JCCC .
“O fogo foi registrado da AFU (formações armadas da Ucrânia ) na direção … da cidade de Donetsk (distrito de Kiev): 13 projéteis de calibre 155 mm foram disparados”, disse o canal Telegram do escritório de representação.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 24 Jun 2022, 22:51

40.000 trabalhadores
Crise: Reino Unido vê maior greve ferroviária em 30 anos
Enquanto Boris ataca a mobilização dos trabalhadores, a categoria promete trazer uma nova onda de paralisações e greves no Reino Unido

ImagemAo redor de todo o mundo, o movimento operário dá sinais de ascensão frente à crise imperialista – Foto: Reprodução

O Reino Unido amanheceu, nesta quarta-feira (21), com mais de 40.000 trabalhadores ferroviários em greve. Em Londres, capital da Inglaterra, quase todas as linhas deixaram de funcionar no centro da cidade. Dentre as reivindicações dos trabalhadores estão, principalmente, o aumento salarial e a melhoria das condições de trabalho.

A paralisação, que ocorreu depois de dezoito meses de negociações entre os principais sindicatos do Reino Unido e a empresa que gerencia a rede ferroviária, promete durar inicialmente três dias (quarta-feira, quinta-feira e sábado) e já é a maior greve do setor ferroviário que aconteceu nos últimos trinta anos.

Em reação à movimentação dos trabalhadores, o Primeiro-Ministro do Reino Unido e linha de frente do imperialismo, Boris Johnson, atacou a paralisação, afirmando que atrapalhará as empresas que tentam se recuperar após terem aumentado seus gastos no período pandêmico.

Em seu discurso, o líder do Partido Conservador disse que as greves “estão afastando os passageiros que apoiam os empregos dos trabalhadores ferroviários, ao mesmo tempo em que impactam empresas e comunidades em todo o país”.

O claro posicionamento de Boris Johnson, contrário aos trabalhadores, se apresenta transvestido de preocupação com os passageiros, como se estes também não fossem trabalhadores insatisfeitos com suas condições de trabalho em um sistema decadente. De acordo com os próprios sindicatos ferroviários, essa greve marca o começo de um “verão de paralisações e descontentamentos”, podendo envolver de ferroviários a professores, médicos, advogados e trabalhadores de coleta de lixo em todo o país.

O Reino Unido se tornar o berço de greves e outras mobilizações populares sinaliza de forma evidente o tamanho da crise do imperialismo. Como vimos no Donbass, os operários promoveram uma verdadeira revolução contra os nazistas, resistindo por anos ao golpe promovido na Ucrânia pelo imperialismo e resultando na maior derrota recente da OTAN, UE e EUA, sendo que os sindicatos agiram como se fossem quartéis para os revolucionários de Lugansk. O caso do Donbass ilustra o ressurgimento das organizações pelo mundo; seja na Europa ou na América Latina.

A greve dos ferroviários no Reino Unido acontece de forma simultânea à intensificação das bravatas imperialistas contra os russos, à medida que o novo chefe militar britânico defendeu “derrotar a Rússia em combate”. Quanto maior a crise, mais agressivas e desesperadas serão as medidas tomadas pelas potências imperialistas. A imprensa burguesa defender as reformas neoliberais no Brasil justificando serem “um remédio amargo, mas necessário” e uso de civis como escudo pelos nazistas e mercenários da Ucrânia são duas faces da mesma moeda: a crise desenfreada enfrentada pelo imperialismo.

Em uma analogia feita pelo companheiro Rui Costa Pimenta, o capitalismo age como um automóvel fabricado há quarenta anos. Ainda funciona, mas quebra o tempo inteiro, dando cada vez mais prejuízo em todos os aspectos e não apresenta nenhuma perspectiva de futuro. Uma sociedade sem classes é não só viável, como inevitável, e o avanço das greves promovidas pelos sindicatos no Reino Unido com a promessa de um verão repleto de paralisações demonstra a importância do movimento operário e escancara, ainda mais, as crises e dificuldades crescentes encontradas pelo imperialismo.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 24 Jun 2022, 22:59

Equador Conflagrado
Análise: o Bolsonaro que Joe Biden gosta
Governo direitista do banqueiro Gillermo Lasso enfrenta a realidade das ruas: população mobilizada!

