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Mensagem por Chapolin Gremista » 03 Jun 2022, 01:38

Decadência da humanidade
Imperialismo: a maior máquina de fazer loucos da história
O problema das chacinas nas escolas americanas não são as armas, mas sim o imperialismo que empurra a juventude à beira da loucura

ImagemBarracas de camping bloqueiam as calçadas em Skid Row, no centro de Los Angeles. Esse é o retrato social de um grande país capitalista e a revolta é uma consequência da pressão sob a população. – Foto: APU GOMES

Na última terça-feira (24), na escola na Robb Elementary na cidade de Uvalde, estado do Texas, deixou 21 mortos, sendo 19 crianças e 2 adultos, e mais 10 pessoas feridas. Entre as centenas de casos semelhantes na história dos EUA, esse foi tido pela imprensa como um dos mais violentos dos últimos anos, comparado ao ocorrido em 2012, na escola Sandy Hook, em Newtown, Connecticut, quando foram assassinadas 26 pessoas.

Enquanto falamos aqui deste “último” massacre, outro poderia já ter ocorrido no país já que, de acordo com um relatório de jornalistas que participaram da Education Week, houve 27 tiroteios em escolas nos EUA apenas no ano de 2022. Isto é, a cada cinco dias mais ou menos nós tivemos notícias de atentados em escolas nos país, e ainda estamos no mês de maio. Esses números não são reflexo de alguma causa específica, ainda de acordo com o relatório, já são 119 massacres como esse no total, desde 2018, quando começaram os jornalistas começaram a rastrear o tipo de incidente.

Os Estados Unidos são um país onde encontramos aquilo que podemos chamar de capitalismo puro e, com o aprofundamento recente da crise desse sistema no mundo, esses massacres são o reflexo do sofrimento e das pressões que a população sofre. É absolutamente animalesco o que vive a população norte-americana com a política imperialista imposta a sua própria população. A propaganda capitalista não é destinada apenas para a venda de produtos, mas também para que as pessoas adotem o estilo de vida capitalista, que se fundamenta na ideia de que a vida só faz sentido quando se enriquece, quando se tem dinheiro, quando se consome aos montes.

Essas ideias são projeto de governo e, como exemplos históricos disso, temos o American way of life, ou melhor, “modo de vida americano”, que recebeu muito incentivo durante a década de 1920 no pós-guerra, e durante a chamada Guerra Fria. Em ambas as situações, as quais são de pós-guerras mundiais, a crise econômica estava anunciada com a desigualdade, o desemprego, a fome e a pobreza latentes na sociedade norte-americana. Não é diferente nos dias de hoje.

Diante desses contextos, os capitalistas nunca buscaram resolver de uma vez por todas os problemas da população, pensando apenas em como salvar o sistema capitalista e seus grandes investimentos. Os problemas apenas se aprofundam, tomando novas formas nos dias atuais. Para os capitalistas, o próprio problema vira um produto para explorar um novo golpe contra a população. Isso se prova quando, diante de mais este massacre, o presidente imperialista Joe Biden lança a culpa de mais um massacre em cima das armas, como se armas invadissem escolas sozinhas, como se armas atirassem sozinhas. Isso é uma grande hipocrisia da direita imperialista.

Nos EUA, o debate sobre armamentos está em outro patamar histórico, visto que grupos negros, por exemplo, reivindicam seu direito de defesa, isso desde a atuação do Partido dos Panteras Negras, muito importante durante a década de 60. Recentemente, depois do assassinato de George Floyd, a população negra norte-americana mostrou seu nível de revolta atacando e queimando empresas capitalistas, grupos negros mostraram sua força mostrando estarem devidamente armados para enfrentar a polícia. A questão central da tentativa de Joe Biden de desarmar a população é enfraquecer esses grupos revoltosos para controlá-los mais facilmente.

Podemos refletir o caso dos massacres nas escolas tomando como referência o estado do Rio de Janeiro que, sendo um dos mais violentos do Brasil e, além disso, onde o problema de tráfico de armas é mais presente, não há massacres dentro de escolas. A violência no RJ está ao lado das escolas, ela atravessa os muros com balas que atingem os estudantes, deixando claro que é um dos lugares mais violentos do país. Lá, há de maneira considerável uma população civil armada, no entanto, não há massacres em escolas. Dessa situação, concluímos que o problema não é a arma, em si.

