Economia

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João Lucas Simão
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Mensagem por João Lucas Simão » 18 Fev 2023, 14:47

:garg: Aumentando o salário mínimo para 2 mil reais, a economia melhora, sim...

Chapolin Gremista
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Mensagem por Chapolin Gremista » 18 Fev 2023, 20:16

Dinheiro pra isso não faz falta. A menos que você seja um principiante e está iniciando o assunto hoje, como é carnaval eu vou perdoar esse seu comentário inocente por pura ignorância afinal ninguém nasce sabendo.


NOTÍCIAS
ENTREVISTA
Economista da Auditoria Cidadã explica como bancos roubam o País
Denuncia: a dívida pública é um instrumento de extorquir o Estado nacional

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O economista Rodrigo D’ávila concedeu entrevista ao Diário Causa Operária denunciando a extorsão que os banqueiros praticam contra o povo brasileiro. Ele é membro da Auditoria Cidadã da Dívida Pública, grupo que denuncia o montante do orçamento nacional que é subtraído pelos especuladores com os juros da dívida.

Durante a entrevista, os companheiros trataram da questão da previdência social, dos chamados “regimes de recuperação fiscal”, impostos aos estados para que adotem medidas neoliberais em trocas do alívio de pagamentos da dívida com a União, e debateram sobre como funciona o mecanismo para manter a Dívida Pública asfixiando o Estado brasileiro.


DCO – Então, Rodrigo. Muito boa tarde! Você é economista responsável da Auditoria Cidadã da Dívida Pública, e eu queria te perguntar o seguinte: saiu uma matéria no jornal Estado de S. Paulo falando que a dívida pública diminuiu nos últimos 5 anos, que é uma mentira. Eu queria que você explicasse por que eles insistem tanto nisso.


Rodrigo D’Ávila – Boa tarde, é um prazer estar aqui. É claro que os grandes meios de comunicação sempre tentam fazer a dívida parecer uma coisa boa, que a situação está tranquila, porque ela beneficia os bancos, que são seus principais anunciantes. E como eles fazem esses argumentos furados? Com um monte de fórmulas matemáticas, por exemplo, comparando com o PIB, com o chamado “percentual do estoque da dívida sobre o PIB”. Pode ser que esse percentual que esteja caindo, mas o que isso tem a ver com a dívida? A dívida, na prática, com seu valor em reais, tem subido.


DCO – Qual a sua opinião sobre o “erro” do Tesouro Nacional em não computar mais de 2 trilhões da dívida, que já ultrapassa os 8 trilhões? E eu queria que você explicasse o que aconteceu nesse cálculo do Banco Central.

Rodrigo D’Ávila – Bom, essa é mais uma das táticas que eles usam para tentar esconder o endividamento. A Dívida Pública Federal, hoje, se a gente for olhar os dados do próprio tesouro, está em torno de 8,1 trilhões de reais. Mas o que o governo faz: a parcela de títulos da dívida pública que o Tesouro Nacional entregou para o BC é maior que 2 trilhões de reais, de graça. Ou seja, o Tesouro paga juros sobre esses títulos que entrega para o Banco Central; e o que o BC faz com eles? Ele pega e entrega para os bancos, nas operações compromissadas. Os bancos pagam suas sobras de caixas para o BC, que devolve para eles pagando a taxa SELIC, que está altíssima, a 13,75% ao ano.


Então, na verdade, esses 2 trilhões de dívida, que o Tesouro não costuma anunciar para a imprensa – eles anunciam em suas publicações o outro lado da dívida –, eles pagam diretamente para os banqueiros. Eles dizem que a dívida caiu, omitem parte dela, divulgam gráficos nesse sentido.

DCO – Então, tem aquela questão da amortização. Amortizar seria abater a dívida ao longo do tempo; mas, se a dívida só cresce, como fica a argumentação desse pessoal?


Rodrigo D’Ávila – Eles falam que essa metade do orçamento não seria gasto, seria só rolagem, como se o governo estivesse fazendo uma nova dívida para pagar a dívida anterior. Eles usam esse tipo de argumento, mas os erros são: eles não consideram que quase 1 trilhão é gasto por ano sem ter nada a ver com isso, sendo pagamento de juros e amortização. Então eles já estão errados em 1 trilhão. Em segundo, mesmo aquilo que eles chamam de “rolagem”, que é a amortização feita sob novos títulos, mesmo ela deve ser considerada, porque é uma opção política, é um empréstimo, que poderia ser investido na saúde ou na educação. Está se pegando empréstimo para pagar dívida. Como não é gasto? Os neoliberais, quando o governo pega empréstimo para pagar a previdência, eles fazem um escândalo e dizem que tem que reformá-la; mas, quando é para pagar os juros da dívida – sequer a dívida –, eles defendem e dizem que não seria gasto, que seria só rolagem.

DCO – Se a gente olhar para a desvinculação das receitas da União, 30% do que é recolhido na base dos impostos é destinado para pagar os juros da Dívida. Esse valor é maior que o destinado à Previdência, que costuma se dizer que está quebrada. O que você acha?

Rodrigo D’Ávila – Isso é mais uma das falácias, a ideia de que a previdência precisa de reforma. A Associação dos Auditores Fiscais de Brasília tem soltado seus relatórios desde a década de 1990 e, se a gente analisar, a gente vai ver que as áreas de seguridade social, que incluem saúde e previdência, tem as receitas do COFINS, que a grande imprensa despreza na hora de fazer o cálculo. Ignorando as receitas, é óbvio que vai ter déficit.

Se você pegar o período todo analisado, na realidade, houve um superávit. E, mesmo que ela fosse deficitária, não faria sentido nenhum reformá-la, porque ela teria que ser sustentada pelas contribuições sociais. Se os gastos são maiores que as receitas, por que não aumentam as receitas com impostos sobre as grandes fortunas? Por que não pega esse grupo de super-ricos, que não pagam um centavo de imposto, que ganham em dividendo, e taxa? Por que não tributar os estrangeiros que vêm aqui ganhar bilhões com a dívida interna? Os exportadores – não o setor primário exportador – não pagam ICMS. Podemos citar várias outras injustiças tributárias; já a previdência, o governo tem que arrumar os recursos para ela, a Constituição manda.

DCO – Para terminar, por que estados brasileiros, como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, estão em uma situação econômica tão precária?

