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Mensagem por E.R » 20 Nov 2023, 00:11

NOTÍCIAS
https://oglobo.globo.com/blogs/lauro-ja ... seca.ghtml

Está prevista para ser lançada em 2025 uma alentada fotobiografia de Rubem Fonseca, que está sendo organizada por Bia Corrêa do Lago, sua filha.

Além de imagens inéditas, o livro trará manuscritos inéditos do escritor, que morreu em 2020.
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Mensagem por E.R » 04 Dez 2023, 02:56

NOTÍCIAS
https://oglobo.globo.com/blogs/lauro-ja ... eses.ghtml

De acordo com o “Panorama de Consumo de Livros”, uma pesquisa inédita feita com 16 mil pessoas pela Nielsen Book, 74% dos que são compradores de livros pretendem adquirir obras nos próximos três meses.

A pesquisa, encomendada pela Câmara Brasileira do Livro, será divulgada na quinta-feira.
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Mensagem por E.R » 30 Dez 2023, 18:07

NOTÍCIAS
https://oglobo.globo.com/blogs/ancelmo- ... edou.ghtml

A relação das livrarias com algumas editoras azedou.

É que tem editora vendendo livro diretamente em seus sites dando descontos que chegam a ser maiores do que aqueles concedidos às livrarias.
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Mensagem por Jezebel do Canto e Mello » 15 Jan 2024, 01:22

Mas isso é meio óbvio, livraria tem que embutir os custos diretos no produto final. Eu por exemplo dou um pulo na Leitura só para ver o que me chama a atenção e compro mais barato na editora, no sebo ou no anna's archive.
Esses usuários curtiram o post de Jezebel do Canto e Mello (total: 1):
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Mensagem por John Charles Fiddy » 18 Jan 2024, 18:49

Acho que um dos melhores livros que já li foi o Peregrino e a Peregrina de John Bunnyan, são duas alegorias cristãs misturando fantasia, personificação com o cristianismo. O livro apresenta uma leitura cativante como nos livros épicos e para até mesmo quem não é cristão conseguirá apreciar sua obra, como ler por exemplo As cronicas de Nárnia
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Editando a sonoplastia da SVDC (feita por Eduardo Gouvêa), tornando seus episódios mais assistivéis. Para ver minhas edições, mande um MP.

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Mensagem por E.R » 19 Jan 2024, 18:43

NOTÍCIAS
https://oglobo.globo.com/cultura/livros ... mbro.ghtml

A venda de livros caiu 7,13% em 2023. No ano passado, foram vendidos 54,4 milhões de livros no país — 4,2 milhões a menos que em 2022.

O faturamento das editoras, porém, diminuiu apenas 0,78% (de R$ 2,54 bilhões para R$ 2,52 bilhões), graças a aumentos sucessivos de preços.

O preço médio do livro fechou 2023 em R$ 46,39 (alta de 6,83%).

Os números são do 13º Painel do Varejo de Livros no Brasil, pesquisa realizada pela Nielsen Bookscan e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL).
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Mensagem por John Charles Fiddy » 20 Jan 2024, 10:44

E.R escreveu:
19 Jan 2024, 18:43
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https://oglobo.globo.com/cultura/livros ... mbro.ghtml

A venda de livros caiu 7,13% em 2023. No ano passado, foram vendidos 54,4 milhões de livros no país — 4,2 milhões a menos que em 2022.

O faturamento das editoras, porém, diminuiu apenas 0,78% (de R$ 2,54 bilhões para R$ 2,52 bilhões), graças a aumentos sucessivos de preços.

O preço médio do livro fechou 2023 em R$ 46,39 (alta de 6,83%).

Os números são do 13º Painel do Varejo de Livros no Brasil, pesquisa realizada pela Nielsen Bookscan e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL).
Diminui ainda mais MDS
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Editando a sonoplastia da SVDC (feita por Eduardo Gouvêa), tornando seus episódios mais assistivéis. Para ver minhas edições, mande um MP.

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Mensagem por Jezebel do Canto e Mello » 21 Jan 2024, 03:23

Aproveitei uma promoção da Belas Letras no ano passado, e quando fui ver hoje os livros dobraram de valor. O jeito é o Anna's Archive mesmo.
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Mensagem por E.R » 02 Fev 2024, 18:31

NOTÍCIAS
https://oglobo.globo.com/blogs/ancelmo- ... 1950.ghtml

Chegou às livrarias a obra do jornalista Luiz Gutemberg, “JB, a invenção do maior jornal do Brasil”.

