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Chapolin Gremista
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Mundo

Mensagem por Chapolin Gremista » 25 Jun 2022, 18:28

Cai primeiro-ministro
Israel, braço armado dos EUA, mergulha em nova crise
Israel, peça-chave para a dominação imperialista no Oriente Médio, mergulha em uma nova crise de governabilidade

ImagemAssim como no resto do mundo, imperialismo em Israel entra em uma crise – Foto: Reprodução

Nesta última segunda-feira (20), o primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, que está eleito há apenas um ano, anunciou que irá renunciar o seu cargo. Em seu lugar, assumirá o seu atual chanceler Yair Lapid, que terá cargo interino até as próximas eleições em outubro.

Isso significaria, segundo a imprensa burguesa, que a aliança que se uniu para eleger Bennett ruiu, ou seja, está se fragmentando, algo que mostra um claro sinal da crise, que se dá no sentido de que Bennett não conseguiria mais obter o apoio necessário dessa aliança no Knesset (parlamento israelense). Tal desastre impediria, na prática, de seu governo aprovar medidas. Além disso tudo, ainda há possibilidade da dissolução do Knesset.

Existe, ainda, a possibilidade desse ocorrido permitir a volta ao poder do ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que é o líder da oposição ao governo de Bennett. Para evidenciar ainda mais a crise, além das tentativas da oposição de retomar o poder recém perdido, o país passa por uma forte onda de conflitos com os palestinos, sempre massacrados pelo regime em Israel.

Muito devido à constante ação ditatorial que Israel tem com o povo palestino, algo que se assemelha muito ao Terceiro Reich de Hitler, tais conflitos parecem cada vez mais frequentes, tendo em vista o claro enfraquecimento do Estado israelense. Um novo sinal, diga-se de passagem, da crise que vive o imperialismo mundial, com sede principal em Washington e que faz de Israel uma arma de seus desejos na região para sempre ter um apoio contra o Irã, Líbano e a Síria, bem como controlar o Oriente Médio inteiro, tudo através do Estado sionista.

O imperialismo tem sofrido diversos revezes nesses últimos dois anos, e a derrota evidente no ano de 2021 para o Talibã no Afeganistão, bem como agora com a operação russa na Ucrânia, só mostram as fraquezas de sua política em diversos ângulos que podem ser analisados.

A saída de Naftali Bennett, bem como a dissolução de seu grupo principal de apoio, está evidenciando cada vez mais que Israel está seguindo a crise de seus patrões ao Norte, e, assim, enfim poderemos imaginar uma Palestina livre num futuro não tão distante. A luta já está sendo travada e cada vez mais que o imperialismo perde na região, também perde o Estado fascista dos sionistas, que comete crimes contra os povos já há décadas, sob ordens dos norte-americanos e dos europeus.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/i ... ova-crise/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Europa

Mensagem por Chapolin Gremista » 25 Jun 2022, 19:16

Bruxelas
80.000 trabalhadores vão às ruas contra ação belga na Ucrânia
Em resposta à inflação, manifestantes afirmam que governo belga deve se preocupar com seu povo, e não com a guerra na Ucrânia

ImagemTrabalhadores belgas vão às ruas de Bruxelas denunciar a crise econômica do país e o o servilismo do país à política imperialista – Foto: Reprodução

Trabalhadores belgas e sindicatos foram às ruas de Bruxelas, capital da Bélgica, protestar contra a crise inflacionária e o envolvimento do país na guerra da Ucrânia, à mando do imperialismo. A polícia informou que o protesto atraiu 70.000 pessoas, mas, segundo as organizações sindicais, o número de manifestantes girou em torno de 80.000. Já outros meios de comunicação falam em até 100.000 manifestantes.

A crise econômica pela qual passa o país, denunciada pelo grande ato, se manifesta de maneira grave no salário mínimo e na diminuição do poder de compra dos trabalhadores. Setores como alimentação, o gás, combustível e condições de vida de uma maneira geral, estão chegando a preços absurdos. Para levar a questão ao extremo, a posição imperialista dos Estados Unidos e da União Europeia em relação à guerra na Ucrânia está levando vários países da Europa ao colapso econômico, devido à dependência do mercado europeu ocidental aos russos.

Em entrevista ao portal Euronews, Abigail Urban, uma trabalhadora do setor de serviços gerais que cria quatro filhos, declarou:

“Todos os dias tenho de escolher entre pôr combustível para ir trabalhar, alimentar a minha família ou aquecê-la, principalmente durante o inverno. Participo [do ato] porque precisamos de liberdade sindical, de negociar, de fazer as coisas avançar. As pessoas estão prestes a morrer por causa da precariedade, porque está tudo aumentando, menos os salários”

Tudo isso demonstra a profundidade da derrocada do imperialismo e a crise ampla em que o capitalismo está metido, entrando em colapso geral.

