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Mensagem por E.R » 12 Jul 2022, 17:28

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Mensagem por Chapolin Gremista » 13 Jul 2022, 17:04

Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por Chapolin Gremista » 14 Jul 2022, 21:08

Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por Chapolin Gremista » 15 Jul 2022, 18:23

Frigoríficos
JBS/Friboi tem gigantesco lucro às custas dos trabalhadores
Com um lucro de R$5,4 bilhões, um montante de 151,4% acima do obtido no mesmo período de 2021, patrões pagam salário de fome aos trabalhadores

ImagemEntrada de frigorífico – Foto: Reprodução

No primeiro trimestre deste ano, o grupo JBS/Friboi obteve R$5,4 bilhões de lucro líquido, um montante de 151,4% acima do lucro obtido no mesmo período de 2021, às custas dos trabalhadores que vêm sofrendo com o aumento exacerbado dos preços de produtos e serviços, sem que haja reajuste salarial.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado passou dos R$10 bilhões, avanço de 46,7% ante o intervalo de janeiro a março do ano passado. A receita líquida atingiu 90,9 bilhões de reais no período, aumento de 20,8% no ano.

Mesmo com a queda de 5% no processamento de gado porque a China temporariamente suspendeu alguns exportadores brasileiros de carne bovina, a unidade de carne bovina da JBS no Brasil conseguiu aumentar as vendas em 24,2% no último trimestre.

Nada para os trabalhadores

Todos esses aumentos vêm ao mesmo tempo em que os trabalhadores – que vivem na semiescravidão dentro dos frigoríficos – têm que suar sangue para dar conta da produção e aumentar o volume de dinheiro nas contas bancárias dos patrões do grupo JBS/Friboi enquanto amargam os mais baixos salários. Em São Paulo, por exemplo, onde é a base do Sindicato dos Frios, a convenção coletiva é anual, ou seja, tem que esperar um ano inteiro para tentar repor, minimamente, uma parte da inflação manipulada do governo Bolsonaro.

Escravidão

Os operários do JBS/Friboi de Osasco denunciaram como os patrões fazem para o lucro aumentar cada vez mais, ou seja, extinguiram os descansos semanais, tanto aos domingos, como nos feriados, e forçam-nos a trabalhar aos sábados, mesmo esse dia sendo compensado durante a semana, de (segunda-feira até sexta-feira). Assim como nos demais frigoríficos, como no Marfrig, BRF Brasil Foods, entre outros, o regime de escravidão reina nos frigoríficos da JBS.

Aumento salarial e 35 horas semanais

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carne, Derivados e do Frio no Estado de São Paulo encampa a campanha da Corrente Sindical Nacional Causa Operária (CSNCO) de aumento salarial de 50% para os trabalhadores. Não dá para esperar até novembro, data base da categoria, para que os salários sejam reajustados, principalmente porque os patrões aumentam os preços dos produtos quando e como quiserem.

Enquanto isso, os salários, cada vez mais, perdem seu poder de compra, além dos operários terem que trabalhar feito escravos para receber cada vez menos e, diante do custo de vida altíssimo, no dia do pagamento, já não há mais nada para receber, pois o salário já ficou comprometido em dívidas em meses anteriores.

É preciso mobilização!

Diante de todo esse quadro verdadeiramente apocalíptico, a categoria dos frios deve realizar uma ampla mobilização por:

Reposição das perdas salariais, 50% de reajuste de todos os salários, bem como gatilho salarial a cada três meses ou quando a inflação alcançar 3%;
Redução da jornada para 35 horas semanais, sem redução dos salários;
Fim das privatizações, controle dos trabalhadores sobre as estatais, cancelamentos das já realizadas;
Expropriar os bancos, grandes empresas e latifúndios;
Lula presidente, por um governo dos trabalhadores da cidade e do campo.


https://www.causaoperaria.org.br/rede/c ... alhadores/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 18 Jul 2022, 17:02

Pedindo arrego?
The Economist preocupada com a guerra e os efeitos na economia
A ideia de uma guerra de desgaste contra a Rússia parece estar tendo efeito contrário. A Ucrânia já está abrindo o bico e o próprio bloco imperialista se desagrega

ImagemCrise no imperialismo pode gerar um efeito domino. – Foto: reprodução.

