Transporte Público

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Re: Ônibus

Mensagem por E.R » 01 Set 2017, 07:08

http://blogs.oglobo.globo.com/ancelmo/p ... r-360.html

A 20ª Câmara Cível do Rio manteve a passagem dos ônibus do Rio em R$ 3,60.

É que foi negada uma apelação que pedia a suspensão da decisão que reduziu as tarifas em R$ 0,20. A relatora foi a desembargadora Mônica Sardas.

O recurso rejeitado foi apresentado pelos consórcios de empresas de ônibus Santa Cruz, Intersul, Internorte e Transcarioca e pela prefeitura do Rio.

O autor da ação é o promotor de Justiça Rodrigo Terra.
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Re: Ônibus

Mensagem por Barbano » 01 Set 2017, 09:20

Vai ter mais quebradeira de empresas na Zona Oeste. Jacob Barata vai dominar cada vez mais o transporte do Rio com essa decisão.

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Re: Ônibus

Mensagem por Hugoh » 21 Set 2017, 01:02

Tarifa de ônibus impede metade dos paulistanos de visitar amigos, diz pesquisa
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Metade dos paulistanos (52%) afirma que "sempre" ou "às vezes" deixa de visitar amigos ou familiares que moram em outros bairros da capital em função do preço da passagem. O resultado faz parte da Pesquisa de Mobilidade Urbana, que revela a percepção do residente da capital paulista sobre a cidade. A tarifa do transporte público em São Paulo hoje é de R$ 3,80.

O mesmo porcentual (52%) declara ainda que deixa de ir a parques, cinemas e outras atividades de lazer; 42% não vão a consultas médicas e exames, e 28% deixam de ir à escola ou à universidade.

A economia proporcionada pelo bilhete único é, no entanto, a principal razão de uso (23%) entre quem utiliza o ônibus pelo menos uma vez por semana. Com o cartão, os passageiros podem embarcar em até quatro coletivos em um período de três horas, pagando apenas uma tarifa.

Em seguida, os motivos que mais levam os paulistanos a usar os ônibus são "a melhor alternativa para o trajeto que precisa fazer" (18%) e "não possuir carro" (17%).

A Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes, por meio da São Paulo Transporte (SPTrans), informou, em nota, que a política tarifária na atual administração priorizou o congelamento do valor da passagem. "Mesmo na crise, foi feito um grande esforço para manter a tarifa básica em R$ 3,80 e, desse modo, não penalizar o usuário em meio ao cenário de desemprego e crise econômica no País", declarou.

O levantamento é do Ibope, realizado por encomenda da Rede Nossa São Paulo e do projeto Cidade dos Sonhos, e foi divulgado nesta quarta-feira, 20. Realizado entre os dias 27 de agosto e 11 de setembro, com 1.603 moradores da cidade de São Paulo com 16 anos ou mais, o estudo tem margem de erro de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos.

O nível de satisfação com a locomoção da cidade piorou em todos os itens, contrariando uma tendência de melhora que vinha sendo registrada desde 2008. A pior nota é para a "situação do trânsito na cidade", que caiu de 3,2 para 2,7 - em uma escala de 1 (péssimo) a 10 (ótimo).
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A pesquisa mostrou que 56% dos paulistanos são favoráveis ao aumento das velocidades máximas nas Marginais do Tietê e do Pinheiros - uma das primeiras medidas do prefeito João Doria (PSDB) quando assumiu o Executivo municipal.

Porém, 40% declaram que a medida "contribui muito" para os acidentes de trânsito envolvendo motoristas e motociclistas; 37% dizem que o aumento "contribui muito" para atropelamentos de pedestres e ciclistas; e 37% afirmam que "contribui muito" para as mortes no trânsito em geral.

Esta é a 11ª edição da Pesquisa de Mobilidade Urbana que, entre as novidades, acrescentou perguntas relacionadas ao assédio sexual no transporte público, à retirada de cobradores dos coletivos e à privatização do bilhete único, proposta do prefeito João Doria (PSDB).