No ato, foi registrada a presença de denúncias em cartazes e faixas que diziam: “dinheiro para os salários e não para a guerra” e “A Bélgica não é escrava”. Os trabalhadores belgas reivindicam, de maneira acertada, que a preocupação do governo deve ser com os seus salários que estão sendo vítimas da inflação, e traduzem as péssimas condições que o povo belga está passando, e não com a guerra na Ucrânia. O cartaz que denuncia uma “Bélgica escrava” se refere ao financiamento que o governo envia aos exércitos ucranianos, prestando serviço aos imperialistas da OTAN, enquanto o povo é abandonado às loucuras da crise.

Thierry Bodson, presidente da Federação Geral do Trabalho da Bélgica (FGTB), também teve sua entrevista reproduzida pelo Euronews, e chama muito a atenção sua preocupação em denunciar o autoritarismo do governo belga:

“Atualmente, o simples fato de participar de um piquete de greve ou de bloquear a circulação é suficiente, de acordo com o Código Penal, para condenar uma pessoa, nomeadamente a prisão com pena suspensa”

O imperialismo esconde a verdade por trás de uma cortina de fumaça, construída através de órgãos de imprensa financiados por grandes empresários capitalistas e governos imperialistas. Os europeus estão passando maus bocados por conta da guerra na Ucrânia, isso revela algo que este diário vem denunciando: a derrocada do capitalismo imperialista.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/i ... a-ucrania/
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Europa

Mensagem por Chapolin Gremista » 26 Jun 2022, 20:24

"Declaração de guerra"
Lukashenko repreende bloqueio da Lituânia a Kaliningrado
A situação, nessas condições de bloqueio da Lituânia a Kaliningrado, território russo, será catastrófica se continuar

ImagemPresidente de Bielorussia, Aleksandr Lukashenko – Reprodução

─Sputnik News ─ O bloqueio da Lituânia a Kaliningrado é, de fato, uma declaração de guerra, disse o presidente de Belarus, Aleksandr Lukashenko, em reunião com seu homólogo russo, Vladimir Putin, neste sábado (25), em São Petersburgo.
Ele acrescentou ainda que está preocupado com a “retórica de confronto” de alguns vizinhos de Belarus, citando Polônia e Lituânia.
No último sábado (18), o governador da região de Kaliningrado, Anton Alikhanov, informou que a companhia estatal de caminhos de ferro lituana, a Lithuanian Railways, havia cessado o trânsito ferroviário de mercadorias sancionadas entre a Rússia e o seu enclave situado na costa do mar Báltico, apesar de ter um acordo pendente com Moscou de que os corredores de transporte devem permanecer abertos.
A Lituânia alega que estaria simplesmente seguindo o plano de sanções da União Europeia contra a Rússia.

Para Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, as ações da Lituânia são como provocações que levarão a reações apropriadas por parte de Moscou.
A diplomata russa disse que a Lituânia deve entender a gravidade das consequências da proibição do trânsito ferroviário de mercadorias para a região de Kaliningrado.

“Espero que os representantes da Lituânia ainda tenham algum profissionalismo remanescente na avaliação da situação […] Eles devem entender as consequências — e as consequências, infelizmente, virão”, afirmou Zakharova.

Nesta sexta-feira (24), Josep Borrell, chefe das relações exteriores da União Europeia (UE), declarou que a UE revisará suas diretrizes de sanções para evitar “bloquear” o tráfego de entrada e saída de Kaliningrado.
A declaração do alto funcionário da UE ocorreu logo após o Ministério das Relações Exteriores russo ter emitido alertas sobre as consequências das restrições lituanas.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/i ... iningrado/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 29 Jun 2022, 01:09

Imperialismo
Turquia apoiará adesões de Finlândia e Suécia à OTAN
As partes assinaram um comunicado conjunto após negociações na capital espanhola

ImagemPresidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan – Reprodução

─Sputnik News ─ A Turquia apoiará as adesões de Finlândia e Suécia à OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) na cúpula da aliança em Madri nesta semana. As partes assinaram um comunicado conjunto após negociações na capital espanhola.
Turquia, Suécia, Finlândia e a OTAN assinaram um memorando trilateral com dez pontos nesta terça-feira (28), após negociações em Madri.
Em 18 de maio, Helsinque e Estocolmo, no esteio da operação militar especial russa na Ucrânia, apresentaram pedidos ao secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, para ingressar na aliança militar.
A Turquia bloqueou o início do processo, e o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, informou reiteradas vezes que Ancara não poderia dizer “sim” às adesões da Finlândia e da Suécia porque não podia acreditar em suas garantias sobre as relações com representantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em curdo), proibido na Turquia.

Segundo o gabinete de Erdogan, Suécia e Finlândia se comprometeram a não apoiar o PKK, as Unidades de Proteção Popular (YPG, na sigla em curdo) e o movimento Gulen, do clérigo Fethullah Gulen, considerados terroristas por Ancara.

De acordo com o memorando trilateral, obtido pela Sputnik, “Finlândia e Suécia se comprometem a impedir atividades do PKK e de todas as outras organizações terroristas e suas extensões, bem como atividades por indivíduos em grupos ou redes afiliados, inspirados ou vinculados a essas organizações terroristas”.