A guerra entra a Rússia e a OTAN na Ucrânia, inciada no dia 24 de fevereiro de 2022 abriu uma gigantesca crise no imperialismo. Apesar de toda a propaganda anti russa, que criou a realidade alternativa de que Putin estaria sempre prestes a perder o confronto militar, a realidade se impõe; O governo da Inglaterra caiu devido a situação econômica gerada, o governo italiano está prestes a cair e agora um dos principais porta vozes do imperialismo, a revista The Economist, já abre o jogo com um artigo intitulado “Um conflito prolongado favorece mais à Rússia ou à Ucrânia?”, em que basicamente afirma que a Rússia esta vencendo não só no terreno militar como também no econômico.

O artigo inicia falando da duração da guerra, supostamente o confronto que está no seu quinto mês já estaria adentrando a esfera das guerras longas. São citadas a guerra do Iraque que “Estados Unidos venceram o governo do Iraque em apenas 20 dias.” e a guerra “entre Armênia e Azerbaijão envolvendo o território de Nagorno-Karabakh, em 2020, terminou em 44 dias.”. A premissa inicial já absurda e mostra como o jornal quer passar a ideia de que a guerra se estende demais. A guerra do Iraque durou ao menos 8 anos, entre 2003 e 2011 quando o grosso das tropas saiu do país, mas a presença dos soldados continua no país até hoje, e se iniciou ainda na década de 1990 com a primeira guerra do golfo.

Outro caso importante foi o do Afeganistão, lá a ocupação imperialista durou 20 anos até ser derrotada pela heroica resistência do Talibã. A vitória do povo afegão mostrou ao mundo inteiro a fragilidade do governo Biden e permitiu que a Rússia tomasse a sua ação militar. A verdade é que em 5 meses o êxito militar dos russos é enorme, seu avanço é lento porem constante, toda a região do Donbas e do sul no futuro será tomada inevitavelmente, restando apenas a importante cidade de Odessa, que ainda tem o seu futuro incerto, ainda sem grandes confrontos na região.

O artigo depois analise a situação da da Ucrânia, para o The Economist “existe a possibilidade de a Ucrânia não ter ajustado sua estratégia suficientemente para combater uma guerra prolongada de atrito; de o país ficar sem soldados e sem munição; de um colapso da economia após meses de ataques; de uma queda no ânimo para combater conforme a situação fica ainda mais difícil.” Basicamente a situação com a derrota militar se torna uma crise tão grande que o próprio governo fantoche de Zelensky pode cair, e até mesmo um novo governo não alinhado ao imperialismo poderia assumir.

Mas a revista abre o jogo completamente ao falar da situação econômica da Rússia em relação ao imperialismo. “A Rússia parece estar em situação econômica muito melhor, em comparação. Após uma breve oscilação causada pelas ferozes sanções ocidentais, o rublo se recuperou. O temor de uma corrida aos bancos recuou. Ainda que empresas ocidentais tenham retirado tanto quanto puderam dos cerca de US$ 300 bilhões investidos no país, e muitos russos de alta escolaridade tenham deixado o país, a maioria das previsões indica uma contração relativamente suportável para este ano, graças em parte a pesados gastos do governo. Putin insiste frequentemente que as sanções são piores para o Ocidente do que para a Rússia.” E as insistências do presidente Russo, como sabe muito bem Boris Johnson, estão corretas.

A vitória aparentemente inevitável da Rússia contra a OTAN já abriu uma crise dentre a organização. “Certamente, não há na Otan uma unanimidade em relação à definição de vitória. Quanto mais a guerra se prolongar e quanto mais alto seu custo em termos da inflação do custo da energia e da desaceleração econômica, maior será a relutância dos aliados da Ucrânia em oferecer indefinidamente armas e dinheiro. Putin, de seu lado, parece contar com o colapso da determinação do Ocidente.” A maior aliança militar da história da humanidade está claramente perdendo o controle de um país que tentam dominar desde o golpe de 2014, e pior estão sofrendo uma derrota em sua esfera tradicional, a de uma guerra regular em campo aberto.