ImagemPopulação encurrala polícia durante protesto – Reprodução

Para entender a atual situação do Equador é preciso fazer uma pequena retrospectiva de como Guillermo Lasso chegou à presidência.

O governo de Lenín Moreno quase foi derrubado pelas manifestações populares. Moreno foi o sucessor e traidor de Rafael Correa, além de ser o indivíduo que vendeu Julian Assange para o imperialismo. Correa teve que se exilou na Bélgica para não ser preso, pois no Equador a Justiça também participa dos golpes, como vem acontecendo em toda a América Latina.

De um governo mais nacionalista e com alguma política social, no caso de Correa, o Equador experimentou com Lenín Moreno o modelo neoliberal, o que fez o país se conflagrar. Nas eleições seguintes, o candidato de Rafael Correa, Andrés Araus quase venceu as eleições, perdeu para banqueiro Guillermo Lasso, hoje no poder, por margem muito pequena 52% a 48%.

Arauz foi um candidato extremamente moderado, na verdade escolhido pela burguesia e pelo imperialismo. Sua falta de enfrentamento e de polarização o condenou à derrota. Temos dito que a candidatura foi feita para ser derrotada. O nacionalismo burguês e a esquerda pequeno-burguesa se adaptam muito rapidamente ao golpe. Podemos comparar com o Brasil, onde assistimos políticos de esquerda sugerindo para se “virar a página do golpe”; ou mesmo os esforços de setores supostamente radicais, como PSOL e PCdoB trabalhando para formar uma frente ampla com direita golpista, batizada de ‘campo democrático’. Tudo em nome de se derrotar o fascismo.

Modus operandi

Uma vitória como a de Lasso não pode ser conquistada sem uma ampla campanha de ataques na grande imprensa contra seu principal oponente, bem como o controle de todo o aparato eleitoral controlado pela direita.

A esquerda, por sua vez, contribui ao apostar todas as suas fichas nas eleições. Em vez de se apoiar no povo, que tem inúmeros motivos para estar radicalizado, a esquerda age muito mais como um freio das tendências das massas.

No Brasil, o caso é semelhante, acordos são feitos por cima, as massas não estão mobilizadas adequadamente, o que é um grande perigo, apesar de Lula estar abrindo grande vantagem em relação ao segundo colocado. Neste momento são 19 pontos na dianteira. Mas isso não significa que as eleições estão ganhas.

Protestos populares

O que não faltam no Equador são motivos para a rebeldia popular. No prazo de um ano o preço do diesel subiu 90%; a gasolina 46%. Os trabalhadores rurais estão endividados com os bancos, é alto o índice de desemprego. Além do avanço de mineradoras, com concessões, para minerarem em terras indígenas.

A prova de que as coisas não andam nada bem para Guillermo Lasso, é que com pouco mais de um ano de mandato a sua popularidade é extremamente baixa, mais de 70% dos equatorianos reprovam o governo.

As recentes manifestações dos indígenas têm sido muito polarizadas e a truculência do governo só tem acirrado ainda mais os ânimos.

Prisão arbitrária

O governo de Lasso arranjou uma desculpa para fazer uma prisão em flagrante de Leonica Iza, líder da Confedereção das Nacionalidades Indígenas (Conaie). Não bastasse a ilegalidade, pois sequer havia uma ordem para sua prisão, Iza foi levado para interior, onde não poderia audiência. Assista ao vídeo, em inglês e espanhol, aos 1m24s. Neste dia 15 a justiça ordenou sua soltura.