É preciso ter a consciência de que a violência contida nessas chacinas, nos massacres, no aparecimento dos famosos serial killers, tão retratados em filmes norte-americanos, não são resultado de questões extraordinárias, ou até mesmo fruto de mistérios do universo. O que se percebe é que a violência extrema é consequência direta da pressão social de um imperialismo decadente, exercida sobre a população, que se revolta das mais diversas maneiras. O massacre no Texas é reflexo disso.

Em decadência desde finais do séc. XIX, o imperialismo tortura a população impondo as mais absurdas e improváveis condições de vida, onde não há suporte básico nenhum para uma vida minimamente digna da classe trabalhadora. Esta que, para obter uma vida minimamente razoável, precisa pagar por absolutamente tudo. Quando não isso, o imperialismo impõe ao mundo guerras mundiais matando milhões, resultado direto da disputa de influências em mercados internacionais. É preciso estar atento, pois, este projeto de nação é fortemente financiado pela direita no Brasil, que tem os EUA como grande referência.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/i ... -historia/
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Mensagem por E.R » 05 Jun 2022, 07:05

NOTÍCIAS
O ESTADO DE S.PAULO

As porções nos restaurantes dos Estados Unidos estão mesmo ficando menores.

É a “reduflação”, quando o tamanho encolhe, mas você segue pagando o mesmo preço, às vezes até mais, pela refeição ou pelo produto.

Os restaurantes lutam contra o aumento das despesas com alimentos e combustíveis que ajudaram a elevar a inflação dos Estados Unidos para o maior nível em 40 anos.

Dados do governo americano mostraram que os gastos com refeições fora de casa aumentaram 7,2% nos últimos 12 meses. Por isso, as empresas estão criando estratégias nos bastidores para reduzir os custos, e, consequentemente, as porções estão encolhendo.

Nos Subways pelos Estados Unidos, os wraps e sanduíches de frango assado estão com menos recheio.

A rede Domino’s reduziu de dez para oito o número de unidades das porções de asinhas desossadas, e os clientes do Burger King verão a mesma redução em suas porções de nuggets.

E em Southport, na Carolina do Norte, as saladas que pesavam quase meio quilo da Gourmet to Go agora têm cerca de 50 gramas a menos. “A inflação está pegando”, disse Carolyn Gherardi, dona da Gourmet to Go, um pequeno restaurante que oferece aos clientes um buffet de refeições caseiras. Por enquanto, ela está mantendo o preço dessas saladas em US$ 6,95.

A aposta dos restaurantes é que os consumidores não vão se incomodar tanto com um pouco menos de batatas fritas, ou um pouco menos de recheio em seus sanduíches, do que reclamariam ao ver mais um aumento de preço. “As pessoas tendem a subestimar as mudanças no tamanho das coisas”, disse Nailya Ordabayeva, professora de marketing do Boston College. “Isso é bastante conveniente para as empresas.”

Clientes de supermercado perspicazes sabem que a reduflação não é novidade. A mudança para tamanhos menores é uma técnica antiga, sobretudo para fabricantes de produtos industrializados. Mas as despesas com os alimentos estão subindo de forma tão rápida atualmente que a prática está se tornando mais comum.

A Gatorade eliminou aos poucos suas garrafas de 900 ml e hoje mantém apenas a versão de 800 ml.

Nem mesmo o papel higiênico escapou. Em uma conversa com a Associação Americana de Aposentados (AARP, na sigla em inglês), Edgar Dworsky, fundador do site Consumer World, disse que as principais marcas reduziram o número de folhas dos rolos de papel higiênico.
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Mensagem por Chapolin Gremista » 07 Jun 2022, 17:03

Governo Biden é um fracasso em todos os sentidos.

Cavando a própria cova!
Biden declara estado de emergência devido à falta de energia
O presidente dos EUA, Biden, declara estado de emergência devido à ameaça de falta de eletricidade

ImagemPresidente dos EUA Joe Biden – Reprodução

─RIA Novosti, tradução do DCO ─ O presidente dos EUA, Joe Biden, declarou estado de emergência devido a uma possível escassez de capacidade de geração de eletricidade no país.

Em um documento divulgado pela Casa Branca, Biden afirma que existem “múltiplos fatores” que ameaçam a capacidade dos EUA de gerar a quantidade necessária de eletricidade.

“Eu, Joseph R. Biden, Jr., Presidente dos Estados Unidos, por autoridade investida na Constituição e nas leis dos Estados Unidos, <…> declaro a existência de uma emergência em conexão com ameaças à disponibilidade de eletricidade suficiente capacidade de geração para atender a demanda do consumidor”, diz o comunicado.