Apesar de a derrota militar do imperialismo ser um grande problema pois indica a todos os povos do mundo que é possível se libertar da opressão o grande problema agora não parece ser esse mais sim a gigantesca crise econômica que se abriu. O caso Inglês é o mais indicativo de todos, um dos 3 países imperialista mais importantes do planeta deve seu governo derrubado pela crise que foi gerada essencialmente pela guerra. A OTAN tentou derrubar o governo da Ucrânia, Putin não permitiu e quem acabou caindo foi o governo inglês, e muito provavelmente ele não será o único.

O preço da guerra se torna cada vez mais alto, esse é o motivo de a Economist considerá-la longa demais. Os 20 anos de invasão no Afeganistão, os 7 anos de guerra no Iêmen, os incontáveis anos de guerra no Iraque, os 11 anos de guerra na Síria e as tantas outras guerras imperialistas não foram longas demais. Agora os 5 meses de humilhação da OTAN na Ucrânia estão jogando todo o regime político mundial em uma crise que não aparenta ter saída para o imperialismo. O oposto é a realidade para a classe operária.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/i ... -economia/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 19 Jul 2022, 21:21

Crise econômica mundial
O “dragão” da inflação abala o regime capitalista
O agravamento da crise econômica, que afeta até mesmo os países imperialistas e mais desenvolvidos, pode e deve gerar uma onda de grandes mobilizações dos trabalhadores

ImagemCrise inflacionária, aumento do preço de combustíveis e miséria generalizada levaram à intensa revolta no Sri Lanka – Reprodução/Reuters

Desde o princípio da guerra entre a Rússia e OTAN a economia mundial sofre sérias oscilações. Em primeiro lugar, o dólar enfraqueceu. Agora, com as sanções econômicas impostas à Rússia, o preço do petróleo e do gás subiram bastante no mundo inteiro. A Rússia é uma das maiores exportadoras de gás natural e também fornece petróleo para toda a Europa. Grande parte da produção mundial está relacionada ao petróleo, por isso a rápida subida dos preços desses combustíveis estimulou a inflação.

Nos Estados Unidos, as reverberações já se fazem sentir. Nesse período a inflação chegou a 9%, um número que para a maior economia do mundo é altíssimo. A alta inflação nos países imperialistas é um sinal que precede grandes crises sociais. Com o salário deteriorado, a classe operária ingressa em um ciclo de reivindicações salariais para compensar a perda. Dada a situação caótica da economia, é difícil para o capitalismo dar uma resposta para a crise — esta é, na verdade, um fruto da decadência do regime econômico mundial e da incapacidade do imperialismo de gerí-la — portanto, inicia-se um efeito em cadeia que pode chacoalhar o movimento operário mundial. No Brasil em 1978 os trabalhadores entraram em um ciclo de greves devido à hiperinflação, por exemplo. Essas greves geraram o fenômeno Lula, abalaram profundamente a ditadura militar de 1964 e deram lugar a uma onda de mobilizações que geraram a CUT, o PT e, finalmente, a queda da ditadura.

Na França, o jornal Le Monde já aponta que inúmeras categorias estão entrando em greve por aumento salarial. Macron, cujo governo encontra-se em crise desde as mobilizações dos chamados coletes amarelos, acaba de ser reeleito e já enfrenta uma nova onda de greves. Já há quem peça sua destituição.

A crise abala os governos imperialistas. Boris Johnson, por exemplo, já renunciou ao governo inglês. O Primeiro-ministro italiano, Mario Draghi renunciou depois da queda da coalizão com o Movimento 5 Estrelas. Na Alemanha o Partido Social Democrata, recém-chegado ao poder depois de um longo período sem conseguir um Primeiro-ministro, também está cambaleante. Para os germânicos a alta no preço dos combustíveis pode levar a um aumento da conta de luz de 70% a 200%. Vale lembrar que no hemisfério norte, o outono chega em setembro e com isso a temperatura começa a cair rapidamente. Na maioria dos países europeus é impossível sobreviver ao inverno sem calefação. Em suma, a inflação tem um caráter devastador para os países capitalistas, todos os governos estão ameaçados pela crise e, para completar, os russos ameaçam diminuir ainda mais o fornecimento de gás e petróleo.

