Transporte Público

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Re: Transporte Público

Mensagem por E.R » 08 Jan 2020, 11:27

https://veja.abril.com.br/blog/radar/df ... ro-onibus/

O aplicativo de transporte coletivo CityBus deve começar suas operações no Distrito Federal em abril deste ano.

O sistema, que usa micro-ônibus sem um itinerário predefinido, já funciona em Goiânia desde 2019.

Pelo aplicativo, as viagens são desenhadas em tempo real à medida em que os passageiros fazem a solicitação.

As primeiras cidades contempladas serão Samambaia, Recanto das Emas e Riacho Fundo II.

No início, 25 micro-ônibus serão colocados em circulação.

A frota será controlada pela empresa de ônibus Urbi.
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Re: Transporte Público

Mensagem por Chapolin Gremista » 12 Jan 2020, 22:01

Contra o aumento da passagem!
Golpista Ibaneis aumenta preço da passagem em 10% no DF
O aumento nas tarifas de ônibus e do metrô não vem acompanhado de melhora nos serviços, mas serve apenas para engordar o bolso dos empresários

Em sintonia com os governos direitistas de outros estados – e até dos esquerdistas no Nordeste -, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) aumentou a tarifa do transporte público em 10%. Os valores do ônibus e metrô que são de R$ 2,50, R$ 3,50 e R$ 5,00, passarão a custar R$ 2,75, R$ 3,85, e R$ 5,50, respectivamente, a partir de segunda-feira (13). A medida assinada pelo governador em exercício, Paco Britto, foi publicada no Diário Oficial do DF na última sexta-feira (10).

O secretário de Transporte e Mobilidade do DF, Valter Casimiro, declarou que a medida visa equiparar o custo do sistema e, ainda, diminuir a dívida que o governo teria com as empresas de ônibus, de R$ 247 milhões. Além disso, ele afirmou que o governo estaria negociando, com as empresas, a aquisição de pelo menos 80 novos veículos para atender a população.

No entanto, as declarações não passam de desculpas e promessas para iludir o povo. O aumento nas tarifas de ônibus e metrô não vem acompanhado de melhora nos serviços. Antes, servem apenas para aumentar os lucros das empresas que operam no transporte público, promovendo uma verdadeira transferência de renda dos trabalhadores para a burguesia.

Além disso, é de conhecimento da população o caráter entreguista e lacaio do governo Ibaneis que já promoveu um ataque ao passe livre estudantil no início de 2019 e vem tentando privatizar o metrô do DF, por meio da ofensiva dirigida aos funcionários. Ambos os ataques, até o momento, foram frustrados devido à mobilização da juventude que saiu às ruas pela manutenção do direito ao passe livre e por parte dos metroviários que fizeram greve por 77 dias em 2019 por reajuste nos salários e manutenção dos acordos coletivos.

Vale destacar que o aumento da passagem do transporte público é feito numa situação de crise social e econômica. Essa crise afeta a grande maioria da população brasileira que sofre com a retirada de direitos trabalhistas, acompanhado da desvalorização dos salários – isso no caso dos trabalhadores que têm a carteira assinada – e recorde de trabalhadores na informalidade. A alta da inflação piora ainda mais essa situação de crise.

Diante desse cenário, assim como tem feito nas diversas capitais do país, a juventude deve sair às ruas com os trabalhadores contra o aumento abusivo da passagem e pelo fim do governo golpista de Ibaneis e do presidente eleito pela fraude, Jair Bolsonaro.
https://www.causaoperaria.org.br/golpis ... -10-no-df/
Editado pela última vez por Bugiga em 11 Mar 2020, 18:35, em um total de 1 vez.
Razão: Colocação de spoiler em notícia longa
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Re: Transporte Público

Mensagem por Chapolin Gremista » 14 Jan 2020, 17:56

Ataque à classe trabalhadora
Seis capitais aumentaram a passagem em 2020, é preciso reverter na rua
É preciso mobilizar a juventude e os trabalhadores contra o aumento dos transporte e contra os governos golpistas


O ano de 2020 teve início com o aumento no preço dos transporte em pelo menos seis capitais do país: Boa Vista, Brasília, Macapá, Recife, São Paulo e Vitória. Na capital do estado do Alagoas, Maceió, há também a previsão de aumento.

O aumento no preço das passagens dos transportes é uma política criminosa que visa beneficiar o interesses das empresas que controlam o transporte público nas diversas capitais, verdadeiras máfias que vivem da extorsão do salário da classe trabalhadora.

Na capital paulista, por exemplo, comandada pelo PSDB, o preço da passagem é de R$4,40. No Recife, o preço que hoje é de R$3,70, poderá chegar a R$4 em março

Em algumas capitais, como São Paulo, estão sendo convocados atos contra o aumento das tarifas, este é de fato o caminho para se derrotar esta política.

É preciso, no entanto impulsionar estas mobilizações, conferindo a elas um programa e uma política clara. Denunciar o aumento, o qual prejudica ainda mais a população mais pobre, que têm uma parte ainda maior de seus míseros ganhos destinada para pagar os valores absurdos das passagens de ônibus e metrô.

