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JF CH
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Mensagem por JF CH » 19 Jun 2022, 13:11

Pênalti pro Palmeiras.
JF CH
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Campeão do De Que Episódio é Essa Foto? - Edição 2016
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F42 escreveu:
18 Abr 2021, 21:26
com todo o perdão da palavra e com toda a certeza que eu serei punido, piada é a cabeça da minha piroca! porra mano, eu tive que adicionar seu nome como "pseudo" pré candidato a moderação lá no datafórum e você agora fala que é piada? o que vc tem na sua cabeça, mano?
piadaitaliano/

Chapolin Gremista
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Mensagem por Chapolin Gremista » 19 Jun 2022, 19:20

Bilhões para guerra
Biden, o senhor das armas, aprova mais dinheiro para a guerra
Governo Biden aprova bilhões para a guerra enquanto afunda seu próprio governo e a Ucrânia nessa guerra por procuração.

ImagemBilhões para as guerras e crise para as classes trabalhadoras – Reprodução

A aprovação de 1 bilhão de dólares adicionais em armas para a Ucrânia mostra a disposição do imperialismo em lutar até o último ucraniano. O anúncio da verba adicional, além de outros US$ 225 milhões para “ajuda humanitária”, deixa bem clara a intenção em prolongar o conflito.

A ideia da Otan é desgastar a Rússia, mas o problema é que a Ucrânia está dando sinais de fadiga. O governo Zelensky admitiu pesadas perdas em Severodonetsky, cidade crucial para o domínio da região do Donbass. Pelo menos mil soldados foram mortos por dia. Nessa conta, porém, é preciso considerar que para cada baixa se somam de quatro a oito feridos.

Segundo o Global Times, Biden conversou por telefone com Zelensky afirmando que enviará “armas adicionais de artilharia e defesa costeira e munição para artilharia de sistemas avançados de foguetes”. Tudo isso para apoiar operações na região do Donbass.

Aquilo que a Casa Branca classificou como ‘ajuda humanitária’ corresponde a água potável, suprimentos médicos, comida, abrigos. O que dá uma pequena dimensão dos graves problemas que a Ucrânia vem enfrentando.

O Canadá é outro país que anunciou mais ‘ajuda’ militar à Ucrânia, serão mais 9 milhões de dólares canadenses em munição. Os ucranianos, não restam dúvidas, estão sendo usados em uma guerra por procuração, estão sendo sacrificados em nome do imperialismo para agredir a Rússia.

Ucrânia na União Europeia?

De acordo com o GT, Lloyd Austin, o secretário de defesa americano, convocou uma reunião de 45 países em Bruxelas, Bélgica, para discutir apoio aos ucranianos. Na quinta-feira (16/jun), Zelensky e líderes da União Europeia discutiram, em Kiev, a possibilidade de a Ucrânia ser admitida no bloco. Participaram do encontro o chanceler da Alemanha, Olaf Sholz; o presidente francês, Emmanuel Macron; o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi; o presidente romeno Klaus Iohannis; além do próprio Volodimir Zelensky.

Na sexta-feira (17/jun), Zelensky se reuniu com Boris Johnson, para discutirem temas de segurança e defesa. O Reino Unido está disposto a continuar oferecendo armas à Ucrânia, bem como treinamento militar. O presidente ucraniano repetiu para Johnson o que vem dizendo o tempo todo “precisamos de armas pesadas”. Não poderia ser diferente, uma vez que a Rússia neutralizou o equipamento militar pesado do exército ucraniano.

A presidenta da Comissão Europeia, Ursula von de Leyen, recomendou que a Ucrânia e a Moldávia recebam o status de candidatos à adesão à UE. Nesse grupo a Geórgia também poderá admitida.

A Turquia, que há anos vem tentando ingressar no bloco e sempre é preterida, não deve ter ficado muito contente com o anúncio. Muito provavelmente a UE está fazendo essa manobra como uma maneira de chantagear o governo turco que vem sendo um problema dentro da Otan. Recentemente, a Turquia levantou objeções para o ingresso de Suécia e Finlândia à Organização.

Os EUA recém ocuparam três novas bases militares na Grécia, além de uma que já ocupava, e essa é uma maneira conhecida de pressionar a Turquia, país que tem a segunda maior força na Otan.

Os bastidores

Enquanto a imprensa demonstra toda essa movimentação do imperialismo para ‘ajudar’ a Ucrânia. O fato é que existem muitas pontas soltas dentro do próprio imperialismo. Inúmeros países dependem do fornecimento de petróleo, gás natural, fertilizantes, metais e a falta desses produtos pode colocar a indústria e produção de alimentos mundiais em sérios problemas.

Existe uma crise no imperialismo que não está conseguindo coesão no seu ataque contra a Rússia. A Organização Mundial do Comércio (OMC) elaborou um documento de apoio à Ucrânia, assinada por mais de 50 países da União Europeia, Canadá, Japão, EUA, dentre outros, mas o Brasil não assinou, o que causou um grande escândalo. (leia)

Antes do encontro do dia 16, Zelensky acusou o governo alemão de estar “sentado em duas cadeiras” e cobrou uma postura mais clara, abandonar a postura que permite um equilíbrio de relações tanto com Kiev, quanto com Moscou. Além de ter demorado bem mais que outros países a iniciarem sua ajuda à Ucrânia.