Para resolver este problema, ele, em particular, isentou de direitos de importação por um período de dois anos “certas células solares e módulos” importados do Camboja, Malásia, Tailândia e Vietnã.
Ele já havia invocado a Lei de Produção de Defesa para estimular a produção de painéis solares nos EUA. Washington espera que isso ajude a reduzir a dependência de “fornecedores estrangeiros e nações hostis”.

Após o início de uma operação militar especial para desnazificar e desmilitarizar a Ucrânia, o Ocidente intensificou a pressão das sanções sobre Moscou . As medidas restritivas afetaram principalmente o setor bancário e os produtos de alta tecnologia. Muitas marcas anunciaram sua retirada da Rússia.

Moscou chamou essas medidas de guerra econômica, observando que estava pronta para tal cenário. O Banco Central está tomando medidas para estabilizar a situação no mercado de câmbio, graças ao qual o rublo se fortaleceu significativamente em relação ao dólar e ao euro, quebrando as máximas de cinco anos. A Rússia também transferiu os pagamentos de fornecimento de gás para países hostis em rublos.

Outro passo para combater o impacto das sanções ocidentais foi o plano elaborado pelo governo, que inclui cerca de uma centena de iniciativas. O valor de seu financiamento será de cerca de um trilhão de rublos.
Ao mesmo tempo, no Ocidente, as restrições provocaram um aumento recorde nos preços dos combustíveis e alimentos.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/i ... e-energia/
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Mensagem por E.R » 07 Jun 2022, 19:25

O preço da gasolina atingiu níveis recordes nos Estados Unidos.

Esse problema energético nos Estados Unidos é tão grande, que o Joe Biden vai ter que fazer um acordo com a Venezuela para importar combustíveis.

Popularidade do Biden derretendo.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 08 Jun 2022, 14:46

A maior ''democracia do mundo'' e sua desigualdade racial.
Nos EUA
Crise: desigualdade entre brancos e negros é a maior em 70 anos
Cada vez mais, imperialismo dá indícios de sua derrocada final, atingindo índices inéditos

ImagemCrise imperialista se agrava ao redor de todo o mundo, inclusive no coração do imperialismo – Foto: Reprodução

Este mês, foi publicado um estudo sobre o aumento da desigualdade entre brancos e negros nos Estados Unidos. Wealth of Two Nations analisa dados de 1860 até 2020 e promove um panorama amplo acerca da situação econômica do negro no país.

Vejamos alguns trechos do estudo.

O estudo Wealth of Two Nations

A diferença de riqueza racial é a maior das disparidades econômicas entre negros e brancos americanos, com uma proporção de riqueza per capita entre brancos e negros de 6 para 1. […] Neste artigo, construímos a primeira série contínua sobre a proporção de riqueza per capita entre brancos e negros de 1860 a 2020, com base em dados históricos do censo, registros fiscais estaduais iniciais e ondas históricas da Pesquisa de Finanças do Consumidor, entre outras fontes. [parte do artigo traduzido]

Em relação a essa referência de condições iguais, descobrimos que a convergência observada seguiu um caminho ainda mais lento nos últimos 150 anos, com a convergência parando após 1950. Desde a década de 1980, a diferença de riqueza aumentou novamente, pois os ganhos de capital beneficiaram predominantemente as famílias brancas, e a convergência de renda parou. [parte do artigo traduzido]

Na Tabela 2, apresentamos a composição média da carteira de famílias negras e brancas de 1950 a 2019 usando dados do SCF+. Não apenas as famílias brancas possuem muito mais ativos em média, como a composição da riqueza difere fortemente entre os dois grupos. Habitação e outros ativos não financeiros representam 67% do total de ativos das famílias negras, enquanto a riqueza empresarial chega a 13% e o patrimônio (direto e indireto) representa apenas 5%. Para famílias brancas, habitação e outros ativos não financeiros representam uma parcela muito menor de seus ativos totais – 41% – enquanto negócios e ações representam 24% e 16%, respectivamente. Assim, ao longo deste período de tempo integral, as carteiras das famílias brancas foram mais diversificadas do que as das famílias negras. [parte do artigo traduzido]

