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Victor235
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https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/ ... zida.ghtml

Pelo menos 111 linhas desapareceram ou tiveram frota reduzida no Rio de Janeiro.
O levantamento foi feito pela produção do Bom Dia Rio com base nas reclamações dos passageiros.
Uma delas é a 254 (Madureira-Candelária). Passageiros que precisam sair da Zona Norte em direção ao Centro da cidade afirmam que a linha simplesmente desapareceu.
Uma vergonha ! Não só quem mora na Zona Norte, mas também quem mora na Zona Oeste sofre com essa situação.
Pelo menos 111 linhas desapareceram ou tiveram frota reduzida no Rio de Janeiro.
O levantamento foi feito pela produção do Bom Dia Rio com base nas reclamações dos passageiros.
Uma delas é a 254 (Madureira-Candelária). Passageiros que precisam sair da Zona Norte em direção ao Centro da cidade afirmam que a linha simplesmente desapareceu.
E o problema se repete ano após ano.



- Rondamon
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A empresa de ônibus daqui, desde que começou a pandemia, está operando todos os dias com frota de domingo. Tem amigos meus que disseram que ficaram esperando 1h20 por um ônibus! Entendo que ainda estamos em pandemia, mas poderiam pelo menos aumentar a frota, visto que muitos já voltaram a trabalhar presencialmente.
Há 13 anos no Fórum Chaves! 
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O ESTADO DE S.PAULO
O governo de São Paulo anunciou ontem a retomada das obras da Linha 6-Laranja do Metrô.
De acordo com o governador João Doria (PSDB), os trabalhos recomeçam hoje e a previsão de entrega é de cinco anos.
“Retomamos a partir de amanhã (hoje) as obras da Linha 6 Laranja, que estavam paradas desde 2016. As obras recomeçam com investimento de R$ 15 bilhões. A previsão de entrega completa é de cinco anos a partir de amanhã. Essa é a maior parceria público-privada em desenvolvimento na América Latina”, afirmou ontem João Doria.
A linha é composta por 15 estações, terá mais de 15 quilômetros de extensão e vai ligar a Zona Norte ao Centro (Brasilândia a São Joaquim).
O projeto contará com integração para outras quatro linhas, do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). “Essa linha vai passar pelas principais universidades de São Paulo. E, quando estiver concluída, vai transportar 630 mil passageiros. Lembrando que estamos na pandemia e São Paulo dá uma demonstração de apoio às obras e iniciativas de infraestrutura”, disse o governador.
A construção e a operação da Linha 6-Laranja serão feitas pelo grupo espanhol Acciona, que adquiriu o direito do consórcio Move São Paulo.
A linha terá a vantagem de aumentar as opções de conexão no centro expandido da capital e também facilitar o acesso das Linhas 7-Rubi e 8-Diamante da CPTM.
O governo de São Paulo anunciou ontem a retomada das obras da Linha 6-Laranja do Metrô.
De acordo com o governador João Doria (PSDB), os trabalhos recomeçam hoje e a previsão de entrega é de cinco anos.
“Retomamos a partir de amanhã (hoje) as obras da Linha 6 Laranja, que estavam paradas desde 2016. As obras recomeçam com investimento de R$ 15 bilhões. A previsão de entrega completa é de cinco anos a partir de amanhã. Essa é a maior parceria público-privada em desenvolvimento na América Latina”, afirmou ontem João Doria.
A linha é composta por 15 estações, terá mais de 15 quilômetros de extensão e vai ligar a Zona Norte ao Centro (Brasilândia a São Joaquim).
O projeto contará com integração para outras quatro linhas, do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). “Essa linha vai passar pelas principais universidades de São Paulo. E, quando estiver concluída, vai transportar 630 mil passageiros. Lembrando que estamos na pandemia e São Paulo dá uma demonstração de apoio às obras e iniciativas de infraestrutura”, disse o governador.
A construção e a operação da Linha 6-Laranja serão feitas pelo grupo espanhol Acciona, que adquiriu o direito do consórcio Move São Paulo.
A linha terá a vantagem de aumentar as opções de conexão no centro expandido da capital e também facilitar o acesso das Linhas 7-Rubi e 8-Diamante da CPTM.