O governo alemão sabe que enfrentará graves problemas na sua indústria caso falte o gás russo. Existe um sentimento crescente na Europa de que esta crise não é deles, mas dos EUA e o sentimento geral é que toda essa tensão termine o quanto antes.

Há uma forte pressão inflacionária que se soma à crise de produção de alimentos na Ucrânia, que é um dos maiores fornecedores mundiais de trigo, cevada e milho está com sua exportação praticamente paralisada em decorrência do conflito e de os nazistas terem minado os portos. Por conta disso, o Brasil conseguiu acordos de fornecimento de milho à China. Essa situação no Leste Europeu acaba criando conflitos de interesses que o imperialismo é incapaz de gerir.

Armas e mais armas

Enquanto aumentam as tensões sociais nos EUA, pobreza e violência crescentes, o governo Biden só consegue aprovar orçamentos bilionários para a guerra.

Quando das eleições presidenciais, alertamos diversas vezes que Joe Biden, ao contrário do que pregavam as imprensas corporativas e independentes, bem como a grande maioria da esquerda, não era o ‘mal menor’, mas o candidato preferencial do mercado financeiro e da indústria bélica.

Fomos acusados de trumpistas por aqueles que comemoravam a vitória de Biden e de sua vice, ao estilo identitário, Kamala Harris. Hoje, com a realidade se impondo, com a Europa à beira de uma guerra, todos escondem a mão e fingem que não têm nada a ver com isso.

Uma coisa está ficando muito clara: enquanto governa para o mercado e para a indústria bélica, Biden está afundando em uma enorme crise doméstica, podendo perder as eleições de meio de mandato (midterm elections) e ficar sem a maioria no Congresso, o que poderá sepultar de vez o seu mandato.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/i ... -a-guerra/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por Chapolin Gremista » 20 Jun 2022, 20:38

Vítima do imperialismo
Liberdade para Assange!
O imperialismo é o oposto da democracia. Esmaga sem piedade seus opositores.

ImagemA luta pela liberdade de Assange deve ser travada por todas as forças progressistas em todo o mundo – Foto: Reprodução

Nesta sexta-feira (17), Priti Patel, ministra do Interior do Reino Unido, aprovou a extradição de Julian Assange, jornalista australiano e fundador do Wikileaks, aos EUA.

Assange se encontra preso na Inglaterra após ter seu exílio político negado pelo presidente direitista do Equador. Sua condenação se deu, inicialmente, por meio do governo norueguês que o acusou de abuso sexual. Hoje, responde por crimes contra os Estados Unidos após revelar os crimes de guerra hediondos cometidos pelo imperialismo por meio do Wikileaks.

Em nota, a pasta do governo britânico disse que os tribunais do país “não consideraram que a extradição seria opressiva, injusta ou um abuso de processo […] Também não consideraram incompatível com os direitos humanos, incluindo o direito a um julgamento justo e à liberdade de expressão […] enquanto estiver nos EUA, ele será tratado adequadamente, inclusive em relação à sua saúde”

Deve ficar claro que, antes de qualquer coisa, se trata de uma grande farsa. Assange pode ser bem considerado um dos maiores inimigos do imperialismo americano dos últimos tempos. Afinal, ele provou ao mundo, por meio de gravações, documentos, áudios etc. que os EUA são máquinas da morte quando intervém em países atrasados.

Ou seja, afirmar que sua prisão nos Estados Unidos se dará de maneira tranquila é, no mínimo, de uma desonestidade marcante. Até porque na própria Inglaterra, a esposa de Assange já denunciou maus tratos sofridos por ele na prisão. Tanto é que teve um AVC enquanto preso em 2021.

De maneira geral, a imprensa burguesa se calou frente ao caso Assange, se limitando à notícias partidárias da ação ditatorial do imperialismo. A própria imprensa de esquerda no Brasil, em sua maioria, não dá atenção ao caso. Antes, seguem a cartilha ideológica do imperialismo e reproduzem uma campanha farsesca acerca do caso Dom Phillips e Bruno Pereira.

À medida em que a crise do imperialismo se acentua em todo o mundo, impulsionada de maneira gritante pela operação especial russa na Ucrânia, fica cada vez mais claro que os Estados Unidos são uma grande ditadura que domina o mundo com mão de ferro. Ao mesmo tempo em que calam Assange por suas revelações preciosas, financiam milícias armadas nazistas na Ucrânia que vêm provocando um verdadeiro genocídio contra o povo do Donbass desde o golpe de 2014.

Qualquer dúvida acerca do caráter democrático do imperialismo cai por terra. Seu lado fascista vem à tona de maneira agressiva, algo que possui reflexos, inclusive, no avanço da ditadura do judiciário no Brasil.

Nesse sentido, só se pode esperar o pior para o próximo período no que diz respeito aos ataques contra os trabalhadores e as suas organizações em todo o mundo. O imperialismo está em sua crise terminal e, portanto, assim como um animal ferido, age de maneira agressiva contra os seus inimigos. A escalada dos trâmites legais do caso Assange são ainda mais uma demonstração disso.