Levantar, em todas as mobilizações, a reivindicação de gratuidade dos transportes públicos juntamente com a estatização deste serviço, colocando-o sobre controle dos próprios trabalhadores . Este é o único caminho para acabar com o monopólio das empresas privadas, as quais lucram às custas da precariedade dos serviços e do dinheiro da população.

Além da luta contra o aumento das passagens, é necessário vincular as mobilizações com a luta política mais geral que se trava hoje no país. No caso de São Paulo, por exemplo, é preciso levantar a reivindicação de Fora Covas! E Fora Dória! Dois governos tucanos e golpistas, inimigos declarados da classe trabalhadora e da juventude. Em todos atos impulsionar também a luta pelo Fora Bolsonaro e todos os golpistas.
https://www.causaoperaria.org.br/seis-c ... er-na-rua/
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Re: Transporte Público

Mensagem por Chapolin Gremista » 16 Jan 2020, 14:25

Contra aumento da passagem
Amanhã: todos ao Theatro Municipal contra o aumento da passagem em SP
É necessário protestar contra o aumento da passagem, a repressão policial, a exclusão social e a entrega do patrimônio público

Neste próximo dia 16 de janeiro, o Partido da Causa Operária estará no Theatro Municipal de São Paulo, a partir das 18h com bateria, bandeiras, cartazes e panfletos para protestar junto a outros movimentos contra o aumento da passagem do transporte público de São Paulo. O momento também servirá para por em xeque toda a política direitista de aumento da repressão policial, exclusão social e entrega do patrimônio público promovida pelo governador João Dória e pelo prefeito Bruno Covas.

Sempre é bom lembrar que o PSDB paulista apoia o governo Bolsonaro e comanda uma das polícias mais violentas do país, responsável por inúmeros desaparecimentos e massacres contra o povo pobre da periferia, a exemplo da chacina ocorrida em Paraisópolis. Nas áreas que poderiam trazer melhorias das condições de vida da população, Dória realizou o fechamento de unidades básicas de saúde e paralisou diversas obras em hospitais.

Na educação, ainda quando prefeito, o atual governador pretendeu dar ração às crianças das escolas públicas, restringiu o acesso à merenda escolar e dificultou a entrega de leite a milhares de famílias necessitadas. No âmbito da cultura, cortou verba de incentivo, apagou grafites em murais, que são obras de arte tradicionais da cidade. Também atacou violentamente os moradores de ruas e usuário de drogas, nas vezes em que mandou jogar sobre eles água fria em pleno inverno. Fomentou ações desastrosas na Cracolândia, como a derrubada de um prédio na região com pessoas nas imediações, causando feridos e mortos.

Portanto, é necessário lutar pelo Fora Dória, Fora Covas e Fora Bolsonaro, todos políticos da direita golpista que tem se alastrado no país com medidas anti-povo e pró-burguesia. Maiores informações sobre o evento no Facebook.

https://www.causaoperaria.org.br/amanha ... gem-em-sp/
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Re: Transporte Público

Mensagem por E.R » 16 Jan 2020, 17:31

A saúde financeira das empresas de ônibus no Brasil tá cada vez pior.

--
https://extra.globo.com/noticias/rio/co ... 93422.html

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Motoristas, cobradores, fiscais e funcionários da administração da Viação Acari, em Cascadura, na Zona Norte do Rio de Janeiro, fazem uma paralisação, nesta quinta-feira.

Eles protestam contra o atraso de dois meses de salários e a falta de pagamento do 13º.

De acordo com José Carlos Sacramento, vice-presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores do Rio de Janeiro (Sintraturb Rio), o problema com o atraso no pagamento se arrasta há alguns meses e, agora, cerca de 600 profissionais decidiram cruzar os braços.

— Os motoristas e cobradores não suportam mais essa situação. As cestas básicas estão em dia, mas o salário chega a ser pago em quatro parcelas dentro do mês. Não queremos prejudicar o usuário, mas infelizmente com a falta de responsabilidade por parte da direção da empresa e do próprio consórcio, ele acaba pagando a conta — disse.

A Viação Acari — que atua atua nos consórcios Internorte e Transcarioca — é responsável pelas linhas 254 (Madureira X Candelária), 607 (Cascadura X Rio Comprido), 457 (Abolição X Copacabana), 456 (Norte Shopping X Copacabana), 650 (Marechal Hermes X Engenho Novo), 667 (Madureira X Méier), 686 (Fazenda da Bica X Madureira) e 277 (Rocha Miranda X Candelária).

Em nota, a Viação Acari informou que busca medidas emergenciais para minimizar os efeitos da paralisação dos funcionários.

A empresa alega que esse quadro é "reflexo da maior crise enfrentada pelas empresas de ônibus do Rio de Janeiro".
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Razão: Colocação de spoiler em notícia longa
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Re: Transporte Público

Mensagem por Chapolin Gremista » 16 Jan 2020, 20:16

Se a saúde das empresas tá ruim, imagina a dos passageiros.
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Re: Transporte Público

Mensagem por E.R » 16 Jan 2020, 22:37

Os passageiros sofrem mesmo, principalmente na Zona Oeste e na Zona Norte.