O tratado determina que será estabelecido um mecanismo conjunto e estruturado de diálogo e cooperação em todos os níveis de governo, inclusive entre a aplicação da lei e agências de inteligência, para aumentar a cooperação no combate ao terrorismo, crime organizado e outros desafios comuns.

Além disso, Estocolmo e Helsinque terão a obrigação de abandonar a política de embargo à indústria de defesa turca e abordarão pedidos de extradição de suspeitos de terrorismo de forma rápida e completa, levando em conta informações e evidências fornecidas pela Turquia.

Outro ponto importante do memorando trata do combate à desinformação e da adoção de medidas para impedir que leis domésticas sejam deturpadas em benefício ou promoção de organizações terroristas.
Para a implementação do tratado, Ancara, Estocolmo e Helsinque estabelecerão um Mecanismo Conjunto Permanente, com a participação de especialistas dos ministérios das Relações Exteriores, Interior e Justiça, bem como serviços de inteligência e instituições de segurança.

“Assumiu-se o compromisso de retirar o embargo no domínio do complexo militar-industrial e de alargar a cooperação nessa área”, informou o gabinete de Erdogan.

“Tenho o prazer de anunciar que agora temos um acordo que abre caminho para a Finlândia e a Suécia se juntarem à OTAN”, disse Jens Stoltenberg.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/i ... ia-a-otan/
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América Latina

Mensagem por Chapolin Gremista » 29 Jun 2022, 01:30

Esquerda cor de rosa
Boric está ainda mais impopular
Boric, tão festejado pela esquerda pequeno-burguesa, continua em queda livre: população o rejeita

ImagemBoric abraçando Piñera – Foto: Reprodução

Mais uma vez, pesquisas mostram a grande desaprovação de Gabriel Boric, presidente do Chile, que chegou a cerca de 54,6%, segundo a Pulso Ciudadano, um aumento de 6,1 pontos desde a última pesquisa. Já sua aprovação chegou a 24,3% com uma queda de 8,5 pontos.

Um fator importante apresentado pela pesquisa, são os dados em relação ao plebiscito sobre a Nova Constituição, que vem tendo uma grande rejeição da população. Cerca de 44,4% dos entrevistados votariam pela sua rejeição, enquanto apenas 25% votariam pela sua aprovação, deixando claro mais uma derrota de Boric diante do povo.

O Presidente Chileno Tenta se emplacar usando as demagogias identitárias, que são ótimas para a campanha eleitoral, e que faz o devido trabalho de fisgar a esquerda pequeno-burguesa – totalmente confusa e desorientada – a fim de fazer seu trabalho como ferramenta do imperialismo norte-americano.

Boric mostrou para que veio: se aproveitou bem de seu belo discurso demagógico de que defende as minorias e a população pobre, quando na verdade, como já relatamos aqui, com 1 mês de governo Boric já contava com mais de 50% de desaprovação.

E este número por si só já diz muita coisa, é um número assustadoramente grande e não acaba por aí: temos também os ataques à Venezuela, Cuba e à Nicarágua. Sendo assim, em poucos meses após tomar posse, revelou sua verdadeira inclinação política ao povo chileno.

O Presidente do Chile, Gabriel Boric, na vida real, persegue a população como fazia Piñera, ex-presidente chileno, seu antecessor. Contra as manifestações populares, ele usou a força da repressão estatal, mandou a polícia e as forças armadas para cima dos movimentos populares, decretando também uma medida de estado de sítio, o qual começou a vigorar no mês de maio na região onde habita o povo indígena Mapuche. Cumprindo, mais uma vez, seu papel neoliberal e recorrendo ao odioso instrumento repressivo.

Boric teve o apoio da esquerda cor de rosa para subir ao poder. Boulos também teve o apoio desta mesma esquerda, que, de maneira geral, apoia candidatos pró-imperialistas como é o caso deste. A alta rejeição de Boric representa a clara impopularidade da sua política que atende ao imperialismo e que na qual a população não tem aceitado de cabeça baixa, sendo um exemplo para toda a esquerda.

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Mundo

Mensagem por Chapolin Gremista » 29 Jun 2022, 01:35

Um problema latente
Crise imperialista pode ter acordado a classe operária mundial
Mundo pode ingressar em uma etapa revolucionária

ImagemJoe Biden. – Foto: Reprodução.

A crise no imperialismo se aprofunda, nenhum país do planeta escapa das grandes agitações políticas. Nos países europeus e nos EUA, o regime político tradicional se desmonta completamente e cresce a extrema direita; no Oriente Médio, os povos se levantam em armas; na América Latina os regimes golpistas todos entram em impasses. E a principal manifestação dessa crise no momento é a derrota do imperialismo na Ucrânia, por meio da ação militar russa. Historicamente, todos os momentos em que esse regime político mundial entrou em crise, a classe operária se levantou, e em muitos países tomou o poder.