Entre os paulistanos entrevistados na pesquisa, 61% desaprovam a privatização do bilhete único. A medida integra o pacote de privatizações do tucano, que em julho foi aprovado em primeira votação na Câmara Municipal de São Paulo.

O prefeito também pretende retirar dos ônibus os cobradores, chegando a afirmar que o processo será feito "gradualmente". O levantamento do Ibope aponta, no entanto, que 75% das pessoas são contrárias à proposta.

Em uma escala de 1 (péssimo) a 10 (ótimo), a nota para segurança no ônibus foi de 2,6. Os usuários avaliam como principais problemas dos ônibus municipais a lotação (23%), o preço da tarifa (20%), a segurança com relação a furtos e roubos (11%), a frequência do ônibus (9%), a segurança com relação ao assédio e a pontualidade dos ônibus (ambos com 7% das citações).

A SPTrans ressaltou que ainda não teve acesso aos dados e à metodologia da pesquisa e disse que a gestão está está concluindo a elaboração do edital para lançar a nova licitação do sistema de transporte coletivo.

"No documento estarão incluídas atualizações para itens de segurança e conforto, bem como a adoção de tecnologias e equipamentos que tornarão as viagens mais confortáveis como ar-condicionado nos ônibus", afirmou a autarquia.


ESTADÃO > http://sao-paulo.estadao.com.br/noticia ... 0002008656

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Re: Ônibus

Mensagem por E.R » 02 Out 2017, 04:39

EXTRA

Para os empresários de ônibus, a decisão da Prefeitura do Rio de Janeiro em não reajustar as tarifas em janeiro, como previsto no contrato, e a recente redução da passagem em 20 centavos, por ordem da Justiça, teve efeito devastador nas empresas, que já enfrentam uma batalha na Justiça, após acusações de pagamento de propina a políticos do estado para obter benefícios.

Segundo Cláudio Callak, presidente do Consórcio Intersul, além das sete viações que sucumbiram à crise nos últimos anos, outras 11 estão endividadas e não podem garantir o 13º dos funcionários.

Ele teme que isso provoque um efeito cascata, levando o sistema a colapso que atingiria os cerca de 40 mil rodoviários.

Em entrevista ao EXTRA, ao lado de Callak, Jorge Dias, presidente do Consórcio BRT, disse que o desafio das viações hoje é sobreviver.

Qual o impacto do congelamento e, depois, da redução da tarifa para as empresas ?
Cláudio Callak — Devastador. A não concessão do reajuste já foi um atentado ao equilíbrio financeiro, à capacidade de investimento e às obrigações que temos, inclusive com rodoviários. Depois, reduzir a tarifa foi a sentença de morte premeditada. Todo mundo fica esperando o colapso das empresas de ônibus para o dia seguinte, mas ele não acontece no dia seguinte. O sistema é muito grande e dinâmico, vai adoecendo. Se você tira a capacidade de investimento e a capacidade jurídica do concessionário, vai degradando o sistema, a frota média vai envelhecendo e, lá na frente, todo mundo paga essa conta.

Por que os passageiros têm a sensação de que o preço é alto e o serviço ruim ?
Cláudio Callak — Tarifa é um problema que não é só do Rio. É do Brasil. Em outros países, isso se resolveu com subsídio. A gente está chegando a um momento em que a tarifa começa a ser cara para quem paga todo dia e não cobre os custos que o transporte exige. Não somos contrários a nenhum estudo que determine valor de tarifa. Quanto mais barato for, mais atrai usuário. Desde que aquela tarifa remunere os investimentos que temos que fazer. O bom, bonito e barato não existe.

Jorge Dias — Falta coragem dos governos para enfrentar esse problema. O que está acontecendo no Rio é que todo mundo diz que a tarifa é cara e que tem que descontar os 20 centavos, mas não vê ninguém dizer qual é a tarifa correta.

Cláudio Callak — No estudo contratado pela gestão passada da prefeitura, da PWC, eles mostram que em 2014 a tarifa de equilíbrio tarifário deveria ser de R$ 4,10. O resto são suposições em torno do óbvio. A gente está, desde aquela época, pedindo acesso a esse estudo. Inclusive, à época, contratamos a Ernest Young a pedido da prefeitura. Foi um estudo caro, e a gente acabou desperdiçando os dois. Se ambos tivessem caminhado em paralelo, tudo isso teria saído do campo da suposição.