É a mesma lógica do Governo Federal. De uma dívida que cresce sobre juros, depois mais sobre juros, ao invés de financiar a saúde e a educação. É uma grande ilegitimidade, que deveria ser auditada, também nos estados. Nos anos 90, os estados já estavam endividados, com juros altíssimos. No final dos anos 90, o Governo Federal assumiu a dívida dos estados com os supostos credores, e eles passaram a dever à União – mas assumiu a dívida sem nenhuma auditoria, ou seja, com todas as ilegalidades daquela dívida. A gente não sabe de onde elas vieram.

E os estados já pagaram várias vezes essa dívida, porque ela também começa a crescer juros sobre juros, ela também se multiplicou. A gente tem um cálculo aqui que mostra que a gente já pagou duas, três vezes a mesma dívida, mas ela se multiplicou por cinco. Então é impossível pagar isso aí. E por que se faz isso? Porque a dívida é um instrumento de chantagem: o Governo Federal dá vários supostos alívios dos pagamentos, que continuam rendendo juros sobre juros, mas são postergados, porque seria impossível pagar agora, mas em troca têm de implementar os “regimes de recuperação fiscal”, em que cortam gastos sociais e privatizam suas empresas.

https://causaoperaria.org.br/2023/econo ... am-o-pais/
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Mensagem por João Lucas Simão » 18 Fev 2023, 20:35

Chapolin Gremista escreveu:
18 Fev 2023, 20:16
Dinheiro pra isso não faz falta. A menos que você seja um principiante e está iniciando o assunto hoje, como é carnaval eu vou perdoar esse seu comentário inocente por pura ignorância afinal ninguém nasce sabendo.
Pro patrão pagar 2K pros funcionários, ele tem que aumentar o valor do produto que ele comercializa.

Mesmo assim, muita gente seria demitida, pois é impossível empregar tantas pessoas pagando essa quantia. Ou você acha que ele vai tirar o dinheiro do orifício dele?

Sinto lhe informar, Gremista, mas de nada adianta o salário mínimo aumentar se o poder de compra é uma merda.
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Mensagem por Chapolin Gremista » 18 Fev 2023, 20:40

Que os ricos paguem. Ninguém consegue viver com salário de fome. Eu não sou obrigado a viver de joelhos e achar que tá tudo bem. Se essa é a sua personalidade beleza, mas não tente me obrigar a ser mais um subserviente do sistema de miséria em que vivemos.


NOTÍCIAS
PROPOSTA TÍMIDA
CUT critica aumento do salário-mínimo anunciado pelo governo
O salário-mínimo proposto pela CUT ainda é insuficiente, mas pode servir de base para a luta da classe trabalhadora por um salário que supra as necessidades básicas do povo.

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Assim como o reajuste da tabela do imposto de renda (IRPF) tímida e até mesmo inócua sob o ponto de vista de compensar uma defasagem de quase 150% acumulados desde a primeira gestão de Fernando Henrique Cardoso, em 1996, o novo salário mínimo anunciado pelo governo de irrisórios 20 reais não consegue assegurar as péssimas condições de renda comparadas à carestia desde o golpe de 2016.

A CUT (Central Única dos Trabalhadores) divulgou nota nesta quinta-feira (16) criticando o valor do salário mínimo anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Sérgio Nobre, presidente da Central disse que “Não iremos nos contentar com a proposta atual nem aplaudir quem nos está lesando”. Lula definiu que o valor do salário-mínimo passará dos atuais R$ 1.302 para R$ 1.320. A intenção é que o novo aumento coincida com o Dia do Trabalhador, comemorado em 1º de Maio”.


De acordo com a nota da CUT, e da posição deste Diário sobre o tema, consideramos que o arrocho salarial implementado pelo golpe de 2016 e toda a destruição neoliberal causada pelos golpistas nesses últimos sete anos, não pode sequer apaziguar minimamente as dificuldades e a fome do povo, vilipendiado pelas doutrinas econômicas colocadas em prática pelo imperialismo e pelos lobistas do mercado financeiro no interior do Banco Central e do Congresso Nacional pela ação dos parlamentares, e demais grupos de pressão da burguesia rentista nacional e outros setores da classe dominante.


Segundo Sérgio Nobre, esse valor deveria ser de R$ 1382,71 a partir do dia primeiro de maio. Apesar da crítica ao baixo aumento do salário-mínimo, o líder cutista apresenta um valor ainda muito abaixo das necessidades da população brasileira, esmagada sob os ditames da política reacionária e coercitiva que atende às necessidades dos Estados Unidos e seus consortes europeus e demais parceiros estratégicos da globalização econômica e financeira desenfreada em plena crise causada pelo conflito na Ucrânia.


Alguns eleitores poderiam questionar a relação existente entre o imperialismo e os baixos salários mínimos acordados no governo Lula, mas é importante explicar e destacar: o imperialismo, em conluio com a burguesia nacional, acordaram de maneira ainda mais feroz a pilhagem estatal para superexplorar ainda mais a classe trabalhadora , principalmente dos países atrasados como o Brasil. Resolveram desde o golpe acelerar uma série de medidas que fizeram com que as leis trabalhistas atuassem negativamente contra a classe trabalhadora, assim como a reforma da Previdência e o arrocho salarial intenso.

Como o mercado financeiro está sendo ainda mais favorecido com juros elevados, a dívida pública aumenta explosivamente, impondo um ajuste fiscal ainda mais rigoroso por parte dos governos neoliberais. Isso acaba por retirar, cada vez mais, fatias orçamentárias do Tesouro Nacional que deveriam servir para as políticas sociais e de investimentos na infraestrutura do País, gerando emprego e renda para a população.

Com o orçamento cada vez mais apertado pela exigência do pagamento de juros extorsivos aos banqueiros e especuladores, a política do aumento do salário-mínimo e dos servidores públicos em geral está restrita as receitas orçamentárias cada vez mais reduzidas, devido ao aumento constante da dívida pública, e, portanto da necessidade de pagar maiores valores de juros a esses mega especuladores nacionais e internacionais.