O livro narra as mudanças feitas no “Jornal do Brasil”, nos anos 1950, lideradas por Odylo Costa Filho (1914-1979).
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Mensagem por E.R » 26 Fev 2024, 19:11

NOTÍCIAS
https://oglobo.globo.com/blogs/capital/ ... azon.ghtml

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A morte de Abilio Diniz em fevereiro desse ano provocou um salto no interesse pela vida do empresário que já aparece nos números das livrarias.

Na Amazon, maior vendedora de livros do país, duas obras sobre o fundador do Grupo Pão de Açúcar registraram aumento nas vendas.
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Mensagem por Chapolin Gremista » 26 Fev 2024, 19:36

NOTÍCIAS
PARTIDO DA CAUSA OPERÁRIA
De onde vem o PCO: saiba com novo livro em pré-venda
Livro “A Luta Por Um Partido Revolucionário Dentro do PT: Documentos e artigos do Jornal Causa Operária de 1979 a 1990” tem sua pré-venda anunciada e conta história do PCO no PT

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Olivro A Luta Por Um Partido Revolucionário Dentro do PT: Documentos e artigos do Jornal Causa Operária de 1979 a 1990 já se encontra em fase de pré-lançamento. A obra, das Edições Causa Operária, ilustra a trajetória da ruptura dos militantes do que viria a ser o PCO (Partido da Causa Operária) com a OSI (Organização Socialista Internacionalista), que se afastam da organização e fundam, em junho de 79, a TTB (Tendência Trotskista Brasileira), tendência essa que decide ingressar no Partido dos Trabalhadores (PT) e lutar por um partido revolucionário. É neste momento que irá surgir a tendência Causa Operária, posterior Partido da Causa Operária.

O livro remonta, através de debates e campanhas na época retratadas tanto pela imprensa da TTB, quanto pela imprensa da tendência Causa Operária, cujo Partido hoje tem o jornal mais antigo em circulação na esquerda, o Jornal Causa Operária, a história da trajetória do grupo marxista revolucionário dentro do PT e sua luta por um partido que atendesse às demandas da classe trabalhadora, adotando como seu programa o programa revolucionário: o programa para a fase de transição do capitalismo para o socialismo.

Em 1980, com o ingresso no PT dessa geração militante formada na luta das greves operárias, a TTB se tornou a fração trotskista e revolucionária do PT, passando a ser conhecida pelo nome do seu jornal, Causa Operária, que teve no mesmo ano sua I Conferência Nacional organizada, centrada nas greves do ABC. No livro A Luta Por Um Partido Revolucionário Dentro do PT: Documentos e artigos do Jornal Causa Operária de 1979 a 1990, temos acesso aos debates acerca da Conferência de altíssimo valor.

O cerne do ingresso da Tendência Trotskista Brasileira no PT vem do entendimento de que o partido, naquele momento, abria a possibilidade de organização de um partido operário de enormes proporções, evento que apontava a necessidade de uma enérgica intervenção da vanguarda revolucionária e consciente da classe operária nos rumos da organização desse partido, para estabelecer um programa socialista e independente, único programa que pode, livre dos compromissos organizativos e programáticos da burguesia, se firmar como partido da revolução em um momento pré-revolucionário.

Não demorou para que as crises entre a tendência Causa Operária e as frações direitistas do PT começassem a surgir. Em 82, enquanto o grupo Causa Operária trabalhava para criar um amplo bloco para a esquerda do PT se organizar dentro do Partido, a ala direita se organizou de maneira muito bem estruturada como a articulação dos 113, posteriormente chamada apenas de articulação. O livro A Luta Por Um Partido Revolucionário Dentro do PT: Documentos e artigos do Jornal Causa Operária de 1979 a 1990 aborda a campanha realizada dentro do partido pelo estabelecimento desse bloco de esquerda, e de como a sabotagem da esquerda pequeno-burguesa frustrou a pretensão de que tal organização triunfasse.

Não deixe de adquirir seu exemplar de A Luta Por Um Partido Revolucionário Dentro do PT: Documentos e artigos do Jornal Causa Operária de 1979 a 1990, entrando em contato com qualquer um dos militantes do Partido da Causa Operária, ou através da Loja do PCO.



https://causaoperaria.org.br/2024/de-on ... pre-venda/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por Chapolin Gremista » 27 Fev 2024, 01:34

NOTÍCIAS
COLUNA

‘O Jesuíta’, de José de Alencar

"A peça teatral 'O Jesuíta' foi a última obra escrita pelo escritor cearense José de Alencar enquanto dramaturgo"

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“Brasil! … Minha pátria! … Quantos anos ainda serão precisos para inscrever o seu nome, hoje obscuro, no quadro das grandes nações? … Quanto tempo ainda serás uma colônia entregue à cobiça de aventureiros, e destinada a alimentar com as tuas riquezas o fausto e o luxo de tronos vacilantes (Pausa; arrebatado pela inspiração) Antigas e decrépitas monarquias da velha Euroopa! … Um dia compreendereis que Deus quando semeou com profusão nas entranhas desta terra o ouro e o diamante, foi porque reservou este solo para ser calcado por um povo livre e inteligente” (ALENCAR, José de. “O Jesuíta”).

