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Mensagem por E.R » 04 Jun 2022, 11:21

Chapolin Gremista escreveu:
25 Mai 2022, 01:00

Desde 1980, o país passou a ter uma espiral crescente de desindustrialização e perdemos cerca de 30% do parque industrial.

O mercado brasileiro é um dos maiores do mundo, superior à maioria dos países europeus com população bem inferior à do Brasil, hoje em 210 milhões de consumidores.
Isso eu concordo com você, precisa ter a volta da industrialização do Brasil, com a volta de fábricas que produzam semicondutores, componentes e chips, que tiveram peças faltando para a construção de carros e produção de smartphones, computadores e outros eletrônicos.

Aliás, não só no Brasil, mas em países como os Estados Unidos também, que precisam ficar cada vez menos dependentes de países asiáticos nesse sentido.
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Mensagem por Chapolin Gremista » 11 Jun 2022, 03:57

Caos Social
Golpistas jogam mais de 15% da população brasileira na fome
Um retrato da situação no Brasil

ImagemMais de 58% da população brasileira está passando fome. – reprodução

Em pesquisa divulgada na última quarta-feira, dia 8, realizada pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, cerca de 15% da população brasileira, mais de 33 milhões de pessoas, estão em situação de insegurança alimentar grave no Brasil. A entidade, que é formada por órgãos ligados ao imperialismo como a Oxfam Brasil e que portanto tende a interpretar os dados de forma conservadora, revela isso nos dados que mostra em seguida daqueles que foram anunciados em destaque.

A pesquisa dividiu a condição de insegurança alimentar em graus de severidade que podem ser de insegurança alimentar leve ,moderada ou grave….

Derrubadas as divisões que na verdade não passam de um pequeno disfarce para um cenário mais do que aterrorizante, nos deparamos com o número de nada mais nada menos que cerca de 126 milhões de brasileiros em situação de fome nesse país, mais de 58% da população.

A pesquisa mostrou ainda que, no campo, onde estão a maior parcela desses desalentados, cerca 60% da população passa fome, o que revela a importância e a urgência de lutar pelo fim dos latifúndios e o imediato processo de reforma agrária.

No que diz respeito ao recorte por regiões ,proporcionalmente o maior número de famintos encontra-se na região norte ,com cerca de 71% da população daquela região e em números absolutos no nordeste, com mais de 12 milhões de pessoas sem ter o que comer.

FRUTO DO GOLPE DE ESTADO

Segundo a pesquisadora Ana Maria Segall, “desde 2018 já era possível perceber aumento nos patamares da pobreza extrema e fome.”

Já Kiko Afonso, da ONG Cidadania afirmou que “A situação hoje é muito grave, trágica. Isso não vem com covid ou com a Guerra da Ucrânia. Na verdade, a gente está alertando desde pelo menos 2016.”

Como pode ser aferido do relato dos pesquisadores, a situação de calamidade social revelada é resultado direto do golpe de Estado de 2016, quando a PEC do teto dos gastos, a reforma trabalhista, a mudança na política da Petrobras, dentre outras medidas absolutamente criminosas contra a população começaram a ser implementadas pelo presidente golpista Michel Temer.

Bom lembrar que foi esse mesmo golpista, Michel temer, quem indicou para o Supremo Tribunal Federal, o “Skinhead de toga”, Alexandre de Moraes, que assim como os ministros que estavam no Supremo Tribunal Federal nas primeiras etapas do golpe de Estado, tem a função de levar adiante o crime perpetrado contra a população brasileira, dessa vez por meio do denominado inquérito das “fake news” que tentará calar a candidatura do candidato do povo, o ex presidente Lula e alavancar a dos golpistas, a candidatura da terceira via.

É preciso que as entidades representativas dos trabalhadores mobilizem urgentemente toda essa massa de explorados para que se insurja contra os golpistas nas ruas. Só dessa forma conseguiremos derrotar o golpe de Estado continuado.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... a-na-fome/
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Mensagem por E.R » 20 Jun 2022, 18:18

NOTÍCIAS
Após dois meses de aumentos expressivos nos preços dos produtos e serviços, a inflação brasileira diminuiu o ritmo em maio.

Já a Selic, taxa básica de juros do país, contou com um novo aumento e atingiu seu maior patamar desde o final de 2016. No exterior, o mundo foi surpreendido pela alta inflação nos Estados Unidos, que se junta à elevação do preço do petróleo e à invasão russa na Ucrânia como fatores de alerta para a economia mundial.

O IPCA, índice oficial que mede o aumento nos preços de produtos e serviços no Brasil, registrou alta de 0,47% em maio, menor variação desde abril de 2021. Este resultado foi influenciado pela redução no preço da energia elétrica e por um impacto menor nos preços dos alimentos.

O Banco Central elevou mais uma vez a Selic, agora para 13,25% ao ano, maior patamar desde o final de 2016. A Selic é a taxa básica de juros do país e ela serve de referência para operações como empréstimos e financiamentos. A intenção desta medida é reduzir a demanda de produtos e serviços para controlar a inflação.

Nos Estados Unidos, a inflação registrou alta de 1% em maio e deixou os mercados mais pessimistas. Neste cenário, o Banco Central anunciou uma alta nos juros nos Estados Unidos : entre 1,5% e 1,75% ao ano. Este movimento pode atrair investimentos que estavam em países emergentes, como o Brasil, resultando no aumento do dólar.

Cresce o medo de uma queda na atividade econômica global, a chamada recessão. A alta dos juros em diversos países, a inflação acima do esperado, as incertezas sobre a guerra na Ucrânia e o aumento no preço do petróleo no mercado internacional são alguns dos fatores que contribuem para esta visão mais cautelosa.