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Ações médias de portfólio de famílias negras e brancas entre 1950-2020. As colunas 1 e 2 apresentam o valor médio dos ativos e passivos (em $); as duas colunas seguintes apresentam a parcela que cada classe de ativos representa no valor total dos ativos das famílias (somando 100%); e as duas colunas seguintes apresentam as razões dívida/valor, para famílias negras e brancas separadamente. A relação dívida/valor da dívida total representa a relação entre dívida total e ativos totais, enquanto a relação dívida/valor da dívida habitacional representa a relação entre dívida habitacional e ativos totais de habitação. Fontes de dados: SCF+ [legenda traduzida da tabela]

Dadas as diferenças existentes nas condições de acumulação de riqueza para indivíduos brancos e negros, nossa análise sugere que a convergência plena de riqueza ainda é um cenário extremamente distante ou mesmo inatingível. Além disso, o aumento dos preços dos ativos tornou-se um importante fator de desigualdade racial de riqueza nas últimas décadas. A família branca média detém uma parcela significativa de sua riqueza em patrimônio e, portanto, se beneficiou dos preços das ações em alta, enquanto a família negra média, para quem a moradia continua sendo o ativo mais importante, foi amplamente deixada de fora desses ganhos. [parte do artigo traduzido]

O que diz o estudo?

O estudo tem uma conclusão superficial e equivocada sobre o motivo da divergência e culpa a estratégia errada das pessoas negras ao investirem em casas ao invés de ações de empresas. E erra por fazer uma equivalência meramente de preço entre casas e empresas. A diferença entre negros e brancos diz respeito justamente ao fato de que o negro é um dos setores mais oprimidos no capitalismo.

Os negros nos EUA foram libertados da escravidão após a guerra civil na década de 1860. Sem nenhum dinheiro, eles venderam sua força de trabalho para acumular algum dinheiro. Obviamente, o primeiro item a ser comprado pelos negros foi sua própria casa e aqueles mais afortunados juntaram um pouco mais de dinheiro para construir uma pequena loja ou uma pequena empresa.

Enquanto isso, os ricos já tinham suas casas próprias e focaram seus investimentos em suas empresas. Estas têm como motor de funcionamento o lucro, e portanto, a exploração do trabalho assalariado. Então, o papel social de uma casa e de uma empresa são distintos, embora em questão de preços algumas vezes sejam equivalentes.

O aumento da desigualdade a partir de 1970 ocorre pelo fato do capitalismo atingir seu ponto de superprodução e, portanto, um excesso de mercadorias no mercado nesta época. De 1950 a 1970, a cadeia de produção tinha um grande espaço de crescimento visando a reconstrução após a guerra mundial. Quando ocorre superprodução no capitalismo, ocorre acirramento da briga pelo mercado e um aumento de fusões de empresas para expandir sua capacidade de luta contra seus concorrentes e, consequentemente, uma concentração de propriedades. E, como aumenta a desigualdade em geral, consequentemente a desigualdade entre negros e brancos se acirra ainda mais.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... m-70-anos/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 10 Jun 2022, 16:01

Vexame
Esquerda lambe-botas pede intervenção dos EUA no Brasil
Em carta a Joe Biden, setor imperialista da esquerda pede intervenção imperialista no país

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Joe Biden na Cúpula das Américas – Foto: Reprodução

No dia 7, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, recebeu uma carta em seu gabinete. Essa carta, escrita por brasileiros, continha um apelo não muito comum: um pedido para que Biden pressionasse o presidente do Brasil, Bolsonaro, entre outras coisas, a “respeitar a democracia”.

Esse foi o apelo de diversas entidades da esquerda, tendo assinado a carta cerca de 70 organizações, sendo alguma delas o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, a Washington Brazil Office, Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, Artigo 19, Comissão Arns, Conectas Direitos Humanos, Greenpeace Brasil, Instituto Vladimir Herzog, Instituto de Referência Negra Peregum, Instituto Marielle Franco, Instituto Sou da Paz, Jornalistas Livres e Observatório do Clima.

Além do “sincero” pedido de respeito à democracia feito pelas entidades, o apelo também pede que Biden cobre uma eleição livre e a proteção da floresta, seja lá o que isso signifique.

É evidente que essa atitude é um absurdo e completamente fora da realidade. É impensável como a esquerda pode chegar ao ponto de pedir “ajuda” ao imperialismo, fato que precisa ser colocado em destaque, uma vez que, caso Biden tome alguma atitude sobre o assunto, não será uma ajuda para o Brasil, mas sim um ataque ferrenho à nossa soberania.

