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Chapolin Gremista
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Mensagem por Chapolin Gremista » 03 Jul 2022, 23:18

Contra a cultura nacional
Falar em “paulistocentrismo” é atacar o modernismo Brasileiro
Campanha da burguesia procura demonstrar que a Semana de Arte Moderna seria um acontecimento para defender uma suposta "Supremacia Paulista"

ImagemAnúncio no jornal da Semana de Arte Moderna de 22 – Foto: Reprodução

O ano de 2022 tem uma importância grande por marcar, entre outras datas, o bicentenário da Independência do Brasil, o centenário da fundação do Partido Comunista Brasileiro e o centenário da Semana de Arte Moderna, também conhecida como “Semana de 22”.

Este acontecimento é o marco do início do movimento modernista no Brasil. Um movimento artístico com uma estética própria e com uma produção de altíssimo nível, que elevou a arte no Brasil a um novo patamar. Nomes como Tarsila do Amaral, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Heitor Villa-Lobos, Di Cavalcanti, Victor Brecheret, Graça Aranha e muitos outros, são relacionados, direta ou indiretamente, com o evento.

A semana de Arte Moderna ocorreu entre os dias 13 e 18 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo, que esteve aberto para visitação durante o período, e foi um divisor de águas na cultura nacional. Durante o evento, apresentações de música e conferência se intercalavam com a exposição de escultura, pintura e arquitetura.

Os artistas fizeram parte do evento eram todos influenciados pelas vanguardas europeias e conseguiram, de forma “antropofágica”, como colocaria Oswald de Andrade, criar um modernismo totalmente brasileiro. Um feito de proporções gigantescas e que vem em um momento histórico e político marcado por um grande desenvolvimento das forças produtivas do país, que procurava sair de sua situação de um país rural e atrasado e caminhava para uma industrialização e modernização cada vez maiores. Um país que se desenvolve também produz uma cultura que se desenvolve.

Os modernistas defendiam a “supremacia paulista”?

No entanto, há pessoas que procuram manchar e menosprezar com considerações absurdas este que foi um dos mais importantes acontecimentos da cultura mundial no Século XX. No caso da matéria saída na edição do dia 27 de junho do jornal Folha de São Paulo, o ataque à cultura e a história nacional vem recoberto de uma demagogia identitária. O título “São Paulo vê Semana de 22 sob novas perspectivas” esconde o conteúdo do texto, o qual procura desqualificar e relativizar a importância do evento, sob o ângulo absurdo de que esse seria “paulistocêntrico”.

O resumo da matéria diz:

“No centenário da Semana de 22, exposições, livros e série de TV contestam a supremacia paulista e comprovam que inúmeras expressões modernistas aconteceram pelo Brasil, antes e depois de 1922. Levantamento da Folha apresenta 169 expoentes do modernismo nas cinco regiões do país”

A notícia é que há diversas exposições em São Paulo procurando demonstrar que a Semana de 22 teria sido algo feito intencionalmente para ofuscar os artistas de outras regiões do Brasil. A matéria cita algumas, como “Raio-que-o-parta: Ficções do Moderno no Brasil”, que, para polemizar com a Semana de 22, apresenta outros artistas da mesma época, provenientes de outros estados do país e que não teriam sido, supostamente, contemplados pelo movimento.

A matéria da Folha de S. Paulo também cita a exposição chamada “Modernos”, que mostra artistas de “Antes de 22” e “Depois de 22”, considerados por seus curadores tão importantes quanto os mais conhecidos da Semana de 22, mas relegados ao ostracismo por não se encaixarem no dito “paulistocentrismo” dos modernistas de São Paulo.

A colocação é absurda. A utilização de termos como “supremacia paulista” indica algo aparentemente sinistro, macabro e de cunho quase nazista. No entanto, não se trata de nada disso. A Semana de Arte Moderna de 1922 ocorreu na Capital Paulista simplesmente por esta ser o centro do desenvolvimento do país. Vários dos artistas que participaram da Semana de 22, e do movimento modernista como um todo, eram nascidos em outros estados do Brasil. Heitor Villa-Lobos e Di Cavalcanti eram do Rio de Janeiro, a pintora, desenhista e ceramista Zina Aita era de Minas Gerais, o escritor Graça Aranha era maranhense, Manuel Bandeira era pernambucano, apenas para citar alguns dos mais conhecidos.