Por isso, fica ainda mais evidente a necessidade de uma mobilização ampla dos trabalhadores que deve ter como principal e inconciliável inimigo o imperialismo. Essa é a única forma de luta rumo a um governo dos trabalhadores, e a defesa de Assange é peça essencial neste caminho.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... a-assange/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 22 Jun 2022, 22:46

Imperialismo desmoronando
Atacando Biden, republicanos declaram fraude nas eleições de 2020
No Texas, republicanos aprovaram uma declaração de que Biden não foi legitimamente eleito, colocando lenha na fogueira da crise de seu governo

ImagemO estado do Texas é um dos mais importantes para os republicanos e o posicionamento da base eleitoral do partido na região costuma ditar a política nacional do mesmo. O fato dos membros da sigla terem aprovado uma moção alegando que as eleições de 2020 foram uma fraude e que Biden não foi legitimamente eleito mostra a crise de seu governo. – Foto: Reprodução

Imagem
Logotipo da convenção dos republicanos no Texas. Foto: Reprodução.

O resultado das eleições presidenciais norte-americanas, realizadas em 2020, ainda é assunto controverso no cenário político dos Estados Unidos. No Texas, republicanos aprovaram uma declaração de que Biden não foi legitimamente eleito, colocando lenha na fogueira da crise de seu governo.

A resolução aprovada pelos delegados do Partido Republicano afirma categoricamente que Donald Trump, então candidato à reeleição, teria sido vítima de uma eleição roubada uma vez que houve uma “fraude eleitoral substancial nas principais áreas metropolitanas”. A declaração afirma ainda que isso “afetou significativamente os resultados em cinco estados-chave em favor de Biden”.

A seção estadual do partido rejeitou “os resultados certificados da eleição presidencial de 2020” e sustentou que “Biden não foi legitimamente eleito pelo povo dos Estados Unidos”. Membros do partido, como o Deputado Estadual Steve Toth, do condado de Montgomery, se manifestaram defendendo uma auditoria forense das eleições de 2020.

O estado do Texas é um dos mais importantes para os republicanos e o posicionamento da base eleitoral do partido na região costuma ditar a política nacional do mesmo. O fato dos membros da sigla terem aprovado uma moção alegando que as eleições de 2020 foram uma fraude e que Biden não foi legitimamente eleito mostra o tamanho da crise de seu governo.

Nos Estados Unidos, praticamente inexiste oposição. O sistema político do país é marcado pela polarização artificial entre Democratas e Republicanos, partidos que, na prática, não se diferenciam em nada, sendo ambos instrumentos do imperialismo norte-americano. Nesse sentido, a aprovação de uma moção questionando as instituições do Estado norte-americano tem um peso significativo.

A crise entre as duas legendas se dá, mais recentemente, pela tentativa da Casa Branca comandada pelos Democratas de tentar dificultar o acesso da população civil ao armamento. A medida hipócrita teve inicio após uma série de ataques com arma de fogo contra estudantes nas escolas do País.

O assunto também foi alvo do congresso estadual dos republicanos no Texas. Os delegados aprovaram uma resolução onde repreendem o senador John Cornyn, republicano do Texas, que tem participado de audiências do Comitê Judiciário do Senado sobre violência armada em Washington. As leis batizadas de “bandeira vermelha” permitiriam que armas fossem apreendidas pelo Estado de pessoas consideradas perigosas.

A legislação é chamada de abusiva e repressiva uma vez que, de acordo com a resolução dos republicanos, “viola o direito de alguém ao devido processo (legal) e são uma punição pré-crime de pessoas não julgadas ou culpadas”. Na prática, acaba com a presunção de inocência e o direito à legítima defesa abrindo um precedente para o Estado norte-americano, o mais armado do Planeta, perseguir todos que se opuserem a ele.

Os acontecimentos recentes no Texas evidenciam que o governo Biden está em completa crise. O acordo bipartidário está ruindo. A sua derrota no Afeganistão para as forças do Talibã, bem como a debilidade e o fracasso de sua resposta à ação da Rússia na Ucrânia, está fazendo sua popularidade despencar. Nem mesmo a União Europeia, seu principal aliado na OTAN, consegue suportar as investidas norte-americanas para desestabilizar os países ditos “não alinhados” e já sofre com uma crise energética sem precedentes.

Neste panorama, os republicanos se utilizam da crise instalada em Washington para impulsionar os seus próprios políticos, todos oportunistas e que tentam agora lucrar eleitoralmente com a situação. Afinal, a fraude das eleições de 2020 estava escancarada desde o princípio. Entretanto, à época, a mobilização dos republicanos em torno de Trump foi extremamente limitada. Fato que demonstra ainda mais a artificialidade da polarização entre os dois grandes partidos dos EUA.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/i ... s-de-2020/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 03 Jul 2022, 23:02

Pedindo penico
Crise na Ucrânia faz EUA dobrar-se à Venezuela
Delegação norte-americana visita Venezuela pela segunda vez para tentar resolver crise com abastecimento russo

ImagemOperação especial russa mostra que é profundamente progressista com o desenvolvimento da situação na América Latina – Foto: Reprodução

Pela segunda vez só neste ano, uma delegação dos Estados Unidos foi até à Venezuela para se reunir com o presidente do Parlamento venezuelano, Jorge Rodriguez, nessa última segunda-feira (27). A informação veio do próprio presidente venezuelano Nicolas Maduro (chamado, durante anos, de ditador pelos ianques), que garante uma continuidade dessa agenda bilateral entre os EUA e seu país.

Tal cenário mostra como a situação crítica está encurralando cada vez mais o imperialismo. Vemos agora um aumento constante nos preços dos barris de petróleo. Um feito colateral da política de embargos que os EUA, junto com a Europa e o Japão, tentam impor à Rússia desde pelo menos 2014, e que se intensificou depois do início do conflito na região ucraniana do Donbass, quando a Rússia decidiu se juntar às forças de resistência dos povos de Lugansk e Donetsk.