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https://www1.folha.uol.com.br/
A empresa aérea startup ITA Transportes Aéreos, braço aéreo do Grupo Itapemirim, planeja iniciar operações em março de 2021 com dez jatos Airbus A320 na frota e tem objetivos de fazer esse número multiplicar ao longo dos próximos anos.
A escolha do modelo de aeronave faz sentido num momento em que há oferta abundante de profissionais qualificados para operá-la, egressos de empresas aéreas no Brasil e no mundo que tiveram que demitir pessoas, enquanto ajustavam suas estruturas ao “novo normal” imposto pela pandemia e pelas restrições de viagens que afugentaram a demanda de passageiros.
A empresa aérea startup ITA Transportes Aéreos, braço aéreo do Grupo Itapemirim, planeja iniciar operações em março de 2021 com dez jatos Airbus A320 na frota e tem objetivos de fazer esse número multiplicar ao longo dos próximos anos.
A escolha do modelo de aeronave faz sentido num momento em que há oferta abundante de profissionais qualificados para operá-la, egressos de empresas aéreas no Brasil e no mundo que tiveram que demitir pessoas, enquanto ajustavam suas estruturas ao “novo normal” imposto pela pandemia e pelas restrições de viagens que afugentaram a demanda de passageiros.



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https://veja.abril.com.br/blog/radar/co ... -rodoanel/

O Tribunal de Contas paulista paralisou hoje a licitação de obras remanescentes do trecho norte do Rodoanel no valor de 1,5 bilhão de reais.
Em despacho, o conselheiro Dimas Ramalho determinou a “imediata paralisação do procedimento” e fixou o prazo máximo de cinco dias para que o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) “apresente as alegações e esclarecimentos".
O edital prevê a execução de obras remanescentes de implantação do trecho norte do Rodoanel.

O Tribunal de Contas paulista paralisou hoje a licitação de obras remanescentes do trecho norte do Rodoanel no valor de 1,5 bilhão de reais.
Em despacho, o conselheiro Dimas Ramalho determinou a “imediata paralisação do procedimento” e fixou o prazo máximo de cinco dias para que o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) “apresente as alegações e esclarecimentos".
O edital prevê a execução de obras remanescentes de implantação do trecho norte do Rodoanel.



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https://veja.abril.com.br/blog/radar/bu ... sao-paulo/
A Buser decidiu acionar a Justiça, o Ministério Público e o Tribunal de Contas de São Paulo contra a Artesp, acusando a agência de direcionamento de Consulta Pública para prejudicar a atividade da startup e de centenas de pequenas e médias empresas de fretamento.
O entendimento da Buser é de que a agência reguladora extrapola seus limites de atuação, propondo norma sob encomenda das grandes empresas de ônibus, com medidas ilegais que visam a impedir a sua atuação.
A Buser decidiu acionar a Justiça, o Ministério Público e o Tribunal de Contas de São Paulo contra a Artesp, acusando a agência de direcionamento de Consulta Pública para prejudicar a atividade da startup e de centenas de pequenas e médias empresas de fretamento.
O entendimento da Buser é de que a agência reguladora extrapola seus limites de atuação, propondo norma sob encomenda das grandes empresas de ônibus, com medidas ilegais que visam a impedir a sua atuação.



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https://www1.folha.uol.com.br/colunas/p ... rtes.shtml
A Artesp, agência reguladora dos transportes de São Paulo, recebeu cerca de 100 mil emails pedindo proteção ao serviço da Buser, empresa de venda online de viagens rodoviárias.
As mensagens foram uma resposta à consulta pública aberta no mês passado sobre as regras para o fretamento de ônibus.
Para pressionar a agência Artesp, a empresa Buser pediu para os clientes se manifestarem.
A legislação atual veda a venda de passagem individual de ônibus fretado e impede que empresas não permissionárias façam rotas regulares no estado, o que poderia levar à apreensão de veículos que prestam serviço à Buser.
A Artesp, agência reguladora dos transportes de São Paulo, recebeu cerca de 100 mil emails pedindo proteção ao serviço da Buser, empresa de venda online de viagens rodoviárias.
As mensagens foram uma resposta à consulta pública aberta no mês passado sobre as regras para o fretamento de ônibus.
Para pressionar a agência Artesp, a empresa Buser pediu para os clientes se manifestarem.
A legislação atual veda a venda de passagem individual de ônibus fretado e impede que empresas não permissionárias façam rotas regulares no estado, o que poderia levar à apreensão de veículos que prestam serviço à Buser.