Todos esses artistas brasileiros (e alguns até estrangeiros radicados no Brasil, como o suíço John Graz) se encontraram na cidade brasileira de maior desenvolvimento econômico, onde também ocorria toda uma efervescência cultural, e se propuseram a organizar o que seria um dos movimentos artísticos de maior influência da história do país. Em nenhum momento deste importante acontecimento foi colocada a questão de que há uma superioridade nos paulistas e nem nada do tipo. Além disso, não havia a intenção de realizar um evento municipal ou estadual, era algo de alcance nacional.

Um marco histórico de impacto nacional

A matéria continua, desta vez citando seus especialistas contratados:

‘”Encontraremos incontáveis evidências de que a Semana faz parte de um amplo (e descontínuo) processo que a extrapola, tanto temporal quanto territorialmente”, escrevem as curadoras Aracy Amaral e Regina Teixeira de Barros no principal texto do catálogo da exposição “Moderno Onde? Moderno Quando?”, apresentada no MAM-SP (Museu de Arte Moderna) de setembro a dezembro de 2021.’

Qualquer pessoa que conhece o funcionamento de grandes movimentos de qualquer tipo compreende que marcos como a Semana de 22 não são acontecimentos inéditos, que vêm do nada. Trata-se da culminação de toda uma tendência cultural. É semelhante à história do Romantismo, por exemplo. Os autores mais lembrados dessa escola são os franceses, mas o movimento não se iniciou lá. Ele apareceu na Alemanha, muitos anos antes. No entanto, essa escola artística alemã não teve o desenvolvimento ideológico, político e literário quando comparado ao romantismo francês.

O mesmo ocorre com a Semana de 22. É evidente que já havia artistas a aderirem à estética modernista em todo o país, mas o evento em São Paulo teve um impacto muito grande, foi a explosão do movimento, o estabelecimento de sua presença e existência no Brasil.

A campanha organizada contra o Modernismo brasileiro

A matéria da Folha de S. Paulo não é um fato isolado. Foram divulgados inúmeros textos em outros jornais burgueses, como O Globo e no Estado de São Paulo, além de palestras ministradas na própria Universidade de São Paulo e outras instituições acadêmicas, procurando atacar a Semana de Arte Moderna, através da tese de que essa teria um caráter até negativo, cuja função seria a de ofuscar os artistas modernos de todo o Brasil para defender uma “supremacia paulista”. É um movimento orquestrado e incentivado pela burguesia que defende os interesses do imperialismo.

O ataque à cultura nacional vem junto com o ataque à história nacional, como no caso dos bandeirantes. Esse movimento é liderado por setores que querem passar todo o país para as mãos de capitalistas estrangeiros. Ele também aparece na ofensiva imperialista sobre a floresta Amazônica, pela campanha contra a construção de hidrelétricas (e, consequentemente, a privatização da Eletrobras), além da polêmica levantada por elementos do PSOL com o programa apresentado pela equipe da candidatura de Lula, defendendo que deveria constar neste programa uma diminuição na extração de petróleo.

É preciso denunciar essa tentativa de entregar o Brasil de mão beijada ao imperialismo. O ataque à Semana de Arte Moderna é parte de uma falsificação generalizada da história do país, inclusive culturalmente. Com a ajuda da demagogia ecológica e com os índios, a campanha procura fazer a defesa de um Brasil rural, desindustrializado e atrasado. Deve-se combater duramente essa ideia e todos os entreguistas, representados pela política da Terceira Via e da burguesia golpista.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... rasileiro/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por Chapolin Gremista » 28 Jul 2022, 20:32

Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por Chapolin Gremista » 08 Ago 2022, 08:06

Arte Brasileira
Jesus-Shiva, de Fernando Baril, e a liberdade de expressão
Fernando Baril redimensiona Jesus na cultura pop e no hinduísmo