Fonte : Banco do Brasil
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Mensagem por Chapolin Gremista » 20 Jun 2022, 20:41

Economia
Guerra e fome não são propósitos divinos, mas construções humanas
As políticas neoliberais não servem para combater a fome ou fazer a economia funcionar, mas este não é o seu objetivo

ImagemJosué de Castro – Foto: Reprodução

No final de maio, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) publicou uma pesquisa sobre insegurança alimentar no Brasil utilizando uma base de dados do Gallup WorldPoll, que apresenta um panorama recente do problema. Os dados foram coletados entre agosto e novembro de 2021. Conforme a pesquisa destaca, o tema da insegurança alimentar no Brasil tem relevância especial porque o país é um grande produtor de alimentos, ou seja, o problema é direta e essencialmente político.

A base utilizada pela FGV possibilitou a comparação entre 160 países, em bases anuais desde 2006, oportunizando medir diferenças de prazo mais longo, de insegurança alimentar entre o Brasil e o mundo, assim como de seus determinantes próximos (renda, escolaridade, gênero e idade). Segundo a pesquisa, a parcela de brasileiros que não teve dinheiro para alimentar a si ou a sua família, em algum momento nos últimos 12 meses, elevou-se de 30% em 2019 para 36%em 2021, um recorde da série da pesquisa, iniciada em 2006. A insegurança alimentar, como é sabido, aumentou em boa parte do mundo durante o período mais duro da pandemia (2020 e 2021). Porém, segundo a pesquisa da FGV, ela se elevou 4,48 pontos percentuais mais no Brasil, do que no resto do mundo.

Conforme o estudo mencionado, entre os 20% mais pobres da população brasileira, o percentual dos que vivem em insegurança alimentar saiu de 53% em 2019 para 75% em 2021. Nacomparaçãocommédiaglobalde122países,em 2021, os 20% mais pobres do Brasil tem 27 pontos percentuais a mais de insegurança alimentar, enquanto os 20% mais ricos apresentam 14 pontos percentuais a menos. Esse dado revela, por si só, a grande desigualdade brasileira, que apenas se agravou no período de pandemia. Oranking dos 10 países com mais insegurança alimentar em 2021 é encabeçado por países africanos (tais como o Zimbawe, com 80%),cujos níveis de insegurança alimentar são semelhantes aos 20% de brasileiros mais pobres.

A pesquisa detectou também a piora da pobreza no período recente, elemento que anda junto com a elevação da insegurança alimentar, obviamente. Em 2019, 11% da população brasileira, cerca de 23 milhões de pessoas, se encontravam abaixo da linha de pobreza, pelo critério adotado, de R$ 290 mês por pessoa. Em outubro do ano passado o percentual já era de 13% da população, cerca de 27,6 milhões de pessoas. Ou seja, um crescimento de mais 4,6milhões (quase 65% da população do Paraguai), de brasileiros vivendo com menos de R$ 290 mensais.

Em qualquer país do mundo a fome crônica deve ser motivo de vergonha, porque em regra ela ocorre por razões políticas e não climáticas ou demográficas. Josué de Castro (médico, professor, geógrafo, cientista social, político, escritor), autor dos clássicos “Geografia da Fome” e “Geopolítica da Fome”, dizia que a guerra e a fome são construções humanas. Josué de Castro tem um conceito de subdesenvolvimento que revela nitidamente essa ideia do atraso como uma questão política: “O subdesenvolvimento não é, como muitos pensam equivocadamente, insuficiência ou ausência de desenvolvimento. O subdesenvolvimento é um produto ou um subproduto do desenvolvimento, uma derivação inevitável da exploração econômica colonial ou neocolonial, que continua se exercendo sobre diversas regiões do planeta“. (apresentação do livro “Josué de Castro e o Brasil”, de 2008).É sem dúvida, um conceito atualíssimo.

No seu livro “Geografia da fome” o autor confirma sua tese de que a questão da fome é um problema da má distribuição da riqueza e não da escassez de comida. Para Josué de Castro os processos de colonização e dependência econômica estão diretamente ligados à geração de pobreza e miséria extrema no mundo. Ou seja, o Brasil claramente é um país subdesenvolvido porque é uma neocolônia, que tem que transferir permanentemente riqueza para o centro, através de inúmeros mecanismos, mais ou menos coercitivos. Quando forças nacionais, levantam a cabeça e tentam lutar pela soberania, o Imperialismo se organiza e interrompe o processo, como fizeram no Brasil em 2016, e nos demais golpes recentes em toda a América Latina.

Se a fome pode ser constrangedora para a reputação de qualquer país, no Brasil esse desconforto tem que ser levado à décima potência porque o país está entre os três maiores produtores de alimentos do mundo (juntamente com China a EUA). Ou seja, como registra Josué de Castro em toda a sua obra: a fome, assim como o seu fim, são decisões políticas. Numa sociedade capitalista, para ter acesso aos alimentos é preciso ter renda. Por isso, no combate à fome é fundamental a geração de empregos (de preferência, formais) e a existência de um salário-mínimo que garanta o atendimento às necessidades básicas, dentre um conjunto de outras ações articuladas.

A saída do Brasil do Mapa da Fome da ONU, em 2014, é resultante de uma operação estratégica, que envolveu: políticas de emprego e renda, crédito à agricultura familiar (Pronaf), expansão da merenda escolar, política de estoques de alimentos, política de controle da inflação, política industrial, e assim por diante. Além de competência técnica e determinação, tais políticas devem ser desenvolvidas de forma articulada, pelo Estado. O setor privado não tem interesse e nem condições de assumir tal coordenação. As empresas privadas, no combate à fome, no máximo farão modestas doações, e em seguida, utilizarão o fato como instrumento de propaganda para os seus negócios.

A saída do Brasil do Mapa da Fome da ONU, em 2014, revela que o problema pode ser resolvido de forma relativamente rápida, se houver condições políticas para tanto, ou seja, se os detentores do poder, tiverem interesse. Mesmo sendo a fome no Brasil um problema secular, como devidamente explicitado por Josué de Castro e outros pensadores, em cerca de 10 anos, a partir de 2003, o problema foi significativamente reduzido. Com vontade política, conhecimento técnico e a máquina federal. O fato, muito recente, revela que a manutenção de grandes contingentes de brasileiros passando fome, ou em insegurança alimentar, decorre de escolha política da burguesia.