O governo Lula está amarrado e coagido pelos banqueiros e demais rentistas da dívida pública, que exigem o cumprimento das metas fiscais, por meio dos porta-vozes do “mercado”, que são “coincidentemente” os meios de comunicação de massa monopolistas, em nome das famílias históricas da classe dominante; e que asseguram a pressão política por intermédio desse aparato da imprensa burguesa. Uma intensa mobilização se faz urgente e necessária para romper com essa política de paralisia do crescimento econômico e do desenvolvimento da soberania nacional, tendo o povo como protagonista, principalmente no momento em que as condições de vida devem ser garantidas por um aumento real de salário-mínimo, condizente com as necessidades das famílias pobres brasileiras, que necessitariam de um salário de cerca de R$ 7 mil (DIEESE), para uma família de quatro pessoas e que possam viver dignamente no país.

https://causaoperaria.org.br/2023/cut-c ... o-governo/
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Mensagem por João Lucas Simão » 18 Fev 2023, 20:51

Chapolin Gremista escreveu:
18 Fev 2023, 20:40
Que os ricos paguem. Ninguém consegue viver com salário de fome.
Rico = teu patrão. Se o seu patrão pagar, ele quebra. Se ele quebra, você perde o emprego.

Antes um "salário de fome" que a fome sem ter salário.
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Mensagem por Chapolin Gremista » 18 Fev 2023, 21:49

NOTÍCIAS
TABELA DE IMPOSTO DEFASADA
Tabela do IR: armadilha para pobres e classe média
O reajuste do Imposto de Renda está muito tímido e continua a penalizar a classe trabalhadora e a classe média.

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Dos assuntos importantes desta semana, um que merece destaque, certamente, está relacionado ao reajuste da tabela do Imposto de Renda (IR). Defasada desde o início do segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff. A ausência de correção aprofunda ainda mais a desigualdade socioeconômica brasileira, principalmente se levarmos em consideração o golpe de Estado de 2016 e sua continuidade com o governo Bolsonaro. Abaixo, a tabela do IR para fazermos as devidas considerações.

Tabela de cobrança de Imposto de Renda
Alíquota varia de acordo com salário que a pessoa recebe

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Fonte: Receita Federal

O Ministério da Fazenda já finalizou a proposta para a correção da tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), onde a sua faixa de ampliação sairá de R$ 1903,98 para R$ 2640,00 que passariam a valer em 2024. Os patamares foram alcançados após estudos de viabilidade técnica e orçamentária, realizados pelo Ministério da Fazenda sob a gestão de Fernando Haddad.

A finalização da proposta foi anunciada nesta terça-feira (14 de fevereiro de 2023) por Haddad em pronunciamento durante reunião do Diretório Nacional do PT. A última atualização da tabela do IRPF foi feita em 2015, isto é, no início do segundo governo Dilma. E, na fase da virada do golpe para cá, e mesmo assim muito incipiente e tímida para assegurar o mínimo de equidade possível, já que no Brasil as pessoas pobres pagam proporcionalmente mais impostos que os ricos.


Atualmente, a ausência de reajuste da tabela do imposto de renda bateu o recorde histórico de 148,10% de defasagem, em média, desde a última atualização, no período em que a Dilma estava sendo golpeada. Apesar de ainda não ter caído definitivamente, esse percentual foi calculado pelo Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e revela, a cada ano acumulado, o tamanho da carga tributária que a classe trabalhadora carrega nas costas em tempos de queda brutal nos empregos, rendimentos e com inflação acumulada bastante degradante no que diz respeito à corrosão dos salários da população.


De acordo com o estudo, se toda a defasagem da tabela do Imposto de Renda fosse corrigida, apenas pessoas que ganham acima de R$ 4.670,23 ao mês pagariam imposto de renda. Estes números mostram como a faixa de população mais pobre está sendo penalizada pela falta de correção da tabela de isenção. Segundo o Sindifisco “A Direção Nacional do Sindicato se opõe, no entanto, a um aumento de tributação dos rendimentos do trabalho que atinja a classe média, pois esta parcela da sociedade já tem arcado, ao longo de décadas, com uma pesada cota para o financiamento do Estado.


O sindicato defende que a correção da Tabela do IR seja acompanhada da inclusão dos rendimentos financeiros, dos lucros e dividendos na mesma tabela progressiva do IRPF dos rendimentos do trabalho. E que eventuais alíquotas superiores a 27,5% fiquem restritas a valores que ultrapassem o subsídio de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

O estudo alerta ainda para a necessidade de correção da defasagem da tabela do IRPF sobre outras deduções previstas na legislação, como, por exemplo, as que envolvem dependentes, despesas com educação e a parcela isenta dos rendimentos de aposentadoria, pensões e transferência para reserva remunerada ou reforma, pagos aos contribuintes com mais de 65 anos de idade”. De acordo com dados mais específicos por período, podemos identificar o desenvolvimento da defasagem do IR ao longo do tempo segundo a CUT (leia)


Mas, segundo cálculos da Unafisco Nacional com base no índice de inflação de setembro do ano passado, a tabela do IRPF acumula uma defasagem de 144% desde 1996. A defasagem é calculada a partir do índice da inflação, que por sua vez, corrige os salários dos trabalhadores.

Defasagem da tabela do IR (corrigida pelo IPCA)

1996 a 1998 (FHC 1) – 17,19%
1999 a 2002 (FHC 2) – 18,99%
2003 a 2006 (Lula 1) – 7,92%
2007 a 2010 (Lula 2) – 2,48%
2011 a 2014 (Dilma 1) – 6,53%
2015 (Dilma até início do processo de impeachment) – 4,80%
2016 a 2018 (Temer) – 9,42%
2019 a junho de 2022 (Bolsonaro) – 26,57%
No momento que é apresentada a nova proposta de reajuste da tabela do IR no governo Lula, algumas considerações relevantes são importantes destacar. Segundo o presidente Lula o reajuste da tabela inicia em 2024 com o valor de R$ 2640,00 e será escalonado até chegar no valor de R$ 5000,00. Segundo Rodrigo Dávila, economista da Auditoria Cidadã da Dívida Pública (ACD), em entrevista concedida ao DCO, algumas observações a respeito do tema são importantes

“Sobre a tabela do Imposto de Renda, o governo federal não oferece uma proposta melhor para a população pois está pressionado pela chamada “meta de resultado primário”, exigida pelo “mercado” (ou seja, os rentistas da dívida pública) e sua grande mídia, que sempre querem garantias de que o governo terá receitas para pagar a dívida, mesmo sem auditoria, e apesar das muitas ilegitimidades graves desta dívida. A saída, neste caso, é, novamente, a ampla conscientização das pessoas sobre o problema da dívida pública, que consome cerca da metade do orçamento federal. Infelizmente, da primeira vez que governou o país, o governo Lula não aproveitou para fazer este debate, preferindo tentar escondê-lo sob o argumento de que teria resolvido a questão da dívida pública, pagando o FMI, que representava apenas uma pequena parcela do endividamento público. Infelizmente, Dilma vetou a auditoria da dívida – com participação social – que já havia sido aprovada pelo Congresso Nacional em 2015. A opção foi por colocar um banqueiro no Ministério da Fazenda, e fazer uma política de ajuste fiscal que gerou grave crise e desemprego, o que obviamente foi aproveitado pela extrema-direita que chegou ao poder. Agora, espero que esta lição tenha sido aprendida”.