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https://www1.folha.uol.com.br/colunas/p ... ados.shtml
Entrou na pauta do Senado desta semana um projeto de lei que quer restringir o número de empresas de ônibus de transporte interestadual de passageiros.
Para competidores, como a novata Buser, isso travará a concorrência.
A relatoria é de Acir Gurgacz (PDT), empresário do setor.
Entrou na pauta do Senado desta semana um projeto de lei que quer restringir o número de empresas de ônibus de transporte interestadual de passageiros.
Para competidores, como a novata Buser, isso travará a concorrência.
A relatoria é de Acir Gurgacz (PDT), empresário do setor.



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https://www.gazetadopovo.com.br/parana/ ... r-rodovia/
Uma técnica já utilizada no Brasil e em outros países será aplicada pela primeira vez na recuperação de uma rodovia estadual do Paraná.
A PRC-280, na região Sudoeste do Paraná, receberá obras que utilizam a técnica de whitetopping, que consiste na aplicação de pavimento em concreto ao invés de asfalto.
Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), a técnica deve reduzir pela metade o tempo de execução das obras e possibilitará uma economia de aproximadamente R$ 40 milhões.
O edital de licitação prevê a recuperação de um trecho de aproximadamente 60 quilômetros, entre o município de Palmas e a BR-153.
A PRC-280 é utilizada para escoamento de produção agrícola, indústria madeireira e de celulose.
Um estudo de tráfego indica que o trecho a ser recuperado tem um fluxo diário de 1,8 mil veículos pesados, além de carros de passeio.
Pela técnica de whitetopping, o pavimento atual receberá serviços de reparos e correção do nível, sendo aproveitado como base para o pavimento de concreto.
Serão executadas placas de concreto de 22 centímetros de espessura, restaurando completamente a pista, que será alargada em 40 centímetros de cada lado.
Os acostamentos também vão receber o pavimento de concreto, mas passarão por reciclagem de sub-base primeiro.
A obra prevê ainda a adequação dos dispositivos de drenagem, da sinalização horizontal e vertical, e de elementos de segurança.
O diretor-geral do DER, Fernando Furiatti, explica que um dos principais fatores que pesaram na escolha do whitetopping foi a rapidez na execução da obra. “Se fôssemos fazer com asfalto, teríamos de remover o pavimento que está lá, reconstruir a base e dependeríamos de fechar o tráfego. Isso levaria pelo menos o dobro do tempo”, explica.
De acordo com o edital, o prazo para execução completa dos projetos e serviços é de 450 dias (15 meses).
Outra vantagem são os custos menores. Um levantamento inicial do DER estima em R$ 120 milhões a restauração do trecho usando pavimentação em concreto, enquanto a pavimentação asfáltica demandaria um investimento de R$ 160 milhões. “Além dessa economia inicial, de mais de R$ 40 milhões, serão necessários menos serviços de conservação e manutenção ao longo dos anos, pois o pavimento de concreto tem o dobro da vida útil do pavimento asfáltico”.
Uma técnica já utilizada no Brasil e em outros países será aplicada pela primeira vez na recuperação de uma rodovia estadual do Paraná.
A PRC-280, na região Sudoeste do Paraná, receberá obras que utilizam a técnica de whitetopping, que consiste na aplicação de pavimento em concreto ao invés de asfalto.
Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), a técnica deve reduzir pela metade o tempo de execução das obras e possibilitará uma economia de aproximadamente R$ 40 milhões.
O edital de licitação prevê a recuperação de um trecho de aproximadamente 60 quilômetros, entre o município de Palmas e a BR-153.
A PRC-280 é utilizada para escoamento de produção agrícola, indústria madeireira e de celulose.
Um estudo de tráfego indica que o trecho a ser recuperado tem um fluxo diário de 1,8 mil veículos pesados, além de carros de passeio.
Pela técnica de whitetopping, o pavimento atual receberá serviços de reparos e correção do nível, sendo aproveitado como base para o pavimento de concreto.
Serão executadas placas de concreto de 22 centímetros de espessura, restaurando completamente a pista, que será alargada em 40 centímetros de cada lado.
Os acostamentos também vão receber o pavimento de concreto, mas passarão por reciclagem de sub-base primeiro.
A obra prevê ainda a adequação dos dispositivos de drenagem, da sinalização horizontal e vertical, e de elementos de segurança.
O diretor-geral do DER, Fernando Furiatti, explica que um dos principais fatores que pesaram na escolha do whitetopping foi a rapidez na execução da obra. “Se fôssemos fazer com asfalto, teríamos de remover o pavimento que está lá, reconstruir a base e dependeríamos de fechar o tráfego. Isso levaria pelo menos o dobro do tempo”, explica.
De acordo com o edital, o prazo para execução completa dos projetos e serviços é de 450 dias (15 meses).
Outra vantagem são os custos menores. Um levantamento inicial do DER estima em R$ 120 milhões a restauração do trecho usando pavimentação em concreto, enquanto a pavimentação asfáltica demandaria um investimento de R$ 160 milhões. “Além dessa economia inicial, de mais de R$ 40 milhões, serão necessários menos serviços de conservação e manutenção ao longo dos anos, pois o pavimento de concreto tem o dobro da vida útil do pavimento asfáltico”.