A fome, num país subdesenvolvido e neocolonial como o Brasil, tem sua função política e econômica. Por exemplo, o Bolsa Família, uma das medidas fundamentais para o Brasil sair do Mapa da Fome, custava 0,5% do PIB, uma bagatela, considerando o seu alcance político e social, que tirava milhões de brasileiros da fome crônica. Mas mesmo sendo uma fração do orçamento, esse tipo de gasto social, subtrai recursos de de outras áreas que, para as forças que estão no poder hoje (fruto do golpe de 2016), são muito mais prioritárias.

Por exemplo, no ano passado as despesas totais com juros chegaram a R$ 448,3 bilhões e a previsão é que o Brasil gaste entre R$ 600 a 700 bilhões neste ano, com essa rubrica. Nenhum país do mundo gasta tanto dinheiro com juros do sistema da dívida. O orçamento do Ministério da Saúde para o Sistema Único de Saúde (SUS), para este ano, é de R$ 160,4 bilhões, ou seja 36% dos gastos com os juros da dívida no ano passado. Se tomarmos apenas o que o Brasil pagou de juros da dívida pública entre 2015 e 2021, chega a R$ 2,8 trilhões, equivalente a 32% do PIB brasileiro. Manter esse sistema da dívida, visando extorquir riqueza dos brasileiros em geral, para encher os bolsos dos especuladores, esta sim é uma prioridade da burguesia brasileira que está no poder. Combater a fome está longe de ser uma prioridade.

Os grandes bancos, como instituições financeiras ou fundos de investimento, detém 47,5% da dívida pública. Ou seja, quase metade de todo o estoque da dívida está nas mãos de bancos privados e instituições financeiras, que são os grandes beneficiários do sistema da dívida pública. Essas instituições financeiras, que detém praticamente o monopólio da dívida pública, também têm os maiores patrimônios líquidos do país. São os donos dessas empresas que realmente mandam no Brasil. Foram eles que articularam e comandam, em boa parte, o golpe de 2016 e todas as suas consequências. É esta gente também que controla os fios que movimentam Paulo Guedes e Bolsonaro e tem muita influência no processo de privatização no país.

Desviar 5% ou 6% do PIB para trilionários, de uma dívida que, no fundo, já foi paga várias vezes, ao invés de melhorar o poder aquisito do salário-mínimo, é sempre uma escolha de economia política e não umadefinição técnica, que tivesse sido escrito em algum “livro sagrado”. Por isso, esses processos não podem ter transparência. É como as privatizações: para justificar a entrega de ativos públicos fundamentais para a população, ao capital, os governantes responsáveis têm que mentir descaradamente. No caso do Brasil, o problema é agravado porque a grande mídia é oligopolizada e defende as privatizações, dando visibilidade para apenas uma posição em relação ao assunto.

O problema da fome e da pobreza, como de resto todas as grandes questões nacionais (reforma agrária, distribuição de renda, indústria, dívida pública etc.), é essencialmente político. Se o País tivesse uma política econômica soberana, decorrente de um projeto nacional de desenvolvimento, o combate à pobreza estaria no centro das políticas públicas, porque diz respeito ao interesse de 99% da população. O problema central para o país se desenvolver com distribuição de renda é romper com as amarras neocoloniais.

As políticas neoliberais não servem para combater a fome ou fazer a economia funcionar, mas este não é o seu objetivo. Por isso todas as manobras políticas, os golpes de Estado, o apoio à extrema direita (como no Brasil em 2018 na fraude eleitoral que elegeu Bolsonaro) visam aprofundar as políticas neoliberais. A fome crescente, especialmente num contexto de grande crise mundial do capitalismo, é uma decorrência quase que natural das políticas de entrega das riquezas nacionais e das privatizações de empresas estratégicas, como está sendo feito com a Eletrobrás, de forma quase silenciosa.

A economia brasileira hoje, mais até do que em outros períodos da história, está ao serviço das grandes multinacionais e do sistema financeiro internacional. A fome e a pobreza de parcela significativa da população são apenas sintomas desse fato econômico e político fundamental. Tudo indica que a crise que temos assistido ao nível mundial seja apenas o começo de um processo que tende a ser cada vez mais dramático. Há uma propensão da crise se desenvolver em forma de espiral, ou seja, realizar estragos cada vez mais profundos e abrangentes. A crise é estrutural e está relacionada com os fundamentos do sistema capitalista ao nível internacional. É claro que um governo ilegítimo, inepto e entreguista, fruto de um golpe de Estado, torna as coisas ainda mais difíceis.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 29 Jun 2022, 01:47

Miséria do golpe.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 03 Jul 2022, 23:08

Direita golpista quer esconder
É a fome!
É preciso denunciar a política criminosa da burguesia golpista e impulsionar a mobilização das organizações de luta dos trabalhadores em uma grande campanha nacional

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Pesquisas divulgadas nos últimos dias apontaram que mais de 60% dos brasileiros consideram que não têm o mínimo que seria suficiente para se alimentar.

Isso significa que de cada 10 brasileiros, seis passam fome em parte dos seus dias, na maioria das vezes de forma regular.

Em todo o País, são milhões os pais que deixam de comer uma ou mais vezes por dia para garantir a alimentação dos filhos. A esmagadora maioria dos brasileiro não chega a consumir o mínimo de calorias necessário para se sustentar.

Também foi revelado que 33 milhões de pessoas passam fome, de forma regular no Brasil nos dias de hoje. Isso, quando nosso País é um dos maiores produtores mundiais de alimentos. Somos o maior produtor de soja, de açúcar e café e o maior exportador de milho, responsável por 50% do mercado mundial desse grão. Temos o segundo maior rebanho bovino do mundo (só perdendo para a índia onde a vaca é considerada sagrada).

Estima-se que o Brasil esteja perto de produzir o necessário para alimentar quase 1 bilhão de pessoas. No entanto, aqui, temos mais 120 milhões de brasileiros passando fome ou comendo muito mal.

