Salário Mínimo
Na era Bolsonaro, salário mínimo diminui a cada mês
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Na era Bolsonaro, salário mínimo diminui a cada mês
Salário mínimo necessário para sustentar uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 4.342,57, um valor 4,35 vezes o salário mínimo vigente
O salário mínimo em dezembro deveria ter sido de R$ 4.342,57, diz o Dieese. O salário ideal é calculado com base na cesta básica mais cara entre 17 capitais do Brasil. O Rio de Janeiro teve a cesta básica mais cara: R$ 516,91. A estimativa pelo salário mínimo ideal é do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) e foi divulgada nesta quinta-feria (09).
O salário mínimo deve, segundo a constituição do Brasil, atender às necessidades básicas do trabalhador e de sua família, para fazer frente aos gastos com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e Previdência Social. E para atender a esses mínimos gastos, o salário mínimo deveria ser R$ 4.342,57, segundo o Dieese, e não os R$ 1.039,00 pagos a partir do início do presente ano novo. O valor é 4,35 vezes o salário mínimo em vigor em 2019, de R$ 998,00.
A diferença sobe de mês a mês
A diferença entre o salário mínimo real e o necessário já havia subido de novembro para dezembro. Em novembro, o ideal era que o mínimo fosse de R$ 4.021,39 (4,03 vezes o salário mínimo em vigor à época).
Golpe congela aumentos reais e aumenta o fosso
Já é o terceiro ano seguido que salário mínimo está congelado à variação da inflação.
O congelamento dos aumentos reais feitos por Bolsonaro tira, todo mês, R$ 17,00 dos que recebem o salário mínimo no Brasil, incluindo cerca de 25 milhões de aposentados e pensionistas. No ano passado, Bolsonaro retirou R$ 6,00 do salário mínimo aprovado pelo congresso nacional. Ao invés de R$ 1.004,00, Bolsonaro em seu primeiro ano de governo, rebaixou para R$ 998,00. Se a política de aumento do salário mínimo seguisse a política anterior ao golpe, o salário do presente ano seria de R$ 1.056,00, ao invés de 1.039,00 a partir do presente mês.
Na política de reajuste do mínimo anterior ao golpe, além da inflação do ano, um aumento real era acrescido, calculados pela média do crescimento econômico dos últimos dois anos. A política de reajuste do salário mínimo introduzida nos governos de Lula e Dilma fez com que o salário mínimo tivesse aumento real acima da inflação em torno de 70%, mesmo que também tenha sido insuficiente para atender de verdade às demandas da maior parte da população, se consideradas as estimativas do Dieese.
Reajuste do mínimo perde para reajuste das demais aposentadorias
Pelo segundo ano do governo Bolsonaro, quem ganha mais que o mínimo de novo terá o índice de reajuste nas aposentadorias maior do que os que recebem apenas o mínimo. Para aposentadorias e pensões acima de um salário mínimo, o reajuste ficou em 4,48%, segundo o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado em 2019, divulgado nessa sexta-feira (10) pelo IBGE.
O reajuste do mínimo para aposentados foi de apenas 4,1%, o que não é uma novidade no Brasil do Golpe. Em 2017, o reajuste para aposentadorias acima do salário mínimo foi de 6,58% contra 6,48% do mínimo. Em 2018 aconteceu o mesmo.
Os dados do Dieese mostram não apenas uma diferença brutal entre o salário mínimo real e o salário mínimo necessário para suprir as necessidades básicas do trabalhador. Outros dados mostram ainda que a inflação dos que ganham salário mínimo, no primeiro ano de Bolsonaro, foi maior do que os que têm ganhos superiores.
Quem mais ganha, maior reajuste tem, e ainda é beneficiado com inflação menor. O contrário acontece com os que apenas o mínimo ganham. Seu reajuste congelado é menor, e ainda é surrado com maior inflação. Governo do Golpe como proclamou em Washington no ano passado: Bolsonaro “veio para fazer nada pelo nosso povo”.
O salário mínimo em dezembro deveria ter sido de R$ 4.342,57, diz o Dieese. O salário ideal é calculado com base na cesta básica mais cara entre 17 capitais do Brasil. O Rio de Janeiro teve a cesta básica mais cara: R$ 516,91. A estimativa pelo salário mínimo ideal é do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) e foi divulgada nesta quinta-feria (09).
O salário mínimo deve, segundo a constituição do Brasil, atender às necessidades básicas do trabalhador e de sua família, para fazer frente aos gastos com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e Previdência Social. E para atender a esses mínimos gastos, o salário mínimo deveria ser R$ 4.342,57, segundo o Dieese, e não os R$ 1.039,00 pagos a partir do início do presente ano novo. O valor é 4,35 vezes o salário mínimo em vigor em 2019, de R$ 998,00.
A diferença sobe de mês a mês
A diferença entre o salário mínimo real e o necessário já havia subido de novembro para dezembro. Em novembro, o ideal era que o mínimo fosse de R$ 4.021,39 (4,03 vezes o salário mínimo em vigor à época).
Golpe congela aumentos reais e aumenta o fosso
Já é o terceiro ano seguido que salário mínimo está congelado à variação da inflação.
O congelamento dos aumentos reais feitos por Bolsonaro tira, todo mês, R$ 17,00 dos que recebem o salário mínimo no Brasil, incluindo cerca de 25 milhões de aposentados e pensionistas. No ano passado, Bolsonaro retirou R$ 6,00 do salário mínimo aprovado pelo congresso nacional. Ao invés de R$ 1.004,00, Bolsonaro em seu primeiro ano de governo, rebaixou para R$ 998,00. Se a política de aumento do salário mínimo seguisse a política anterior ao golpe, o salário do presente ano seria de R$ 1.056,00, ao invés de 1.039,00 a partir do presente mês.
Na política de reajuste do mínimo anterior ao golpe, além da inflação do ano, um aumento real era acrescido, calculados pela média do crescimento econômico dos últimos dois anos. A política de reajuste do salário mínimo introduzida nos governos de Lula e Dilma fez com que o salário mínimo tivesse aumento real acima da inflação em torno de 70%, mesmo que também tenha sido insuficiente para atender de verdade às demandas da maior parte da população, se consideradas as estimativas do Dieese.
Reajuste do mínimo perde para reajuste das demais aposentadorias
Pelo segundo ano do governo Bolsonaro, quem ganha mais que o mínimo de novo terá o índice de reajuste nas aposentadorias maior do que os que recebem apenas o mínimo. Para aposentadorias e pensões acima de um salário mínimo, o reajuste ficou em 4,48%, segundo o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado em 2019, divulgado nessa sexta-feira (10) pelo IBGE.
O reajuste do mínimo para aposentados foi de apenas 4,1%, o que não é uma novidade no Brasil do Golpe. Em 2017, o reajuste para aposentadorias acima do salário mínimo foi de 6,58% contra 6,48% do mínimo. Em 2018 aconteceu o mesmo.
Os dados do Dieese mostram não apenas uma diferença brutal entre o salário mínimo real e o salário mínimo necessário para suprir as necessidades básicas do trabalhador. Outros dados mostram ainda que a inflação dos que ganham salário mínimo, no primeiro ano de Bolsonaro, foi maior do que os que têm ganhos superiores.
Quem mais ganha, maior reajuste tem, e ainda é beneficiado com inflação menor. O contrário acontece com os que apenas o mínimo ganham. Seu reajuste congelado é menor, e ainda é surrado com maior inflação. Governo do Golpe como proclamou em Washington no ano passado: Bolsonaro “veio para fazer nada pelo nosso povo”.