Analisar os acontecimentos no principal país do imperialismo mundial deixa claro o tamanho da crise em que o capitalismo internacional se encontra. Os partidos que controlavam o regime político por décadas estão totalmente desmoralizados. Precisaram realizar uma gigantesca manobra com investimento bilionário nas eleições de 2020 para voltar ao poder por meio de Joe Biden. Trump no momento é o político mais popular do país e provavelmente retornaria ao governo caso as eleições acontecessem hoje. A situação econômica interna é terrível, e a pobreza se ampliou ainda mais com a pandemia de COVID-19.

Mas é a política internacional que revela o tamanho do buraco em que o imperialismo vem caindo. Foi no dia 15 de agosto de 2021 em que isso ficou evidente para todos, quando uma organização nacionalista muçulmana em um dos países mais pobres do mundo derrotou a maior força militar já formada na história da humanidade. A libertação do Afeganistão pelo Talibã deixou claro que o rei Biden não está apenas senil como também nu. E não só todos os povos do Oriente Médio notaram esse enfraquecimento como os governos da China e da Rússia.

O governo Biden depois do fiasco tentou expandir a sua presença militar na Ucrânia por meio da presença oficial da OTAN no país. O confronto que havia se iniciado em 2014 com o golpe de Estado protagonizado por neonazistas financiados pelos EUA assim adentrava um novo estágio. Em fevereiro de 2022, Vladimir Putin decidiu intervir, iniciou uma operação especial militar para desnazificar a Ucrânia e libertar as Repúblicas de Donetsk e Lugansk, que vinham pedindo esse auxílio militar a anos.

Mais uma vez um país atrasado derrotou o imperialismo militarmente e desta vez também revelou para todo o planeta as atrocidades que o governo norte-americano está disposto a fazer para manter seu domínio mundial. A primeira delas, a criação de todo um exército de nazistas, sendo o maior e mais famoso grupo o Batalhão Azov e a segunda o financiamento, com relação direta do Partido Democráta e do filho de Joe Biden, de laboratórios de armas biológicas. O imperialismo não só era derrotado militarmente como sua real face revelada a todos.

Se a vitória do Talibã já foi um estímulo a todos os povos do mundo a se levantarem contra a ditadura mundial que é o imperialismo, com destaque para os povos árabes e muçulmanos em geral, a vitória da Rússia teve o mesmo efeito à décima potência. No caso do Talibã a guerra estava terminando, houve apenas grandes comemorações nos 4 cantos do planeta pela derrota dos exércitos imperialistas. Já no caso da Rússia, com o início da guerra em dezenas de países, os trabalhadores saíram às ruas em solidariedade ao povo russo e contra a OTAN.

Não só isso como também os governos dos países oprimidos tenderam em sua grande maioria a se alinhar com a Rússia e não com o imperialismo. No Paquistão, por exemplo, o governo se demonstrou tão nacionalista que o imperialismo organizou um golpe para derrubar o presidente Imram Khan que agora lidera um movimento para voltar a ser o primeiro-ministro. O governo da Síria, aliado de Putin, já anunciou que no futuro próximo expulsará as tropas norte-americanas que se encontram ocupando o nordeste do país. O apoio à OTAN ficou quase que restrito aos seus membros e lacaios totais, como a Colombia.

Como visto acima a crise se manifestou nos governos e em demonstrações de solidariedade dos trabalhadores de todo o mundo. Mas visto que a tendência é o seu crescimento cada vez maior o que provavelmente será visto num futuro próximo é um novo ascenso da classe operária mundial. As crises mundiais do imperialismo, Primeira Guerra Mundial, Crise de 1929, Segunda Guerra Mundial, Crise de 1974, todas deram origem a gigantescas mobilizações e processos revolucionários e ao que tudo indica uma etapa semelhante se aproxima.

As enormes sanções aplicadas na Rússia pelo imperialismo já se mostraram totalmente ineficientes em desestabilizar o país. Putin na realidade ganhou mais popularidade desde o início da ação militar. Pelo contrário, os trabalhadores da Europa são quem estão sentindo o peso das sanções que levam a alta no preço do gás, produto de base tão essencial como a gasolina no Brasil. A classe operária dos países atrasados, como se vê na América Latina e no Oriente Médio, já se levantou em muitos países, e essa crise agora pode estourar até mesmo no centro do capitalismo mundial.

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Mensagem por E.R » 29 Jun 2022, 02:49

NOTÍCIAS
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Mensagem por E.R » 29 Jun 2022, 03:24

NOTÍCIAS
https://valor.globo.com/mundo/noticia/2 ... lelo.ghtml

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O Banco Central da Argentina anunciou restrições temporárias ao acesso ao mercado de câmbio para grandes empresas e importadores de artigos de luxo.

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A reação do mercado financeiro foi negativa. O dólar paralelo (blue) subiu acima de 230 pesos pela primeira vez e fechou a 232 pesos, ampliando o spread com a cotação oficial para 86% — o maior em mais de três meses.

O risco país medido pelo banco JP Morgan subiu para novo recorde de 2.432 pontos-base.
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Mensagem por E.R » 29 Jun 2022, 11:12

NOTÍCIAS
https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/j ... -com-otan/

A ameaça chinesa levou o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, e o presidente sul-coreano, Yoon Seok-youl, a Madri, para a Cúpula da OTAN.