Mais ao sul, a crise econômica é igualmente dura, ainda que mais devastadora. O desmantelamento da economia dos países atrasados pelo neoliberalismo deixou-os completamente sem mecanismos para enfrentar a inflação mundial. No Sri Lanka pôde-se ver o resultado desse fenômeno num país atrasado. A população tomou de assalto o palácio do governo.

O Brasil e a América Latina de conjunto podem seguir o mesmo rumo da situação vista no Sri Lanka.
Aqui o que mantém a crise latente por enquanto é o período eleitoral. A espera de uma mudança política no país com o advento do pleito para a presidência faz com que a revolta da população esteja adormecida, à espera do que pode acontecer. Passada a confusão do período eleitoral, o choque de realidade pode ser enorme.

Com a deflagração da pandemia, a derrota dos EUA no Afeganistão e agora a vitória dos russos, o imperialismo encontra-se em uma espiral de fracassos e complicações.

https://www.causaoperaria.org.br/artigo ... pitalista/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 20 Jul 2022, 16:57

Taxação dos pobres
Quem ganha um salário mínimo e meio poderá ter que pagar IR
Agora, até a classe operária mais pobre será obrigada a pagar o Imposto de Renda

ImagemDinheiro pouco na mão do trabalhador – Foto: Reprodução

Com a previsão do reajuste do salário mínimo para R$ 1.294,00 em 2023, os trabalhadores que ganharem 1,5 salário mínimo, ou R$ 1.941,00, vão ser obrigados a pagar imposto de renda a partir do ano que vem. Atualmente, é isento de pagar imposto de renda quem ganha até 1,5 salário mínimo, o que é equivalente, por enquanto, a R$ 1.818,00. Sendo assim, o trabalhador, que já ganha uma miséria que mal dá para sobreviver precariamente, teria descontados em seu contracheque R$ 2,77 mensalmente.

A situação para o bolso do trabalhador de baixa renda tem se agravado nos últimos anos, pois cada vez mais pessoas desse seguimento passaram a pagar o imposto. O motivo seria o congelamento do limite da faixa de isenção da tabela do IRPF em R$ 1.903,00, a qual é a mesma desde 2015, quando o salário mínimo era de R$ 788,00. Na época, pagava imposto apenas quem ganhava acima de 2,4 mínimos, o que hoje corresponderia a R$ 2.908. Em julho de 1994, essa faixa de isenção do imposto de renda era de R$ 561,81, o correspondente a oito salários mínimos naquela época.

Com a escalada inflacionária que vivemos atualmente, a previsão é que o salário mínimo deva ser reajustado acima do inicialmente estipulado, chegando a R$ 1.310,00 em janeiro de 2023. Isso elevaria, então, o desconto mensal em folha para o trabalhador que ganhe 1,5 salário, o equivalente a R$ 1.965,00, para R$ 4,57.

Outro detalhe apontado na matéria expõem que quanto mais a tabela fica congelada, mais o governo arrecada. E com a inflação nos patamares que estão no momento atual, os cofres públicos acrescentam bilhões anualmente à sua arrecadação devido a esse descaso com os mais pobres. A cada 1 ponto percentual de inflação não corrigido na tabela, são mais R$ 2 bilhões por ano que o governo agrega aos seus cofres. Apenas durante o governo Bolsonaro a tabela de isenção deveria ter sido reajustada em 24,49%.

Vemos aqui mais uma vertente do governo neoliberal de Bolsonaro que prejudica enormemente as condições de vida do povo. Os trabalhadores da base social não deveriam pagar IR, eles já não tem renda suficiente nem para viver, imaginemos pagar um imposto que, sob a administração golpista, não retorna ao povo. Vai às enxurradas para os bancos parasitas. Para esse governo, o povo tem prioridade “zero”. Essa situação é mais um roubo que o estado dominado pelos golpistas executam contra os trabalhadores.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/i ... na-europa/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 23 Jul 2022, 03:49

Sofrimento do trabalhador
62% dos brasileiros estão inadimplentes
Consumidores com contas atrasadas cresceu 6,5% em relação a junho de 2021, segundo o SPC.