Mas é importante a saúde financeira das empresas estar boa, porque geram empregos.
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Re: Transporte Público

Mensagem por Chapolin Gremista » 19 Jan 2020, 02:33

BRTs em Recife
Canibais
A imprensa burguesa, cínica como de costume, resolveu atribuir aos trabalhadores pernambucanos a culpa pela destruição dos BRTs.
Por Victor Assis

A eternamente canalha imprensa burguesa pernambucana, há algum tempo, resolveu acrescentar ao seu vocabulário o termo canibalização. O termo, embora remeta imediatamente à palavra canibal, não está relacionado com a prática da antropofagia: a canibalização consistiria na remoção de peças de um equipamento para seu posterior comércio ou na substituição improvisada e inadequada de determinadas peças para suprir alguma necessidade imediata.

Ambas as definições têm sido utilizadas pela imprensa burguesa para caracterizar a situação calamitosa dos BRTs (Bus Rapid Transit – Ônibus de Trânsito Rápido) na Região Metropolitana do Recife (RMR). Os BRTs, que foram implementados em várias cidades brasileiras na última década, são ônibus que funcionam sob a base de um sistema próprio, também conhecido como “metrô sobre rodas”. Na RMR, os BRTs foram projetados para terem plataformas de embarque e desembarque elevadas – com ingresso mediante pagamento antecipado -, ônibus modernos com ar-condicionado e corredor exclusivo. Esse projeto, no entanto, nunca foi plenamente realizado.

Os BRTs deveriam representar uma grande mudança na mobilidade urbana pernambucana e estar inaugurados até o ano de 2014, conforme era prometido pelo governo do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Seria, assim, um legado para população pernambucana deixado pela organização da Copa do Mundo de 2014.

Como era de se esperar, os BRTs não ficaram prontos no ano de 2014. Apenas uma parte minoritária das estações foi inaugurada e apenas duas linhas entraram em circulação. Embora a direita, levando a reboque setores da esquerda nacional, procurasse organizar protestos contra a Copa do Mundo para tentar desestabilizar a então presidenta Dilma Rousseff, toda a imprensa burguesa se calou perante ao verdadeiro escândalo centrado na instalação dos BRTs. Afinal, denunciar todas as falcatruas do PSB, que embolsou milhões com a realização da Copa em Pernambuco, ao mesmo tempo em que se unia aos maiores vigaristas da política nacional para derrubar o governo petista, não era de interesse da direita.

O escândalo ao que me refiro não se trata de alguma fofoca de que algum deputado estadual do PSB teria recebido dinheiro de alguma construtora para contratá-la durante a instalação dos BRTs, nem alguma delação premiada contra o então governador Eduardo Campos expondo alguma movimentação ilícita. A maior e mais escandalosa prova de que os BRTs foram uma plataforma para que os golpistas do PSB saqueassem o povo pernambucano é a própria maneira como as obras foram realizadas.

Na Avenida Caxangá, uma das mais importantes da cidade, que leva ao oeste recifense, vários indícios mostram que os interesses da população foram a última coisa a ser considerada na implementação dos BRTs. A avenida deveria comportar três terminais integrados para que o sistema funcionasse de acordo com o previsto. No entanto, em 2014, apenas um dos terminais estava funcionando – o Terminal Integrado da Caxangá, que já existia antes da implementação dos BRTs. Os outros dois apenas foram entregues em 2018.

Até 2018, no entanto, o sistema foi sendo imposto a todo custo, forçando os usuários a se submeterem a todo tipo de humilhação e sabotagem para chegar a seu local de trabalho. Quando enfim os terminais ficaram prontos, provou-se que o sistema de BRTs é mais lento do que o que já funcionava na Avenida Caxangá: o sistema simples de faixa exclusiva para ônibus. A diferença, no entanto, é que a retirada das linhas comuns da Avenida Caxangá fez com que se tornasse praticamente impossível que um BRT não passasse lotado nas estações, visto que pouquíssimas linhas são comportadas pelo sistema. Um viaduto que corre sério risco de desabamento desde o seu primeiro dia de vida também faz parte das obras para a implementação dos BRTs.

Outra “novidade” trazida pelos BRTs foi a exclusividade do cartão VEM – Vale Eletrônico Metropolitano. Nos ônibus comuns, o usuário tinha o direito de escolher se iria pagar a passagem em dinheiro ou com o cartão. Nos BRTs. não há a opção de pagamento em dinheiro – o que força os trabalhadores a sempre estarem munidos do cartão de passagens. No entanto, o problema vai além disso: a cada recarga que é feita no cartão, o usuário é obrigado a pagar uma “taxa de conveniência”. Os estudantes, que usam o VEM estudantil, são forçados a, além de passar o cartão, passar por um teste de biometria. Se a biometria falhar – o que ocorre frequentemente -, não há nada o que fazer: não há como ingressar na estação, e os fiscais uniformizados de laranja garantem que assim seja.

A total ineficiência dos BRTs da RMR é comprovada por uma lista bastante extensa, a qual não teremos condições de apresentar nesta coluna. Aos interessados, fica o convite para se aventurar pelo sistema. Agora, no entanto, é hora de voltarmos à discussão sobre a canibalização.