A soltura de Iza se deve ao fato de ter aumentado a fúria da população, não esperemos justiça de quem prende uma pessoa e não permite que esta entre em contato com seus advogados ou familiares. O governo, antes da prisão, havia dito que prenderia ‘autores intelectuais e materiais de atos de vandalismo’ durante os protestos.

Violência estatal e mortes

Guilhermo Lasso já decretou dois estados de emergência. No dia 20, segunda-feira, Lasso revogou um estado de emergência decretado no dia 17, um pouco antes de a Assembleia Nacional fazê-lo, o que mostra uma cisão dentro do governo. No entanto, Guillermo Lasso tratou de decretar um novo estado de emergência com a validade de trinta dias. Esse decreto suspende os direitos de reunião e associação de pessoas. Para Virgílio Saquicela, presidente da Assembleia Nacional, o que se necessita é de diálogo como forma de arrefecer os ânimos e estabelecer um acordo.

A repressão já deixou três manifestantes mortos, além de quatro desaparecidos. Já se somam 11 dias de protestos muito intensos contra os aumentos dos preços dos alimentos, dos combustíveis, precariedade do sistema de saúde, privatizações de empresas etc.

Resposta das ruas

Os indígenas incendiaram uma delegacia e um banco, além de promoverem saques e ataques a instalações governamentais e privadas. Sois policiais se encontram em poder dos indígenas.

A Confederação de Nacionalidades indígenas, além de outras 53 entidades estão rebeladas porque não há meios diálogo com o governo.

Imagem
Manifestações massivas contra o governo neoliberal

O povo precisa manter a pressão nas ruas para derrubar esse presidente, um banqueiro colocado poder para levar adiante uma política neoliberal, que tem por único objetivo esmagar a população.

Embora já se ouçam vozes pedindo a volta de Rafael Correa, nada é mais forte que a mobilização popular. No Equador estamos presenciando isso que deve ser a ponta do iceberg, uma enorme descontentamento que se espalha por todo o continente.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/i ... den-gosta/
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Mundo

Mensagem por Chapolin Gremista » 24 Jun 2022, 23:03

Perseguição Política
Pequim critica hipocricisia de EUA e Inglaterra contra Assange
A China, que sempre é criticada pelo imperialismo por não respeitar os direitos humanos, deixa claro quem são os verdadeiros violadores

ImagemAssange – Foto: Reprodução

Oministro do exterior chinês, Wang Wenbin, falou nesta última segunda-feira (20), que o caso envolvendo o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, é um reflexo da hipocrisia em relação ao discurso de liberdade de expressão que tanto os EUA quanto o Reino Unido clamam defender.

Os chineses claramente sabem que os EUA, na realidade, apenas blefam quando o assunto é “democracia” ou “defesa dos direitos democráticos”. A declaração do ministro chinês só corrobora o quanto o imperialismo é nefasto e usa apenas de retórica em relação a conquistas sérias, tais como a liberdade de expressão e manifestação.

Antes, utilizam destas pautas como uma forma de atacar nações e países inteiros que supostamente desrespeitem esses direitos. Ao mesmo tempo em que, na realidade, os próprios países imperialistas desrespeitam o tempo inteiro, em escala mundial, esse tipo de preceito, como vimos no caso das invasões imperialistas no Oriente Médio, nos anos 2000, e agora com Assange.

Nessa última sexta-feira (17), conforme divulgado pela rede imperialista CNN, o próprio WikiLeaks havia salientado, em postagem, que Assange não cometeu crimes e não é nenhum criminoso, enfatizando que ele é apenas jornalista e editor e que está sendo pressionado por fazer seu trabalho. Ainda na declaração, a WikiLeaks afirma que quem ligar para o direito à liberdade de expressão deveria estar profundamente envergonhado pelo fato de que os órgãos britânicos aprovaram a extradição de Assange para os Estados Unidos.

Wang Wenbin ainda salientou a importância do site fundado por Assnage, o WikiLeaks, que foi responsável pela exposição de dezenas de crimes de guerra cometidos pelos EUA nas guerras, por exemplo, no Oriente Médio, como é o caso do Afeganistão e do Iraque.