ImagemDívidas tiram a paz do trabalhador – Reprodução

Segundo levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) diz que 4 em cada 10 brasileiros estão inadimplentes em junho de 2022.

O número é 6,5% maior em relação ao mesmo período em 2021,

São Paulo lidera o número de inadimplentes, com 15 milhões de pessoas. É seguido pelo Rio de Janeiro, com 6,1 milhões e Minas Gerais, com 5,9 milhões. A maior concentração de devedores está entre os 30 e 39 anos, com 15,58 milhões de devedores.

Pobres são os que mais sofrem, a média da dívida de cada inadimplente é de R$ 3.583, entre os devedores, 34% tinham dívidas de R$ 500, o percentual chega a 49,7% quando se trata de dívidas de até R$ 1.000.

Dívidas com o setor bancário representam 59,2% do total. Comércio (13,4%), água e luz (10,9%) e comunicação (9,1%) completam a lista…

Bilionários ficam ainda mais ricos em cima da miséria do povo brasileiro, refazendo acordos e cobrando ainda mais juros da classe trabalhadora que vê saída para essa situação, não se divertem, não viajam, não tem dignidade, a classe trabalhadora segue fragilizada e ameaçada no seu dia-a-dia.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/c ... implentes/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 27 Jul 2022, 10:50

Não pode aumentar o salário mínimo, mas pode gastar bilhões para comprar uma eleição. :lol: :garg:



Compra de votos?
Bilhões para compra de voto, nada para Saúde e Educação
Teto de gastos só serve para atacar o povo. Reduzindo os valores disponíveis para a saúde e a educação.

ImagemEm ano de eleições o dinheiro vivo corre solto mas não melhora a vida da classe trabalhadora – Foto: Diego Peres / Site: Flickr

A burguesia continua a mostrar todo o seu desprezo pelo povo e sua luta para mantê-lo sobre o seu controle. Tanto que Jair Bolsonaro, apoiado por ela nas eleições de 2018, determinou que fosse realizado um corte de R$6,74 bilhões do atual orçamento para que cumprir o teto de gastos, emenda constitucional proposta pelo golpista Temer em 2016. Uma limitação que Bolsonaro não procurou alterar, ainda que já por duas vezes o estabelecimento do estado de emergência permitiu ser rompido.

O Estado de Emergência, dispositivo que não existe na atual constituição federal, foi a solução em 2020 para autorizar os recursos para enfrentar a pandemia. Agora em 2022 mais uma vez está sendo empregado com o agravante que desta vez é para ignorar a legislação eleitoral brasileira que proíbe a concessão de benefícios financeiros as pessoas físicas, no Brasil em ano de eleições somente empresas podem receber tal tipo de beneficio. Uma ilegalidade que contou com a conivência de Bolsonaro, do Congresso Nacional, dos partidos de esquerda no parlamento e mesmo do Supremo Tribunal Federal.

Tudo isso para que a burguesia possa manter as possibilidades eleitorais de Bolsonaro e o limite de teto de gastos seja mantido e os juros da divida publica sejam pagos ao sistema bancário.

O teto de gastos mostra como os golpistas, Bolsonaro e a 3ª via estão unidas contra o povo brasileiro. Seu estabelecimento foi uma das primeiras medidas do golpista Temer, promulgada em dezembro de 2016 com o apoio massivo do Congresso Nacional, especialmente os antigos partidos burgueses da base de apoio do governo Dilma. Em termos gerais ela estabeleceu um regime fiscal com previsão de vinte anos que as despesas publicas só aumentariam tendo como referência a inflação do ano anterior e tendo como referências as realizadas em 2016. A restrição das despesas inclui os gastos tanto em Educação e em Saúde. Não entram neste limite o pagamento dos juros do da dívida pública aos bancos. os gastos com as eleições, as transferências obrigatórias para estados e municípios assim como outras obrigações.