ImagemJesus-Shiva – Fernando Baril

Na segunda semana de setembro de 2017, o Brasil foi assolado por informações aberrantes quando, contrariamente à liberdade de expressão, anunciara-se o fechamento da exposição de arte “Queermuseu – cartografias da diferença na arte da brasileira”; entre os muitos motivos para tanto estavam, costumeiramente, os injustificáveis argumentos religiosos. Há muito contra o que protestar; imperialismo, exploração do proletariado, assassinato de camponeses, extermínio de povos indígenas, racismo, homofobia, intolerância religiosa, ignorância por falta de instrução são apenas as perversões mais evidentes dessa trama infeliz conduzida pelo capitalismo. Em meio a tanto sobre o que escrever, escolhi me deter em apenas um tópico: ofender-se diante da imagem de Jesus retratada no quadro Jesus-Shiva, de Fernando Baril, um dos argumentos utilizados contra a exposição.

Na imagem do pintor, Jesus, personagem da mitologia cristã, na conhecida cena da crucificação surge cheio de pernas e braços, semelhantemente à representação dos deuses na mitologia hinduísta, tais quais Shiva, Vishnu e tantos outros. Em 2009, estive na Índia; em todo templo fui bem recebido por deuses com numerosos braços, quase sempre abertos. Em Goa, diante de uma mesa povoada por pequenas imagens, chamou-me atenção a miniatura de alguém repleto de braços e montado em um tigre; ao indagar ao senhor, quem cuidava deles, de qual deus se tratava, ele me respondeu não ser um deus, era a deusa Durga. Dias depois, em Nova Delhi adquiri uma imagem sua, um desenho em que a divindade aparece com mais braços ainda que na imagem de Goa; de volta ao Brasil, resolvi investigar de quem se tratava.

Segundo as lendas, Mahishasur espalhava horror e destruição nos céus, na terra e no mundo subterrâneo, dotado dos poderes de conquistador invencível do universo, dados a ele por Brahma. Descontentes com isso, os deuses procuram Brahma, quem, ao encontro de Vishnu e Shiva, busca resolver a questão e então, bastante furiosos, os deuses emanam de seus corpos raios de força e de luz; desse mar de luz, feito da combinação de suas energias, surge Durga, apta para derrotar Mahishasur. Durante a batalha, Mahishasur assume múltiplas formas, sendo em todas elas derrotado por Durga; por fim, após beber do vinho divino, Durga emana luz paralisando Mahishasur, dando-lhe oportunidade para decepar sua cabeça, com sua foice. Uma boa sugestão para os artistas plásticos contemporâneos seria, justamente, retratar Durga segurando a foice a o martelo, volumes de “O Capital”, um megafone, uma metralhadora, uma bandeira vermelha etc., pisando no pescoço do capitalismo depois de desmascarar os mesmos culpados sob suas múltiplas formas de expressão, tais quais o fascismo e a social-democracia burguesa; pelo menos para mim, estaria formada uma bela imagem do proletariado pisando na ditadura da burguesia.

Na iconografia indiana, o número de braços não está relacionado à monstruosidade dos deuses, não se trata de representar seres cheios de membros iguais a alguns monstros da mitologia grega, mas de mostrar, sintetizados na imagem, os principais atributos do deus. Durga, por isso mesmo, não é ser monstruoso, mas deusa dominando seus atributos.

Fazendo o inventário dos objetos mais recorrentes de Durga, é possível separar: a azagaia de Agni, o disco de Vishnu, a concha de Varuna, o tridente de Shiva, a clava de Kuber e o arco e flecha de Vayu. Agni representa o fogo do sacrifício ritual e a força criadora da vida, sua azagaia, portanto, remete a tudo isso; o disco de Vishnu simboliza a força ordenadora do deus; Varuna, entre seus muitos domínios, preside os oceanos, por isso a concha, na qual vibra o som Om, origem de tudo; o tridente de Shiva, com suas três pontas, significa os princípios metafísicos de dispersão, concentração e equilíbrio; Kuber rege os tesouros; Vayu é o senhor do ar e dos ventos. Para terminar o inventário, restam a flor de lótus, símbolo do renascimento espiritual, e o tigre, dado a Durga por Himvana, pai de Parvarti, uma das esposas de Shiva.