Os dois países foram convidados como "parceiros asiáticos".

O Japão faz parte do grupo Quad, de cooperação pela região indo-pacífica, em oposição à China, junto com os Estados Unidos, a Índia e a Austrália.

Presente nas discussões que acontecem nesta semana na Espanha, o país asiático pretende "promover a ideia de que a segurança da Europa e do Indo-Pacífico são indissociáveis".

A Coreia do Sul quer fazer frente à ameaça dos regimes autoritários na região, "enquanto a situação internacional se torna imprevisível", ressaltou o diretor de segurança nacional do país, Kim Sung-han.
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Mensagem por Chapolin Gremista » 29 Jun 2022, 23:12

Esquerda entre aspas
Gustavo Petro já quer conversar com Uribe
Ainda que se tenha tentado vender Gustavo Petro como esquerda, sua tendência é agradar a burguesia

ImagemSeguidores de Gustavo Petro – Foto: Reprodução

Gustavo Petro, presidente eleito da Colômbia, disse, depois de sua vitória, que teve uma conversa “muito amigável” com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em busca de uma relação intensa e normal entre os dois países. Petro se elegeu aclamado por quase toda a imprensa burguesa, progressista e a imprensa independente, como um político esquerdista e ex-guerrilheiro. Contudo, já aparenta que fará uma grande frente com a direita, pois já marcou conversas com o candidato derrotado, Uribe, que é intimamente ligado com a burguesia colombiana.

“No caminho de uma relação diplomática mais intensa e normal, agora tive uma conversa muito amigável com o presidente Biden dos Estados Unidos […] Nas suas palavras, uma relação ‘mais igualitária’ para o benefício dos dois povos”, escreveu o presidente em sua conta no Twitter.

Petro, que promete mudanças sociais e econômicas ambiciosas, se tornou o primeiro esquerdista a conquistar a presidência da Colômbia, um país historicamente conservador governado por líderes de direita e centro-direita. Mas, pode se afirmar que, realmente, a esquerda se consolida na América Latina com a chegada de Petro ao poder na Colômbia? Em seu discurso de vitória, foi enfático ao propor uma união dos povos da região “sem exclusões”, enquanto países como Cuba, Nicarágua e Venezuela falaram favoravelmente sobre sua vitória.

O jornalista Rui Costa Pimenta, editor chefe do Jornal Causa Operária, afirma que há uma tendência da população à esquerda na América Latina (e mesmo no mundo todo), que tem sido contida pelo imperialismo americano e pela burguesia local. É de causar dúvida se, pela primeira vez, a esquerda realmente chegou ao poder na Colômbia.

Não se pode colocar no mesmo saco um governo como Daniel Ortega, na Nicarágua, e um governo como Gabriel Boric ou Luis Arce. É claro que respondem a diferentes interesses e pensá-los como se fossem uma só coisa, além de perigoso, não nos diz muito para efeitos de análise.

Com base nos manifestos de campanha e em sua trajetória política, pode-se dizer que Gustavo Petro é de esquerda populista e radical. Porém, nota-se em seu discurso conotações de “moderação” e “modernização”, muito presentes em figuras como Boric.

“Moderação” porque as críticas ao capitalismo e aos Estados Unidos diminuíram, as críticas às instituições burguesas colombianas também diminuíram. “Modernização” porque é uma ala importante da nova esquerda na América Latina: um advogado ferrenho à favor dos direitos da diversidade sexual e das reivindicações de identidades e minorias, do ambientalismo… Enfim, é a nova esquerda que o Tio Sam gosta. Em outras palavras, é apenas uma maneira que a burguesia encontrou para permanecer no poder travestida de esquerda sob a égide do discurso identitário.

Nesse sentido, ainda é cedo para afirmar que tipo de governo Petro levará na Colômbia. Mas, uma coisa é certa: o começo de seu mandato já dá sinais claros à direita, caracterização nada distante dos também esquerdistas eleitos nos outros países da América Latina. Nesse sentido, ao que tudo indica, será ainda mais um peão pró-imperialista na região.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 29 Jun 2022, 23:19

Prisão perpétua
Alemanha condena antigo agente do nazismo mas financia ucranianos
Nazistas de ontem são mais perigosos do que os de hoje, de acordo com o imperialismo

ImagemAlemanha e União Europeia – Foto: Reprodução

Nesta terça-feira, dia 28, Josef Schütz, um antigo guarda nazista de 101 anos de idade, foi condenado a cinco anos de prisão pelo tribunal alemão. Schütz foi a pessoa mais velha a sofrer uma condenação por crimes nazistas. A grande questão que fica é: enquanto o imperialismo alemão faz demagogia com um nazista centenário, que nada mais pode fazer, o mesmo Estado alemão apoia o nazismo ucraniano, que subjuga seu próprio povo.