A peça teatral “O Jesuíta” foi a última obra escrita pelo escritor cearense José de Alencar enquanto dramaturgo. Foi redigida em 1861 e apenas encenada no ano de 1875, quando o autor já apresentava os primeiros sinais da tuberculose pulmonar que o levaria à morte em 12 de dezembro de 1877.

Consta que o espetáculo não foi um sucesso de público e não obteve os aplausos da crítica.

Na opinião do próprio autor, externada no prefácio da obra, o fracasso de sua peça decorreu da sua inadequação perante o mau gosto do público fluminense:

“É que o público fluminense ainda não sabe ser público, e deixa que um grupo de ardílios usurpe-lhe o nome e os foros. Se algum dia o historiador de nossa ainda nascente literatura, assinalando a decadência do teatro brasileiro, lembrar-se de atribui-la aos autores dramáticos, este livro protestará contra a acusação”.

Na verdade, essa incompatibilidade entre o drama e o público carioca decorria de mudanças no âmbito do pensamento e da cultura: já em 1875 o público letrado fluminense já era mais afeito ao anticlericalismo, ao passo que a peça é um elogio à atuação da Companhia de Jesus e dos jesuítas. Além disso, o gosto teatral deixava de ter apelo ao drama e se voltava ao teatro musicado, de gênero alegre, de influência francesa. O público buscava o teatro cada vez mais para fins de entretenimento e diversão, e aquele drama histórico, que abordava os instantes imediatamente anteriores à expulsão dos jesuítas, já aparecia anacrônico naquele momento.

A história contada em “O Jesuíta” se passa no Rio de Janeiro de 1759 ou mais exatamente quatro anos antes da transferência da sede administrativa da colônia de Salvador para o território fluminense, movimento político que acompanhou de forma paralela o movimento econômico de deslocamento do eixo econômico do Brasil dos engenhos de açúcar nordestinos para a busca pelo ouro e diamantes na porção sul meridional da colônia.

Tratava-se de um processo de longa duração de interiorização da colonização portuguesa, dentro do qual o Rio de Janeiro servia como um empório natural do comércio, especialmente de escravos, e centro político que servia de anteparo e ponto de partida ao movimento em direção às minas gerais.

Tanto a transferência da sede do vice reinado ao Rio de Janeiro quanto a expulsão dos jesuítas se deram no bojo das reformas administrativas levadas a cabo pelo plenipotenciário ministro e estadista português Marques de Pombal.

Influenciado pelo iluminismo e pela ideologia política do despotismo esclarecido, o ministro do Rei Dom José I promoveu a expulsão dos jesuítas da colônia portuguesa em 14 de novembro de 1759, o que se deu após uma série de entrechoques entre a Companhia de Jesus e as autoridades régias: os jesuítas administraram as aldeias através das missões jesuíticas, sendo, desse modo, um obstáculo aos interesses dos colonos de explorar, sem restrições, o trabalho dos povos nativos, o que se deu de forma particularmente intensa na região do norte, onde a mão de obra africana era menos significativa.

Contudo, o mais conhecido conflito que opôs os jesuítas e as autoridades régias se deu nas conhecidas guerras guaraníticas ao sul da colônia, quando as Coroas Portuguesa e Espanhola estabeleceram um novo acordo de demarcação territorial através do Tratado de Madrid de 1750.

De acordo com os novos limites territoriais estabelecidos na convenção, os portugueses cederiam a região de Sacramento, onde hoje se situa o Uruguai, para a Espanha e, em troca, controlariam os Sete Povos das Missões, que correspondia a um conjunto de sete aldeamento indígenas presididos pelos jesuítas que, no seu auge, comportava 30 mil pessoas, situado onde hoje está o Rio Grande do Sul.

Pelo tratado, os indígenas e jesuítas que estavam do lado brasileiro deveriam atravessar o Rio Uruguai e se mudar para o lado espanhol. Foi justamente a recusa dos índios e da parcela mais combativa dos missionários em atender a ordem de evacuação forçada o ponto de partida de uma guerra que durou três anos, levou à destruição das missões e à morte de milhares de índios e religiosos.

Na peça “O Jesuíta”, o escritor faz do seu drama um retrato desse período histórico, quando os portugueses passam a acusar a Companhia de Jesus de corrupção e conspiração contra o Rei, o que foi na verdade um pretexto para expulsá-los do país.