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https://oglobo.globo.com/rio/sem-novos- ... a-24735175
Mais de 1,8 milhão de cariocas embarcam todos os dias numa viagem marcada por preocupações. Eles saem de casa sem saber a que horas vai passar o ônibus que precisam pegar para o trabalho, já que muitas linhas de ônibus desapareceram.
Quando a condução chega, principalmente no rush, está lotada.
Isso sem falar nos bancos rasgados, na falta de limpeza e nos pneus carecas.
A pandemia agravou os sérios problemas que já vinham sendo enfrentados pelo sistema que mais transporta passageiros no Rio de Janeiro.
Um deles é o envelhecimento da frota. Com a crise, o número de aquisições de novos veículos nos últimos meses ficou bem abaixo da média.
Os passageiros já tiveram dias melhores. Até 2016, o setor comprava 1.250 novos ônibus por ano.
Esse número caiu para 600, em média, nos três anos seguintes e atingiu 236 nos últimos 12 meses, segundo o Rio Ônibus, sindicato dos empresários.
Dados divulgados pela Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) confirmam que as empresas deram uma freada na renovação da frota. Este ano, apenas 95 veículos novos entraram no sistema contra 497 no ano passado. A queda foi de 80%. Os veículos novos que foram para as ruas a partir de março tinham sido comprados antes da pandemia ou foram adquiridos no começo da quarentena.
Outro reflexo dessa falta de renovação pode ser observado nas ruas, onde alguns cacarecos atravancam o trânsito e deixam passageiros preocupados. Em 2011, logo após a prefeitura fazer a licitação dos linhas, a média de idade dos coletivos era de 3,8 anos, uma das mais novas do país. Quatro anos depois, já estava em 4,5. Hoje, é de 5,8, segundo a SMTR.
Entretanto, a prefeitura — que é responsável pela fiscalização do do serviço — diz que não há ônibus com “validade vencida” nas ruas ou com idade máxima a ser atingida até dezembro. Mas isso pode ter sido garantido por uma simples canetada. Ou duas. Em 2018, num acordo com as empresas para climatizar toda a frota, o que não aconteceu até hoje, o município concedeu um aumento da tarifa e permitiu que os ônibus convencionais com ar-condicionado tivessem vida útil estendida de oito para nove anos.
Em abril deste ano, por conta da pandemia, toda a frota ganhou uma sobrevida de quatro anos. Assim, micro-ônibus podem circular por até dez anos; ônibus convencionais sem ar, por 12; ônibus convencionais com ar, 13; frescões, 14 anos; e BRTs, 24.
No dia a dia, os passageiros convivem não só com uma frota que envelhece a olhos vistos, mas com veículos cuja manutenção é precária.
O problema é mais grave nas zonas Norte e Oeste da cidade do Rio de Janeiro.
Em Campo Grande, a reportagem flagrou veículos com bancos rasgados, pneus carecas, para-brisas trincados, retrovisor amarrado por fio e até buraco na lataria do teto.
— Os ônibus dessa linha são todos assim : velhos e sujos. Conforto para o passageiro é nenhum. É uma barulheira danada durante o trajeto, sem contar com a demora para chegar ao ponto, nunca inferior a uma hora. A empresa não tem um pingo de respeito pelo usuário que paga passagem. Esse está inclusive com o banco rasgado. Um absurdo — reclamou o caldeireiro Célio Nogueira, de 79 anos, enquanto esperava na fila do 821 (Corcundinha-Campo Grande), em Campo Grande.
Além do problema no banco, o ôninus estava com a lataria amassada e lanternas traseiras quebradas. Uma pesquisa no banco de dados do Detran mostra que, apesar do seu estado de conservação, o veículo foi fabricado em 2014 e passou pela última vistoria há dois anos.
O comerciário Rafael Monteiro, de 27 anos, reclama da linha 759 (Cesarão—Coelho Neto), que, segundo ele, também só circula com ônibus velhos e sujos :
— A linha 759 anda com uma frota de mais de dez anos. São ônibus imundos e mofados, com bancos rasgados. Carros já cansados, que já deveriam estar aposentados.
Na manhã da última quarta-feira, um ônibus da linha 770 foi forçado a interromper a viagem, por conta de problema na embreagem. Parado em um acostamento na Avenida Brasil, na altura de Bangu, aguardava reboque até o começo da tarde. Apesar do perrengue, a motorista, que preferiu não se identificar, afirmou que o carro era um dos melhores da garagem.
Ônibus enguiçados por problemas de falta de manutenção viraram uma rotina nas principais vias da cidade.