Josef Schütz foi guarda em um campo de concentração nazista entre os anos de 1942 e 1945, e teria sido cúmplice de 3.518 assassinatos no campo de Sachsenhausen, ao norte de Berlim.

Na Alemanha, a pena máxima para cumplicidade em assassinato é de três anos, porém o ex-guarda nazista pegou uma pena de cinco anos.

“Todas as pessoas que queriam fugir do campo foram fuziladas. Portanto, qualquer guarda do campo participou ativamente dos assassinatos”, disse o juiz.

O réu, contudo, em sua defesa, alega ser inocente e não ter nada a ver com a polícia ou exército nazista.

Acontece que o Estado alemão pode não ser mais o nazista dos tempos do Terceiro Reich, mas, ao passo que finge punir um ancião que dificilmente cumprirá sua sentença, sendo, então, parte de um teatro policialesco, apoia a maior potência nazista da atualidade: a Ucrânica, comandada por Vladimir Zelensky.

O Hitler de nossos tempos é tratado como herói por todo o imperialismo, e na Alemanha não é diferente. O apoio alemão é tão engajado e convicto que põe em risco os próprios alemães de terem problemas em decorrência da falta de gás russo.

Josef Schütz, enquanto jovem alemão em 1945, já ofereceria menores riscos à humanidade que Zelensky nos dias de hoje. Sendo um centenário em cadeiras de rodas e com os dias contados, nem se fala.

Olaf Scholz, chanceler alemão, anunciou em 26 de abril que enviaria tanques alemães à Ucrânia para apoiá-los contra a Rússia. Quantas vidas perdidas estarão nas contas do primeiro ministro alemão? Ele estará na posição de réu para ser condenado por cumplicidade em assassinatos e atividades nazistas? Sabemos que não.

Dessa forma, não podemos nos enganar com os engodos jogados pelo imperialismo para manter a imagem de bom moço. O nazismo de 1945 foi um grave crime contra a classe operária mundial, mas o nazismo de hoje está ocorrendo neste exato momento, é real, e seu maior ente está no governo ucraniano.

Devemos, então, denunciar toda a farsa imperialista e apontar, sem nenhum melindre, as verdadeiras atividades nazistas no presente, apoiadas pelo imperialismo. Em paralelo, apoiar as forças russas, que são o principal braço armado que está pondo os nazistas para correr e levando adiante a libertação dos povos do Donbass.

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Europa

Mensagem por Chapolin Gremista » 03 Jul 2022, 22:56

Disparada de preços
O efeito bumerangue das sanções contra a Rússia
EUA e UE tentaram sancionar a Rússia, mas os efeitos estão voltando como um bumerangue e atingindo em cheio a economia europeia e mundial

ImagemEuropa tentou atingir a Rússia, mas está sentindo a volta do bumerangue. – reprodução

Segundo dados recentes, em um ano a inflação na União Europeia chegou a 8,6%, segundo dados divulgados em 1º de julho pela Eurostat.

De acordo com os índices, a inflação nos preços da energia atingiu 41,9%; alimentação, álcool e tabaco chegou a 8,9%. Os preços de bens industriais tiveram uma alta de 4,3%. Dos 19 países que utilizam o Euro como moeda, 9 estão com inflação acima de 10%. Na Estônia a inflação atingiu 22%; Lituânia, 20,5% e Letônia 19%.

ImagemInflação dispara desde o início dos conflitos na Ucrânia

A situação é explosiva na Europa. Crescem as manifestações de rua e muitas já estão se posicionando abertamente contra a guerra. Os europeus sabem que este é um problema criado pelos EUA, que forçaram uma medida drástica da Rússia na Ucrânia e, agora, eles é que estão pagando o pato. Não bastasse isso, vários países já estão prevendo aumento nos investimentos militares.

Existe um temor de que a Europa se torne palco de uma guerra generalizada. No entanto, como economias tão debilitadas vão pode sustentar um conflito de grande magnitude?

O fracasso das sanções

As sanções contra a Rússia foram um verdadeiro fracasso. A prova disso é o efeito bumerangue que está elevando a inflação aos maiores patamares da história na Zona do Euro. Logo que as sanções foram impostas, com o início da operação especial na Ucrânia, o rublo despencou, mas rapidamente voltou a seu patamar anterior.

Isso se deveu ao fato de que países importantes, como Índia, continuaram comercializando gás e petróleo com os russos, o que por si demonstra a dificuldade de o imperialismo conseguir uma unidade global para enfrentar a Rússia.

O fato é que o governo russo não foi pego de surpresa, durante anos veio se preparando para uma mudança econômica que tornava a moeda russa independente do sistema financeiro mundial, a salvo do dólar, lastreando a moeda em ouro em suas exportações de gás e petróleo. A Rússia percebeu que se houvesse algum desentendimento com imperialismo, estaria vulnerável e poderia sofrer um ataque financeiro. Os resultados dessa política se demonstraram acertados.

Isolamanento russo?