Qual o cenário nos consórcios ?
Cláudio Callak — Já saíram sete empresas do sistema, e hoje pelo menos mais 11 já passaram de todos os limites possíveis de endividamento. Quando elas pararem, num efeito dominó, isso poderá afetar o sistema. Se tem empresa que, até outubro, está com quatro a cinco meses de salários atrasados, como vai pagar a primeira parcela do 13º salário, que vence em um mês e meio ?

O 13º dos funcionários dessas empresas está ameaçado ?
Jorge Dias — Com certeza. A gente entrou nesse processo dos 20 centavos com 11 empresas em situação crítica.

Cláudio Callak — Essas empresas já estão superando nossa expectativa, mas temos prazo, que é o vencimento da primeira parcela do pagamento do 13º (fim de novembro).

A dificuldade de cumprir com o 13º é só dessas 11 empresas ?
Cláudio Callak — Se essas 11 não cumprirem, o sistema todo não cumprirá, porque o efeito é dominó. A maioria das empresas vive de crédito ou renegociação de dívida com bancos. Quando há transição de poder, nossos credores ficam atentos. E, se esse poder público já entra dizendo que não vai dar o reajuste da tarifa, aquele crédito bancário desaparece. E quando você disser que 11 empresas não vão pagar o 13º, para os demais bancos é sinal de que a crise se agravou. Não tem empresa forte em sistema fraco. Nem sistema fraco com empresas fortes. Se metade dessas 11 empresas não pagar o 13º , o resto do sistema não aguentará pagar, porque começa a pipocar falta de crédito e, em seguida, greve de rodoviários.

Qual foi o reflexo da falência de sete empresas no atendimento aos passageiros ?
Cláudio Callak — É óbvio que, se a gente tinha problemas de qualidade, a régua abaixou. Quando você se dispõe a operar uma determinada região e, no meio do caminho, tem que suportar outra empresa, é claro que a qualidade diminui.

A renovação da frota pode ser comprometida pela redução do preço das passagens ?
Cláudio Callak — A renovação da frota não tem mais como se agravar. Ela já não existe. Porque, entre pagar o salário do motorista e investir em frota, primeiro vou pagar o salário do motorista.

Jorge Dias — A gente está falando de empresas que estão com três meses de atraso de salário. Quando elas chegam a esse ponto, já não renovam frota há tempos. A sobrevivência leva ao diesel e ao salário. Outras verbas e custos vão ficando pelo caminho.
ordenar corte da tarifa foram acréscimos concedidos para refrigerar a frota. Por que isso não aconteceu até hoje ?

Cláudio Callak — Estou esperando até hoje alguém apresentar essa conta. O que dificulta (refrigerar toda a frota) é dinheiro e prazo. A gente não é contra colocar ar-condicionado nos ônibus. Só que isso tem que ter um cronograma transparente e viável, pelo valor de aquisição desses carros.

Desde o começo de 2016, as empresas perderam 126 coletivos incendiados. Como a violência se reflete na qualidade do serviço de ônibus ?

Cláudio Callak — Como o ônibus queimado não tem seguro e não entra na planilha de custo da tarifa, não tem reposição do carro. Ainda que eu tivesse crédito, entre pegar esse carro queimado que não serve para mais nada e comprar um novo, leva no mínimo 90 dias. Então, num ambiente em que não há crédito e a frota está envelhecendo, é um ônibus a menos na rua. É um atentado não contra a gente, mas contra a própria população, com a absoluta ausência do poder público.
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Re: Ônibus

Mensagem por E.R » 06 Out 2017, 10:05

https://g1.globo.com/rio-de-janeiro/not ... -rio.ghtml

Passageiros de várias linhas do Rio entraram em contato com o Bom Dia Rio para informar que os ônibus com ar condicionado sumiram das ruas.

Às vésperas do início da primavera, eles afirmam que permanecer nos veículos nos horários de maior movimento é uma tortura.