Para o professor de engenharia de Transportes da PUC-Rio José Eugênio Leal, o afrouxamento do prazo de vida útil dos ônibus pela prefeitura não chega a ser algo grave, num momento de crise. O problema maior, afirma ele, é outro :
— O problema é não conseguir fazer a manutenção correta para garantir a segurança e o conforto do passageiro. O que tem que ser cobrado é que o ônibus não rode se não tiver em condições para isso. É questão de fiscalização, e a prefeitura precisa cobrar, principalmente em relação aos itens de segurança.
O Rio Ônibus afirmou que os problemas se agravaram com a pandemia. De acordo com o sindicato, a demanda caiu 45%, apesar da flexibilização das atividades, e o prejuízo desde março chegou a R$ 900 milhões.
A concorrência com o transporte alternativo irregular e a falta de reajuste das tarifas, que completará dois anos em janeiro, também são apontadas como causas da crise, que já resultou no fechamento de 15 empresas e na demissão de 15 mil rodoviários nos últimos anos. Hoje, quatro viações estão em recuperação judicial.
Para o professor do Programa de Engenharia de Transporte da Coppe/UFRJ Ronaldo Balassiano, a crise alegada pelo setor é menos culpa da pandemia e mais do modelo de transporte público adotado no Rio de Janeiro :
— Esse modelo que existe no Rio está falido. Não funciona, independentemente de ter pandemia ou não. O município e o estado trabalham com os modos de transportes (ônibus, trens, metrô e vans) como se fossem coisas distintas. Se a gente não tratá-los de forma integrada, vai continuar tendo problemas.
A reboque dessa crise, veio o fechamento da fábrica da Marcopolo em Xerém, em Duque de Caxias, no último dia 30. A empresa, que era a principal fornecedora do setor, teve uma queda de 40% em sua demanda. As operações da unidade, que tinha 800 trabalhadores, foram transferidas para o Rio Grande do Sul e o Espírito Santo.
— É um atestado de que o setor está em crise. A fábrica foi montada para atender o mercado do Rio de Janeiro, que era o maior que ela tinha. O fechamento da fábrica é o símbolo da decadência que o sistema vem atravessando — diz o porta-voz do Rio Ônibus, Paulo Valente.
Mais de 1,8 milhão de cariocas embarcam todos os dias numa viagem marcada por preocupações. Eles saem de casa sem saber a que horas vai passar o ônibus que precisam pegar para o trabalho, já que muitas linhas de ônibus desapareceram.
Quando a condução chega, principalmente no rush, está lotada.
Isso sem falar nos bancos rasgados, na falta de limpeza e nos pneus carecas.
A pandemia agravou os sérios problemas que já vinham sendo enfrentados pelo sistema que mais transporta passageiros no Rio de Janeiro.
Um deles é o envelhecimento da frota. Com a crise, o número de aquisições de novos veículos nos últimos meses ficou bem abaixo da média.
Os passageiros já tiveram dias melhores. Até 2016, o setor comprava 1.250 novos ônibus por ano.
Esse número caiu para 600, em média, nos três anos seguintes e atingiu 236 nos últimos 12 meses, segundo o Rio Ônibus, sindicato dos empresários.
Dados divulgados pela Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) confirmam que as empresas deram uma freada na renovação da frota. Este ano, apenas 95 veículos novos entraram no sistema contra 497 no ano passado. A queda foi de 80%. Os veículos novos que foram para as ruas a partir de março tinham sido comprados antes da pandemia ou foram adquiridos no começo da quarentena.
Outro reflexo dessa falta de renovação pode ser observado nas ruas, onde alguns cacarecos atravancam o trânsito e deixam passageiros preocupados. Em 2011, logo após a prefeitura fazer a licitação dos linhas, a média de idade dos coletivos era de 3,8 anos, uma das mais novas do país. Quatro anos depois, já estava em 4,5. Hoje, é de 5,8, segundo a SMTR.
Entretanto, a prefeitura — que é responsável pela fiscalização do do serviço — diz que não há ônibus com “validade vencida” nas ruas ou com idade máxima a ser atingida até dezembro. Mas isso pode ter sido garantido por uma simples canetada. Ou duas. Em 2018, num acordo com as empresas para climatizar toda a frota, o que não aconteceu até hoje, o município concedeu um aumento da tarifa e permitiu que os ônibus convencionais com ar-condicionado tivessem vida útil estendida de oito para nove anos.