Apesar de toda a sabotagem que os capitalistas provocaram contra a população durante a aplicação dos BRTs, o esgoto editorial pernambucano insiste em erguer uma outra tese para o total colapso do sistema. Para a imprensa burguesa, que, nos últimos dias, têm decretado o fim dos BRTs, o colapso do sistema se deu por causa da canibalização promovida pela população. Em artigo intitulado Bye bye BRT pernambucano, assinado por Roberta Soares, o Jornal do Commercio explica:

No ano passado, a esperança de ver o sistema ser reerguido pelo Estado morreu e vimos o BRT Via Livre ser literalmente canibalizado – algumas estações, mesmo em funcionamento, tiveram piso, teto e fios roubados por viciados para serem comercializados em troca de crack.

É, é isso mesmo que você acabou de ler… Se os BRTs não funcionam, se são comboios que enlatam aqueles que perdem 1/6 de seu dia se deslocando para o trabalho, se até hoje não tiveram suas obras concluídas, se não atendem as demandas mínimas do povo, a grande culpa é de ninguém menos que o próprio povo. Como dito pela própria Roberta Soares, o generosíssimo Estado até teria tentado reerguer o sistema, se não fossem os mal-educados usuários do transporte público.

O cinismo da imprensa pernambucana serve não só para mostrar claramente de que lado está – o dos patrões -, como também seu aspecto nazista. Para Soares, portanto, o mundo seria maravilhoso e belo, se não fossem aqueles cracudos que não sabem que se comportar como pessoas civilizadas. Eis, inclusive, a razão pela qual a imprensa pernambucana tem utilizado o termo canibalização. Ao invés de, simplesmente, falar em roubo de peças, vandalismo, danos ao patrimônio ou sucateamento, órgãos como o Jornal do Commercio querem deixar bem claro o aspecto animalesco da destruição dos BRTs: os BRTs estariam em colapso porque o povo não sabe se comportar como gente. Fica a pergunta: se a imprensa burguesa acha que não são gente, o que falta para exigir que se crie uma linha de BRT que leve os cracudos para a câmara de gás?

Esse desprezo pelo povo também pode ser visto em outro trecho do mesmo artigo. Na legenda de uma foto que mostra passageiros entrando na plataforma sem pagar, lê-se: passageiros invadem sistema até por diversão. Ou seja, de fato, o valor abusivo de R$ 3,45 não seria o motivo pelo qual há quem não pague a passagem, mas simplesmente porque o povo pernambucano seria uma espécie tão atrasada do desenvolvimento civilizatório que colocaria a fantástica diversão de arriscar-se a ter a cabeça arrancada por um BRT acima de qualquer valor social.

Quem seriam de fato os canibais?
https://www.causaoperaria.org.br/canibais/
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Re: Transporte Público

Mensagem por E.R » 21 Jan 2020, 05:32

https://oglobo.globo.com/rio/teste-com- ... s-24201837
Em pleno verão, quando as temperaturas batem recordes, o projeto de instalar ar-condicionado nos ônibus do Rio de Janeiro ainda não saiu do forno.

Durante duas semanas de vistorias pela cidade, equipes do GLOBO constataram que parte considerável da frota não está climatizada, e, com a ajuda de um termômetro, foi possível atestar que o calorão inclemente pode submeter os passageiros a quase 40 graus em ambiente fechado.

Durante uma hora, a reportagem contabilizou na Central do Brasil, por onde passam dezenas de linhas de várias regiões, que 46% dos veículos não tinham aviso de ar-condicionado e viajavam de janelas abertas.

No interior dos coletivos, mesmo aqueles que anunciam ter ar-condicionado, as condições de viagem podem ser ainda piores. Embora informasse estar climatizado, um ônibus da linha 397 (Campo Grande-Candelária) trafegava, por volta das 16h30m, com temperatura de 34 graus, para o desespero de passageiros como a estudante Camila Corrêa. Pelo fato de o ônibus em tese ter ar condicionado, as janelas estavam fechadas, o que agravava o desconforto.

É tão comum que os avisos de climatização não reflitam a realidade que os passageiros mais experientes, como Camila, preferem pegar os “quentões”, onde, ao menos, podem abrir as janelas para deixar entrar um ventinho.

— Tento ao máximo não pegar esses ônibus que deveriam ter ar-condicionado. Prefiro entrar nos antigos para garantir a janela aberta — contou a estudante.

Um pouco depois, no 497 (Penha-Cosme Velho), que estava lotado, a diarista Marilsa de Oliveira enxugava o suor do rosto com uma toalha. Ela diz nunca ter embarcado em um ônibus da linha com ar-condicionado :

— É sempre esse calor. É difícil não se sentir mal.

Apesar do sufoco cotidiano a bordo dos ônibus, um acordo firmado em abril de 2018 entre as concessionárias e a prefeitura estabelecia que 80% da frota deveriam estar climatizados até o fim do ano passado. Em junho deste ano, o percentual tem que chegar a 90%. E, em 30 de setembro, a 100%.

Com base em dados oficiais informados pela Secretaria municipal de Transportes sobre o número total de ônibus em circulação e o de veículos com ar-condicionado, a proporção de coletivos climatizados deve estar em 75%.

O cálculo leva em conta os 367 articulados do BRT que são climatizados desde a implantação do serviço. A marca ainda estaria abaixo da meta. Mas seria melhor do que é verificado na prática pelos passageiros.