Ora, o Jesus-Shiva, de Fernando Baril, certamente deve ser pensado em função dessa chave de leitura; seus muitos braços não são para fazer dele monstro, mas para dar sentido a suas muitas atribuições religiosas, afinal, tanto Jesus quanto Shiva e Durga são símbolos religiosos. Em seus quatorze braços, Jesus, segundo Baril, segura, entre outros objetos, ramos da árvore da vida, em que germinam maçãs e bananas; um peixe e um cachorro quente; luvas de boxe. Em seus três pares de pés, além dos cravos, Jesus calça tênis e saltos altos; sob a cruz, vê-se com facilidade imagens da arte pop – a sopa Campbell e a Marilyn Monroe, ambas de Andy Warhol – e da vida moderna – computador, garrafa de Coca-Cola e um revólver –.

Valendo-se dos símbolos religiosos e das relações entre os valores cristãos e hindus, ao que tudo indica, ante de fazer galhofa com Jesus, ofendendo católicos e evangélicos, Fernando Baril, ao redimensionar o Cristo na cultura pop por meio do hinduísmo, termina por atualizar seu mito, dando a ele outros sentidos, tudo isso dentro do próprio universo religioso, antes expandindo do que invalidando o cristianismo.

ImagemDurga

https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... expressao/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 02 Set 2022, 02:45

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Mensagem por Chapolin Gremista » 06 Set 2022, 01:28

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Mensagem por E.R » 04 Out 2022, 21:39

NOTÍCIAS
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Mensagem por Chapolin Gremista » 04 Out 2022, 22:35

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Mensagem por Chapolin Gremista » 06 Out 2022, 07:21

NOTÍCIAS
Coreia do Sul
Morre Kim Jung Gi
Ilustrador de 47 anos passou mal e faleceu nesta quarta-feira

ImagemKim Jung Gi – Reprodução

Ocartunista e ilustrador sul-coreano, Kim Jung Gi morreu hoje (05), aos 47 anos. Ele é autor de obras como Tiger the Long Tail, SpyGames e McCurry NYC 9/11 e fez capas para DC e a Image Comics, entre as quais de Superman e Mulher-Maravilha.

“É com grande tristeza e pesar que informamos a morte repentina de Kim Jung Gi. Depois de terminar sua última programação na Europa, Jung Gi foi ao aeroporto para voar para Nova York, onde sentiu dores no peito e foi levado para um hospital próximo para uma cirurgia, mas infelizmente morreu”, diz o comunicado datado de 3 de outubro.

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Mensagem por Riddle Snowcraft » 06 Out 2022, 16:23

Um cara desses morrer ao mesmo tempo que tá tendo esse infestamento de "arte feita por inteligência artificial" na internet são dois golpes que eu acho que a comunidade artística nunca vai parar de sentir a dor
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Mensagem por Nezz » 06 Out 2022, 17:13

Falando em arte feita por inteligência artificial, o DALL-E-2 tornou-se público na última semana.
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Mensagem por Chapolin Gremista » 20 Out 2022, 23:41

NOTÍCIAS
DRAMATURGIA
Centenário de Dias Gomes, um dos grandes dramaturgos brasileiros
Dias Gomes, que ficou famoso principalmente pelo O Pagador de Promessas, cuja versão para o cinema rendeu uma Palma de Ouro, em Cannes, criou figuras icônicas como Odorico Paraguas

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Neste ano, o Brasil comemora o centenário de nascimento do grande escritor, teatrólogo, contista e romancista baiano, Dias Gomes. Nascido em Salvador, no dia 19 de outubro de 1922, Gomes ocupou a cadeira 21 da Academia Brasileira de Letras, sendo recebido em sua posse por Jorge Amado.

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Dias Gomes
Filho do engenheiro Plínio Alves Dias Gomes e Alice Ribeiro Freitas Gomes, Dias Gomes estudou o curso primário no Colégio Nossa Senhora das Vitórias, dos irmãos maristas, e fez o secundário no Colégio Ipiranga. Muda-se com a família para o Rio de Janeiro em 1935, conclui o ensino secundário no ginásio Vera Cruz, ingressa no Instituto de Ensino Secundário e com 15 anos escreve sua primeira peça, intitulada A comédia dos moralistas, que lhe rende o 1º lugar no Concurso do Serviço Nacional de Teatro, em 1939. Em 1940, faz o curso preparatório para o curso de Engenharia. Estuda também direito, mas não finaliza o curso.

