Desfile das Escolas de Samba do RJ - Grupo Especial
Paraíso do Tuiuti
A Paraíso do Tuiuti abriu o segundo dia, no retorno de Paulo Barros, após passagem do carnavalesco pela escola em 2013. Com muitas citações à cultura pop (Pantera Negra, Beyoncé, RuPaul), a escola defendeu um enredo celebrando feitos de
personalidades negras de várias áreas. Um dos carros teve problemas, o que fez a escola "acelerar" no final. Mesmo assim, ela estourou o tempo em dois minutos e vai perder dois décimos nas notas.
Portela
A Portela usou a árvore gigante africana baobá para falar de resistência, longevidade, sobrevivência e raízes profundas. A Portela homenageou Monarco, que era seu presidente de honra e morreu em 2021 aos 88 anos. Instrumentos da bateria e roupas dos integrantes estamparam seu rosto. Ele também foi referência da última alegoria, que levou os baluartes da escola para avenida.
Mocidade
A Mocidade Independente de Padre Miguel fez uma homenagem a Oxóssi, o orixá caçador que vive nas matas. O terceiro desfile da noite teve uma rainha de bateria careca,
Giovana Angélica, e uma flecha voadora na comissão de frente. Um dos elementos mais chamativos foi um tripé com uma imensa árvore. Ao redor, vários caçadores se movimentaram ligados a ela por meio de um cipó.
Unidos da Tijuca
A Unidos da Tijuca fez um desfile cheio de elementos lúdicos e cores vibrantes que transformaram a Sapucaí em uma floresta encantada para contar a lenda indígena do guaraná. A rainha de bateria, a cantora
Lexa, usou uma fantasia inspirada no visual de Luma de Oliveira em seu desfile de 2005. O samba foi puxado por uma conexão de pai e filha: Wictoria Tavares estreou como intérprete da Tijuca ao lado do pai, o veterano Wantuir.
Grande Rio
A Grande Rio desmistificou o orixá Exu, o mensageiro entre o mundo espiritual e os seres humanos. As fantasias e outros elementos apresentaram um visual mais rústico, com retalhos e materiais recicláveis. Como de costume, a escola trouxe famosos como Monique Alfradique, Bianca Andrade, Pocah, David Brazil, Gil do Vigor e a rainha de bateria
Paolla Oliveira (como Pombagira, a representação feminina de Exu).
Vila Isabel
A Vila Isabel fez um tributo ao cantor de "Devagar, devagarinho" e uma rainha de bateria que chegou rapidinho de SP ao Rio. O enredo "Canta, canta, minha gente! A Vila é de Martinho!" exaltou a vida e obra de
Martinho da Vila, presidente de honra da escola. Martinho desfilou no chão, em uma ala com parentes e amigos. O público vibrou com o final feliz de uma maratona: após um atraso na Gaviões da Fiel, em São Paulo, Sabrina Sato conseguiu chegar ao Rio a tempo de ser rainha de bateria na Vila.
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Desfile das Escolas de Samba de SP - Grupo Especial
Vai-Vai
Após ser campeã do Grupo de Acesso em 2020, a Vai-Vai voltou ao Grupo Especial no carnaval 2022 homenageando os
povos africanos com o enredo “Sanfoka! Volte e pegue, Vai-Vai”. A escola abriu a segunda noite de desfiles deste sábado (23). Sanfoka é um ideograma com origem em provérbios africanos de um pássaro com a cabeça voltada para trás, que representa a volta ao passado para adquirir conhecimento para a construção de um futuro melhor.
Gaviões da Fiel
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Com o enredo "Basta", a Gaviões da Fiel foi a segunda escola a entrar na avenida. Um atraso devido à limpeza da pista fez com que a escola só iniciasse o desfile por volta de 0h30 deste domingo (24). A escola abordou as faces da desigualdade social. Um dos assuntos levados para a avenida foi o processo da escravidão, no qual os senhores de engenho enriqueceram por meio da exploração do trabalho de homens e mulheres escravizados.
Sabrina Sato foi rainha de bateria mais uma vez.
Mocidade Alegre
A Mocidade Alegre celebrou na avenida a história da cantora brasileira
Clementina de Jesus com o samba-enredo “Quelémentina, Cadê Você?”. A escola foi a terceira a desfilar na madrugada de domingo. Toda a agremiação se ajoelhou na avenida em um momento de forte emoção, durante um "paradão" da bateria, quando cantavam: "[Clementina] a Mocidade se ajoelha a seus pés".
Águia de Ouro
Campeã pela primeira vez no carnaval de São Paulo em 2020, o último a ser realizado antes da pandemia de Covid-19, a Águia de Ouro fez uma homenagem à cultura afro-brasileira no segundo dia de desfiles. A escola apostou no branco para homenagear
Oxalá.
Barroca Zona Sul
A Barroca Zona Sul, quinta escola a entrar na avenida, fez uma homenagem à entidade das religiões afrodescendentes
Zé Pilintra - uma espécie de transcrição arquetípica do "malandro", mas sem o cunho negativo. O samba da Barroca Zona Sul, que foi conduzido pelo intérprete Pixulé, foi batizado de "A evolução está na sua fé... Saravá Seu Zé".
Rosas de Ouro
A Rosas de Ouro propôs, durante seu desfile, um grande ritual de cura para o público após dois anos de pandemia, que persiste, mas que já permite celebrar uma das grandes festas do país. Sexta a chegar na avenida já com as primeiras luzes de sol deste domingo, seu enredo falou sobre
rituais e caminhos para curar todos os males através da fé, da magia, da ciência e samba.
Império de Casa Verde
O sol já tinha nascido quando a Império de Casa Verde, última escola de samba do Grupo Especial a desfilar no carnaval 2022 de São Paulo, entrou na passarela do samba. A escola apresentou o samba-enredo "
O Poder da Comunicação - Império, o Mensageiro das Emoções", assinado pelos carnavalescos Leandro Barbosa e Mauro Quintaes.