Em Campo Grande, na semana passada, a dona de casa Elaine Araújo avistou um ônibus da linha 837, que circula na Zona Oeste, com o adesivo escrito “ar-condicionado”. Ela já embarcou sabendo que era pequena a chance de a placa garantir um refresco. Sem manutenção, o aparelho de climatização não funcionava corretamente, e as janelas travadas seriam seu martírio na viagem de 40 minutos até o terminal rodoviário do bairro.

— O aparelho, às vezes, funciona só com a ventilação e até pinga na gente — reclama Elaine, que usa um leque para se abanar dentro do ônibus “climatizado”.

A quantidade de coletivos com ar-condicionado que passaram pelo terminal de Campo Grande era inversamente proporcional à de passageiros com leques e panos para enxugar o suor escorrendo pelo rosto.

Ao entrar no 397, era possível ver que o termostato do próprio veículo indicava temperatura de 36 graus, antecipando que a viagem até a Candelária, no Centro da cidade, seria torturante. Com apenas duas janelas entreabertas, já que as outras estavam trancadas, o mercúrio do termômetro usado pela reportagem foi subindo até marcar 37,5 graus, em Santíssimo. A sensação era de estar dentro de um forno. A tal ponto que os moradores, que são obrigados a usar o ônibus para ir ao trabalho, adotam estratégias como a de levar uma peça extra de roupa para trocar depois da viagem.

— Costumo ir para o trabalho com uma blusa mais fresca e aberta. Ao chegar, eu troco porque é um ambiente mais social — conta a estudante Danielle Oliveira. — Dependendo do calor que estiver, eu passo mal porque tenho pressão baixa.

Uma semana depois, o GLOBO voltou para vistoriar, mais uma vez, o serviço da linha 397. Em um outro ônibus, também com adesivo “ar-condicionado”, a temperatura, de acordo com o termômetro, estava 39,5 graus. E algumas janelas estavam abertas. Só quem comemorava as péssimas condições de refrigeração dos veículos era um vendedor que tem faturado em cima da irregularidade, vendendo 70 picolés por dia :

— Ganho uma grana extra.

Embora não tenham cumprido as metas, as empresas de ônibus já estariam em tratativas para aumentar a tarifa em cerca de 5%, para R$ 4,25.

Mas, no momento, uma decisão da 2ª Vara de Fazenda Pública, de abril passado, impede que a prefeitura reajuste o valor.

O acordo para a climatização prevê multa em caso de descumprimento das metas. O valor é calculado com base na quantidade de veículos que não foram entregues climatizados até o 30º dia de não cumprimento do prazo. A partir deste primeiro mês, o contrato prevê que a multa será de 2% sobre o “valor estimado dos investimentos” definido no contrato de concessão de 2010. Caso a multa seja aplicada após os 30 dias, o valor ultrapassa R$ 7 milhões.

Procurada sobre uma possível aplicação de multa às empresas, a Secretaria municipal de Transportes afirmou que os consórcios ficam sujeitos às sanções caso não cumpram o acordo até setembro. O órgão ainda afirmou “não ter informações” sobre negociações para o reajuste da tarifa.

Em nota, o Rio Ônibus afirmou que “cumpriu a meta de 80% de coletivos climatizados na frota do Rio”. O sindicato afirmou que “dezenas de novos ônibus já foram comprados (as notas fiscais foram apresentadas à SMTR) e que aguardam a conclusão do processo de documentação para serem incorporados à frota operacional da cidade”.

O Rio Ônibus também diz que, para cumprir todas as etapas do acordo de climatização integral da frota até setembro de 2020, “é fundamental que o reajuste anual da tarifa possa continuar a ser concedido pela prefeitura aos concessionários”.
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Re: Transporte Público

Mensagem por Chapolin Gremista » 21 Jan 2020, 06:41

Pela liberdade de ir e vir
Amanhã tem novo ato contra o aumento da tarifa em Brasília
Além de abusivo, o aumento das passagens de transporte público retira o direito da população ir e vir, encurralando o povo na periferia e aumentando a exclusão social.


Nesta terça-feira (21), está sendo organizado mais um ato contra o aumento do preço do transporte público de Brasília. O ato será realizado às 18 horas na Praça do Relógio. O primeiro ato ocorreu dia 14, com a participação de cerca de 1500 pessoas e o segundo dia 17, todos com com intensa participação dos militantes do Partido da Causa Operária e da Aliança da Juventude Revolucionária , que além de distribuir panfletos , reforçou a campanha pelo FORA BOLSONARO , empunhando cartazes e palavras de ordem.

O governo de direita do Distrito Federal, de Ibaneis Rocha, autorizou o aumento do valor da passagem para R$ 5,50. Diante das dificuldades e arrocho que a população vem sofrendo desde o golpe de 2016, e considerando-se que Brasília oferece um dos piores sistemas de transporte público do país, a única justificativa a ser considerada para o reajuste é a ganância dos empresários de transporte em aumentar seus lucros uma vez que não se observa nenhuma melhoria nas condições de transporte para a população.

O aumento da passagem de ônibus constitui-se em mais um ato de violência contra o povo brasileiro, pois aumenta as dificuldades da população em se locomover livremente na cidade , encurralando o povo na periferia da cidade. Os valores praticados são proibitivos para a imensa massa desempregada e para a grande maioria da população remunerada com o salário mínimo da fome, os limitando unicamente ao ir e vir de seus postos e impedindo o lazer das famílias o que intensifica a exclusão social.