A tentativa de isolar a Rússia se tornou outro grande fracasso. Além da Índia, países como o Paquistão, Turquia, Austrália, Japão, Argentina e todos os países do Brics. Lembrando que Austrália, Índia e Japão, além dos EUA, formam o QUAD, que é uma espécie de Mini-Otan no Indo-Pacífico. Ou seja, uma coalizão militar que não consegue estabelecer uma unidade no campo econômico está com graves problemas.

A ordem imperialista mundial está caminhando para a dissolução. Isso se manifesta na rebeldia de países de todos os continentes, na negativa de aderir integralmente às sanções contra a Rússia.

A subida de preços

Os EUA estão pressionando a Opep para aumentar a produção de petróleo, mas para suprir a produção russa teriam que produzir um excedente de 7 milhões de barris diários. Obviamente, o imperialismo não vai querer um aumento de preços, o que, em outras palavras, seria jogar o ônus da crise nas costas dos árabes.

Na Espanha, o governo prorrogou um auxílio de cinquenta centavos por litro de gasolina por três meses. Recentemente, nos EUA o galão de gasolina atingiu US$ 5, o que está causando um grave problema político no país. O governo anunciou que não cobraria impostos sobre a gasolina. Em Nova Iorque, por exemplo, existem 80 mil moradores de rua.

Além da alta nos preços dos combustíveis, a Ucrânia e a Rússia são responsáveis por 30% da produção de grãos, o que força para cima alta dos preços.

Trabalhadores x imperialismo

As políticas neoliberais colocaram a classe operária mundial em um enorme refluxo. Porém, as crescentes manifestações de rua estão colocando na ordem do dia o confronto dos trabalhadores contra o imperialismo.

A inflação corrói as economias dos trabalhadores e, no cenário atual, está muito claro que o fenômeno está sendo produzido pela ação do imperialismo no Leste Europeu.

Essa inflação, ao que tudo indica, não atingiu seu auge. Se escalarem as provocações contra a Rússia, a Europa pode ficar sem energia para tocar a sua indústria. Países como Itália e Alemanha dependem enormemente do gás para a sua produção.

Guerra de desgaste

Ainda que o imperialismo venha tentando promover uma guerra de desgaste contra a Rússia, a própria Europa é quem primeiro está dando sinais de cansaço. O próprio presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, pediu para que a UE dê um jeito de terminar o conflito até o final do ano. A Ucrânia teve seu exército praticamente destruído e tem perdido partes importantíssimas de seu território, como o acesso ao Mar Negro e ao Mar de Azov. As repúblicas do Leste praticamente já se livraram das forças nazistas.

O tiro tem saído pela culatra. O imperialismo ainda procura se reorganizar enquanto China e Rússia investem nos Brics. O governo Chinês alertou que se continuarem as sanções contra o país, o aumento das relações com a Rússia se torna inevitável e plenamente justificadas.

O governo Putin declarou que está conseguindo todos os seus objetivos na Ucrânia e que, portanto, a operação levará o tempo de necessitar. De certa maneira, são os russos que estão devolvendo a guerra de desgaste. O tempo está correndo e em breve o inverno europeu mostrará o quanto dependem de fontes de energia.

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Mundo

Mensagem por Chapolin Gremista » 03 Jul 2022, 23:00

Blocos Econômicos
OTAN x BRICS: aumenta a polarização no mundo
Crise do imperialismo, sanções à Rússia e tensão contra a China estão forçando o fortalecimento dos BRICS, o que pode aumentar a tensão e levar o mundo a um enfrentamento militar.

ImagemBandeiras dos BRICS, bloco que se ergue como empecilho à dominação imperialista. – Foto: Reprodução

OG7, núcleo central dos países imperialistas, se reuniu às vésperas da Reunião da Organização do Tratado do Atlântico Norte – OTAN, aliança militar de todo o bloco imperialista. Enquanto isso, a OTAN anuncia mudanças em sua categorização para Rússia e China.

A Rússia será tratada formalmente como a “ameaça mais direta à segurança e aos nossos valores”, segundo o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg. O secretário-geral ainda afirmou que a aliança militar irá multiplicar em mais de 7 vezes suas forças em alerta máximo, em função da “realidade de segurança” no Leste Europeu.

Segundo a agência Bloomberg, a OTAN ainda irá caracterizar a China como um “desafio sistêmico” à aliança militar imperialista. O próximo encontro da OTAN para ratificar tais entendimentos ocorre entre os dias 28 e 30 de junho. A versão anterior das diretrizes da OTAN, de 2010, caracterizava a Rússia como parceira, e não mencionava a China.

Aliança contra o imperialismo?

Em meio a escalada de tensões por parte da OTAN, que vem adotando de maneira progressiva uma posição crescente de agressão para com Rússia e China, o Irã e a Argentina solicitaram formalmente a adesão aos BRICS, principal grupo de países de economia emergente, isto é, países atrasados com um grau maior de industrialização, que agrega hoje Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, na última sexta-feira (24/06), participou virtualmente da XIV Cúpula dos líderes do BRICS, a convite do líder chinês Xi Jinping, e expressou o desejo de a Argentina ser “membro pleno” do grupo. O presidente argentino ressaltou que “a paz é urgente por ser urgente fazer um mundo mais igualitário”. “O BRICS é uma excelente alternativa para meu país de cooperação diante de uma ordem mundial que vem funcionando para o benefício de poucos”, escreveu Fernández em uma carta enviada para o encontro de partidos dos BRICS em maio.