Se calcularmos o que o trabalhador na primeira faixa de contribuição paga de imposto de renda por ano, ainda para 2023, contando o décimo terceiro salário, chegaremos à cifra de R$ 1856,40, muito acima do salário-mínimo atual. É como se o trabalhador, que ganha logo acima da primeira faixa salarial para a dedução do imposto de renda, isto é, a partir de R$ 1903,99 contribuísse quase que o total de seu salário num mês de trabalho. Isso é escandaloso num país de salários baixíssimos, inclusive para padrões latino-americanos, já que o país é um dos que oferecem os salários mais baixos da região. Enquanto banqueiros e especuladores têm enormes isenções nas aplicações financeiras, além de sonegações de bilhões de impostos, proporcionalmente pagam muito menos do que a maioria dos trabalhadores que estão posicionados justamente nas primeiras faixas da tabela.


Agora, com a tabela corrigida a partir de R$ 2640,01 no mesmo percentual de 7,5% o valor pago de impostos em 13 meses, contando o décimo terceiro salário, teríamos um valor pouco superior aos R$ 2574,00; portanto quase o valor do salário mensal desse trabalhador, na prática penalizando o trabalhador que ganha pouco mais de dois salários-mínimos. Mas, se levarmos em conta os índices inflacionários, teremos uma perda nos salários reais acumulada durante o ano, que ainda defasa mais a renda desse trabalhador. Milhões de trabalhadores não irão mais permanecer no campo de pagamento do imposto de renda com esse reajuste da tabela do IR, porém, como enfatizou os estudos do Sindifisco a defasagem chega a quase 150%, levando em consideração a inflação acumulada. Esse reajuste é pouco mais da metade dos R$ 5000,00 propostos durante a campanha eleitoral do então presidente Lula. Os valores, ainda que reajustados, penalizam demais os trabalhadores que na segunda faixa ainda terão que contribuir com 15% para o pagamento do IR.

A reforma trabalhista e a da previdência durante a fase do golpe com Bolsonaro, supremo e tudo, além da crise econômica avassaladora impulsionada pela pandemia e pelos golpistas, banqueiros e o imperialismo, colocou os trabalhadores de joelhos diante da ausência de direitos trabalhistas e de fragilização pelos contratos de trabalho das empresas terceirizadas. O percentual pago de impostos pelos MEIs (microempreendedores individuais), micros e pequenos empresários proporcionalmente muitas vezes é menor do que uma pessoa que recebe um salário a partir de R$ 4664,59 que terá que desembolsar o valor absurdo de R$ 16579,00 em valores arredondados por ano, se considerarmos o décimo terceiro salário. Portanto, são mais de três vezes o salário desse trabalhador em um ano.

Se levarmos em consideração os estudos do DIEESE (Departamento Intersindical de Estudos Estatísticos Sócio Econômicos) que aponta que o salário-mínimo deveria estar em torno de 7 mil reais para satisfazer as necessidades de uma família de quatro pessoas, então o absurdo escancara o real problema da exploração capitalista e da pobreza da população. A tabela de reajuste do imposto de renda proposta pelos ministros da Fazenda e do Planejamento, Haddad e Simone Tebet, são uma afronta aos anseios da população trabalhadora que é jogada cada vez mais para a informalidade e a precariedade da exploração do mundo do trabalho. O projeto neoliberal precisa ser banido no país, onde a armadilha fiscal arrocha salários, espreme o trabalhador com impostos colossais e transfere receitas e orçamentos públicos para os donos da dívida pública e demais capitalistas nacionais e estrangeiros.

https://causaoperaria.org.br/2023/tabel ... sse-media/
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Mensagem por João Lucas Simão » 19 Fev 2023, 10:09

O cara simplesmente posta outra muralha de texto. huahauhahuahahaua

P.S: Ah, você deve estar relevando a minha ignorância no assunto, né? Obrigado, vossa senhoria.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 20 Fev 2023, 20:49

Leia. Estude. Se eduque. Pra não passar vergonha falando do que não sabe só reproduzindo senso comum. :joinha:

NOTÍCIAS
FMI PREVÊ
Contração da economia do Reino Unido, e crescimento da russa
Mesmo sofrendo sérias sanções econômicas as Produto Interno Bruto da Rússia sofre menos que o de países europeus

Ao contrário do que tentou prever os países imperialistas quando estipularam sanções economias à Rússia, usando como pretexto a guerra por procuração que está sendo causada na Ucrânia, onde a OTAN, Organização do Tratado do Atlântico Norte, e o imperialismo tentam atacar de todas as formas possíveis a Rússia, a economia da Europa e principalmente da Inglaterra tem declinado, enquanto o desempenho econômico russo tem crescido.

Segundo o Fundo Monetário Internacional, 2023 será um ano de recessão para o Reino Unido, enquanto a Rússia aponta crescimento economico. Mesmo em guerra e sob sanções, a economia russa deve encerrar o ano com leve crescimento, de 0,3%. De acordo com o FMI, a economia britânica vai encolher 0,6% neste ano, ante previsão anterior de expansão de 0,3%.


Em matéria publicada no Globo no final de janeiro de 2023, as demais economias do G7 tiveram seu desempenho econômico revisado para cima em 2023. Até as perspectivas para a Rússia melhoraram. Em outubro, a previsão do Fundo era que os russos enfrentassem nova contração no ano, desta vez, de 2,3%. Agora, a previsão é de alta de 0,3% do PIB.

A previsão de queda para o Reino Unido, vem acompanhado de uma nova estimativa publicada pelo The New York Times na última sexta-feira (10), o que assombrou ainda mais os analistas económicos britânicos. Paul Johnson, diretor do grupo de pesquisa do Instituto de Estudos Fiscais, disse que é “difícil ver o que está impulsionando” a previsão do FMI para o Reino Unido e por que ela “se deteriorou desde o outono”.