A inflação nos alimentos não para de crescer e não há salário que dê conta para fazer as compras do mês, comprar o pão de cada dia, fazer a feira etc.

A revolta contra essa situação é que tem dado lugar a muitas greves, mesmo contra as direções pelegas de sindicatos, que não buscam mobilizar os trabalhadores, como se viu nos casos recentes dos motoristas de São Paulo, garis do Rio de Janeiro, metalúrgicos de Volta Redonda etc. etc.

Por todos os lados, a direita golpista e sua venal imprensa procuram colocar em destaque outros temas, para fazer os trabalhadores deixarem de lado a fome, a inflação, o desemprego, a entrega das riquezas de nosso País etc.

Querem ver o povo discutindo questões secundárias para ocultar a dura e explosiva realidade a que os golpistas levaram nosso país.

Querem impor a terceira etapa do golpe de Estado iniciado em 2016. Para isso, buscam cassar a liberdade de expressão (cassando as redes sociais do PCO); atacam os sindicatos (com pesadas multas) e lançam novas calúnias contra o candidato dos trabalhadores, o ex-presidente Lula.

É preciso denunciar toda essa política criminosa e exigir a mobilização das organizações de luta dos trabalhadores, da CUT, dos sindicatos, do MST etc. em uma grande campanha nacional, de luta, nas ruas, em defesa das nossas principais reivindicações, de um programa real, que tenha como centro os problemas e necessidades reais da classe trabalhadora.

Contra a fome: auxílio emergencial de no mínimo um salário mínimo para todos enquanto durar a crise
Contra o desemprego, redução da jornada para 35 horas semanais, sem redução dos salários
Reposição das perdas salariais, 50% de reajuste de todos os salários e/ou gatilho salarial, a cada três meses ou quando a inflação alcançar 3%
Fim das privatizações, controle dos trabalhadores sobre as estatais, cancelamentos das já realizadas
Expropriar os bancos, grandes empresas e latifúndios
Lula presidente, por um governo dos trabalhadores da cidade e do campo.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 04 Jul 2022, 21:25

Contra a fome
Uma política para a CUT e os sindicatos diante do recorde de fome
A CUT, os sindicatos e toda a esquerda classista devem denunciar a armação golpista e levantar um programa real, em defesa das necessidades reais do povo trabalhador

ImagemA maior organização dos explorados precisa romper com a paralisia da esquerda parlamentar – Foto: Reprodução.

A votação no Senado Federal, no último dia 30, que aprovou em primeiro turno por 72 votos a 1 e em segundo turno por 67 votos a 1, a Proposta de Emenda à Constituição que estabelece um estado de emergência no País a pretexto de viabilizar um suposto pacote social com gastos estimados em mais de R$ 41 bilhões, deixou evidente que a esquerda parlamentar não tem uma política alternativa para atender às necessidades da imensa maioria do povo diante da crise.

A esquerda legitimou que o governo, por muitos classificado como facista e único inimigo a ser derrotado (para o que deixaram de lado até mesmo o fato de que Bolsonaro é cria da direita que deu o golpe de Estado em 2016 e fraudou as eleições retirando o candidato que a maioria do povo queria votar, em 2018), aprove – de certa forma – uma situação de exceção (que pode ser “aprimorada” em favor dos seus interesses e dos interesses daqueles que representa), e distribuir – de forma ilegal (agora “legalizada”) – dinheiro para socorrer de fato os capitalistas, de forma disfarçada. Ou seja, distribuindo pequenos benefícios para a população, que no total somam bilhões que serão entregues – principalmente – aos especuladores que são proprietários da maioria das ações da Petrobras.

Dinheiro para os tubarões capitalistas

O Senado aprovou “a toque de caixa” e quase por unanimidade (a Câmara deve votar na próxima semana) que o governo (em “regime excepcional”) possa distribuir dinheiro para caminhoneiros, taxistas e outros, que serão transferidos para os cofres dos capitalistas.

Isto em meio a uma enorme tendência a uma revolta social justamente contra a alta de preços (inflação) generalizada, principalmente dos alimentos e dos combustíveis, que está corroendo boa parte do já enxuto salário da minoria dos trabalhadores que ainda tem emprego e vencimentos regulares e da maioria (cerca de 60%) que estão presos à escravidão da “informalidade”.

A mesma burguesia e suas máfias políticas que aprovaram a entrega do petróleo e da Petrobras para os especuladores que levaram o litro da gasolina a mais de R$8 e o diesel a superar – pela primeira vez em décadas – o preço da gasolina, agora aprova a distribuição do dinheiro público, ou seja dos impostos pagos pelos trabalhadores para esses mesmos capitalistas.

Fome e “compra de voto”

Os mesmo que expropriaram bilhões dos salários nos últimos anos (só no último ano 70% dos acordos coletivos não garantiram sequer a reposição da inflação oficial) e que impuseram a famigerada “reforma trabalhista” após o golpe de Estado em 2016, fazendo crescer a forme e desemprego, agora, anunciam que vão aumentar o valor miserável do “auxílio Brasil” (substituto do Bolsa Família) para conter a revolta popular que não para de crescer.

Isso na mesma semana em que pesquisas e estudos divulgados apontaram que mais de 60% dos brasileiros consideram que não têm o mínimo suficiente para se alimentar, ou seja, 6 de cada 10 brasileiros, estão em situação de fome.

A situação chegou a um nível tão drástico que se enunciou que a fome crônica já atinge mais de 33 milhões de brasileiros e que estamos superando as gigantescas marcas de fome, do governo FHC, umas piores etapas da história do País.

Fica evidente que o conjunto da burguesia, com apoio da esquerda, aprovou ajudar o governo a usar recursos públicos não para resolver qualquer problema fundamental diante da crise, mas para tentar conter a revolta popular no momento das eleições e, é óbvio, tirar proveito eleitoral do sofrimento do povo.