Um motorista afirmou a uma passageira que os ônibus teriam sumido das ruas por ordem dos empresários, depois da diminuição de R$ 3,80 para R$ 3,60.

Os passageiros da linha 669 que faz o trajeto entre o Méier e a Pavuna afirmam que, desde a diminuição do preço das passagens, os veículos refrigerados sumiram.

A reclamação se repete em linhas de vários pontos do Rio.

Imagens feitas por passageiros da linha 770, que faz o trajeto entre Campo Grande e Coelho Neto, mostram os veículos com as janelas bem abertas.

Os passageiros contam que, em horários de pico, a permanência dentro dos veículos é insuportável por causa do forte calor.

Na linha 887, uma passageira gravou uma conversa com um motorista. Ele admite que seria uma ordem dos donos das empresas. “Aí baixou a passagem, os empresários tiram, os empresários que mandam”, afirmou o profissional na gravação.

A Rio Ônibus, que representa os donos das empresas, afirmou que não ocorreu nenhuma mudança após a redução das passagens e que as empresas estão comprometidas em climatizar a frota.
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Re: Ônibus

Mensagem por Rondamon » 06 Out 2017, 16:10

Teria a ver com a situação atual do RJ? Não compensa pro empresário manter veículos caros, para que eles sejam destruídos.

Eu penso que infelizmente a periferia não merece ônibus novos.
Recentemente, a Viação Campo Belo (que opera com linhas que saem da zona sul de SP) comprou um novo lote de super articulados. Por causa de alguns idiotas, em menos de 1 semana, os vidros estavam riscados e com alguns bancos rasgados, além daquelas tampas de saída de ar condicionado terem sido arrancadas.

Já vi colocarem chiclete nas entradas USB.

Lembrando que em SP é obrigatório que os novos ônibus possuam ar condicionado e tomadas USB.
Há 12 anos no Fórum Chaves! :vitoria:

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Re: Ônibus

Mensagem por E.R » 18 Out 2017, 07:49

EXTRA

O Rio Ônibus declarou guerra à prefeitura do Rio de Janeiro nas redes sociais, ontem, ao afirmar que o incentivo ao transporte de passageiros por meio de vans e kombis está “contribuindo para destruir o sistema BRT”.

Numa série de mensagens publicadas no Twitter, o sindicato das empresas de ônibus denuncia a falta de fiscalização e pede a elaboração de um “projeto de mobilidade urbana para a cidade que priorize o transporte público de grande porte”.

De acordo com o Rio Ônibus, as linhas mais prejudicadas pela concorrência com o transporte alternativo são as do consórcio Santa Cruz, que rodam na Zona Oeste, onde há sobreposição de trajetos.

No fim do ano passado, ainda na gestão Eduardo Paes, o consórcio Santa Cruz conseguiu uma liminar na Justiça para suspender a licitação pública de 99 novas linhas de vans previstas para a Zona Oeste.

Em maio deste ano, no entanto, já sob a gestão de Marcelo Crivella, uma portaria da Secretaria municipal de Transportes liberou a circulação de kombis e vans em 21 bairros da região por tempo indeterminado.

A medida revelou outro problema : a fiscalização do transporte clandestino está prejudicada desde janeiro porque o convênio para que a Polícia Militar dê segurança às equipes da Subsecretaria de Fiscalização venceu no fim do ano passado e não foi renovado por falta de pagamento.

Em nota, a Coordenadoria Especial de Transportes Complementar (CETC) diz que a prefeitura já conseguiu quitar uma dívida passada que existia com o estado, referente à liberação de PMs que atuavam na fiscalização, e um novo convênio está sendo estudado. O órgão afirma ainda que realiza operações de combate ao transporte pirata diariamente em todo o município.
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Re: Ônibus

Mensagem por Billy Drescher » 20 Out 2017, 10:14

Quando a passagem estava acima do tolerável ninguém reclamava...
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Re: Ônibus

Mensagem por Barbano » 20 Out 2017, 16:06

Acima do tolerável? A 3,80 já estava quebrando várias empresas...

Aliás, mais uma baixa as portas no próximo mês: Verdun.