“Entendemos seus objetivos de reunir as Américas através da Cúpula, especialmente diante da crise na Europa. No entanto, enviamos esta carta para exortá-lo, durante sua reunião, a defender firmemente a democracia, eleições livres e justas, a ação climática e a proteção essencial da floresta tropical. Se a democracia brasileira cair, Sr. Presidente, todos os seus esforços para ‘Construir um futuro sustentável, resistente e equitativo’ na Cúpula das Américas terão sido em vão“, diz um dos trechos do apelo.

É absurdo pensar que, no fim das contas, o que a esquerda imperialista está pedindo é uma intervenção aberta e consentida dos Estados Unidos na política brasileira. É evidente que a manipulação da política brasileira por países imperialistas já existe, mas há uma grande diferença de quando ela é imposta para quando ela é consentida, ainda mais quando o consentimento vem da esquerda pequeno-burguesa, que se posa como representante popular.

Os anos de peleguismo e capachismo com o imperialismo fizeram com que o cérebro da esquerda se derretesse paulatinamente, chegando ao ponto em que não conseguem mais separar a realidade da fantasia, nem que essa esteja socando sua cara violentamente.

“Neste momento, a inflação, a fome, a violência e o desmatamento estão aumentando no Brasil. Em vez de tirar seu país da crise, o Sr. Bolsonaro está encenando um golpe de Estado. Ele está atacando nossa Suprema Corte e lançando as bases para desacreditar as próximas eleições e matar a democracia no maior país da América Latina“, disseram as organizações na carta.

É interessante observar como o fato de que estamos em um golpe de Estado desde 2016, que foi continuado por Temer e Bolsonaro até os dias de hoje, foi completamente ignorado. A democracia (não só no Brasil, mas no mundo) já morreu há muito tempo, e apenas aqueles que vivem em um mundo cor-de-rosa não percebem isso — ou simplesmente não querem perceber. A própria eleição de Bolsonaro foi uma fraude, e é impressionante como esse setor da esquerda, capacho do imperialismo, não admite esse fato. Alguns nem mesmo denunciaram o golpe contra a presidenta Dilma em 2016, e até mesmo a atacaram.

Outra pauta a ser observada, e que é abordada separadamente no apelo, é a questão ambiental. Os grupos pedem que Biden, além de impedir a destruição da democracia no Brasil, também impeça que Bolsonaro aplique suas políticas na floresta Amazônica, revivendo a ideia de uma Amazônia internacional, ou seja, um grande pedaço do Brasil passaria a pertencer ao imperialismo, enquanto o país perderia completamente sua autonomia sobre seu território.

São diversos pontos da carta, um mais fora da realidade do que o outro. O apelo chega até mesmo a falar que, nas diferenças entre Biden e Bolsonaro, Biden era melhor porque: “Enquanto o senhor escolheu a primeira mulher negra vice-presidente, a primeira Secretária Indígena e a primeira mulher negra para o Supremo Tribunal de Justiça, o sr. Bolsonaro encheu seu Gabinete com supremacistas brancos e comparou os afro-brasileiros ao gado”, desconsiderando completamente o passado carniceiro de Kamala Harris contra a população negra norte-americana, algo que vem sendo reforçado há tempos por este Diário.

Em suma, a esquerda tem cavado a própria cova. Obviamente o imperialismo já toma as atitudes para intervir no Brasil da maneira que for necessária, mas existe uma grande diferença quando essas atitudes advém dos supostos defensores do povo, que, na realidade, são capachos do imperialismo.

O Brasil precisa ter sua própria autonomia. É preciso defender a nossa soberania e o nosso povo, lutando contra o imperialismo e seus representantes, não caindo na ladainha de que líderes como Biden são democratas e a favor do Brasil.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... no-brasil/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 15 Jun 2022, 17:08

Ministério da Verdade
Política do “combate” às fake news vem da Casa Branca
O governo dos EUA planejava fazer com que as plataformas de mídia social removessem postagens que ele considerasse como falsas

ImagemImperialismo reproduz a sua própria campanha em outros países para controlar a situação – Foto: Reprodução

Nessa quarta-feira (08), os senadores republicanos Chuck Grassley (Iowa) e Josh Hawley (Missouri) publicaram uma carta aberta ao chefe do Departamento de Segurança Interna (DHS), Alejandro Mayorkas.

No texto, os senadores citam uma série de documentos vazados que mostram que os Estados Unidos pretendiam utilizar o seu já arquivado Conselho de Governança da Desinformação (DGB) para obrigar redes sociais a removerem postagens que o governo considerasse como falsas.