O governo reacionário de Ibaneis, assim como o do fascista Bolsonaro , além de toda a direita, tem claro entendimento da necessidade de limitar o ir e vir do povo, e das consequências desta liberdade para a emancipação da classe trabalhadora e da população em geral. Por isso é imperativo que o povo seja aprisionado nas periferias e seja destituído do conhecimento que a liberdade de locomoção proporciona.

Não se trata apenas de lucro e sim de dominação social também. Setores da esquerda pequeno- burguesa, ao se aliar com a direita visando os interesses eleitoreiros como querem setores do PT, ou por espaço dentro do parlamento burguês, como faz o PC do B , nada mais fazem do que ajudar na opressão e exclusão da classe trabalhadora.

Todos ao ato desta terça, às 18 horas na Praça do Relógio em Brasília!
https://www.causaoperaria.org.br/amanha ... -brasilia/
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Razão: Colocação de spoiler em notícia longa
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Re: Transporte Público

Mensagem por Chapolin Gremista » 28 Jan 2020, 06:17

Contra ataques de Doria
Metroviários de SP em estado de greve contra descumprimento de acordos
Os metroviários decidiram, em assembleia, pelo estado de greve contra as imposições de Doria em desrespeitar os direitos referendados em acordos da categoria. É preciso ir além!

Da redação – Na última quinta-feira (23), o Sindicato dos Metroviários de São Paulo realizou uma assembleia para discutir sobre os ataques do governo do golpista João Doria (PSDB) à categoria.

Várias medidas contra as conquistas dos trabalhadores, constantes no Acordo Coletivo, levaram os metroviários a tomarem a decisão. São elas:

Falta de funcionários, alteração na atribuição de funções e acúmulo de trabalho;

Empresa não cumpre o Acordo da Jornada de Trabalho;

Retirada do pagamento de Adicional de Periculosidade aos OTMs4 no CCO, pintura e oficina de escada rolante;

Mudança compulsória dos funcionários da Manutenção de jornada noturna para a diurna;

Trem sem operador na Linha 15-Prata;

Desvio de função dos ASMs que estão sendo treinados em atividades da Estação;

Manobra de trens por trabalhadores da Manutenção nos pátios: desvio e acúmulo de função;

O atraso do transporte na maior cidade do Brasil e da América Latina

O governo do fascista playboy de São Paulo, João Doria, acumula um atraso fenomenal quanto ao transporte de pessoas. Os trens do metrô podem ser comparados a verdadeiras latas de sardinha, os passageiros vivem apinhados nas idas ao trabalho, por isso os acidentes são constantes e rotineiros. Em uma comparação ao metrô de cidades de outros países como o México, por exemplo, fica demonstrado o descaso dos governos do PSDB de São Paulo com os mais de 12 milhões de habitantes da capital paulista.

Com 45 anos de existência e apenas 89 estações, o metrô de São Paulo começou suas atividades em 1974 e consegue ter um percurso de cerca de 101 km de extensão (dados referentes a 2019), menos da metade do metrô da cidade do México que tem 195 percorrendo 226, conforme informações da BBC de Londres, em 2013.

Junta-se ao desrespeito aos usuários desse transporte, o tratamento dado aos trabalhadores do Metrô, da mesma forma, ou seja, com o costumeiro descaso.

Diante do quadro caótico imposto pelo golpista Doria, os trabalhadores do sistema metropolitano de São Paulo decidiram em assembleia realizada no dia 23 de janeiro deixar de sobreaviso a todos os metroviários e aos usuários que, a partir desse dia, estarão em estado de greve, e de acordo com o calendário elaborado, até a próxima assembleia, na primeira semana de fevereiro será o seguinte:

Estado de Greve a partir de 23/1

É necessário treinamento de bilheteria para todos os OTMs1

ASs não devem assumir a linha de bloqueio (dupla função)

Uso do adesivo em todas as áreas a partir de 29/1

Distribuição de Carta Aberta em 29/1

O que está por trás dos ataques aos metroviários é, aos poucos, ir diminuindo o quadro de funcionários do Metrô, e privatizar todas as linhas, como o PSDB já fez com a linha Amarela e a Lilás, extinguindo as empresas públicas de São Paulo, portanto é necessário o aprofundamento das mobilizações, ir à greve contra mais essa atitude do golpista Doria, pedindo, inclusive sua saída do governo.
https://www.causaoperaria.org.br/metrov ... e-acordos/
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Re: Transporte Público

Mensagem por Chapolin Gremista » 29 Jan 2020, 07:13

Manifestações
Sair às ruas contra o aumento das passagens e contra os golpistas
É preciso impulsionar o “Fora Bolsonaro” nas manifestações, para derrubar nas ruas o governo

Os atos contra aumento de passagens voltaram à cena política no início deste ano.

Não era para menos. Apesar da inflação divulgada pelo governo estar na casa dos 4%, inúmeros artigos que pesam no bolso do trabalhador subiram muito mais do que isso nos últimos 12 meses, a exemplo da carne, dos combustíveis, dos alugueis e do ônibus urbano. Nas capitais brasileiras, por exemplo, o trabalhador gasta, em média, um sexto do seu salário com transporte coletivo. Em outras palavras, a cada 6 dias de trabalho, um dia serve apenas para pagar os custos que o trabalhador tem, indo ao trabalho.