No teatro profissional estreia em 1942 com a comédia Pé-de-cabra, que fora encenada por Procópio Ferreira excursionando em todo País. Em 1944, foi trabalhar na Rádio Pan-americana, em São Paulo, a convite de Oduvaldo Viana. Faz adaptações de peças, romances e contos. Além das peças de teatro, escreveu romances como Duas sombras apenas (1945); Um amor e sete pecados (1946); A dama da noite (1947) e Quando é amanhã (1948). Trabalhou ainda nas rádios do Rio de Janeiro – Tupi, Tamoio, Clube do Brasil e Rádio Nacional.

Dias Gomes casou-se em 1950 com a escritora Janete Clair, com quem teve cinco filhos. Em 1953, viajou para a URSS com uma delegação de escritores para comemorar o 1º de Maio dos trabalhadores. Esse evento provocou sua demissão na Rádio Clube, uma perseguição aos escritores de esquerda e comunistas da época. A publicação dos textos de Dias Gomes nesse período tinha que ser negociada para ser publicada, quando não era censurada.

Um dos grandes clássicos do teatro brasileiro escrito por Dias Gomes foi o Pagador de Promessas, que estreou em São Paulo, sob a direção de Flávio Rangel, em 1959, no TBC, com Leonardo Vilar no papel principal. Com essa peça, Dias Gomes ganhou projeção internacional. A peça fora traduzida para mais de 12 idiomas. Foi adaptada para o cinema por Anselmo Duarte e ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes, em 1962. Nesse mesmo ano, Dias Gomes ainda recebeu o Prêmio Cláudio de Sousa com a peça A Invasão.

Na época da ditadura militar, no ano de 1964, Dias Gomes fora demitido da Rádio Nacional, na qual era diretor artístico. Teve várias peças censuradas como O Berço do Herói; A revolução dos beatos, A invasão, O pagador de promessas, Roque Santeiro, dentre outras. Dias Gomes escreveu ainda peças importantes como Dr.Getúlio, sua vida e sua glória, em parceria com Ferreira Gullar, e o O Bem Amado.

Dias Gomes recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais por sua produção no cinema, no teatro e na televisão, uma produção voltada para retratar a cultura nacional, além das ácidas críticas ao regime militar no Brasil e nossas mazelas político-sociais.

Nas comemorações do centenário de nascimento do escritor, a ABL irá homenageá-lo com o ator Tony Ramos lendo trechos de suas obras, além da presença de familiares, artistas e escritores da instituição sediada no Rio de Janeiro.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 28 Out 2022, 22:36

NOTÍCIAS
PROTESTO FAJUTO
Movimento identitário continua atacando obras de arte
Antes de resolver qualquer problema real, encenações do movimento identitário contra obras de arte têm objetivo reacionário

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Recentemente, Inglaterra e Alemanha, grandes defensores da “energia verde” tiveram duas de suas famosas galerias de arte usadas como palco para performances identitárias de cunho ambiental. Em Berlim, onde os Verdes têm grande participação no Parlamento, um quadro de Monet foi atacado com purê de batatas por ativistas do grupo Last Generation.

Na National Gallery, de Londres, o alvo escolhido foi “Os Girassóis”, uma obra expoente da arte ocidental moderna e um dos quadros favoritos do pintor holandês Vincent Van Gogh. O protesto foi protagonizado e divulgado pelas redes sociais do grupo “Just Stop Oil”, ativistas ambientais e defensores do planeta contra as mudanças climáticas. Será que protestarão contra Sunak, o novo primeiro ministro bilionário de origem indiana? A imprensa inglesa aplaudiu o “primeiro de origem não inglesa e não branco” a ser primeiro ministro. Ou seriam os protestos ações contra o fraco mandato de Truss?A conferir…

O grupo se tornou famoso por realizar protestos contra novos projetos do governo Britânico no tocante à exploração de petróleo e gás. “Just Stop Oil” também participa de “performances” publicitárias para chamar a atenção a respeito das mudanças climáticas.