“O DGB foi criado para servir muito mais do que um simples ‘grupo de trabalho’ para ‘desenvolver diretrizes, padrões [e] proteções’ para proteger os direitos civis e as liberdades civis […] Na verdade, os documentos do DHS mostram que o DGB foi projetado para ser o aglomerado central do departamento, câmara de compensação e defensor para a política da Administração e responder a qualquer coisa que ele decidisse ser ‘desinformação’”, escreveram os políticos.

O conselho, lançado inicialmente em abril, foi rapidamente interrompido ao ser comparado a um “Ministério da Verdade” estatal em referência ao livro 1984, de George Orwell. Uma das principais colocações contra o projeto era o fato de que Nina Jankowicz, escolhida para chefiar o DGB, possui laços com executivos da rede social Twitter.

Se trata, de fato, de um Ministério da Verdade

Antes de qualquer coisa, deve ficar claro que o projeto apresentado pela administração Biden, levado adiante por debaixo dos panos, se trata de um aparato de censura. Afinal, é o governo quem decide o que é considerado como “desinformação” e, na esmagadora maioria dos casos, julga com base em seus próprios interesses.

Podemos ver um exemplo claro disso com a operação especial russa na Ucrânia. Desde o começo do conflito, qualquer publicação online que procurasse mostrar a verdade acerca da guerra foi taxada de “desinformação”. Isso quando não era simplesmente restringida para determinado público, como o que ocorreu com a COTV em uma Análise Política da Semana.

Finalmente, o imperialismo tem controle total da imprensa burguesa. É um dos pilares de sustentação de seu regime: a deturpação da realidade por meio de seus veículos extra oficiais. Entretanto, na internet, a coisa muda de forma.

De maneira geral, as redes sociais representam ambientes muito mais democráticos do que um jornal, por exemplo. Afinal de contas, qualquer um pode publicar o que quiser – ou pelo menos podia -, seja uma denúncia, uma agitação política. Enfim, as possibilidades são infinitas.

Consequentemente, a burguesia precisa, de alguma forma, regulamentar a internet e o seu “excesso” de liberdade de expressão. Logo, criam monstruosidades como é o caso do DGB e utilizam algum pretexto sem fundamento para censurar os meios de comunicação.

A tática é global, o imperialismo é clichê

De maneira geral, o imperialismo procura repetir os mesmos golpes ao redor de todo o mundo. Em determinada época, levavam adiante a sua política neoliberal sob o pretexto do combate ao comunismo. Depois, houve a onda contra o terrorismo. Em seguida, pelos direitos humanos – que parece ser a mais frequente. Enfim, são campanhas fabricadas pelos países imperialistas para impor a sua política em outros países.

Durante muitos anos, por exemplo, a campanha do imperialismo para a América Latina foi o combate à corrupção. No Brasil, é claro, vimos o surgimento do Mensalão e da Lava Jato, mecanismos orquestrados pelos Estados Unidos para pôr abaixo o governo de Dilma e prender Lula. Mas não foi só aqui.

No Peru, por exemplo, as mesmas alegações de corrupção, inclusive envolvendo empresas de construção, foram utilizadas pelos EUA para interferir na política local.

Fake News: um novo capítulo

Vemos, com a jornada contra as fake news, apenas mais um artifício para impor golpes nos mais diversos países. Aqui, no Brasil, essa campanha ganhou força notória, culminando, mais recentemente, na inclusão do Partido da Causa Operária no Inquérito das Fake News por parte do fascista de toga Alexandre de Moraes.

Afinal, assim como no caso do DGB, quem define o que são fake news é o STF e sua corte de juízes não eleitos. Logo, o farão conforme os seus interesses enquanto classe. Interesses que, no momento, desembocam em mais um ataque contra a candidatura de Lula.

O caso do PCO mostra bem essa farsa. O suposto crime do Partido foi falar contra a ditadura que, de fato, é o STF. A consequência? Investigação e bloqueio de todas as redes sociais da legenda. Uma censura que nem mesmo a Ditadura Militar de 64 ousou fazer.

Por isso, é imprescindível que toda a esquerda brasileira se junte para combater as imposições do STF contra as organizações dos trabalhadores. Assim como foi no caso da Lava Jato, criou-se um clima por meio da perseguição de peixes pequenos. Resultando, pouco tempo depois, na prisão de Lula, a figura mais popular da história do Brasil.