Os motivos dessa recessão no Reino Unido são claras: as sanções contra a Rússia são mais prejudiciais aos países europeus do que o próprio país sancionado. A situação se dá principalmente pelo aumento da energia, do gás, importações dos Estados Unidos, e também o fator combustível que é de péssima qualidade e está vindo da Índia.

Outra questão importante é a especulação gigantesca que essas sanções contra Rússia estão causando no Brexit, e que tem encontrado dificuldade para negociar com países vizinhos. Por outro lado, e economia Russa, superou as expectativas de 2022 de acordo com o site de noticias Prensa Latina. No entanto, a tentativa de manipular a situação econômica feita pela imprensa imperialista contra a Rússia não tem dado muito certo.

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Mensagem por João Lucas Simão » 20 Fev 2023, 23:22

Chapolin Gremista escreveu:
20 Fev 2023, 20:49
Leia. Estude. Se eduque. Pra não passar vergonha falando do que não sabe só reproduzindo senso comum. :joinha:
Ok, Mestre. Seguirei vosso sábio conselho. :reverencia:
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Mensagem por Chapolin Gremista » 20 Fev 2023, 23:51

NOTÍCIAS
BRASIL
Quase 2/3 de crianças e adolescentes estão na pobreza
Enquanto banqueiros lucram bilhões de reais com o pagamento da dívida pública, o povo não tem nem mesmo o que comer

No país que pagou mais de 6 trilhões de reais de juros da dívida pública aos banqueiros e especuladores de dentro e fora do país, nada seria mais espantoso que atribuir ao bolsa família e a quaisquer auxílios emergenciais, além dos investimentos públicos, a razão do nosso déficit público. Somando-se a isso tudo, os pagamentos de salários aos servidores públicos e os investimentos na infraestrutura do país seriam muito custosos para o “Estado brasileiro muito endividado” segundo os jornais da burguesia. Segundo dados levantados pela auditoria cidadã da dívida pública (ACD), mas que estão disponíveis no site do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (SIOP) durante o período do governo Bolsonaro (2019-22) os pagamentos de juros aos capitalistas ultrapassaram mais da metade do orçamento público federal e a nossa dívida pública ultrapassou os incríveis 8 trilhões de reais. O bolsa banqueiro nunca incomodou os rentistas e banqueiros nacionais e estrangeiros, muito ao contrário, sempre foram “a galinha dos ovos de ouro” da especulação financeira desenfreada sem limites.

O golpe de 2016 e principalmente a ascensão do governo Bolsonaro à presidência em 2019 impulsionou o desemprego, a fome, a miséria e todas as formas de destruição neoliberal do país. Essas políticas nefastas de aumentos absurdos dos juros endividando os pobres no varejo e também no atacado, pela ausência das políticas públicas necessárias e urgentes, principalmente aos mais carentes, comprovam que a política econômica, além das “deformas” previdenciárias e trabalhista, combinadas com a recessão econômica, colocaram na “rua da amargura” e na fila dos ossos, nervos e cartilagens milhões de brasileiros sem emprego, renda e as mínimas condições de vida.


Nessa conta perversa de milhões de brasileiros estão as crianças e os adolescentes que atualmente correspondem a 32 milhões de indivíduos na pobreza e na extrema pobreza. Segundo a pesquisa “As Múltiplas Dimensões da Pobreza na Infância e na Adolescência no Brasil”, divulgada nesta terça-feira, 14 de fevereiro de 2023, pelo Fundo das Nações Unidas pela Infância (UNICEF). O trabalho apresenta dados até 2019 (trabalho infantil, moradia, água, saneamento e informação), até 2021 (renda e alimentação) e até 2022 (educação).


O relatório utiliza dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua) e os resultados revelam algo escandaloso; ainda mais se considerarmos que muitos desses dados não estão atualizados ou todos eles fechados em 2022 (final de um ciclo no governo Bolsonaro). A pobreza impactou mais aquelas pessoas que já viviam em condições precárias, principalmente negros e indígenas das regiões norte e nordeste, mas não poupou nenhuma região do país. Os pesquisadores ligados ao UNICEF denominam esse nível de pobreza de multidimensional devido ao fato de combinar privações e exclusões de acesso às políticas sociais e de infraestrutura. A chefe de Políticas Sociais, Monitoramento e Avaliação Sul-Sul do UNICEF Liliana Chopítea afirmou que o cenário piorou durante e ainda após a pandemia devido ao não acesso às escolas.

A pesquisadora faz considerações a diversos índices mensurados, mas notoriamente a pandemia Covid-19 intensificou o agravamento da pobreza extrema do país e para as crianças e jovens de até 17 anos o percentual de 63% dessa faixa etária é assustador para um dos países mais ricos do mundo, em especial na produção de alimentos. O golpe de 2016 e a gestão Bolsonaro foram os grandes responsáveis pela tragédia nacional da pobreza entre crianças e jovens no Brasil. 32 milhões de habitantes nessa faixa etária correspondem a 63% do total dessa população, sem considerarmos muitos índices que ainda não puderam estar atualizados, como a própria pesquisa explicou. A luta do povo por moradia, alimento e as mínimas condições de vida começam pela atenção a essas crianças e jovens, que antes mesmo de chegarem a fase adulta estão com as suas vidas comprometidas com a conta do golpe de Estado e do governo golpista e ultraliberal de Bolsonaro o ombro da população mais carente.


https://causaoperaria.org.br/2023/quase ... a-pobreza/
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Economia

Mensagem por Chapolin Gremista » 21 Fev 2023, 07:33

NOTÍCIAS
ATUALIDADE DE CELSO FURTADO
Celso Furtado e suas ideias sobre economia e desenvolvimento
Um economista que, apesar de não ser socialista, teve uma visão aguçada e soluções para o problema do desenvolvimento brasileiro.

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Do ponto de vista econômico e social a situação do Brasil é muito difícil, a começar pela previsão de crescimento da economia brasileira para este ano, em torno de 1%. Ademais, o país tem a taxa de juros mais elevada e é o que mais gasta com pagamento da dívida em todo o mundo. É nesse quadro que o tema da necessidade de o Brasil retomar o crescimento e distribuir renda, voltou ao centro do debate, principalmente a partir das manifestações do presidente da República que, corretamente, tem criticado a política do Banco Central “independente”, que pratica juros escorchantes. Política que só interessa aos banqueiros, que já não sabem mais onde colocar o dinheiro ganho.