A primeira viagem que a delegação norte-americana realizou à Venezuela foi no dia 05 de março, o que colocou por terra os anos de propaganda anti-chavista que o país e seu povo sofreram ao longo de décadas. Na ocasião dessa primeira viagem, a reunião foi com o próprio presidente Maduro e com Rodriguez, no palácio presidencial na capital Caracas. Após a reunião, foram retomados os diálogos outrora suspensos, e algumas sanções de petróleo contra as petroleiras do país de Maduro foram suspensas, permitindo, por exemplo, que a Chevron comece a negociar com a PDVSA, além de duas empresas europeias poderem enviar petróleo venezuelano pra Europa.

Apesar disso, a posição oficial do Governo Biden perante o Governo venezuelano permanece a mesma desde a era Trump, que em 2019 reconheceu Juan Guaidó como “presidente interino”. Segundo os dados da OPEP, cerca de 717 mil barris de petróleo são produzidos na Venezuela por dia, e, com o aval da Chevron, tal produção pode subir até 1 milhão/dia. O presidente Maduro ainda sinalizou, nessa segunda-feira (27), estar de portas abertas para que empresas francesas produzam petróleo e gás em seu país, revelando que está disposto a ampliar sua política bilateral, agora cada vez mais multilateral, conforme os países membros do imperialismo se veem cada vez mais desesperados com a possibilidade de não terem petróleo e gás suficientes num futuro próximo.

Segundo oficiais franceses em última reunião do G7, que vem acontecendo desde o último domingo (26), “há um nó que precisa ser desfeito, se for possível, para trazer o petróleo iraniano ao mercado. Há o petróleo venezuelano, que também precisa voltar ao mercado”. Ou seja, o imperialismo está economicamente se inviabilizando a cada dia. A guerra da Ucrânia só nos mostra como podemos explorar essa fraqueza e expandi-la. O papel de Maduro, como estadista e representante da burguesia nacionalista latino-americana, deve ser o de explorar a situação e tentar garantir o melhor proveito de seu país, enquanto americanos e europeus sangram.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/i ... venezuela/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 04 Jul 2022, 19:28

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Mensagem por Chapolin Gremista » 05 Jul 2022, 18:41

Caso STF vs Revolução dos EUA
É 4 de julho e Thomas Jefferson se revira no túmulo
Um dos pais fundadores dos EUA, principal redator da Declaração de Independência, previu a ditadura que a suprema corte imporia sobre seu país

ImagemPais fundadores dos EUA, os revolucionários escrevem a Declaração de Independência dos EUA – foto: reprodução.

Dia 4 de julho é o marco da Revolução de 1776 dos EUA, é o dia em que foi declarada a independência do país do império britânico, foi a primeira colônia do continente a exercer a sua autodeterminação em um verdadeiro processo revolucionário. O movimento foi liderado por aqueles que ficaram conhecidos como os pais fundadores, George Washington, Benjamin Franklin, John Adams, Alexander Hamilton, Thomas Jefferson. Este último foi o principal redator da Declaração da Independência, passados quase 250 anos, seu país volta a se tornar o que eles lutaram para derrubar.

A revolução nos EUA, assim como na França em 1789, foi uma revolução burguesa, a principal pauta defendida eram os direitos democráticos, algo que ficou claro na Declaração dos Direitos do Homem, escrita pelo governo revolucionário francês. Nos EUA após a independência o novo governo se dividiu em dois setores, um mais radical que ainda avançou com as primeiras emendas da constituição e outro reacionário, que defendia órgãos antidemocráticos como a suprema corte, instituição que serviu de inspiração para o STF brasileiro.

Em 1791 foi a Carta dos Direitos que inclui as 10 primeiras emendas da Constituição dos EUA, a primeira é a própria liberdade de expressão, de imprensa e de reunião. A segunda emenda inclui o direito ao armamento do povo para garantir a segurança de um Estado livre. Essas duas conquistas do povo dos EUA que contam na mais alta lei do país, constituição, estão sob constante ataque da burguesia que enfrenta uma enorme resistência da classe trabalhadora que segue defendendo seus direitos democráticos mais básicos.

A disputa pelos direitos democráticos não tardou a iniciar, ainda durante a vida de Thomas Jefferson, e um dos âmbitos dessa disputa foi justamente a suprema corte que foi duramente criticada por ele. A base de seu argumento é que não pode haver uma suprema corte que tenha o monopólio sobre a interpretação da Constituição, isso permite com que seja imposta uma ditadura no país visto que o tribunal se coloca acima da lei, ou seja, na prática destrói o Estado democrático de direito.

Até o fim de sua vida Jefferson criticou a suprema corte constantemente, sendo uma das mais pesadas afirmações a seguinte: “Há muito, entretanto, é minha opinião, e eu nunca recuei de sua expressão (embora eu não opte por colocá-lo em um jornal…) que o germe da dissolução do nosso Governo Federal está na Constituição do Judiciário Federal [Suprema Corte norte-americana] – um órgão irresponsável… trabalhando como a gravidade de noite e de dia, ganhando um pouco hoje e um pouco amanhã, avançando seu passo silencioso, como um ladrão, sobre o campo de jurisdição, até que todos sejam usurpados dos Estados, e o Governo de todos seja consolidado em um.”