O protagonista Samuel vive na cidade do Rio de Janeiro disfarçado de um médico italiano para não despertar a atenção das autoridades, que já estavam em processo de perseguição dos missionários. Esta oposição entre os jesuítas e as autoridades régias apareça na peça como uma forma embrionária de luta pela afirmação da independência nacional e pela superação do jugo colonial.


Isto se dava essencialmente pelo papel social ocupado pelo jesuíta, um elemento nobre, racional e prudente, que renega os sentimentos mundanos e rompe os laços que o prendem à sociedade para se dedicar a uma missão lhe designada por Deus.

Perseguido pelo Conde de Bobadela, governador na colônia e executor das ordens de Marquês de Pombal, o protagonista granjeia o respeito e admiração do povo, de modo que a sua perseguição pelas autoridades dá ensejo à maior clivagem e oposição entre a população nativa e a Coroa Portuguesa.

Além disso, a personificação do movimento de independência nacional na figura do jesuíta Samuel era possível pelo papel social ocupado pelos religiosos da Companhia de Jesus na colônia. Eles foram os pioneiros da educação do país, criaram as primeiras escolas, onde ensinaram moral, religião e letras. Constituíram as primeiras expressões nacionais de teatro, poesia e músicas. Foram os precursores da intelectualidade brasileira e, como cediço, um movimento político nacionalista não poderia nascer sem um movimento intelectual que lhe servisse de substrato.

Mas não é só.

O jesuíta representava a consciência do povo já que através da sua atividade religiosa e até mesmo pelos segredos que escutavam no confessionário tinha contato e conhecimento do clima político da época e do que pensava a opinião público. A isso se soma, ao menos na peça de Alencar, outros atributos que o colocavam como artífices da independência brasileira: eles tinham o senso de responsabilidade, o sentimento do dever, a capacidade de distinguir o bem e o mal. Já as autoridades régias aparecem como antipopulares e corruptas: a perseguição e prisão dos missionários é acompanhada de atos de extorsão e roubo dos recursos e riquezas da Igreja, arrecadados para o cuidado dos doentes e dos órfãos.

Nesta peça histórico, o Dr. Samuel representa a alma da jovem américa. Já o Conde de Bobadela representa o poder da velha Europa.


E além dessa oposição entre nacionalismo e colonialismo, a história, dentro das premissas do romantismo literário, também estabelece a oposição entre o sublime e o mundano, entre os desígnios da ideia e às exigências do corpo e do amor, entre a renúncia de si para obtenção da glória religiosa e a busca da felicidade através do casamento. Isso se dá através do personagem Estevão, afilhado do Dr. Samuel, que teve sua formação moral e religiosa conduzida para o sacerdócio e que nega sua vocação após apaixonar-se por Constância, esta última afilhada do Conde de Bobadela.

O engajamento religioso e a luta desinteressada em torno da liberdade e independência nacional envolvem a glória a que busca o protagonista Samuel. Já o seu afilhado vê no casamento e na tranquila felicidade conjugal a sua verdadeira vocação. Essa tensão levará ao conflito em que prevalecerá o amor terreno entre Estevão e Constância em detrimento do ideal religioso e ascético buscado por Samuel.

Esta última peça de teatro pode ser lido como uma síntese de duas variantes presentes na obra de José de Alencar: o drama histórico pelo qual se busca a constituição de uma identidade nacional, personificada aqui na figura do Jesuíta, tal qual anteriormente o fora através do índio em comunhão com o português; e o drama de natureza mais sentimental, folhetinesco, convencional e, em certa medida, previsível.

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Mensagem por E.R » 27 Fev 2024, 06:31

NOTÍCIAS
https://www.estadao.com.br/cultura/gilb ... ba-qual-e/

A Feira do Livro, festival literário anual promovido pela Associação Quatro Cinco Um em parceria com a Maré Produções, será realizada entre os dias 29 de junho a 7 de julho de 2024, na praça Charles Miller, no Pacaembu, em São Paulo.
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Mensagem por E.R » 21 Mar 2024, 22:33

NOTÍCIAS
https://www.correiobraziliense.com.br/e ... reira.html

Maior ídolo da história do Flamengo, Zico esteve no lançamento de um livro que conta a história de sua carreira. ‘O Efeito Zico’, escrito por Marcos Eduardo Neves, foi lançado em uma livraria na Barra da Tijuca, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro.

O livro ‘O Efeito Zico’ é da Editora Planeta, tem 240 páginas e está à venda por R$ 69,90.

Seu autor, o jornalista Marcos Eduardo Neves já escreveu biografias de grandes figuras do futebol, como Alex e Renato Gaúcho.
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Mensagem por E.R » 26 Mar 2024, 09:18

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Fonte : O Globo
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