Em abril deste ano, por conta da pandemia, toda a frota ganhou uma sobrevida de quatro anos. Assim, micro-ônibus podem circular por até dez anos; ônibus convencionais sem ar, por 12; ônibus convencionais com ar, 13; frescões, 14 anos; e BRTs, 24.
No dia a dia, os passageiros convivem não só com uma frota que envelhece a olhos vistos, mas com veículos cuja manutenção é precária.
O problema é mais grave nas zonas Norte e Oeste da cidade do Rio de Janeiro.
Em Campo Grande, a reportagem flagrou veículos com bancos rasgados, pneus carecas, para-brisas trincados, retrovisor amarrado por fio e até buraco na lataria do teto.
— Os ônibus dessa linha são todos assim : velhos e sujos. Conforto para o passageiro é nenhum. É uma barulheira danada durante o trajeto, sem contar com a demora para chegar ao ponto, nunca inferior a uma hora. A empresa não tem um pingo de respeito pelo usuário que paga passagem. Esse está inclusive com o banco rasgado. Um absurdo — reclamou o caldeireiro Célio Nogueira, de 79 anos, enquanto esperava na fila do 821 (Corcundinha-Campo Grande), em Campo Grande.
Além do problema no banco, o ôninus estava com a lataria amassada e lanternas traseiras quebradas. Uma pesquisa no banco de dados do Detran mostra que, apesar do seu estado de conservação, o veículo foi fabricado em 2014 e passou pela última vistoria há dois anos.
O comerciário Rafael Monteiro, de 27 anos, reclama da linha 759 (Cesarão—Coelho Neto), que, segundo ele, também só circula com ônibus velhos e sujos :
— A linha 759 anda com uma frota de mais de dez anos. São ônibus imundos e mofados, com bancos rasgados. Carros já cansados, que já deveriam estar aposentados.
Na manhã da última quarta-feira, um ônibus da linha 770 foi forçado a interromper a viagem, por conta de problema na embreagem. Parado em um acostamento na Avenida Brasil, na altura de Bangu, aguardava reboque até o começo da tarde. Apesar do perrengue, a motorista, que preferiu não se identificar, afirmou que o carro era um dos melhores da garagem.
Ônibus enguiçados por problemas de falta de manutenção viraram uma rotina nas principais vias da cidade.
Para o professor de engenharia de Transportes da PUC-Rio José Eugênio Leal, o afrouxamento do prazo de vida útil dos ônibus pela prefeitura não chega a ser algo grave, num momento de crise. O problema maior, afirma ele, é outro :
— O problema é não conseguir fazer a manutenção correta para garantir a segurança e o conforto do passageiro. O que tem que ser cobrado é que o ônibus não rode se não tiver em condições para isso. É questão de fiscalização, e a prefeitura precisa cobrar, principalmente em relação aos itens de segurança.
O Rio Ônibus afirmou que os problemas se agravaram com a pandemia. De acordo com o sindicato, a demanda caiu 45%, apesar da flexibilização das atividades, e o prejuízo desde março chegou a R$ 900 milhões.
A concorrência com o transporte alternativo irregular e a falta de reajuste das tarifas, que completará dois anos em janeiro, também são apontadas como causas da crise, que já resultou no fechamento de 15 empresas e na demissão de 15 mil rodoviários nos últimos anos. Hoje, quatro viações estão em recuperação judicial.
Para o professor do Programa de Engenharia de Transporte da Coppe/UFRJ Ronaldo Balassiano, a crise alegada pelo setor é menos culpa da pandemia e mais do modelo de transporte público adotado no Rio de Janeiro :
— Esse modelo que existe no Rio está falido. Não funciona, independentemente de ter pandemia ou não. O município e o estado trabalham com os modos de transportes (ônibus, trens, metrô e vans) como se fossem coisas distintas. Se a gente não tratá-los de forma integrada, vai continuar tendo problemas.
A reboque dessa crise, veio o fechamento da fábrica da Marcopolo em Xerém, em Duque de Caxias, no último dia 30. A empresa, que era a principal fornecedora do setor, teve uma queda de 40% em sua demanda. As operações da unidade, que tinha 800 trabalhadores, foram transferidas para o Rio Grande do Sul e o Espírito Santo.
— É um atestado de que o setor está em crise. A fábrica foi montada para atender o mercado do Rio de Janeiro, que era o maior que ela tinha. O fechamento da fábrica é o símbolo da decadência que o sistema vem atravessando — diz o porta-voz do Rio Ônibus, Paulo Valente.