Os estudantes são uma classe que costuma ter mais agilidade na mobilização, e por isso abrem o caminho das manifestações populares. E dada a paralisia dos partidos de esquerda em geral, que controlam boa parte dos centros acadêmicos e organizações estudantis, é quase um milagre que as manifestações estejam se repetindo.

Tanto a imprensa burguesa quanto a mídia “progressista” procuram caracterizar a manifestação por ser contra o aumento das passagens, o que é verdadeiro, mas não deve ser a única dimensão explorada. As lutas específicas que foram travadas neste ano não tiveram capacidade de conter os avanços do governo fascista e golpista de Bolsonaro e seus aliados nos governos estaduais e prefeituras.

Para a tão propalada “união” dos movimentos de esquerda, é preciso concentrar-se em torno da palavra de ordem que é comum a todos, e que derruba o seu avanço de conjunto. Trata-se de exigir a derrubada do governo, ou seja, o Fora Bolsonaro. Nada de perder tempo pedindo demissão deste ou daquele ministro, muito menos tentando “colocar Bolsonaro na linha”. É preciso derrubar nas ruas este governo ilegítimo, fascista e neoliberal, imediatamente.
https://www.causaoperaria.org.br/sair-a ... lpistas-2/
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Re: Transporte Público

Mensagem por Chapolin Gremista » 30 Jan 2020, 00:46

Estado de Greve de nada serve
Metroviários: indicativo não basta, é preciso decretar a greve
Cartas abertas, ameaças de greve não assustam o governo fascista de João Doria.

O sindicato dos metroviários de São Paulo em assembleia realizada no dia 23 de janeiro, decretou Estado de Greve à partir desta data. Os motivos que levaram à resolução são os contínuos ataques contra os trabalhadores do metro e foram divulgados pelo sindicato:

• Falta de funcionários, alteração na atribuição de funções e acúmulo de trabalho
• Empresa não cumpre o Acordo da Jornada de Trabalho
• Retirada do pagamento de Adicional de Periculosidade aos OTMs4 no CCO, pintura e oficina de escada rolante
• Mudança compulsória dos funcionários da Manutenção de jornada noturna para a diurna
• Trem sem operador na Linha 15-Prata
• Desvio de função dos ASMs que estão sendo treinados em atividades da Estação
• Manobra de trens por trabalhadores da Manutenção nos pátios: desvio e acúmulo de função

O calendário de mobilização também foi divulgado:

• Estado de Greve a partir de 23/1
• É necessário treinamento de bilheteria para todos os OTMs1
• ASs não devem assumir a linha de bloqueio (dupla função)
• Uso do adesivo em todas as áreas a partir de 29/1
• Distribuição de Carta Aberta em 29/1
• Nova assembleia a ser realizada na primeira semana de fevereiro

A pauta de reivindicações apresentada, o calendário de mobilização da categoria assim como o própria denominação de “Estado de Greve”, denuncia a despolitização do movimento e a ausência de diretrizes propositivas que impulsionem o a luta dos trabalhadores de forma mais amplificada.

Nenhum chamamento político, nenhuma palavra de ordem que aponte as verdadeiras causas dos ataques que a categoria vem sofrendo. Cartas abertas, adesivos, ameaças de greve não assustarão o governo fascista de João Doria.

É necessária a decretação de GREVE de verdade, com paralisação da circulação do metrô para que haja alguma chance de resultados positivos na pauta de reivindicações e recuo da intenções do governo de direita.

A limitação dos motivos da greve a uma relação de reclamações específicas e pontuais do metroviários não será suficiente para mobilizar a categoria e muito menos alcançar o apoio popular ao movimento.

O esmagamento dos trabalhadores será resultado certo, pela falta de direcionamento político das lideranças sindicais, desperdiçando a oportunidade de impulsionar uma luta mais ampla e efetiva contra o governo opressor.

As direções, mais uma vez, ignoram o sentimento que toma conta da população brasileira e a de São Paulo, que é a luta pelo Fora Bolsonaro, e Fora Doria.
https://www.causaoperaria.org.br/metrov ... r-a-greve/
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Re: Transporte Público

Mensagem por Chapolin Gremista » 30 Jan 2020, 21:16

Estudantes contra os ataques
Todos ao ato do dia 30/01 contra o aumento das passagens em Brasília
DCE da UnB convoca ato para o dia 30/01/2020, contra o ataque aos trabalhadores por meio do aumento das passagens do transporte público no Distrito Federal


O Diretório Central dos Estudantes da Universidade de Brasília (UnB), em conjunto com os centros acadêmicos e organizações estudantis da Universidade, bem como os demais movimentos sociais e partidos políticos do Distrito Federal, organizam para o dia 30 de janeiro de 2020 um ato contra o aumento das passagens do transporte público brasiliense, anunciado há poucos dias.