O governo Bolsonaro e toda a direita que controla o Congresso Nacional, aprovou uma política de “compra de voto” disfarçada de “pacote de bondades” com “auxílios sociais” que visam claramente socorrer os capitalistas e não os trabalhadores.

A “alternativa” da terceira via

Enquanto apoia mais essa política criminosa que ajude a levar Bolsonaro para o segundo turno, a direita golpista que procura impulsionar a terceira via, procura apontar outros eixos para o debate em torno das eleições que se avizinham, para garantir a defesa dos seus próprios interesses diante da crise.

Na “política social” essa direita apoia Bolsonaro, enquanto – com apoio de algumas das principais instituições do regime golpista, como o Partido da Imprensa Golpista (PIG) e a cúpula do Judiciário – procura dar destaque às novas e requentadas denúncias de corrupção, que se dirigiram (e continuam a acontecer) neste momento,, contra Bolsonaro, mas que já mostra indícios de que poderá ser usada contra o ex-presidente Lula, como nas estapafúrdias calúnias sobre seu suposto vínculo profissional (há anos) com um contador que teria prestado serviços para o PCC ou o recente anuncio de que o “MP pede novo bloqueio de bens de Alckmin no caso Odebrecht” (O Estado de S. Paulo, 2/7/22), entre muitas outras.

Como em todo período reacionário, as denúncias em torno da corrupção são o centro da situação para a direita golpista. É o que se viu também nos últimos dias em torno da prisão ilegal (sem motivo real e sem direito à defesa), do ex-ministro da Educação Milton Rodrigues, um ultrarreacionário, defensor do ensino pago e inimigo ferrenho do ensino público. Ele foi apoiado nos seus ataques contra as universidades públicas, nos cortes de verbas da Educação, na enrolação para assinar o reajuste de 33,24% do piso salarial dos professores, devido a mais de 2 milhões de educadores, que governadores e prefeitos não querem pagar. Mas, agora, quando se trata de atacar eleitoralmente o governo, até mesmo a violação das garantias legais foi apoiada por toda a direita, pela imprensa golpista e até mesmo por setores da esquerda, ressalvadas as exceções como o PCO e o ex-presidente Lula que condenaram a prisão ilegal do ex-ministro.

Por todos os lados, a direita golpista procura ditar os rumos da política impondo questões secundárias para ocultar a dura e explosiva realidade da fome e da miséria em nosso país, ao mesmo tempo em que apoia a “compra de votos” de Bolsonaro e de toda a direita.

Buscam conter a polarização política que se expressa claramente no terreno eleitoral na oposição entre as duas principais candidaturas, de Lula e Bolsonaro. Para tanto, promovem candidatos e partidos que nada têm a propor no terrenos dos problemas efetivos do povo brasileiro.

Estão preparando a terceira etapa do golpe de Estado iniciado em 2016. Desta vez, com base em uma “luta” artificial entre os supostos corruptos e os combatentes da corrupção; imorais contra defensores da moralidade, etc.

Falta um programa de luta da esquerda

As duas alas da direita querem desviar os trabalhadores e suas organizações da luta real, por suas reivindicações, e conter as tendências a uma explosão de lutas e protestos que se expressa nas greves esparsas, como a dos motoristas de São Paulo, dos garis do Rio de Janeiro, paralisação dos metalúrgicos de Volta Redonda (CSN), etc.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT), os sindicatos e toda a esquerda classista deve denunciar a armação golpista e levantar um programa real, que tenha como centro os problemas e necessidades reais da classe trabalhadora, que tenha entre os pontos centrais:

A luta contra a fome: com auxílio emergencial de no mínimo um salário mínimo para todos enquanto durar a crise
A luta contra o desemprego, redução da jornada para 35 horas semanais, sem redução dos salários
Contra o roubo dos salários, reposição das perdas salariais, 50% de reajuste de todos os salários e/ou gatilho salarial, a cada três meses ou quando a inflação alcançar 3%
Pelo fim das privatizações, controle dos trabalhadores sobre as estatais, cancelamentos das já realizadas
Expropriar os bancos, grandes empresas e latifúndios

Por um governo dos trabalhadores da cidade e do campo, com Lula presidente.


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Mensagem por Chapolin Gremista » 05 Jul 2022, 20:13

Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por Chapolin Gremista » 06 Jul 2022, 12:32

Roubo
Salário médio de contratação cai 5,6% em um ano
Remuneração real por meio de carteira assinada foi de R$ 1.898

ImagemBolsonaro aplica, no Brasil, a cartilha neoliberal do imperialismo – Foto: Reprodução

Osalário do trabalhador tem valido cada vez menos no Brasil. O mês de maio de 2022 apresentou uma queda de 5,6% no valor do salário médio de contratação em relação a maio do ano passado, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). A inflação está pesando no bolso do trabalhador, algo proveniente da política neoliberal do governo Bolsonaro.

Em maio de 2021, o salário médio real de admissão era de 2.010 reais, enquanto que, em maio de 2022, o valor ficou em 1.898 reais. Isso representa um peso muito grande no bolso do trabalhador, que tem que lidar com frequentes aumentos da inflação sem o reajuste adequado para sua sobrevivência.

O governo alega ter criado 1,05 milhão de vagas formais de emprego em 2022. Contudo, isso não significa uma melhora de vida do povo brasileiro, já que tem trabalhado mais e recebido menos. Isso se os dados forem verdadeiros, o que não parece ser o caso tendo em vista a proximidade das eleições. Ou seja, o capitalismo está atuando conforme reza sua cartilha: sugando até a última gota de sangue do trabalhador.

A imprensa e a burguesia, em geral, põem a culpa desse quadro na inflação alta e no desemprego. Realmente, essas são uma causa da corrosão da renda da classe operária. Todavia, o cinismo burguês aponta o sintoma sem assumir sua própria responsabilidade pela doença. O capitalismo, baseado na especulação rentista, cobra seu preço, e quem paga a conta é quem trabalha (hoje em dia, podemos dizer em “quem tem o privilégio de trabalhar”).