E mais: o caso americano mostra que é esse, de fato, o objetivo da burguesia em sua campanha contra as fake news. Finalmente, se está sendo utilizada em outros lugares segundo os interesses do imperialismo, também o será no Brasil.

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Mensagem por E.R » 15 Jun 2022, 18:30

Donald Trump tá censurado no Twitter até hoje. Uma vergonha !

Enquanto isso até chefes de grupos terroristas usam as redes sociais normalmente.
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Mensagem por Fola » 15 Jun 2022, 19:58

Ué, mas o Twitter é uma empresa privada. Minha empresa, minhas regras. Não são vocês mesmo que dizem isso?

Empresas privadas não devem "liberdade de expressão" a ninguém. Quem deve garantir liberdade de expressão é o Estado. Se alguém não concorda com a política de conteúdo do Twitter (ou de qualquer outra rede social) que procure os serviços de outra empresa.
"Um governo que não aparece faz o povo feliz. Um governo que tudo quer determinar faz o povo infeliz." - Lao Tsé

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Mensagem por E.R » 16 Jun 2022, 11:32

O que foi feito contra o Trump foi censura. Vamos ver se o Twitter vai ser vendido mesmo, se o novo dono vai desbanir o Trump.

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https://viagemeturismo.abril.com.br/mun ... a-orlando/

A cidades de Miami e Orlando serão ligadas por um trem de alta velocidade a partir de fevereiro de 2023.

A novidade é consequência de uma expansão da rota da empresa ferroviária Brightline, que já realiza viagens entre Miami, Fort Lauderdale e West Palm Beach.

A estação está sendo construída no Terminal C do Aeroporto Internacional de Orlando, que fica a cerca de 30 km dos parques da Disney e da Universal.
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Mensagem por Dias » 16 Jun 2022, 15:46

Mas a rede social que o Trump criou também está banindo usuários que estão postando sobre as audiências da invasão ao Capitólio. Se o Twitter censurou o Trump, então Trump está censurando os usuários da sua plataforma também. Infelizmente não achei nenhuma notícia sobre isso em português.

https://www.businessinsider.com/truth-s ... ngs-2022-6
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Mensagem por Fola » 16 Jun 2022, 17:43

Na minha opinião, o Twitter tem todo o direito de banir o Trump (ou qualquer outra pessoa, por qualquer motivo), e o Trump tem todo o direito de criar essa outra rede social. Acho inclusive que a moda deveria pegar aqui no Brasil. O Lula e o Bolsonaro deveriam criar as suas respectivas redes sociais, aí quem sabe os petistas e os bolsonaristas migravam para elas e dava uma boa limpada no Twitter e no Facebook.
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Mensagem por Chapolin Gremista » 16 Jun 2022, 19:32

Epidemia de abusos sexuais
O Império apodrecido
A ideia de acusar os inimigos de atrocidades e violações graves dos direitos humanos parece a tentativa exonerar suas perversões

ImagemAbusos são comuns – Fotos e gráficos retirados da Internet

Uma coisa que me chama a atenção nas guerras em que os Estados Unidos estão envolvidos é a ação da imprensa corporativa americana – controlada pelo próprio governo – de disseminar a ideia na população de que os inimigos da América são bárbaros, animais e, acima de tudo, pervertidos, que atacam a luz da civilização que os Estados Unidos representam.

Por certo que não é nenhuma novidade que os Impérios produzam uma visão diminutiva de seus inimigos através do recurso do etnocentrismo. Há muitos anos que a política e o cinema americanos produzem em suas manifestações e filmes a ideia de que os países que cercam Israel são bárbaros, com costumes inaceitáveis, retrógrados e medievais. Descrevem a colônia europeia invasora da Palestina como uma “cidade no meio da selva”. A ideia, como sempre, é justificar a barbárie do apartheid, da limpeza étnica, dos massacres, das torturas e das prisões arbitrárias como uma “luta civilizatória”, em que de um lado estão as luzes da razão e do outro a selvageria de povos incultos e violentos. Nada de novo desde as Cruzadas…

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Na guerra contra a Ucrânia a narrativa volta como um script que se repete de forma enfadonha, onde os russos que invadiram o país vizinhos são descritos como estupradores e assassinos de crianças, fazendo com que essa perspectiva seja repetida em múltiplos portais de notícia obedecendo a lógica de Goebbels, de que “uma mentira repetida centenas de vezes torna-se verdade”. Assim vemos por toda parte notícias de estupros cometidos por soldados russos, como na BBC e no Washington Post, tendo como característica as denúncias sem comprovações, os relatos unilaterais e as descrições vagas. O próprio governo da Rússia denunciou que estas acusações, como sempre acontece nos teatros de guerra, são criações, mentiras grosseiras criadas para desumanizar o inimigo e permitir que atrocidades sejam cometidas contra eles.