No debate sobre a necessidade de o país retomar o crescimento, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) tem papel fundamental, no financiamento das empresas e do crescimento, especialmente nesse quadro de juros “fora da curva” existente no país. Como é conhecido, o Banco foi muito criticado durante os governos golpistas, de Michel Temer e Bolsonaro, justamente porque o golpe foi contra qualquer pretensão de projeto de desenvolvimento nacional.


O certo é que o Banco foi muito importante na história econômica do Brasil desde sua fundação, no início da década de 1950. O Plano de Metas, por exemplo, aplicado no governo Juscelino Kubitschek, teve papel decisivo do BNDES. Posteriormente, o Plano Trienal, criado pelo economista Celso Furtado, já em meio às turbulências que levaram ao golpe de 1964, visava, dentre outras coisas, combater a inflação e fazer o Brasil crescer a uma taxa de 7% ao ano, além de iniciar uma política de distribuição de renda. Os conceitos desenvolvidos por Celso Furtado e outros, contidos no Plano Trienal, estão na ordem do dia até hoje: substituição de importações por produção nacional, onde for possível, realizada gradualmente; industrialização do país, distribuição de renda, expansão do mercado consumidor interno etc.


Celso Furtado, tido como um dos grandes intérpretes do Brasil, possivelmente é o economista mais importante da história do País. Paraibano de Pombal. se dedicou à difícil (e complexa) tarefa de entender a economia e a sociedade brasileiras. A obra de Celso Furtado reflete a permanente tentativa de entender o Brasil, no contexto latino-americano, e propor saídas para o subdesenvolvimento crônico, que acomete toda a Região. O essencial da exuberante obra do autor, mesmo tendo sido formulado mais nas décadas de 1950 e 1960, é muito atual. Dentre outras razões, porque os problemas que ele catalogou não foram resolvidos (por exemplo, o subdesenvolvimento e o fato de que as decisões estratégicas do Brasil são tomadas lá fora, pelos países imperialistas).


O economista combinava fina inteligência, conhecimento de economia, com grande sensibilidade social. Sua abordagem, ainda mais para os anos de 1950, era heterodoxa, se opunha aos padrões estabelecidos pelas teorias dominantes. Celso Furtado defendeu em suas obras e palestras uma ideia fundamental para os dias atuais: os países que se sujeitam à divisão internacional do trabalho, aceitam-na tal como está colocada, estarão condenados ao subdesenvolvimento. Ou seja, não há desenvolvimento social e econômico sem postura soberana. Uma ideia-chave, especialmente em anos de descarada capitulação, muitas vezes disfarçada de “patriotismo”, como nos dois governos anteriores.

A abordagem histórica perpassa as obras de Furtado, a ponto de, no começo da carreira, se considerar um historiador. Mas o economista estudava sobre muitos assuntos como ciência política, antropologia, filosofia, geografia, métodos quantitativos, além de história econômica, é claro. Levava muito a sério a ideia de que para ser um bom economista tinha que olhar muito além da ciência econômica.


A obra de Celso Furtado tem como preocupação central a questão do desenvolvimento e do subdesenvolvimento, incluindo a forma como as economias subdesenvolvidas e periféricas se inserem no sistema mundial. Ao contrário dos economistas da Escola Neoclássica, que destacavam as vantagens relativas da especialização produtiva dos países subdesenvolvidos, Furtado irá mostrar em seus textos que a natureza das relações entre países centrais e subdesenvolvidos, bem como a própria estrutura social interna dos países periféricos, impedem o desenvolvimento e as mudanças sociais.

O economista mantinha constante preocupação também com o planejamento e com o desenvolvimento regional. Tinha atenção destacada pelo desequilíbrio regional do Brasil, tendo defendido praticamente em toda a sua vida a necessidade de um amplo incentivo para o desenvolvimento do Nordeste. Participou do Conselho de Desenvolvimento Econômico do Nordeste, e fomentou a criação de um órgão de planejamento regional – a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) em 1959. As formulações de Celso Furtado relacionam-se ao chamado enfoque Estruturalista Latino-Americano, que teve como centro os intelectuais e técnicos reunidos na Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), instituição criada em 1948 pela Conselho Econômico e Social das Nações Unidas.


A Economia Estruturalista é uma abordagem da economia que destaca a importância de levar em conta características tipicamente estruturais ao empreender a análise econômica. Essa escola surgiu basicamente com o trabalho da CEPAL e está associada principalmente ao seu diretor Raúl Prebisch e a Celso Furtado. Uma das preocupações centrais das formulações da CEPAL era como o Estado poderia contribuir para o sistema de desenvolvimento econômico nas sociedades periféricas. Preocupação que se mostrou muito legítima, pois todo o desenvolvimento brasileiro, desde então, se deu a partir da coordenação e apoio do Estado.

Ao estudar o subdesenvolvimento do Nordeste, Furtado percebeu que o drama da seca integrava um contexto de atraso, concentração de renda, baixa produtividade, e dominação econômico-política por parte das oligarquias locais. Juntamente com outros estudiosos, Furtado irá transformar a perspectiva sobre os problemas do Nordeste. Tanto a Sudene quanto o Banco do Nordeste representavam a nacionalização da questão nordestina, relacionando essa com a necessidade de uma integração regional. A Sudene e o planejamento estatal tornaram-se ferramentas centrais para o desenvolvimento nordestino.

Um dos pontos fundamentais dessa proposta de reformulação trazida pela Sudene foi o combate ao que se convencionou chamar de “indústria da seca”, ou seja, o uso dos recursos federais em proveito da estrutura de poder tradicional, das oligarquias, sobretudo nas regiões mais secas do semiárido nordestino. A ideia de Celso Furtado era transformar um grave problema – a pobreza e a desigualdade do Nordeste em relação ao resto do país – em uma solução, com o desenvolvimento da Região. Para tanto, defendia a realização de uma reforma agrária, que desse outro destino ao excedente rural, que não o uso improdutivo, e possibilitasse um vigoroso incentivo à industrialização da Região. O que, no entender do economista, contribuiria para o desenvolvimento do país como um todo.

Furtado percebeu que o futuro do Brasil como nação dependeria da transformação do Nordeste, pois as divisões regionais e sociais acabariam por comprometer o desenvolvimento, e a própria unidade política do País. Celso Furtado tinha consciência de que suas propostas de industrialização, desenvolvimento, combate à pobreza e às desigualdades regionais, entravam em colisão com os setores conservadores e com a burguesia nacional, especialmente a mais atrasada e ligada aos interesses dos países imperialistas.