O fundador dos EUA previu o futuro, passados quase 200 anos de sua morte uma crise institucional gigantesca se abriu no país pois a suprema corte, dominada pela direita republicana, está passando por cima do Congresso e do governo Biden. O absurdo é tão grande que gerou até mesmo um movimento de rua em defesa do fim do STF, até mesmo o ex-presidente Donald Trump, que indicou parte dos ministros que agora governam o país criticou o autoritarismo da corte.

O STF dos EUA ao longo de seus séculos de existência serviu como uma ferramenta para aparar as crises de forma antidemocrática na prática criando novas leis, algo que somento o legislativo eleito pelo povo deveria ter o poder de realizar. Os processos da SCF chegam a ser utilizados por seu nome como novas pseudo leis, por exemplo, Everson v. Board of Education, New York Times Co. v. Sullivan, Near v. Minnesota, New York Times v. United States todos foram casos de “interpretação” da 1ª emenda da Constituição, a liberdade de expressão.

O caso Caso Roe vs. Wade que gerou a recente crise aconteceu em 1973 quando a SCF, pressionada pelo movimento das mulheres, interpretou que o aborto deveria ser um direito constituicional. Mesmo sendo uma vitória das trabalhadoras, ela se deu de forma antidemocrática e, justamente por isso, agora foi revogada com uma canetada da nova corte reacionária. O direito ao aborto, assim como qualquer direito, deveria ser transformado em lei pelos representantes do povo no legislativo e não por uma corte de juízes não eleitos que se colocam acima da Constituição.

A previsão de Thomas Jefferson aconteceu pois a ideia da suprema corte em si é anti democrática, como explicado acima. O tribunal foi angariado cada vez mais poder ao longo dos séculos e ao perceber a fragilidade do governo Biden partiu para o ataque, na prática se tornando o maior poder do país. A luta pelo regime constitucional era a principal luta dos revolucionários desde a Revolução dos EUA até as revoluções de 1848, as Constituições foram vitórias de muita luta, eles são a negação do absolutismo das monarquias da Europa.

A burguesia internacional há muito tempo abandonou qualquer defesa dos direitos democráticos e passou a defender o que há de mais reacionário. Em todo o planeta as supremas cortes são peças chave para esmagar qualquer resquício de democracia que ainda possuem os regimes políticos. Agora os EUA, país de origem dessa instituição ditatorial, se tornam sua mais nova vítima. É preciso defender o fim do STF no Brasil e em todo o mundo.

https://www.causaoperaria.org.br/artigo ... no-tumulo/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 06 Jul 2022, 12:00

Façam sua lição de casa
Global Times critica EUA em como lidar com seus problemas
O artigo publicado no Global Times tenta analisar o estado da crise que o país norte-americano está atravessando nos dias de hoje

ImagemPresidente dos EUA Joe Biden – Reprodução

Odia 4 de julho foi marcado pelas celebrações do Dia da Independência dos Estados Unidos, data em que as Treze Colônias declararam sua separação do Império Britânico e, desde então, considerada o dia nacional no país.

Mesmo assim, nas vésperas do feriado, a mídia norte-americana estava cheia de notícias bastante controversas, tais como a morte do motorista negro Jayland Walker, baleado pela polícia por pelo menos 60 vezes, e o caso de uma vítima do estupro de dez anos, que teve que viajar de Ohio para Indiana para fazer um aborto.

O autor do artigo salienta que as histórias reveladas pela mídia “não devem existir em uma sociedade civilizada e desenvolvida”, mas ainda existem, assinalando a crise que a sociedade americana está enfrentando hoje em dia.

O autor do artigo lembra o discurso do presidente norte-americano pronunciado há um ano, em que Joe Biden falou da “confiança”, dizendo a América estava “se reunindo de novo”. Contudo, passado um ano, indica a publicação, o que vemos hoje é uma América mais dividida, confundida e caótica.

“Os problemas profundos acumulados nos EUA por muito tempo chegaram a um ponto em que explodiram de forma massiva. Problemas como tiroteios, polarização política, a grande diferença entre ricos e pobres, conflitos raciais, políticas partidárias e direitos da mulher se tornaram mais alarmantes em meio à pandemia de COVID-19 e à grave inflação”, especifica a publicação.

Entre os aspetos que mais agravam a situação já bastante tensa na sociedade americana o autor enumera as últimas decisões da Suprema Corte norte-americana, que, segundo o Global Times, “abriram ainda mais as feridas sociais da violência armada e dos direitos da mulher ao aborto”, que são geralmente consideradas graves violações da liberdade e da democracia e um retrocesso dos direitos humanos e da civilização.

“Do lado de fora, os Estados Unidos agora parecem um gigante com falta de equilíbrio, que se pode desequilibrar em qualquer momento.”

Outra questão que contribui ainda mais para a crise interna são as tentativas das autoridades norte-americanas de recuperar sua própria imagem de liderança. As recentes campanhas diplomáticas dos EUA, salienta o artigo, se estenderam por mais de 10.000 quilómetros desde a cúpula das Américas em Los Angeles até a cúpula do G7 na Alemanha e à cúpula da OTAN em Madri, Espanha.

“Embora o governo norte-americano esteja tentando seu melhor para demonstrar sua liderança no mundo, a principal questão para o mundo todo é se os EUA ainda possuem capacidade de se liderar a si mesmos.”

O autor da publicação supõe que, para compensar as falhas internas nos últimos anos, a presidência norte-americana tem buscado transferir os riscos e conflitos para o estrangeiro, efetuando ataques contra outros países, incluindo a China, vendo isso como um “truque de magia” para “encobrir problemas internos” e “inspirar a lealdade social”.