Sendo verdade que inflação e desemprego são os motores da tragédia social que vivemos, devemos, então, apontar as razões de sua existência. Em primeiro lugar, vivemos em uma acentuada política neoliberal, que privilegia o capital financeiro em detrimento da produção. Bolsonaro é o responsável por tocar essa política adiante, mas a pedra fundamental do neoliberalismo é o golpe de Estado contra o PT, com amplo apoio da burguesia e imprensa tradicional.

As privatizações e o sucateamento dos serviços públicos são práticas relevantes no neoliberalismo. Assim, vemos os exemplos da entrega da Petrobrás e da Eletrobrás na mão de acionistas estrangeiros, que enchem os bolsos enquanto o povo padece para pagar por energia e combustível, produtos que influenciam fortemente o aumento do custo de vida e deterioração da renda do brasileiro.

Aqui, temos o principal inimigo do povo brasileiro: o imperialismo. Sem sua ajuda, não haveria golpe, neoliberalismo e nem Bolsonaro. O Imperialismo segue em sua política de exploração de outros povos para seu próprio interesse. Bolsonaro e os demais golpistas cumprem o papel de entregar as riquezas do País nas mãos dos imperialistas, e é isso que tem feito a vida do brasileiro piorar em todas as condições.

Desse modo, apontar inflação e desemprego como causas da perda de renda não basta. É preciso explicar o porquê desses problemas existirem. Nesse sentido, é preciso lutar por uma política que enterre o neoliberalismo, fortalecendo a indústria nacional para a geração de empregos.

Assim, precisamos lutar por um governo dos trabalhadores, por Lula Presidente, redução da jornada de trabalho sem alteração nos salários e criação de empregos.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... em-um-ano/
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Mensagem por Barbano » 06 Jul 2022, 15:36

Tesouro Direto pagando IPCA+6% ou 13% prefixado. Ótimo momento para investir, graças às trapalhadas do Bozo.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 06 Jul 2022, 18:06

Efeito OTAN
Inflação bate recorde na zona do Euro
Crise se aprofunda e inflação chega a 8,6% em junho

ImagemSituação na Europa mostra o tamanho da crise imperialista que atinge até mesmo países como a França e a Alemanha – Foto: Reprodução

OEuropean Central Bank (ECB), o Banco Central que controla as economias dos 19 países da zona do Euro, afirma que a inflação prevista para o bloco em Junho/2022 será mesmo de 8,6%. Coincidentemente ou não, a inflação dos EUA em maio/2022 foi de 8,6%, a maior taxa no país desde dezembro de 1981. Em ambos os lados do Atlântico Norte, o que impulsiona a inflação para cima é, em primeiro lugar, o preço da energia e, por consequência, os preços de combustíveis. Transporte e logística elevam os preços dos alimentos hortifrutigranjeiros, além de outros itens básicos, para o consumidor final: o trabalhador empobrecido e espoliado pela ordem econômica imperialista.

Na Zona do Euro, a energia teve aumento de 41,9% em junho, seguida pelos preços de alimentação, álcool e tabaco, com alta de 8,9%. Frutas, legumes e verduras tiveram aumento de 11,1% em média. O anúncio ocorre poucos dias depois de o ECB elevar a taxa de juros pela primeira vez em 10 anos. A presidenta do ECB, Christine Lagarde, afirmou que as taxas de juros continuarão subindo, caso a inflação mantenha seu ritmo de crescimento na Europa.

A inflação já estava presente nas economias europeias e norte-americanas antes do começo da Guerra na Ucrânia, fato que impulsionou a escalada da inflação na Zona do Euro, com reflexos na economia global, graças aos embargos à Rússia promovidos pelo bloco europeu, capitaneados pelos EUA.

Enquanto a Zona do Euro beira os 8% de inflação, países como Espanha, Luxemburgo, Eslovênia e Bélgica atingem 10%. Já Grécia e Eslováquia ficam em torno de 12%. A Letônia atinge 19%, a Lituânia, 20%, e a Estônia chega aos 22% de inflação. Os países da UE com menores índices de inflação no período são Malta, com 6,1%, e França, com 6,5%, abaixo da media dos países da UE. Cabe ressaltar que a França utiliza matrizes energéticas de origem nuclear, o que ajuda na questão dos custos de energia para os franceses, pesando no cálculo da inflação do país.

Dois países tiveram ligeira baixa nos seus índices inflacionários. A taxa na Alemanha caiu de 8,7% em maio, para 8,2% em junho. Na Holanda, a baixa foi de 10,2% para 9,9% no mesmo período. Pode-se observar que, mesmo tendo queda, os índices da Alemanha se mantêm na faixa da UE, enquanto a taxa dos holandeses registra índice maior que da EU. Em outras, palavras: não estão bem por causa dessa baixa minúsculas em seus índices de inflação.

Segundo o ECB, a taxa de 8,6% é 4 vezes maior do que a taxa prevista, de 2%, para o mesmo período. O contexto geopolítico, assim como a questão inevitável da mudança de estações, que traz o inverno para o hemisfério norte, faz da energia um bem muito mais do que essencial em muitos países europeus. Não só pela produção econômica e manutenção da máquina de guerra mas, principalmente, por conta da sobrevivência ao inverno, estação que cada vez mais se assevera no hemisfério norte.

Entretanto, conforme reportagem do The Guardian, publicada nesta sexta-feira (01), o Reino Unido é um dos mais fragilizados pela inflação, efeitos da guerra e da política de Boris Johnson. Segundo o jornal britânico, o Reino Unido está mais severamente atingido pela inflação que outras grandes economias e padece de um pior arrefecimento na economia. A inflação do Reino Unido, em maio, foi de 9,1%, maior que a média para a Zona do Euro e a maior inflação do G7.