Aquele foi um período de muita ebulição política e social. O país tinha sofrido um golpe de Estado em1954 (que levou ao suicídio de Getúlio Vargas), uma tentativa de golpe em 1961 (os militares não queriam deixar o vice, João Goulart, assumir) e os mesmos conspiradores e golpistas, sob coordenação novamente dos EUA, estavam articulando outro golpe, que viria a ser sacramentado em 1964.

Em 1963, já como ministro de Planejamento de João Goulart, Furtado lança o Plano Trienal, elaborado em apenas três meses por uma equipe coordenada por ele. Era uma situação na qual as políticas econômicas iniciais de João Goulart não tinham funcionado. O objetivo do Plano Trienal era controlar a inflação (51,6% em 1962, 79,9% em 1963, e em rota de elevação) retomar o crescimento, e distribuir melhor a renda. O Plano previa uma política de substituições das importações feita de forma gradual, aumento dos investimentos do Estado e crescimento rápido da indústria.

Um dos objetivos do Plano era criar condições para que os frutos do desenvolvimento se distribuíssem de maneira cada vez mais ampla pela população. Para isso os salários reais deveriam crescer com taxa idêntica à do aumento da produtividade do conjunto da economia, após os ajustamentos decorrentes da elevação do custo de vida. Dessa intenção os golpistas de 1964 não perdoariam Celso Furtado: melhorar a vida dos trabalhadores e distribuir renda aos mais pobres é demais para a direita brasileira (como constatamos mais uma vez no período histórico recente).

Suas propostas à época (e ainda hoje), eram “subversivas”: reforma agrária, mudança na estrutura tributária, distribuição de salários conforme a produtividade. No Brasil (é assim também países dependentes e periféricos em geral), todas essas reformas capitalistas assumem um caráter revolucionário, dado o conservadorismo da burguesia brasileira e à forma subordinada de inserção do país na economia internacional. A própria proposta de industrialização do país e da região nordeste assumia um caráter transformador muito forte – como assume até hoje. Para parte da burguesia nacional o Brasil deve apenas pagar juros da dívida e vender produtos primários para os países ricos. O certo é que as mudanças sugeridas por Furtado não conseguiriam ser implementadas apenas pela argumentação, porque alteravam estruturas da economia brasileira, não eram medidas cosméticas.

É claro que as medidas propostas no Plano Trienal continham problemas e lacunas, como ocorre com 100% dos planos econômicos. Haveria muito o que debater tanto no Plano Trienal, quanto no conjunto da abordagem de Celso Furtado sobre outros temas. Mesmo porque, a crítica fundamentada é vital ao desenvolvimento da ciência e da reflexão. Mas não se tratava de deficiências técnicas do Plano Trienal, e sim da viabilidade política de sua implementação. O golpe de 1964 mostrou que, naquela conjuntura, não havia correlação de forças para implementar um plano que, mesmo que moderadamente, atendia ao grosso dos interesses nacionais e do povo pobre.

Após o golpe de 1964 a ditadura militar reconfigurou a Sudene, mantendo o poder dos coronéis e implementou mecanismos autoritários de planejamento na utilização dos recursos vindos do governo federal. Com o golpe, Celso Furtado é exilado. Ele não poderia ser mesmo suportado pela ditadura: gostava do Brasil e do seu povo e era nacionalista. Além de tudo era um sujeito extremamente culto e autor de quase 40 livros. Isso tudo são defeitos insuportáveis para uma ditadura repressora do seu povo e puxa sacos do imperialismo, como foi a de 1964.

Celso Furtado dizia que os países que se sujeitam à divisão internacional do trabalho, que a aceitam tal como está colocada, estão condenados ao subdesenvolvimento. Mais de 100 anos após o nascimento de um dos pensadores mais refinados do Brasil, suas preocupações centrais seguem mais atuais do que nunca.

https://causaoperaria.org.br/2023/celso ... olvimento/
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Economia

Mensagem por Chapolin Gremista » 23 Fev 2023, 03:36

NOTÍCIAS
ROBERTO BERCOVICI
“A privatização da Eletrobras é resultado de uma série de crimes”
Professor de direito econômico e economia política da USP, Roberto Bercovici, foi entrevistado pelo Diário Causa Operária discutindo os principais temas da economia nacional

Professor de direito econômico e economia política da USP, Roberto Bercovici foi entrevistado pelo Diário Causa Operária discutindo os principais temas do momento a respeito da economia nacional. Bercovici tratou de assuntos como privatização da Petrobrás, Eletrobrás, o problema da operação Java Jato na destruição da economia nacional, como também, sobre o controle dos acionistas norte-americanos nas principais empresas nacionais.

Em meio a uma das primeiras grandes lutas que Lula passou a anunciar que pretende trava contra a burguesia brasileira, a privatização da Eletrobrás é um assunto de extrema importância. O economista destaca que “o Brasil é o único País do mundo” a entregar desta maneira uma empresa de tamanha importância ligada a geração de energia. Nesse sentido, Bercovici destaca que “A privatização da Eletrobras tem uma série de incondicionalidades. É uma série de erros e crimes”. Além disso, o economista explica que a privatização da empresa não se trata apenas de um ataque a geração de energia no País, mas sim ao próprio controle das águas brasileiras.


“A energia brasileira vem principalmente das hidrelétricas. A Eletrobras não controla só a energia do Brasil, ela está no controle do regime de águas do Brasil. Para controlar as represas ela vai utilizar isso conforme os interesses da iniciativa privada. Beneficiando os seus acionistas privados em detrimento dos interesses gerais.”


Como não bastasse esse profundo ataque a soberania e a economia nacional, Bercovici afirma que “O controle do mesmo grupo das Lojas Americanas é um agravante na Eletrobras, o governo não se tocou disso ainda. A energia elétrica pela Constituição é serviço público. Quem garante a energia é em última instância a União. Se acontecer um problema na Eletrobras, fica como? Fica como as Americanas.. Quem vai ter que bancar a brincadeira e vai ter que garantir o funcionamento de tudo é a União, quer queira ou quer, não queira”.


Além da Eletrobrás, outra empresa que foi alvo de intensa campanha de privatização por parte do regime golpista foi a Petrobrás. Esta que é a maior empresa brasileira, e também uma das maiores do mundo, é peça chave tanto para a soberania nacional como também para o desenvolvimento econômico do País.
Mesmo sem estar totalmente nas mãos da iniciativa privada, o economista da USP destaca que a Petrobrás é forçada a “pagamento de dividendos elevadíssimos mais do que inclusive as leis que regem estes acertos”. Na prática “ela virou uma máquina de pagamento de pagar a dívida como uma financeira. Na verdade, né? Ela é um banco, é praticamente um banco. Você simplesmente vai e aperta no botãozinho do caixa eletrônico, aperta o botãozinho vai. Às custas da sociedade Brasileira”.