“Nos EUA, criticar a China se tornou ‘politicamente correto’, isso se tornou uma necessidade estratégica dos Estados Unidos. Mas foi provado inúmeras vezes que os EUA não podem ‘transferir’ seus próprios problemas. O que tem sido transferido é a energia limitada do círculo de tomada de decisões, que deveria ter se concentrado na solução de problemas internos dos Estados Unidos”, diz o artigo.

Para concluir, o autor enfatiza que, para pôr fim às políticas destrutivas de intervenção dos EUA nos assuntos internos dos países por todo o mundo, os americanos devem começar a lidar com seus próprios assuntos antes de mais nada.

“Neste Dia da Independência [dos Estados Unidos], aconselhamos sinceramente que os EUA lidem com seus próprios assuntos primeiramente e se importem menos com os assuntos dos outros. Neste caso, será melhor para os EUA e para todos.”

O status e a influência dos Estados Unidos na arena internacional dependem das capacidades de governação doméstica, conclui a publicação. Uma má governação em casa, salienta-se, não é convincente para os norte-americanos e preocupa os seus aliados.

“Seria melhor se Washington usasse sua implacabilidade na contenção da China para lidar com os problemas internos. É também o ponto em que deve centrar seus esforços na política ‘A América primeiro’.”

https://www.causaoperaria.org.br/rede/i ... problemas/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 06 Jul 2022, 18:10

Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por Chapolin Gremista » 07 Jul 2022, 17:29

Suprema rejeição
“Abortem a Suprema Corte!”, pede a população americana
Esquerda dos EUA pede fim do Supremo após decisão ultrarreacionária de probição do aborto

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É preciso lutar pelo fim do STF e da Suprema Corte nos EUA – Foto: Reprodução

Desde a publicação do despacho de Alexandre de Moraes que inclui o Partido da Causa Operária no Inquérito das Fake News, iniciou-se, de maneira inédita, uma discussão no seio da política nacional: qual é o papel do STF dentro do regime democrático brasileiro?

Do lado mais reacionário da discussão, encontra-se a direita que, apoiada sobre o STF desde o impeachment da Dilma, defende ferrenhamente a existência da Corte. Do outro lado, daquele progressista, está o PCO, que entende que o STF é um tribunal de exceção que serve aos interesses da burguesia e que, portanto, deve ser extinto.

No meio desse espectro, encontra-se a esquerda pequeno-burguesa que, atrelada à imprensa burguesa, defende a existência e a atuação do STF na “luta” contra o fascismo. Finalmente, acham que o Supremo possui um papel importante na manutenção do que eles chamavam de “democracia”. Algo que, apesar de completamente distante da realidade, não é nada fora do esperado.

Com isso, confrontados com a enorme campanha do PCO que, lutando pela liberdade de expressão, exige o fim do STF; acabam, muitas vezes, se acovardando e tomando o lado da burguesia. Ou seja, afirmam que exigir o fim do STF é, por si só, um ato antidemocrático que deve ser rechaçado.

Suprema Corte x Supremo Tribunal Federal

No outro hemisfério do globo, uma luta extremamente similar àquela que o PCO está travando no Brasil ocorre entre a Suprema Corte dos EUA e o povo. No final de junho, a Corte suspendeu o direito constitucional ao aborto no país após 49 anos. Agora, cada um dos 50 estados pode votar para adotar vetos locais.

Desde então, a esquerda americana iniciou, também, uma ampla campanha que, assim como no Brasil, exige o fim do STF. Após a decisão, via-se nas ruas palavras de ordem como “Abortem a Suprema Corte!”. Uma demonstração de que a esquerda entende os abusos da Corte e não hesita em realizar uma campanha contra esse poder genuinamente ditatorial.

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Tanto é que já realizaram uma série de manifestações na frente da Suprema Corte, com cartazes condenando a decisão dos ministros, bem como a própria existência do Supremo. Atos que, no Brasil, certamente seriam respondidos por uma voz de prisão proveniente dos fascistas de toga do STF.

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A postura da esquerda pequeno-burguesa se mostra ainda mais distoante da política adotada pela esquerda americana quando levado em consideração que a Suprema Corte, como modelo de aparato estatal, surgiu, justamente, nos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, um fator agravante é o fato de que, além de os juízes não serem eleitos, nos EUA, seus cargos são vitalícios.

No final, a crise envolvendo a Suprema Corte americana é infinitamente maior do que a qual passamos aqui no Brasil. Assim como o STF, o tribunal decidiu governar o país. Ou melhor, impedir que Biden governe os Estados Unidos. Afinal, a esmagadora maioria dos juízes de lá são da extrema-direita, ligados a Trump e ao Partido Republicano.

O fato é que a operação especial russa na Ucrânia, bem como demais derrotas sofridas pelo imperialismo nos últimos anos, levaram o governo Biden a uma crise nunca antes vista. Crise essa que pode, inclusive, resultar no fim prematura de seu mandato.

Logo, a oposição a Biden, os republicanos, aproveitaram a crise para instaurar um sistema político que gira em torno de dois poderes: o Executivo e o Judiciário. De forma prática, a Suprema Corte começou a aprovar uma série de coisas contrárias à política do governo Biden. O democrata, por exemplo, tentou aprovar uma restrição à obtenção de armas. A Suprema Corte, usurpando de seu poder quase que moderador, impediu tal medida.