Cabe relembrar que Bolsonaro e a pretensa defensora das mulheres brasileira senadora Simone Tebet voltaram a favor do estabelecimento de um limite de gastos públicos neste teto. Homenageando a jabuticaba, o Brasil é o único país a ter um teto de gastos públicos e o único a colocar tal teto na Constituição.

Um estudo dos economistas Bruno Moretti, Carlos Octávio Ocké-Reis, Francisco R Funcia e Rodrigo P. de Sá, publicado na Revista Focus calculou que se o teto de gastos não existisse e ainda valesse a regra anterior o Sistema Único de Saúde teria recebido a mais R$36,6 bilhões para o período de 2018 a 2022.

Em relação a educação segundo reportagem de Adriana Lampert no site extraclasse.org.br a diferença do orçamento do Ministério da Educação e Cultura (MEC) entre o previsto e o executado para o período de 2017 a 2021 chegou a R$147,66 bilhões.

Ao mesmo tempo o montante de pagamento de juros sobre a dívida pública brasileira chegou a quase R$2 trilhões entre 2017 e 2021 e a dívida pública federal atingiu R$ 5,6 trilhões em 2021 representando 80,3% do Produto Interno Bruto. Entretanto estado como a França e o Japão tinham dividas que chegavam a 116 % e a 266% do seu produto respectivamente em 2021.

O corte anunciado na última sexta pelo secretário especial de Tesouro e Orçamento Esteves Colnago através do 3° relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas do Orçamento. Os detalhes dos cortes só serão anunciados no final do mês com a publicação de decreto que apontará os cortes. Mais uma coisa certa os maiores cortes serão na educação e na saúde até porque são aqueles que o povo mais precisa.

Este é o terceiro contingenciamento anunciado em 2022 para cumprir o teto. Assim, os cortes já chegam a R$ 12,74 bilhões. O corte atual foi provocado pela derrubada de veto pelo Congresso à Lei Paulo Gustavo e ao seu desbloqueio do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

A imensa preocupação em cumprir este teto evapora quando o objetivo é comprar os votos nas eleições que se aproximam. Pelo visto até o medo da esquerda pequeno burguesa de um golpe a ser dado pelo Bolsonaro some.

A compra de voto se confirma no fato que as medidas aprovadas pelo Estado de Emergência terminam em dezembro de 2022. Ela esta dividida da seguinte maneira: R$ 26 bilhões para o Auxilio Brasil, programa social que substitui o Bolsa Família; R$ 5,4 bilhões na forma de um benefício no valor de R$ 1 mil mensais para os caminhoneiros cadastrados no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga; R$ 1.05 bilhões como o auxílio gás;, R$ 2 bilhões para os profissionais cadastrados como motorista de táxi; R$ 2,5 bilhões para os estados e os municípios para garantir a gratuidade para os idosos nos transportes públicos; R$ 3,8 bilhões como créditos para etanol para justificar a redução na tributação nos combustíveis; por fim R$ 500 milhões para o programa Alimenta Brasil.

Estas medidas, mesmo com o objetivo de aumentar a popularidade do Bolsonaro e do Congresso Nacional, vão na sua grande maioria beneficiar os acionistas das empresas de combustíveis em especial os das Petrobras, pois visam garantir um consumo de combustíveis mesmo com a politica adotada desde o governo Temer de atrelar os preços no Brasil com a variação do dólar.

Vale ressaltar que o STF, o “defensor da democracia”, através do ministro André Mendonça negou o pedido da suspensão da tramitação da PEC realizado pelo deputado Nereu Crispim (PSD-RS). Duas outras ações de inconstitucionalidade foram encaminhadas a este juiz, uma do partido Novo e outra da Associação Brasileira da Imprensa.

Um ponto interessante é o comportamento da jornalista Eliane Castanhede, defensora pela adoção do teto de gastos em 2016, em artigo publicado há última terça, criticou o corte dos 6 bilhões, pois dificulta o desejo da maioria do eleitorado em ter saúde, comida no prato, filhos na escola, transporte, paz e felicidade. Cara jornalista no capitalismo isto não é mais possível.