É com esta política ligada ao capital financeira que é “colocado elevados preços de combustível, mesmo sem precisar pois boa parte deles são produzidos no Brasil”. Bercovici destaca que a Petrobrás é forçada a “reproduzir o real em dólar”, além disso “como é permitido, o cidadão brasileiro é obrigado a garantir o pagamento de dividendos elevadíssimos para o acionistas minoritários, que em grande maioria são estrangeiros”.

O Preço de Paridade Internacional (PPI) é um problema central nessa questão. É com base no PPI que o combustível nacional é vendido à preço de dólar para o mercado interno brasileiro. O economista destaca que a alteração desta política é fundamental e relembra a relação da mesma com o regime golpista, após a derrubada da presidenta Dilma Rousseff em 2016.

Outro problema importante é o fato da Petrobras estar na bolsa de valores de Nova Iorque. “O fato de ter as ações em Nova Iorque faz que a Petrobras possa ser vítima, como efetivamente foi na época da Lava Jato. Estando na bolsa aprende as chances de serem realizadas ações na justiça norte-americana, ações de acionistas minoritários contra as empresas, contra a direção das empresas, com ações bilionárias e que geram uma série de problemas porque geram indenizações bilionárias. Basta o juiz autorizar e você tem uma multa bilionária” afirma Roberto.

Ligado a esta questão o economista relembra que esta operação contra a principal empresa nacional já foi feita no período da Lava Jato. “Quando a Petrobrás é foi vítima da Lava jato, a Petrobrás parou de investir gerando miséria e desemprego. São obras paradas, milhares de pessoas foram demitidas. Esse é o resultado da Lava. Jato, que levou a restrição das ações da Petrobrás”, descreve.

Este problema inclusive é algo de extrema importância para ser resolvido pelo governo Lula. Durante sua campanha eleitoral, o presidente agora eleito reafirmou em diversas oportunidades que a Petrobrás precisa tornar-se uma impulsionadora do desenvolvimento econômico nacional. Tal feito só será possível por meio de um controle total do Estado sobre a empresa, com o fim da PPI e a retirada da ações na bolsa de Nova Iorque, um dano iniciado pelo governo de Fernando Henrique Cardoso e mantido até os dias atuais.
Roberto Bercovici lembrou ainda que o governo chinês já agiu nesse sentido no último período, retirando as ações do controle dos tubarões do imperialismo norte-americano.

https://causaoperaria.org.br/2023/econo ... nacionais/
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Economia

Mensagem por Chapolin Gremista » 23 Fev 2023, 22:59

NOTÍCIAS
QUE COMAM BRIOCHES!
Direita quer pente fino no Bolsa Família para matar povo de fome
Estadão está a pleno vapor na campanha pela austeridade pública

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OEstado de São Paulo publicou um editorial na semana passada intitulado “Hora do pente-fino no Bolsa Família”, nesse artigo de opinião o jornal tentou exercer uma pressão no governo Lula para passar esse tal pente-fino, a justificativa seria que o ex-presidente Bolsonaro teria promovido um “caos” cadastral, e muitas famílias estariam recebendo o auxílio de maneira irregular, enquanto outras estariam de fora. Trata-se de uma campanha pela austeridade pública. O Estadão faz parte do grupo que pressiona o atual governo contra as reformas sociais que Lula quer promover.

O número de miseráveis aumentou vertiginosamente no Brasil durante a pandemia, a inflação corroeu todo o salário do trabalhador e jogou centenas de milhares de pessoas nas ruas. Em 2019, o Brasil registrava 12,5 milhões de desempregados, um ano depois esse número subiu para 13,2 milhões, isso porque é um valor subestimado, não contabiliza as pessoas que desistiram de procurar emprego.


Atualmente são 22 milhões de famílias que recebem o auxílio, segundo o jornal, pelo menos 2,5 estariam agindo de maneiro irregular, número que não passa de uma estimativa visto que o governo não passou nenhum pente fino ainda. Através de uma falsa preocupação com as contas públicas, o Estadão esconde uma campanha contra as reformas que Lula anseia. É uma monstruosidade, o Brasil conta com mais de 32 milhões de crianças nas ruas atualmente, isso é 63% das crianças no Brasil, o país está na miséria, os dados são da pesquisa da UNICEF “As Múltiplas Dimensões da Pobreza na Infância e na Adolescência no Brasil”. Os dados recolhidos o foram em 2019 e 2020, alguns em 2021, ou seja, a maior é pré-pandemia, o número é muito maior hoje em dia.

“A pobreza na infância e na adolescência vai além da renda. Estar fora da escola, viver em moradias precárias, não ter acesso a água e saneamento, não ter uma alimentação adequada, estar em trabalho infantil e não ter acesso à informação são privações que fazem com que crianças e adolescentes estejam na pobreza multidimensional”, diz Liliana Chopitea, chefe de Políticas Sociais, Monitoramento e Avaliação do UNICEF no Brasil.

O aumento irrisório no salário mínimo, R$ 18, já provocou um imenso alvoroço na burguesia. Se os trabalhadores não se mobilizarem, Lula ficará de mãos atadas pelo congresso enquanto é açoitado pela imprensa. A classe trabalhadora brasileira deve brigar para que Lula consiga fazer algumas reformas e revindicar que mais seja feito. A esquerda passou os últimos 7 anos na defensiva, fazendo uma campanha contra o golpe da Dilma, contra a prisão de Lula, contra a Lava-Jato e contra o governo Bolsonaro, agora que Lula venceu as eleições é preciso partir para a ofensiva e emplacar as reformas necessárias para tirar o Brasil da miséria, para isso é preciso mobilizar a classe trabalhadora.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 25 Fev 2023, 01:45

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Mensagem por Ramyen » 06 Mar 2023, 18:12

NOTÍCIAS
Banco Central começa a testar a moeda digital oficial do país

Segundo a instituição, projeto-piloto do Real Digital será feito em ambiente simulado, não envolvendo transações ou valores reais

https://noticias.r7.com/economia/banco- ... s-06032023
RAMYEN, O MELHOR USUÁRIO DO FÓRUM CHAVES

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