Conforme dito anteriormente pelo Partido da Causa Operária (PCO) em sua imprensa, esta medida não passa de mais um ataque institucional à classe trabalhadora do Distrito Federal e à juventude da cidade. Ao toque da destruição promovida pelo governo federal do fascista Jair Bolsonaro, o governador Ibaneis Rocha emplaca mais um retrocesso no direito ao transporte e à cidade: com o aumento das passagens, torna-se cada vez mais difícil aos moradores das periferias e entornos chegarem à metrópole; na cidade que já foi considerada pelo IBGE a mais cara de se viver no Brasil, na cidade em que o trabalhador sofre com a desigualdade projetada, na cidade em que gasta-se mais com transporte do que com alimentos, é inadmissível que a população aceite passivamente esta tentativa criminosa de sufocamento e segregação.

Os monopólios do transporte público do DF, mantidos por uma classe parasitária que enriquece às custas do sofrimento de todos, serão os únicos beneficiados pela medida do governo burguês e criminoso da capital federal. É a concretização da terra arrasada no centro político do país.

Por isso, todos os brasilienses devem se organizar e se mobilizar contra estas tentativas de exploração. Todos ao ato do dia 30/01/2020, às 16h no Ginásio Nilson Nelson, cerrando fileiras contra os golpistas. Fora Bolsonaro! Fora Ibaneis! Não ao aumento das passagens e à destruição da juventude trabalhadora!
https://www.causaoperaria.org.br/todos- ... -brasilia/
Editado pela última vez por Bugiga em 11 Mar 2020, 18:29, em um total de 1 vez.
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Re: Transporte Público

Mensagem por Chapolin Gremista » 31 Jan 2020, 05:24

Um debate
Atos contra o aumento da passagem: repetindo os erros do passado
A política do MPL acaba jogando o movimento para o vazio político e a desmobilização


Nessa quinta-feira (30) aconteceu mais uma atividade marcada pelo Movimento Passe Livre (MPL) em São Paulo. Dessa vez não foi convocada uma manifestação, mas um “escracho” em frente à Secretaria de Segurança Pública. Os atos anteriores já tinham sido bem esvaziados, com essa modalidade de manifestação “lúdica” inventada pela esquerda pequeno-burguesa a coisa foi ainda pior. Pouquíssimas pessoas compareceram à atividade.

Os atos exageradamente esvaziados do movimento merecem algumas considerações. Em quase todos os anos, desde a primeira década dos anos 2000, há algum tipo de manifestação pelo passe livre e contra o aumento da passagem até explodir nos atos de 2013 que, por uma política errada das direções do movimento da esquerda acabou sendo sequestrado pela direita. De todos esses anos, os atos desse início de 2020 devem ser os menores realizados, o que é contraditório diante de uma situação política favorável. Os atos esvaziados não condizem com a polarização política cada vez mais intensa no País.

O problema central se encontra justamente na política que está sendo levada adiante pelos grupos que organizam o movimento. Saudosos de 2013, os membros do Movimento Passe Livre procuram imitar os métodos usados naquele momento. Métodos, é preciso dizer, que se baseiam em preconceitos e incompreensões que são resultado de uma mistura de inexperiência por parte de alguns e muita demagogia por parte de outros. Na realidade, como é comum, os demagogos acabam envolvendo os inexperientes. Expliquemos melhor.

O MPL é um movimento de característica anarquista, embora seja composto por outros setores. O movimento adotou uma forma de ação que procura rejeitar todo o tipo de organização centralizada e qualquer tipo de orientação política. Para ficar em um exemplo: não se pode ter carro de som, para passar informações sobre o ato preferem fazer um jogral daqueles que aprendemos em brincadeira artísticas na escola primária, o resultado é que ninguém consegue saber direito o que está acontecendo. Mas isso é revelador sobre a própria concepção do grupo sobre o ato. Com esse método, o MPL sequer acha que a manifestação pode aumentar de tamanho, o que tornaria inviável esse método. E foi de fato o que ocorreu em 2013.

Em junho de 2013, quando o ato se transformou numa manifestação de massas não havia mais orientação política. Assim, a direita ficou com o caminho livre para tomar conta do ato.

Outro problema que precisa ser explicado claramente é a despolitização do ato. Não há uma relação clara nas convocações com os ataques dos golpistas, da necessidade de lutar contra a extrema-direita representada por Bolsonaro mas também o governador tucano João Doria e o prefeito Covas, que são os responsáveis diretos, no caso de São Paulo, pelo aumento da passagem.

A insistência nas pautas parciais, desvinculadas com o problema política geral, é um fator importante de desmobilização. Não precisa ir muito longe, basta lembrar que as últimas grandes mobilizações de massas foram contra o governo.

Para fazer justiça ao MPL é preciso também chamar a atenção para o completo boicote por parte dos partidos da esquerda pequeno-burguesa, notadamente aqueles que têm representação parlamentar. Nem PT, nem PCdoB nem Psol estão participando ativamente do ato, não estão chamando sua base para participar, nem apoiando, o que mostra que há uma política coordenada para fazer fracassarem os atos. Não dá para saber o motivo por trás disso, mas dá para suspeitar que tenha ligação com a política dessa esquerda de sustentar o regime político, esperando as eleições.

Diante de tudo isso, a Polícia Militar aproveita para reprimir os manifestantes, de maneira brutal e inclusive ilegal, impedindo os atos de acontecerem. Seria preciso uma mudança política brusca no movimento, uma mobilização ampla, convocando o povo a sair às ruas contra o aumento mas também contra os governos da extrema-direita.
https://www.causaoperaria.org.br/atos-c ... o-passado/
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