A verdade é que não se pode contar com a presidência com o Congresso Nacional ou com o STF, somente a mobilização popular pode criar as condições para a melhoria da sua situação. Lula Presidente!

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Mensagem por Chapolin Gremista » 28 Jul 2022, 20:41

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Mensagem por Chapolin Gremista » 30 Jul 2022, 18:41

Inflação
Inflação retira carne das compras das classes ABC
Alta de preços pune cada vez mais os brasileiros, especialmente os de baixa renda. O consumo de carne está ficando proibitivo para a maioria das famílias.

ImagemCarrinhos cada vez mais vazios nos mercados – Reprodução

Pesquisa Ipec, encomendada pelo C6 Bank, revela o óbvio: 72% dos brasileiros das classes ABC, reduziram itens nas compras dos supermercados.

A motivação é a inflação, segundo 82% dos entrevistados. A taxa de inflacionária no primeiro semestre foi de 5,79%, a segunda maior desde 2004, segundo o IBGE.

Os itens como carne bovina de primeira ou segunda, carne bovina, frango, peixe, embutidos, tudo isso está sumindo dos carrinhos de compras. Derivados de leite, e o próprio leite, com aumentos que transitam entre 37 e 54%, são cada vez menos consumidos.

A inflação para o trabalhador está muito acima dos índices noticiados, pois os itens da cesta-básica consomem grande parte dos rendimentos e quanto menor o rendimento, maior o impacto. E é preciso mencionar um outro fator: a qualidade dos produtos caiu, embora as embalagens continuem as mesmas.

https://www.causaoperaria.org.br/artigo ... asses-abc/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por Chapolin Gremista » 02 Ago 2022, 05:34

Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por Chapolin Gremista » 04 Ago 2022, 01:19

A crise da fome
Consumo de carne bovina cai e tem o menor nível em 26 anos
Não é pela moda do veganismo, é pela fome e falata de dinheiro do povo brasileiro

ImagemCom mudança de hábitos e alta de preços, a demanda do mercado interno em 2022 recuou para 24,8 kg per capita, em média – Reprodução

De acordo com projeção da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a quantidade de carne bovina consumida no Brasil em 2022 é a menor em 26 anos, esses dados foram apresentados no último dia 01 e diz que o consumo por pessoa, vem recuando nos últimos anos, era de 30,6 kg por habitante em 2019, período pré-pandemia de Covid-19, e atingiu 24,8 kg neste ano, uma queda de 20% e o menor nível da série histórica.

A maior quantidade registrada foi de 42,8 kg por habitante/ano, em 2006, governo Lula. O principal motivo é a falta de renda, emprego e dinheiro da população e também da crise pós pandemia que fez o poder de compra dos brasileiros sumir com a alta da inflação, que atingiu 11,89% no acumulado dos últimos 12 meses.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/c ... m-26-anos/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 04 Ago 2022, 17:52

Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por Chapolin Gremista » 08 Ago 2022, 08:28

Sanções russas
Economia mundial pagará sanções contra a Rússia
Os esforços dos Estados Unidos e da União Européia para aplicar sanções à Rússia devido à sua operação militar especial na Ucrânia serão pagos pela economia mundial com uma recessão

Imagem
Rússia cercada – Reprodução

─Prensa Latina ─

Por Cira Rodríguez César

Redação Econômica

Desde o último dia 24 de fevereiro, segundo a base de dados Castellum.AI (plataforma que fornece informações sobre sanções globais), a Rússia é o país mais punido do mundo, à frente de Irã, Síria, República Popular da República Democrática da Coreia e da Venezuela.

Mais de 8.700 novas medidas restritivas são acionadas contra aquela nação, além das 2.695 que já estavam em vigor antes dessa data.

Após cinco meses de aprovação e aplicação de sete pacotes de sanções, fica claro que o objetivo de impor condições e afetar Moscou não funcionou até agora, segundo o especialista em relações internacionais boliviano Hugo Siles.

Em um balanço geral fica claro que o Ocidente, nos cadernos de projeção estratégica preparados antes da guerra, tinha o objetivo de promover na Rússia não apenas uma estagnação em sua economia, mas também um enfraquecimento estrutural de sua posição militar em um vasto Território euro-asiático, explicou Siles.