Fica cada vez mais claro que a reação imperialista à operação especial russa é absolutamente ineficiente. Finalmente, as sanções contra a Rússia se voltaram contra o próprio imperialismo que entra em uma crise muito acentuada. A situação na Europa é reflexo evidente disso, o imperialismo já não consegue sustentar o seu próprio sistema que, ao que tudo indica, encontra-se em uma crise terminal.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... a-do-euro/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 09 Jul 2022, 19:18

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Mensagem por Chapolin Gremista » 10 Jul 2022, 03:32

colapso do imperialismo
A crise mundial se aprofunda
O panorama mundial caminha para uma gigantesca convulsão política e econômica

ImagemPróximos dias devem ser marcados por uma oscilação ainda maior nos mercados financeiros – Foto: Reprodução.

Essa semana Boris Johnson abdicou do cargo de primeiro-ministro da Inglaterra. Johnson tentou se manter apesar de a vontade de seu partido sem obter sucesso. Todos os seus ministros renunciaram obrigando-o a renunciar do cargo e da liderança de seu partido.

Embora a imprensa capitalista aponte o Brexit como causa, o motivo real foi a crise econômica, culpar o Brexit apenas reforça a crítica que a imprensa tinha contra essa decisão. Outro motivo apresentado é a festa que o ex-primeiro-ministro fez em seu gabinete durante a pandemia. Embora ambos os acontecimentos tenham diminuído sua popularidade, não explicam a queda de Johnson. Foi a alta inflacionária de 12% no país tomou a situação política de assalto. Para o Reino Unido, com uma das economias mais estáveis do mundo, o número é estratosférico.

Essa inflação é um reflexo direto da guerra entre a Rússia e OTAN. Johnson foi um dos dirigentes que mais vociferou contra Putin, escalando a situação ao ponto dos russos colocarem os mísseis nucleares em alerta, causando uma tensão internacional enorme. De certo modo o Reino Unido sofreu mais as sanções contra a economia russa — que obviamente impactam a economia globalizada de conjunto — do que o próprio governo russo. O cenário inglês é mais ou menos o cenário de crise de 1974, época em que todos os países desenvolvidos tiveram crises inflacionárias acima de 10% combinado com uma retração econômica. Putin golpeou em cheio Johnson com o corte dos combustíveis.

Essa questão está interligada ao ascenso da classe operária em toda a Europa. Trata-se de uma verdadeira onda de greve operárias. Já podemos falar em tsunami. Para qualquer lado que se olhe na Europa percebe-se uma intensa mobilização do movimento operário. Essa crise inflacionária está trazendo a classe operária para o primeiro plano da política internacional. O Le Monde, porta-voz do imperialismo francês já fala em furor operário na França. Caso a situação não seja revertida ter-se-á uma crise política gigantesca em todos os países europeus. Na Holanda os agricultores enfrentaram a polícia em um protesto, um sinal claro de que as classes mais pobres almejam enfrentar o regime capitalista cara a cara, sem medo de seu aparato repressor.

No continente asiático tudo indica que os chineses vão se mobilizar em direção à Taiwan. Depois da derrota no Afeganistão e do exito russo na Ucrânia, os chineses avaliam que conseguirão retomar a ilha de Taiwam. Diante dessa investida o imperialismo terá forças para impor sanções à China, onde a grande maioria das empresas dos países imperialistas tem suas operações industriais? É um cenário muito complicado, pois sem sanções será mais uma derrota militar acachapante do imperialismo, por outro lado, tais sanções derrubarão de vez e economia mundial. Nenhum país sairá ileso de uma ruptura comercial com a China. A crise econômica que decorrerá dessa guerra financeira será um golpe duríssimo nos regimes imperialistas e a alavanca do movimento operário mundial.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... aprofunda/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 11 Jul 2022, 16:49

Mais fome
Alimentos sobem 26,54%: é preciso lutar pelo reajuste de 50%
Gasto com cesta básica já consome quase 70% do salário mínimo de fome em SP

ImagemProdutos básicos ficam inacessíveis para a maioria dos trabalhadores – Foto: Reprodução.

O custo da alimentação básica das famílias trabalhadoras manteve a tendência de forte no mês de junho, conforme apontou a última Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e divulgada no último dia 6.

De acordo com o DIEESE, as maiores altas na variação mensal (maio a junho) do preço da cesta básica ocorreram nas cidades de Fortaleza (4,54%), Natal (4,33%) e João Pessoa (3,36%). Já no acumulado desde junho de 2021, o encarecimento ficou entre 13,34%, medido em Vitória, e 26,54%, no Recife.

São Paulo continua sendo a cidade com maior custo para suprir o direito à alimentação, com média de R$777,01 no valor da cesta, acompanhado por Florianópolis (R$760,41), Porto Alegre (R$754,19) e Rio de Janeiro (R$ 733,14). João Pessoa (R$586,73), Salvador (R$580,82) e Aracaju (R$549,91) são as cidades mais baratas para aquisição de alimentos, embora em todas, o custo da alimentação básica seja elevado. A capital de Sergipe é a única entre as estudadas pelo DIEESE onde a cesta básica consome menos de 50% do salário mínimo: 49,05%.

Com base na cesta mais cara, que novamente foi a de São Paulo, apenas para suprir as despesas de um trabalhador e de sua família (que em média agrupa quatro indivíduos) com alimentação, seriam necessários R$2.331,03. O valor refere-se ao custo para adquirir uma cesta básica a cada um dos adultos e uma para duas crianças, totalizando três para o mês.

Além da comida, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência também são despesas constitucionalmente estabelecidas para serem atendidas pelo salário mínimo. Considerando o gasto de cada um desses itens como percentuais do valor da cesta básica, o DIEESE estipula que valor do salário mínimo necessário para a manutenção de uma família trabalhadora teria de ser R$6.527,67 em junho. Isso é 5,39 vezes maior do que o mínimo estabelecido pelo governo golpista de Jair Bolsonaro, de R$1.212,00.

Em dois anos, o preço médio da cesta básica na cidade de São Paulo aumentou mais de 42,04%. Em contrapartida, o salário mínimo aumentou míseros 15,98%. O aumento do custo de vida está promovendo uma violenta redução do valor real dos salários. Além disso, o desemprego e subemprego são usados como arma dos patrões para promover um rebaixamento geral dos salários.