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Re: Ônibus

Mensagem por E.R » 20 Out 2017, 17:47

A verdade é que tem algumas regiões do Rio de Janeiro que o sistema de ônibus não dá conta da demanda.

Por exemplo, ônibus que saem da Freguesia (Zona Oeste) sentido Barra ou Zona Sul, geralmente vem hiperlotados, com pessoas esprimidas, ali tem que tem que ter vans mesmo.

O correto seria ter mais ônibus, mas as empresas não tem como bancar.

Sem contar as vans que circulam apenas dentro da própria Zona Oeste, por exemplo, que liga quem sai do ponto de ônibus da Freguesia e leva as pessoas pelas ruas do bairro.

E isso também em outros bairros da Zona Oeste. É importante, sobretudo para idosos.
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Re: Ônibus

Mensagem por Billy Drescher » 20 Out 2017, 21:31

Barbano escreveu:Acima do tolerável? A 3,80 já estava quebrando várias empresas...
O sistema começou a dar errado quando a tarifa de ônibus com e sem ar foi unificada.

De 2012 para 2013, a tarifa tinha que ter subido de 2,75 para 2,90. Esse aumento foi revogado e continuou em 2,75.

Em junho de 2013, o preço subiu de 2,75 para 2,95 e todos os ônibus urbanos municipais (com e sem ar) passaram a ter tarifa única na ideia de refrigerar toda a frota.

Só que esse aumento também foi cancelado (aconteceu durante as manifestações dos "vinte centavos") e o preço voltou para 2,75 e os ônibus com ar passaram a também trabalhar com esse valor.

No reajuste de 2014, a tarifa foi para 3,00. Se o reajuste tivesse sido feito nos 2,95 a passagem teria outro valor. Os reajustes seguintes foram seguindo essa defasagem. Em 2015 a passagem foi para 3,40 e em 2016 a passagem chegou em 3,80.

Página da Prefeitura do Rio que mostra todas as mudanças e critérios anuais para a mudança das passagens:
http://www.rio.rj.gov.br/web/transparen ... id=5017063
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Re: Ônibus

Mensagem por E.R » 28 Out 2017, 08:48

https://diariodotransporte.com.br/2017/ ... doviarios/

Enquanto o artigo da Lei de Mudanças Climáticas, que determina uma nova frota de ônibus menos poluentes não é alterado pela Câmara Municipal de São Paulo, a licitação dos transportes na capital paulista não sai, de acordo com a prefeitura.

O processo licitatório está atrasado há mais de quatro anos e deveria ter sido realizado na gestão do ex-prefeito Fernando Haddad.

A administração do prefeito João Doria tem pressa porque não há mais como criar mais aditivos aos contratos com as empresas de ônibus, que venceram em 2013.

Até o momento, duas propostas estão em discussão, entretanto, mais uma apareceu, mas que rege sobre todos os veículos a diesel, incluindo ônibus da EMTU e de fretamento.

Trata-se do PL 643 do vereador Antônio Donato, do PT. O PL exclui os ônibus municipais, que deverão ser submetidos às metas que serão estipuladas nos contratos de licitação.

Diferentemente, do PL 300 do vereador Milton Leite, hoje com nova versão assinada pelo vereador Gilberto Natalini, e do substitutivo de autoria do vereador Caio Miranda, o PL de Antônio Donato não faz referências ao artigo 50 da Lei 14.933, de 2009, a Lei de Mudanças Climáticas, que é municipal.

Como o projeto de lei fala em veículos a diesel que circulam em São Paulo e não em veículos a diesel licenciados na capital paulista, se aprovado, vai atingir utilitários, peruas, picapes, vans, caminhões e ônibus emplacados em outras cidades.

A partir de 2020, pela proposta, todos os postos de combustíveis da capital paulista terão de vender diesel B20, ou seja, com mistura de 20% de biodiesel ao diesel comum.

Pela proposta de Antônio Donato, a partir de 1 de janeiro de 2023, ficariam proibidos de circular na cidade de São Paulo, veículos pequenos e médios a diesel, o que engloba utilitários, vans e picapes com capacidade de carga de até 2,5 mil quilos, e vans e mini-ônibus que transportem até 22 passageiros mais o motorista.