Em junho, os ativistas ingleses se colaram à moldura da obra “A última ceia”, de Leonardo da Vinci, na London’s Royal Academy of Arts, além de se colarem a outra obra, também no National Gallery. Segundo o site de notícias Greek Reporter, tomar as obras de arte como alvo de seus protestos faz parte de uma série de manifestações programadas contra as políticas climáticas do Reino Unido.

Em seu discurso, colada à parede sob o quadro, a ativista identitária, inspirada, talvez, em Greta Thunberg e, provavelmente, na “Tomato Soup” de Andy Warhol, embora faça propaganda para outra marca popular de tomate em lata. Some-se a isso toda a crítica ‘liberal”, no sentido estadunidense do termo, “pop” que nos rodeia e nos confunde, misturando tudo no mesmo caldeirão de angústias pequeno-burguesas e ilusões, fantasias de um mundo melhor.. Derrubam-se estátuas, mudam-se nomes , impõem-se vocabulários e recontam-se histórias em nome de uma identidade pré-fabricada e seu justo, igualitário e inequívoco voluntarismo de internet.

“A criatividade e o brilhantismo humanos estão expostos nesta galeria, mas nossa herança está sendo destruída pelo fracasso de nosso governo em agir em relação ao clima e ao custo de vida”, afirmou a ativista nas redes. Além do reacionarismo tosco de se voltar contra objetos de arte , que são representações culturais, em sua fúria por justiça, por vida, pelo planeta, esse tipo de ativismo colabora para um obscurantismo sem precedentes.

O custo de vida também é pauta secundária dos ambientalistas identitários britânicos, que reclamam do uso de combustíveis fósseis e dos preços altos. Os grupos ambientalistas , em vários países do mundo, assumem o papel de porta-voz ou de propagandistas de partes da campanha imperialista. Parecem bonzinhos, esquerdistas e humanitários, porém, exemplos não faltam para comprovar a decadência da farsa (que muitos caem com boas intenções) ambientalista quando falta luz, gás, alimento, etc… Sem as fontes de combustível fóssil, sem energia nuclear, sem hidrelétricas, como ficarão as pessoas comuns? Assim como outros grupos identitários foram manipulados e “usados” pelo imperialismo, auxiliando-o em sua dominação, os ativistas pelo clima serão dispensados quando não forem mais necessários aos interesses imperialistas. Este momento está próximo, e restará aos defensores do planeta a fúria das multidões.


https://causaoperaria.org.br/2022/movim ... s-de-arte/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 04 Nov 2022, 14:00

NOTÍCIAS
CULTURA
Veja os artistas cotados para o Ministério da Cultura de Lula
Deve-se levar em conta a distribuição de recursos para periferia, com patrocínios de bandas, festivais locais e cursos de músicas e tudo relacionado à pasta

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Hoje (02), o coordenador da área cultural na campanha de Lula, Márcio Tavares apontou possíveis ministros que atuarão no Ministério da Cultura que deverá ser recriado no próximo governo federal.

“Um compromisso com os próximos quatro anos é aumentar o investimento em cultura, garantindo o funcionamento dos programas. Mas essa questão do orçamento é mais delicada afirma o coordenador da área cultural na campanha de Lula, Márcio Tavares.”

Os nomes para assumir a pasta, seriam os da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB), por sua atuação durante processo de discussão das leis relacionadas ao setor; o da cantora Daniela Mercury, que seria nome favorito da futura primeira-dama, Janja, ao cargo; o de Juca Ferreira, por seu histórico como ex-ministro dos governos petistas; o do cantor Chico César, que já foi secretário de Cultura da Paraíba; e o de Manoel Rangel, que foi diretor-presidente da Ancine de 2004 a 2017.

Esperasse que este governo distribua a renda com os grupos, casas de cultura populares e não somente espetáculos ágos pelo imposto do povo que depois tem que comprar ingressos caríssimos para assisti-los. A base deve ser fundamental na contrução deste ministério.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 10 Nov 2022, 19:02

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ENERGIA PARA O POVO!
Van Gogh se revira no túmulo ou o molho de tomate imperialista
Movimento de ataque a obras de arte é mais uma das frentes do imperialismo para usar o meio ambiente como ponta de lança da sua política

ImagemEm outubro um grupo de ativistas se tornou notícia mundial quando arremessou sopa de toma sobre um dos quadros mais famosos do planeta, Girassóis, de Van Gogh. Não era um protesto dadaista e nem tinha nada a ver com a arte em si mas si uma manifestação contra o uso de combustíveis fosseis para evitar as mudanças climáticas. O “protesto” se espalharam mundialmente e agora se assemelham as manifestações identitárias, servem de base para um radicalismo ambientalista mas que na prática defende a política do imperialismo.