Vale ressaltar que, em outros momentos da história, o Partido Democrata utilizou a Suprema Corte conforme os seus interesses, realizando manobras similares contra os republicanos para levar adiante a sua política. Por conseguinte, não tem condições políticas para denunciar as arbitrariedades da Corte que, agora, está nas mãos da direita.

Portanto, estamos diante, provavelmente, de uma das maiores crises institucionais que os norte-americanos já atravessaram desde o começo do século XX. O Governo tenta governar, o Congresso tenta aprovar alguma coisa, enquanto que a direita passa por cima de todos esses poderes por meio da Suprema Corte.

A luta contra as instituições antidemocráticas é internacional

Decerto que é dever de todo comunista não concordar com o presidencialismo. Entretanto, acima disso, é preciso lutar pelos direitos democráticos. Pois, essa sim é uma luta que caminha rumo à emancipação da classe operária por meio de seu esclarecimento político pautado sobre a realidade material, e não por meio de “macetes” políticos.

Por isso, assim como faz a esquerda americana, é preciso denunciar veementemente a ditadura que representa toda e qualquer Suprema Corte, seja a americana, seja o STF. Afinal, queira ou não, o Presidente foi eleito e, portanto, deve-se seguir o devido processo que constitui o regime democrático burguês. Caso contrário, a política se dilui e vira uma disputa de interesses sem limites. O resultado disso: ataques como o da Suprema Corte ao direito ao aborto e o do STF contra o Partido da Causa Operária.

Acima disso, fica claro que a luta travada pelo PCO contra o STF não é só legítima, como também extremamente popular. Não é preciso muito para entender que as instâncias superiores do judiciário representam, inevitavelmente, um instrumento pelo qual a burguesia impõe as suas vontades sem precisar se esforçar para manobrar dentro do regime. Em outras palavras, é um corredor direto para o golpe.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/i ... americana/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 08 Jul 2022, 20:12

Polarização econômica
Crise social: classe média entra em extinção nos EUA
Diversos estados americanos registram diferença aguda entre ricos e pobres e uma consequente diminuição na classe média

ImagemDados referentes a Nashville. Em azul, os bairros de alta renda. Em cinza, os bairros de renda média. Em marrom, os baixos de baixa renda. A população operária tem sido expulsa da cidade – Foto: Reprodução

Operíodo entre o fim da Segunda Guerra Mundial e a crise terminal do capitalismo, da qual nunca saímos, dos anos 70, foi marcado pelo estado de bem-estar social no países imperialistas. Através de políticas que garantiam uma boa qualidade de vida para a população, foi possível estabelecer uma espécie de paz social marcada pela predominância das classes médias que servem de sustentáculo para o regime capitalista.

Este período está definitivamente encerrado, uma evidência clara sendo a sua dissolução nos países imperialistas e o crescimento de uma polarização econômica que divide a sociedade entre aqueles que têm tudo e aqueles que mal têm o suficiente para sobreviver.

Em reportagem publicada nesta quarta-feira (6) no jornal New York Times com o título de The Shrinking of the Middle Class (O Encolhimento da Classe Média), muitos dos dados referentes ao tópico foram expostos. A reportagem começa trazendo o já conhecido fenômeno da “gentrificação” que, em linguagem bem direta, procura descrever a simultânea elitização de bairros e cidades e a expulsão de seus habitantes originais, que já não são mais capazes de arcar com os custos de ali morar e são, portanto, empurrados às periferias.

O resultado é evidente: formam-se bolhas de riqueza e bolhas de pobreza. A população operária é empurrada a uma situação de ainda maior degradação em bairros onde a infraestrutura é insuficiente, o emprego muito distante, as escolas péssimas etc. Este fenômeno não explica, no entanto, o desaparecimento das classes médias. É, na verdade, uma consequência dele, da contínua piora das condições de vida da população no países imperialistas.

Além disto, observamos um grande aumento no preço dos imóveis, muito acima daquilo que seria previsto pela inflação, fruto da especulação: fundos de investimentos compram cada vez mais imóveis com o intuito de usá-los como fonte de renda. Com isto, os preços sobem e se tornam cada vez mais inacessíveis ao grosso da população.

O fenômeno é global, até mesmo em paraísos da esquerda pequeno-burguesa como a Nova Zelândia e a Suécia. A situação é naturalmente pior em muitos países atrasados, tal qual o Brasil, onde o sonho da casa própria se tornou nada além de um sonho para a maior parte da população. Afinal, nos grande centros urbanos, o aluguel custa em média mais do que o salário mínimo.

Tratemos dos dados presentes no artigo do NYT. O percentual de famílias vivendo em bairros de “classe média” – bairros que não passaram pelo crivo ou de profunda elitização, ou de profunda precarização – em 25 dos maiores centros urbanos norte-americanos em 2020, foi comparado com a mesma cifra referente ao ano de 1990. A queda é universal (não há exceção alguma), e não é restrita a estes centros urbanos, mas sim ao conjunto de todas as áreas metropolitanas dos Estados Unidos: 62% das famílias viviam em bairros de classe média em 1990, e, hoje, este número desceu para pouco menos de 50%.

Centros urbanos que marcavam em certa medida a prosperidade da população em geral, tais quais Charlotte e Orlando, observaram uma queda intensa: de 69% para 43% e de 68% para 46%. Regiões que já se encontravam em relativa pobreza devido à desindustrialização intensa sofrida no último quarto do século XX, tais quais os centros urbanos do Centro-Oeste norte-americano, evidenciaram uma queda ainda maior, como Chicago, de 56% para 44%, e Detroit, de 54% para 43%. No país imperialista mais rico do mundo, os Estados Unidos, a população não é mais capaz de se sustentar e levar uma vida digna!