O ministro chinês ainda revelou que o governo norte-americano tem, há mais de uma década, feito ataques e alegações contra Assange com diversas acusações, tais como abuso sexual, espionagem, abuso de dados computacionais, entre outros, sendo que o Reino Unido, em nenhum momento, hesitou em confirmar tais alegações e cooperar com o governo americano, acelerando os processos. Fato que demonstra a fidelidade britânica aos EUA, de como ambos países têm cooperado na repressão conjunta de certos indivíduos.

Sendo assim, para o ministro do exterior chinês, o caso Assange se configura como um reflexo, um espelho, da hipocrisia desses países citados. Para eles, EUA e Inglaterra, indivíduos que expõe os segredos de outras nações e países que não os deles, são heróis. Porém, aqueles que ousem expor os segredos de ambos os países e seus comparsas serão chamados de criminosos.

EUA e Inglaterra sempre acusam outros países de perseguição política por supressão das imprensas locais, por exemplo. Enquanto isso, tentam se defender suprimindo jornalistas e jornais de todo o mundo sob o pretexto farsesco de alguma lei.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/i ... a-assange/
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América Latina

Mensagem por Chapolin Gremista » 25 Jun 2022, 18:22

Tensão no Equador
Governo equatoriano joga exército contra manifestantes
Crescem os enfrentamentos no Equador, o país vem sofrendo pressão do neoliberalismo e população reage.

ImagemProtesto do povo equatoriano contra o governo direitista de Lasso. – Foto: Reprodução

Com o aumento da crise social promovida pelas políticas econômicas neoliberais, as quais só trazem arrocho, desemprego, violência e fome para os povos, manifestantes indígenas do Equador entraram em confronto com as forças de segurança de Quito, a capital equatoriana.

Nessa terça-feira (21), as Forças Armadas do país afirmaram que não permitirão protestos que atentem contra a “democracia” no Equador. Na segunda-feira (20), milhares de indígenas protestaram em passeata contra as políticas do presidente Guillerme Lasso, que vem criando obstáculos para atender os dez pedidos feitos pelos povos indígenas. Aumento do orçamento para saúde e educação, redução dos preços dos combustíveis, limite da expansão petrolífera e ampliação do prazo para pagamento de dívidas estão na relação dos pedidos.

Na passeata, alguns manifestantes jogaram paus nos policiais e entraram em confronto com eles, que os atacaram com gás lacrimogêneo e munições não letais. Em comunicado à imprensa, o ministro da Defesa, Luís Lara, implicitamente prometeu intensificar ainda mais a violência contra os justos protestos do povo. “As Forças Armadas não permitirão que se tente romper a ordem constitucional ou qualquer ação contra a democracia e as leis da República. Convocamos os equatorianos à unidade nacional”, disse Lara.

Não existe unidade nacional em torno da política econômica imperialista. Existe, sim, uma polarização que os governos e seus meios de comunicação hegemônicos querem esconder e faltar com a verdade, mentir. O povo está sendo sufocado. Esses enfrentamentos são frutos da política de morte imposta pelo imperialismo sobre os países da América Latina, que tem como propagadores os governos direitistas da região.

Mas a população equatoriana, como outras que certamene farão o mesmo, começa a se insurgir, se organizar e partirá para o ataque, pois não tem mais condições de arcar com o parasitismo dos banqueiros e do capital financeiro internacional, que esfola economicamente através de juros extorsivos os países mais pobres. Além desse arrocho e aumento da inflação, os capitalistas estão roubando o patrimônio nacional por meio das criminosas operações de privatização.

É preciso apoiar todas as lutas dos povos oprimidos contra o imperialismo e seus capachos, como esse Guillermo Lasso. Para assegurar a libertação da classe operária, é fundamental pôr abaixo essa política neoliberal de desemprego, fome e morte.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/i ... festantes/
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