O grupo que organizou tal ato foi o Coletivo Justa Stop Oil, apenas parem o petróleo, da Inglaterra. Ele foi fundado em 2022 e já depredou além do quadro de Van Gogh Carroça de Feno”, de John Constable, uma réplica de “A Última Ceia”, de Leonardo Da Vinci, “Moça com Brinco de Pérola”, de Johannes Vermeer, além das molduras de uma série de obras de Francisco de Goya. Apesar de as obras não serem muito danificadas devido a medidas de segurança os “protestos” podem facilmente danificar essas que estão entre as obras mais importantes da arte dos últimos séculos. A Carroça de Fene por exemplo passou por restauros.

O porta-voz do grupo James Harvey afirma que os protestos são um sucesso pois são estão chamando atenção para a sua pauta e lhe garantindo entrevistas em diversos portais de imprensa. A ideia por si só é uma farsa visto que a questão climática adquiriu um destaque gigantesco na última década, o próprio Partido Democratico dos EUA, representante do bloco mais poderoso do imperialismo, coloca as questões climáticas como assunto de extrema importância.

Há eventos internacionais para debater o clima, ativistas como Greta Thunberg ganham destaque em toda a imprensa mundial, a própria Amazônia se tornou um tópico de debate internacional. Sobre a questão do petróleo e dos combustíveis fosseis em geral há um enorme debate nos EUA sobre a necessidade de um processo de transição para a produção de energia renovável, o chamado “Green New Deal”, em alusão ao projeto de governo de Franklin Roosevelt na década de 1930. A própria Greta Thunberg chamou atenção para a questão climática por meio de manifestações de rua.

James Harveu chegou a ponto de afirmar que se estivesse vivo Van Gogh apoiaria os atos do Just Stop Oil. Em suas palavras “Já tentamos de tudo. Escrevemos petições, falamos com políticos, marchamos, erguemos cartazes. Nada funcionou. Nós precisamos desesperadamente interromper as emissões de gás de petróleo.” Considerando que o grupo está de fato bem-intencionado e se preocupa com o meio ambiente a ação performática já seria uma conclusão estranha, visto que é menos radical que atos de rua ou que as chamadas greves climáticas.

Mas dado que essa questão ambiental é uma ponta de lança do imperialismo para avançar a sua política e que o grupo fundado de 2022 já está sendo comentado em todo o planeta o mais provável é que esse seja mais um grupo pseudo radical financiado pelo próprio imperialismo. As suas ações lembram muito grupos como o Femen e o Pussy Riot, organizações supostamente feministas criadas pelo imperialismo para atacara o governo de Vladimir Putin na Rússia.

Algo importante sobre essas ações do Just Stop Oil é que elas também jogam agua no moinho da extrema direita. A Europa se encontra em uma crise gigatesca, o imperialismo por meio da guerra da OTAN contra a Rússia criou um caos no continente com o aumento do preço de gás. A inflação da energia e dos alimentos ameaça deixar dezenas de milhões de europeus com frio e fome no inverno que se aproxima. As manifestações em defesa da abertura dos gasodutos e pelo fim da guerra crescem, nessa conjuntura aparece um grupo desconhecido defendendo que se pare o uso de gás, é um escarnio a população pobre europeia, e de todo o planeta.

Esses grupos são identificados com a esquerda, muitos desses ativistas verdes são membros de partidos de esquerda e os partidos verdes em geral se agrupo com o bloco da esquerda. Com a crise gigantesca essa posição ambientalista “radical” choca diretamente com a classe operária. Ser contra o gás na Europa, contra a Petrobrás no Brasil, é uma política totalmente contra os trabalhadores, posição oposta a da extrema direita, que defende até mesmo a indústria do carvão, como forma de manter empregos e energia barata.