O peso da alta dos alimentos para a imensa maioria da classe trabalhadora é muito maior do que o que se mostra nos índices oficiais de inflação, uma vez que 90% dos trabalhadores recebem menos de R$3.500, segundo a FGV. Mais de 33 milhões de pessoas recebem até 1 salário mínimo. Nestas condições, a maior parte dos ganhos do trabalhador destina-se à alimentação.

Segundo o IBGE, através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) com dados para o primeiro trimestre de 2022, o rendimento médio real do trabalhador nos três primeiros meses do ano foi de R$2.613. Embora próximo da renda média verificada no trimestre anterior (R$2.596), ainda está 7,2% abaixo do registrado no mesmo trimestre de 2021, quando apontava R$2.817. Isso significa que no momento em que a cesta básica mais perto de estável – a da capital capixaba – subiu 13,34%, a classe trabalhadora empregada empobreceu.

A situação impõe a necessidade de que a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e os sindicatos, juntamente com as demais organizações de luta dos explorados ponham em marcha uma campanha emergencial em defesa dos salários.

De imediato, é preciso levantar reivindicações centrais como um reajuste imediato de 50% de todos os salários para fazer frente ao roubo da renda do trabalhador, nem como de mecanismos de defesa diante da inflação como o reajuste automático dos salários (“gatilho”) a cada três meses ou toda vez que a inflação alcançar a marca de 3%, por exemplo

https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... ste-de-50/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 12 Jul 2022, 10:34

- 5,6% em relação a 202
Salários cada vez menores
Roubo da classe operaria sustenta o parasitismo dos grandes capitalistas, de forma ainda mais acentuada depois do golpe de Estado de 2016

ImagemEmprego formais, cm carteira assinada, tornam-se raros, e o valor de contratação não para de cair – Arquivo DCO.

Osalário do trabalhador vale cada vez menos no Brasil e não para de cair, desde o golpe de Estado, em 2016.

O mês de maio de 2022 apresentou uma queda de 5,6% no valor do salário médio de contratação em relação a maio do ano passado, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). A inflação está pesando no bolso do trabalhador, algo proveniente da política neoliberal do governo Bolsonaro.

Em maio de 2021, o salário médio real de admissão era de R$2.011, enquanto que em maio de 2022, o valor ficou em R$1.898.

Imagem
Pagando a conta

Os dados evidenciam que o trabalhador está pagando a conta de toda a crise gerada pela própria política dos grandes capitalistas e seus governos golpistas.

O governo alega ter criado 1,05 milhão de vagas formais de emprego em 2022. Contudo, isso não significa uma melhora de vida do povo brasileiro, já que tem trabalhado mais e recebido menos. Isso se os dados forem verdadeiros, o que não parece ser o caso tendo em vista a proximidade das eleições. Ou seja, o capitalismo está atuando conforme reza sua cartilha: sugando até a última gota de sangue do trabalhador.

Diante uma alta inflacionária anual acima dos dois dígitos, os valores atuais de contração, bem como o conjunto da massa salarial, mantém-se em queda e no mês de maio (R$1.898), foi menor que o valor de nove anos atrás, conforme mostra o gráfico abaixo, do Ministério do Trabalho, com base nos dados do IBGE.

Imagem
A imprensa e a burguesia, em geral, põem a culpa desse quadro na inflação alta e no desemprego. Realmente, essas são uma causa da corrosão da renda da classe operária. Todavia, o cinismo burguês aponta o sintoma sem assumir sua própria responsabilidade pela doença. O capitalismo, baseado na especulação rentista, cobra seu preço, e quem paga a conta é quem trabalha (hoje em dia, podemos dizer em “quem tem o privilégio de trabalhar”).

Uma política premeditada

Sendo verdade que inflação e desemprego são os motores da tragédia social que vivemos, devemos, então, apontar as razões de sua existência. Em primeiro lugar, vivemos em uma acentuada política neoliberal, que privilegia o capital financeiro em detrimento da produção. O governo Bolsonaro não é o único responsável por tocar essa política adiante, ela é apoiada por toda a burguesia golpista, que apoiou o golpe e toda a política de retirada de direitos e expropriação salarial dos trabalhadores.

Essa política de drástica redução do poder de compra da classe trabalhadora, serve como uma luva aos interesses do grande capital imperialista de aumentar a sangria do País e nossa dependência submissão ao regime dos grandes monopólios.

Em meio à crise histórica do capitalismo, este intensifica por todos os meios a política de rapina dos países pobres e tem nas burguesias “nacionais” parceiros na expropriação dos trabalhadores, por meio do desemprego, arrocho salarial e devastação da economia nacional com as privatizações e todo tipo de medida entreguista.

Bolsonaro e os demais golpistas cumprem o papel de entregar as riquezas do País nas mãos dos imperialistas, e é isso que faz a vida do brasileiro piorar em todas as condições.

Desse modo, apontar inflação imediata e o desemprego como causas únicas da perda de renda não basta. É preciso explicar o porquê desses problemas existirem. Nesse sentido, é preciso lutar por uma política que enterre o neoliberalismo, fortalecendo a indústria nacional para a geração de empregos, expropriando o grande capital financeiro (estatização dos bancos) para garantir crédito para os trabalhadores e pequenos proprietários, nacionalizando o petróleo e todas as riquezas minerais, para gerar recursos para o financiamento do desenvolvimento nacional, no sentido do atendimento dos interesses da maioria da população.

Estas e outras medidas, só será possíveis por meio de um amplo processo de luta, de um enfrentamento e derrota de todas as alas da direita golpista, que ponha abaixo o atual regime golpista e abra caminho para um governo dos trabalhadores, com Lula Presidente. E que se convoque uma Assembleia Constituinte, Livre, Soberana e Democrática, sobre a base da mobilização revolucionária das massas populares.

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