Após a Argentina, nesta segunda-feira (27/06), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, em coletiva de imprensa, anunciou o pedido formal do país de adesão aos BRICS. Em cúpula do Fórum Empresarial do BRICS, o presidente do Irã Ebrahim Raisi colocou que o país está disposto a compartilhar suas vastas capacidades e potenciais para ajudar o BRICS a atingir seus objetivos.

A consolidação dos blocos

A ofensiva do imperialismo, para buscar conter a crise geral do sistema capitalista em seu núcleo, levou o bloco da OTAN a se chocar quase diretamente com a Rússia, escalando para uma guerra por procuração na Ucrânia. Tentativas de golpes do imperialismo falharam ainda na fronteira russa: tanto na Bielorrússia como no Cazaquistão, cujos governos desbarataram a operação. O imperialismo agora busca se usar da Lituânia para manter sua pressão golpista sobre Moscou.

A China, ao mesmo tempo, tem se chocado com o imperialismo no campo indireto da economia. Os planos chineses de parceria para construção de infraestrutura na África e América Latina viram crescer a influência do país, algo visto como grande risco para o imperialismo, em particular os EUA, que consideram a América Latina como seu quintal. Para além disso, o desenvolvimento tecnológico chinês em determinadas áreas específicas chegou a se equivaler, e mesmo a superar, o do imperialismo, como foi o caso do 5g, levando a embates mais intensos no campo econômico, como prisão de empresários do país.

A consolidação do mundo em dois blocos opositores pode levar a um impasse global e, portanto, a algo que ponha fim a tal impasse, ou seja, um confronto militar de grandes proporções. A dominação imperialista se afrouxa pelo mundo, devido ao enfraquecimento econômico e político do bloco imperialista, que vê a crise econômica afetar sua população nas principais capitais do bloco, o que instabiliza seus governos internos, dificultando a dominação internacional. Para conter essa crise interna, porém, a estratégia do imperialismo sempre foi terceirizar a crise, por meio de guerras e golpes de Estado, do afogamento de outros países em dívida, da dominação econômica o mais massacrante possível imposta a outros países.

O que virá, e o que fazer?

Com o mundo polarizado agora em dois blocos, após as derrotas do imperialismo no Afeganistão e na Ucrânia, o que virá pela frente? Como a burguesia imperialista irá buscar resolver a crise? A maneira que resta aos povos do mundo é intensificar a pressão, derrubar os governos golpistas pelo mundo, reduzindo a exploração sobre seus países e aumentando a crise no núcleo imperialista.

No Brasil, a luta pela paz, para impedir uma guerra de grandes proporções, se expressa na campanha contra o golpe. Derrubar o governo golpista de Jair Bolsonaro, impedir a fraude nas eleições de 2022 com uma campanha reforçada por Lula presidente e um governo dos trabalhadores! Enfrentar as instituições golpistas e organizar o conjunto da classe operária para os embates de agora e os que se avizinham.

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Europa

Mensagem por Chapolin Gremista » 04 Jul 2022, 21:14

Em defesa das repúblicas
Lukashenko: Bielorrussia interceptou mísseis contra Ucrânia
Os sistemas de defesa aérea do país interceptaram mísseis disparados pelas forças armadas ucranianas.

ImagemPresidente da Bielorrussia Lukaschenko – Reprodução

─Sputnik News ─ “Há três dias ou mais, eles [Ucrânia] lançaram mísseis do território ucraniano em uma tentativa de atacar instalações militares em Belarus, mas os sistemas Pantsir interceptaram todos os mísseis”, disse o presidente.

Ele entende que existe uma provocação destinada a atrair seu país para uma guerra, e acrescentou que não havia “botas belarussas” em território ucraniano e que ele não deseja fazer parte do conflito.

“Não queremos lutar na Ucrânia. Não há absolutamente nenhuma necessidade nesta guerra aqui”, disse Lukashenko.

O presidente afirmou em seguida que ordenou, há menos de um mês, que suas forças armadas que alvejassem o “centro de tomada de decisões” nas capitais dos países que Minsk vê como seus inimigos, e os alertou sobre uma resposta “instantânea” a um possível ataque.

Esta não foi a primeira vez que Minsk falou de “ações provocativas” por parte de Kiev desde o início da operação especial de Moscou na Ucrânia. No último dia 23, a delegação de Belarus informou que, apenas em maio, drones da Ucrânia violaram sua fronteira 17 vezes.

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Europa

Mensagem por Fola » 04 Jul 2022, 21:32

O cara é "presidente" da Bielorrússia desde a década de 1990, de forma ininterrupta. Acho que o nome correto para isso é outro...
"Um governo que não aparece faz o povo feliz. Um governo que tudo quer determinar faz o povo infeliz." - Lao Tsé

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