No Fórum dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, de 5 a 15 de julho, o vice-chanceler russo, Sergei Vershinin, destacou que as tentativas do Ocidente de culpar os outros causaria inflação nos próprios países que acompanham Washington em sua cruzada contra Moscou, e o que é pior, uma recessão global.

Com base nisso, ele destacou que os erros nas políticas macroeconômicas, alimentares e energéticas das maiores economias do hemisfério durante a pandemia de Covid-19 levaram a uma onda de instabilidade nos mercados globais de commodities antes mesmo do início da operação especial realizado pela Rússia para a desnazificação e desarmamento da Ucrânia.

Vershinin assegurou que, apesar de tudo projetado contra a economia da nação eurasiana, ela tem capacidade para aumentar as exportações de alimentos e fertilizantes para países da África e do Oriente Médio, a fim de contribuir para a solução do problema da fome.

Referindo-se à estabilidade dos mercados de energia, o alto responsável russo sublinhou que o seu país propôs formas de pagamento que escapam às sanções unilaterais dos Estados Unidos e da União Europeia (UE), enquanto em matéria financeira propôs a utilização de moedas nacionais para pagar as dívidas soberanas.

No entanto, ao ignorar tais propostas, as penalidades funcionam como um bumerangue que reverte os planos originais de destruir o sistema financeiro russo e, embora a Europa e os Estados Unidos promovam uma guerra energética contra Moscou, o mundo inteiro terá que responder por isso.

O especialista chinês Lin Boqiang também considerou que o objetivo das medidas era atingir as receitas de energia de Moscou ao menor custo possível para eles.

Mas a UE é fortemente dependente dos suprimentos russos, então o atual aumento nos preços dos hidrocarbonetos tem sido um empecilho para o bloco.

Como resultado, não apenas os Estados Unidos e a Europa enfrentariam custos potencialmente crescentes do petróleo, mas uma escalada da guerra energética entre a Rússia e o Ocidente pode trazer mudanças fundamentais na estrutura do fornecimento global de energia.

Um aumento mais acentuado dos preços do petróleo nesta situação pioraria inevitavelmente o estado da atual economia mundial, que está sob pressão da enorme inflação.

AMEAÇAS À HUMANIDADE E À ECONOMIA GLOBAL

O aumento dos preços dos alimentos, combustíveis e fertilizantes devido à guerra na Ucrânia ameaça arrastar nações de todo o mundo para a fome, com a consequente desestabilização, fome e migrações em massa em escala sem precedentes.

Tal alerta do diretor do Programa Mundial de Alimentos, David Beasley, resume uma realidade perigosa: um recorde de 345 milhões de pessoas com fome aguda estão à beira da inanição, 25% a mais do que no início de 2022.

Essa é uma das consequências mais graves do conflito na Ucrânia -o celeiro da Europa-, seu impacto na disponibilidade de alimentos e na segurança alimentar global.

É por isso que, diante da escassez de alimentos, o Ocidente está repensando as sanções contra Moscou, porque a crise ameaça causar fome generalizada devido às restrições impostas aos produtos russos.

Essa é uma das maiores preocupações, pois as repercussões aumentam um problema alarmante de segurança alimentar em todo o mundo que não será fácil de reverter e que pode desencadear instabilidade social.

Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), em maio os preços dos alimentos aumentaram quase 30% em relação ao preço de um ano atrás, impulsionados pelo aumento dos cereais e da carne.

“Sem fertilizantes, a escassez passará do milho e do trigo para todas as culturas básicas, como o arroz, e terá um impacto devastador em bilhões de pessoas na Ásia e também na América do Sul”, disse António Guterres, secretário-geral da ONU.

A isso se soma à onda de protecionismo causada pelo aumento do custo dos alimentos, como fizeram Indonésia, Índia e Malásia ao restringir suas exportações de óleo de cozinha, trigo e frango para garantir os mercados internos.

Segundo o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, cerca de 20 países têm alguma forma de controle de exportação para reduzir o efeito da inflação sobre os alimentos.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/i ... -a-russia/
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