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https://veja.abril.com.br/blog/radar/ju ... us-do-rio/
O desembargador Gilberto Matos, da 15ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, voltou a bloquear os bens de quatro consórcios e quatro empresas de ônibus.
As companhias são Real Ônibus Ltda, Viação Nossa Senhora de Lourdes, Viação Redentor e Expresso Pégaso.
O motivo é processo uma suposta fraude envolvendo a contratação de empresas de ônibus na cidade.
O desembargador Gilberto Matos, da 15ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, voltou a bloquear os bens de quatro consórcios e quatro empresas de ônibus.
As companhias são Real Ônibus Ltda, Viação Nossa Senhora de Lourdes, Viação Redentor e Expresso Pégaso.
O motivo é processo uma suposta fraude envolvendo a contratação de empresas de ônibus na cidade.



- Barbano
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Pégaso e Real já estão à beira da falência faz tempo. Bloquear bens não vai resolver muita coisa.
- E.R
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NOTÍCIAS
https://oglobo.globo.com/economia/tarif ... 1-24754276
Os reajustes de ônibus urbanos, mesmo na pandemia, se rendem ao calendário eleitoral.
Afinal, são as prefeituras que determinam os índices. Em 2020 não foi diferente. Apenas três regiões metropolitanas, das nove acompanhadas pelo IBGE, reajustaram a tarifa este ano.
No ano passado, todas aumentaram a tarifa, que subiu, em média, 6,6%.
Até outubro, o reajuste se limitou a 1,54%, quase metade dos 2,22% da inflação registrada no mesmo período.
— Em anos de eleição municipal, tradicionalmente não tem aumento de ônibus. O reajuste vem no ano seguinte — afirma a economista Maria Andréia Parente, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Um dos itens considerados é o equilíbrio financeiro das companhias, que ficou abalado com a quarentena.
— Não é uma variável que jogue a favor da redução do reajuste. Se a empresa não consegue gerar recursos, abala a saúde financeira da companhia com a queda do fluxo regular de passageiros — afirma André Braz, economista da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Os reajustes de ônibus urbanos, mesmo na pandemia, se rendem ao calendário eleitoral.
Afinal, são as prefeituras que determinam os índices. Em 2020 não foi diferente. Apenas três regiões metropolitanas, das nove acompanhadas pelo IBGE, reajustaram a tarifa este ano.
No ano passado, todas aumentaram a tarifa, que subiu, em média, 6,6%.
Até outubro, o reajuste se limitou a 1,54%, quase metade dos 2,22% da inflação registrada no mesmo período.
— Em anos de eleição municipal, tradicionalmente não tem aumento de ônibus. O reajuste vem no ano seguinte — afirma a economista Maria Andréia Parente, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Um dos itens considerados é o equilíbrio financeiro das companhias, que ficou abalado com a quarentena.
— Não é uma variável que jogue a favor da redução do reajuste. Se a empresa não consegue gerar recursos, abala a saúde financeira da companhia com a queda do fluxo regular de passageiros — afirma André Braz, economista da Fundação Getulio Vargas (FGV).