O ataque a arte também joga água no moinho da extrema direta por outro motivo, os trabalhadores não tem um apreso pela destruição gratuita de patrimônio publico e cultural. O recente caso da derrubada de estátuas mostrou isso, não foi algo que ressoou entre a classe operária, apenas entre a esquerda pequeno burguesa. Os quadros de Van Gogh não são inimigos de ninguém, bem como as estátuas de Borba Gato e o Monumento as Bandeiras, ao contrário da Shell e da Polícia Militar.

O imperialismo deturpa completamente a questão climática para manobrar uma política a seu favor, o caso da Amazônia é escancarado, o imperialismo planeja uma intervenção no território brasileiro. Os trabalhadores devem apresentar a sua própria política, controle operário sobre as empresas de extração de combustíveis fosseis, políticas públicas para os afetados por desastres ambientais e uma política de industrialização de todos os países atrasados para acabar com a miséria que assola a maior parte da população mundial.

https://causaoperaria.org.br/2022/van-g ... erialista/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Artes

Mensagem por Chapolin Gremista » 16 Nov 2022, 02:58

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ARTE E GUERRA
Banksy pinta as ruas ucranianas de demagogia barata
Artistas são feitos de fantoches pelo imperialismo para defender suas chacinas

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Uma das armas usadas pelo imperialismo para camuflar suas ações destrutivas é a arte. Recentemente, surgiram pinturas ao longo dos muros de destroços na Ucrânia, em tom crítico à Rússia, que foram reivindicadas pelo pintor anônimo Bansky.

Esse artista, que afirmou ter feito uma das obras – mas ainda não reconheceu as outras –, é um dos supostos artistas críticos muito compartilhados pelo mundo como mensageiros da paz, questionadores e atrelados a funções sociais. Suas pinturas são grafites em muros e paredes nas ruas e questionando guerras mas, ironicamente, apenas aquelas nas quais os Estados Unidos estão no lado considerado “bom” pela imprensa capitalista.

Nos novos murais divulgados, uma bailarina dança sobre uma cratera produzida, talvez, por bombas russas; enquanto na outra há uma ginasta equilibrada sobre um bloco de concreto que caiu de alguma construção. A imprensa burguesa, fazendo seu trabalho, não perdoa. A respeito do assunto, o jornal O Globo interpretou a bailarina como sendo uma forma de demonstrar que a Ucrânia resiste aos bombardeios russos em Kiev e mencionam, claro, o caso de Bucha – ocultando que se tratava de uma farsa, e não mencionaram os bombardeios dos nazistas ucranianos contra seu próprio povo.

Bansky, autor cuja verdadeira identidade segue em anonimato, é um daqueles artistas que o grande capital gosta e constantemente aparece em postagens ou camisetas pelo planeta. Travestindo de “críticas sociais”, assim como faz o U2, leva a fama de ser questionador e um grande aliado da paz ou da justiça social, quando, na realidade, é apenas um fantoche e uma peça utilizada pelo imperialismo.

A arte possui, por definição, um caráter transformador e é constantemente atrelada a setores progressistas e é exatamente por essa razão que os imperialistas, por meio de sua máquina de propaganda, utiliza tanto os artistas para caracterizar a operação militar russa como conservadora, reacionária e até nazista; quando, na realidade, não perde seu caráter progressista e libertador da população do Donbass.

A arte mais famosa da última leva divulgada de Bansky, por exemplo, retrata um garoto derrubando e golpeando um judoca, nos escombros de uma construção em Kiev. Os golpistas do O Globo a interpretaram a pintura como um símbolo da suposta resistência do povo ucraniano, representados pelo menino, pequeno e sonhador, contra o grande judoca, que representaria Putin tanto pelo tamanho, quanto por ser um admirador das artes marciais. Essa forçação de barra está presente, como dito anteriormente, para mudar o caráter da operação liderada por Vladmir Putin na Ucrânia, mas a realidade é uma só: contra os nazistas ucranianos, a operação russa possui caráter progressista e deveria ser apoiada por todos os países atrasados e explorados pelo imperialismo.



https://causaoperaria.org.br/2022/banks ... ia-barata/
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