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A verdade, entretanto, é bem diferente desta peça publicitária apresentada pelo governo americano através das mídias corporativas que controla. Em outubro de 2021 o New York Times publicou uma reportagem com o chamativo nome “A Poison in the System: The Epidemic of Military Sexual Assault”, ou “Um veneno no sistema: a epidemia de abusos sexuais nas Forças Armadas”. Nesta matéria fica claro que existe uma epidemia que ocorre por dentro das Forças Armadas Americanas no que diz respeito aos abusos sexuais cometidos por soldados americanos contra seus próprios parceiros de armas. Por certo que, apesar de as mulheres serem apenas 16.5% do contingente, elas são as grandes prejudicadas, mas também homens são vítimas deste tipo de violência. Uma de cada quatro mulheres nas forças armadas sofreu algum tipo de abuso, enquanto mais da metade sofreu assédio, de acordo com uma metanálise de 69 estudos publicadas no jornal “Trauma, Violence and Abuse” em 2018. (Para uma análise interessante sobre o tema indico o documentário “Invisible War” de Kirby Dick, que pode ser visto no YouTube).

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Como sabemos, as acusações de abuso sexual são de difícil comprovação e no ambiente militar não poderia ser diferente. Mais do que isso, os números oficiais são grandemente subestimados, pois existe nas Forças Armadas a ideia de que ser vítima de um abuso significa submissão e fragilidade. O maior obstáculo é o medo das repercussões pessoais, o que certamente prejudicará a própria carreira militar, principalmente se quem fez a acusação tem dificuldades para comprová-la. Num ambiente altamente competitivo como o exército poucos aceitam este rótulo e as violências são muitas vezes mantidas em segredo. No ano de 2020 houve 6.200 relatórios de abuso sexual nas forças armadas americanas, mas apenas 50 casos (0.8%) levaram a algum tipo de condenação. Após as acusações de torturas e assassinatos na prisão iraquiana de Abu Ghraib, outras graves acusações de crimes contra os direitos humanos emergiram para a imprensa e para o judiciário americano, envolvendo o estupro de 100 militares americanas no Afeganistão recentemente, o que nos deve fazer pensar em qual número de violações poderíamos pensar para a população subjugada pelo exército americano.

Diante dessa realidade é lícito perguntar: se os soldados americanos violam e abusam de suas(seus) próprias(os) parceiras(os) imaginem o que estes soldados fazem nos territórios invadidos e arrasados pelo Império. É lícito imaginar o que esses psicopatas fizeram com mulheres e crianças quando invadiram o Afeganistão, Iraque, Líbia, Síria, Vietnã, Coreia e muitos outros. Se estes sujeitos atacam suas colegas correndo o risco de uma corte marcial e até a prisão, imaginem o que fizeram na perspectiva agir em uma terra sem lei, onde a simples vontade de um combatente, combinada com a negligência dos comandantes, pode significar os mais terríveis abusos.

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Nos últimos anos, e principalmente após a saída das tropas do Afeganistão, várias reportagens foram feitas sobre os abusos das tropas americanas ocorridas neste país montanhoso. Muita ainda há que se descobrir pois, por certo, existem crimes hediondos que estarão encobertos do público em geral. Se é possível inventar crimes para desumanizar os oponentes e inimigos, por que não seria igualmente possível encobrir tudo de hediondo que existe nestas invasões? A verdade é que as Forças Armadas americanas ignoraram as acusações de abusos sexuais contra crianças afegãs por anos, colocando um manto de invisibilidade sobre os relatos, em especial os estupros seguidos de morte cometidos contra meninas.

Pelo histórico de abuso das forças armadas do Império fica fácil diagnosticar as recentes acusações contra as tropas russas como uma projeção das sombras mais escuras e tenebrosas da dominação americana. A ideia de acusar os inimigos de atrocidades e violações graves dos direitos humanos mais parece um movimento exonerativo, a tentativa de colocar a pior parte das próprias perversidades, aquelas mais moralmente condenáveis, naqueles a quem se combatem.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... podrecido/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por Chapolin Gremista » 18 Jun 2022, 12:01

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Mensagem por E.R » 18 Jun 2022, 19:29

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