A polarização política vivida no mundo capitalista de hoje é fruto desta polarização econômica evidente das “estatísticas”. Não há política que a burguesia esteja disposta a levar adiante que possa tratar da questão. O neoliberalismo é, antes de tudo, uma política de empobrecimento da classe operária e das classes médias. A situação caminha para um contínuo acirramento nas contradições sociais, e a única saída que se põe na ordem do dia é a saída revolucionária.

A esquerda deve se mostrar verdadeiramente contrária ao neoliberalismo e combatê-lo não somente em palavras – muitas vezes vazias-, mas também em atos. No caso norte-americano, isto significa se desvencilhar do Partido Democrata e se distanciar da política falida do mau menor: Biden não se mostrou por um segundo sequer ser melhor que Trump.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/i ... o-nos-eua/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 10 Jul 2022, 03:09

Derrotados pelos russos
Depois de Jonhson, Biden será a próxima vítima da guerra?
Governo das potências que procuraram encurralar a Russia, são vítimas de crises profundas enquanto o povo russo avança no seu enfrentamento com o inimigo e busca superar a crise

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Principal parceiro do governo Joe Biden nas provocações que levaram à guerra libertadora que a Rússia e as Repúblicas Populares do Donbas levar adiante há mais de quatro meses, o primeiro-ministro Boris Johnson “foi a lona”, em meio a uma gigantesca crise, não apenas do seu governo, mas de todo o regime político britânico, ameaçado de um desmoronamento geral.

A dívida pública do Reino Unido” supera a marca de 2 trilhões de libras, superior ao seu PIB.

Tamanha crise, descarregada sobre as costas da população trabalhadora, dá lugar a uma crescente revolta popular, frente à situação de desemprego, inflação crescente etc. que afeta duramente a vida de milhões de trabalhadores. O aumento do custo de vida gerado pela alta nos preços dos alimentos, dos combustíveis e do gás fez com a inflação no acumulado de 12 meses, saltasse de 6,2% de abril para 9,1% de maio, a maior inflação dos últimos 40 anos.

A crise já devidamente embalado pela pandemia, que o governo britânico, como de todos os países imperialistas, não buscou combater mas apenas garantir o lucro dos seus monopólios, foi precipitada pela sua aceleração por conta dos embargos e bloqueios impostos à Russia. Dias dias antes de sua queda, BJ anunciou um novo pacote de medidas sanções econômicas contra a Rússia.

Não sem motivo, foram muitas as devidas declarações de jubilo, entre dirigentes e o povo russo diante da queda.

Dentre as que considero das melhores a que tive acesso, destaco a da porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Federação Russa, Maria Zakharova, que comemorou:

“A moral da história é: não tente destruir a Rússia”

“A Rússia não pode ser destruída. Você pode quebrar os dentes com isso – e depois engasgar com eles.”

O empresário russo Oleg Deripaska postou no Telegram

“fim inglório para um palhaço estúpido”

apontando-o, acertadamente como um dos responsáveis por

“dezenas de milhares de vidas neste conflito sem sentido na Ucrânia”.

O sentido da guerra e da queda de Jonhson não pode ser encontrado nas afirmações estúpidas e distracionistas da imprensa capitalista de que o problemas seriam as denuncias de assédio contra seus ministros ou as “palhaçadas” de BJ.

O fato é que depois dos Estados Unidos, a Inglaterra foi o país imperialista que mais armou e apoiou o regime nazista da Ucrânia contra a Rússia e os povos do Donbas. Desde a derrubada golpista do governo em 2014, passando pelas ações fascistas contra os povos russos da Ucrânia, até o treinamento militar e financiamento dos fascistas até envio de armamentos e outros recursos.

BJ esteve na frente da política de aplicação de severas sanções contra a Rússia, não só da parte do seu pais, mas de todo o continente europeu e dos EUA.

Não por acaso, enquanto a Rússia e as RP de Lugansk e Donetsk colhem importantes vitória contra as tropas nazistas a serviços dos regimes “democráticos” como os de Biden e Jonhson, os regimes políticos desses e de outros países desmoronam.

A crise não é apenas uma crise do governo britânico e de outros países; a reação espetacular dos povos russos (depois da derrota magistral dos EUA para o povo afegão e sírio) está indicando o completo colapso da dominação capitalista. Uma crise histórica da dominação, do esgotamento do imperialismo que só pode ser resolvida, de forma definitiva, pela sua superação por meio da sua derrota pelos povos oprimidos e sua substituição por regimes operários, socialistas.

A situação de seu aliado norte-americano, não é muito melhor. O governo imperialista norte-americano, o maior inimigo de todos os povos oprimidos, inclusive, de seu próprio povo trabalhador, caminha para enfrentar as eleições do meio de mandato, em novembro próximo, com o governo em meio a uma crise ainda mais profunda que a atual, com a maior economia capitalista do mundo em recessão. Uma situação que ameaça levar também o governo do democrata genocida ao mesmo destino de BJ.
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Mensagem por Chapolin Gremista » 11 Jul 2022, 16:58

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Mensagem por E.R » 11 Jul 2022, 17:23

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Mensagem por Chapolin Gremista » 11 Jul 2022, 20:29

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