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O presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), Jorge Perlingeiro, disse à CNN que a Liga está se preparando para estabelecer, caso seja necessário, a exigência da apresentação do comprovante da vacina de forma virtual no momento da entrada no sambódromo, durante o desfile das escolas de samba, que ocorrerá entre fevereiro e março de 2022.
Segundo ele, a ideia é adotar o mesmo aplicativo usado no Grande Prêmio da Fórmula 1, em São Paulo, e não haverá a necessidade de levar comprovante impresso, mas apenas digital.
Apesar de ainda não estar oficializado, Jorge Perlingeiro garante que, caso haja a necessidade do passaporte vacinal, a Liesa estará preparada para sua implementação. Ele diz que todas as escolas de samba já foram orientadas a exigir o comprovante de imunização para quem for participar do desfile.
“Como é um evento fechado, fica viável fazer o controle. Temos ainda quase três meses, mas estamos nos antecipando para, caso tenhamos que apresentar um passaporte de vacinação, estarmos preparados. E isso valerá até para os componentes das escolas. Estamos anunciando nas quadras para que, quem for desfilar, apresente o comprovante de vacina para poder desfilar”, explicou o presidente, que completou: “É uma antecipação do que está por vir. Mas cientes de que não podemos retroceder mais. Cancelar o Carnaval não é viável”, disse.
No caso dos componentes de cada escola, eles terão que, se necessário, apresentar o comprovante da vacina contra a Covid-19 na hora de retirar suas fantasias. Já em relação aos blocos de rua, o presidente da Liesa disse que este é um evento aberto e de difícil controle e citou o exemplo do Réveillon da cidade do Rio, que foi cancelado pelo prefeito Eduardo Paes.
Sobre a realização do Carnaval de rua, Jorge Perlingeiro disse ainda que vai depender do que determinar a prefeitura, mas reforçou que a maior festa popular do país está ainda há cerca de três meses de sua realização e que, até lá, espera que a pandemia se mantenha com bons índices como os atuais.
“No momento, não se vê mais hospital com internações graves pela Covid-19 no Rio. Estamos preparando um baita Carnaval, as escolas estão preparando uma bela festa. Estamos tocando a vida normal, mas sempre nos precavendo”, finalizou Jorge Perlingeiro.
No último sábado, após anunciar o cancelamento no Réveillon do Rio, o prefeito Eduardo Paes disse que mantém o planejamento para a realização do Carnaval 2022 e também ressaltou que ainda faltam alguns meses para a festa. Na ocasião, ele disse que a festa tem sofrido ataques seletivos por questões de “preconceito”.
Segundo disse à CNN nesta segunda-feira o coordenador executivo do comitê científico paulista, João Gabbardo, o desfile das escolas de samba é algo viável de se controlar, mas os blocos de rua “representam um problema” para a cidade, justamente pela falta de controle dos foliões. No entanto, João Gabbardo também afirmou que ainda é cedo para alguma manifestação mais concreta sobre o tema.
Atualmente, o maior temor para a realização de grandes eventos é com relação a chegada da variante Ômicron no país.