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. Segue em suspense hitchcockiano o longa-metragem que vai inaugurar o
Festival do Rio 2011 no dia 6 de outubro de 2011, no Odeon, embora circule pelos corredores do Grupo Estação, organizador do evento, a hipótese de que essa tarefa ficará a cargo da mais recente produção do espanhol Pedro Almodóvar : O filme"A pele que habito" ("La piel que habito").
Mas, frente a outros
349 filmes com exibição engatilhada até o encerramento, no dia 18 , o leque de opções é farto. Se Almodóvar virá ou não, também é um mistério. Mas já está acertada a chegada de uma de suas musas : a atriz Marisa Paredes, que vive a governanta do cirurgião plástico encarnado por Antonio Banderas no longa.
Da Croisette foram importados outros pesos-pesados : "Inquietos" ("Restless"), o ensaio poético de Gus Van Sant sobre a morte; "This must be the place", no qual Sean Penn vive um roqueiro judeu com contas a acertar com o nazista que torturou seu pai; e "Drive", thriller de ação com Ryan Gosling que provocou polêmica ao render o prêmio de direção ao dinamarquês Nicolas Winding Refn.
Vencedor do prêmio de melhor direção em Sundance, o drama britânico "Tyrannosaur", do ator inglês Paddy Considine, que ainda rendeu láureas a seu casal de protagonistas (Peter Mullan e Olivia Colman), já teve seu passaporte carioca carimbado. O visto cinematográfico do Festival do Rio também foi concedido ao ganhador do Urso de Ouro em Berlim: o iraniano "A separação" ("Jodaeiye Nader az Simin"), de Asghar Farhadi. Também é certa a projeção de "Faust", com Hanna Schygulla, que garantiu o Leão de Ouro ao russo Aleksandr Sokurov, no recém-encerrado Festival de Veneza.
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Tentamos disputar com outros festivais as atrações que acabam de sair quentinhas de Veneza e de Toronto, ambos finalizadas em setembro - diz Ilda Santiago, uma das diretoras do Festival do Rio, que terá a Itália como país homenageado.
- Além de produções aclamadas em Veneza como "Terraferma", de Emanuele Crialese, a seleção italiana vai apresentar produções como o documentário "Silvio forever", sobre Silvio Berlusconi.
Ainda ligado à Itália, teremos a retrospectiva do diretor Dario Argento, cultuado pela crítica internacional como um dos mestres europeus do terror. A curadoria foi feita pelo presidente da Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro, Mario Abbade, que desencavou até filmes feitos por Argento para a televisão.
Na caçada por trabalhos inéditos de cineastas autorais, Ilda laçou os americanos "Dark horse", de Todd Solondz, e "I'm Carolyn Parker", de Jonathan Demme. trouxe ainda "Sacrifice", do chinês Chen Kaige, "Le Havre", do finlandês Aki Kaurismäki, e "Ninja Kids", do japonês Takashi Miike. O festival vai marcar ainda a première brasileira de dois longas documentais inéditos de Martin Scorsese: "Public speaking", sobre a escritora Fran Lebowitz, e "George Harrison: Living in the Material World", sobre o rapaz de Liverpool que fez fama como beatle e abraçou o misticismo como filosofia. Acrescente às atrações a vinda do diretor Abel Ferrara e do ator Willem Dafoe para promover "4:44 Last day on Earth".
- Entre os convidados internacionais, virão ainda dois cineastas que terão mostras dedicadas às suas filmografias : o húngaro Béla Tarr e o chileno Patricio Guzmán - diz Ilda, que criou duas seções que favorecem a concentração de debates políticos: a mostra Imagens de Israel e a vitrine documental Made In USA.
Em"Made In USA", o festival traz documentários sobre a realidade americana contemporânea, traçando um desenho do país pós-11 de Setembro e pós-Bush, às voltas com a crise econômica. Esse é o foco de longas como "Sarah Palin: You Betcha!", de Nick Broomfield e Joan Churchill.