Ainda pelo projeto, a partir de 1 de janeiro de 2025, a proibição vale para ônibus e caminhões fabricados antes de 2009. Ou seja, só poderiam operar na cidade veículos a diesel com tecnologia Euro III, seguida pela fase 6 do Proconve.

Já a partir de 1 de janeiro de 2030, ficam proibidos de circular na cidade ônibus e caminhões fabricados antes de 2013, que não tenham tecnologia Euro V, da fase 7 do Proconve.

Uma das discussões que podem surgir na análise pelas comissões é quanto aos ônibus rodoviários intermunicipais, do sistema Artesp, e interestaduais do sistema ANTT.

Estes veículos adentram a cidade de São Paulo, mas trafegam por trechos pequenos, como em direção aos terminais Tietê, Barra Funda e Jabaquara. Alguns, entretanto, circulam em trechos maiores, como os rodoviários que servem também terminais como o TERSA, de Santo André, João Setti, de São Bernardo do Campo, o Nicolau Delic, em São Caetano do Sul, e os terminais de Guarulhos e Osasco.

Nestes casos, poderia ser aplicado o artigo que possibilita que a Secretaria de Mobilidade e Transportes crie permissões específicas, mas que devem ser renovadas constantemente com as devidas justificativas.

O projeto deve passar por comissões antes da votação em plenário.

O projeto de Milton Leite, que já passou por várias mudanças, estipula metas de redução de poluição pelos ônibus. Já o substitutivo de Caio Miranda, prevê a inserção de modelos menos poluentes de forma gradativa, independentemente de tecnologia, como aumento da rede de trólebus, ônibus elétricos puros com bateria, ônibus híbridos, ônibus com células e hidrogênio, ônibus a etanol, ônibus a gás natural, ônibus com maiores misturas de biodiesel, entre outros.

Não está descartado o surgimento de outro projeto.

A Secretaria de Mobilidade Urbana quer logo um consenso para realizar a licitação. O vereador Caio Miranda diz que só vai concordar com uma nova versão do PL de Milton Leite se tiver metas que estipulem não apenas redução da poluição, mas a eliminação de combustíveis fósseis (fóssil free) da frota de ônibus municipais com o passar do tempo.

Uma das sugestões é criar metas com datas diferentes para ônibus padrons e articulados e para os micros e mídis.

Além de opções de modelos elétricos, há articulados e padrons a gás natural, etanol ou biodiesel.

A alteração da Lei de Mudanças Climáticas também se faz necessária porque nem empresas de ônibus e nem a prefeitura cumpriram a lei de 2009. O artigo 50 determina a substituição anual de 10% da frota a diesel por veículos menos poluentes desde 2009 até que em 2018, nenhum ônibus mais dependesse exclusivamente desse combustível derivado do petróleo. Entretanto, em 2017, apenas 1,4% ou 212 veículos dos quase 15 mil ônibus da frota municipal, se enquadraria na lei.
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Re: Ônibus

Mensagem por Barbano » 28 Out 2017, 09:31

Papel aceita tudo...

Quero ver quem banca financeiramente uma frota 100% movida a energias alternativas. São tecnologias que ainda estão amadurecendo, não tem como aplicar a toda a frota de uma metrópole do porte de São Paulo.
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Re: Ônibus

Mensagem por E.R » 29 Out 2017, 09:14

Extra

Se o Rio de Janeiro tem 43% de sua frota de ônibus convencionais refrigerada, sua chance de embarcar num “quentão” é de 57%, certo ? Errado.

Se você, por exemplo, for passageiro do 366 (Campo Grande-Tiradentes), a possibilidade de você suar para fazer a viagem é de 100%. Isso porque a distribuição de coletivos climatizados é desigual na cidade.

Enquanto algumas linhas têm toda a frota com ar, em outras, que representam 40,2% do total, não há sequer um carro climatizado.

Essa também é a realidade dos passageiros de outras 162 linhas, de um total de 405, de acordo com uma planilha da prefeitura atualizada em 23 de outubro. No site do EXTRA, você pode consultar a sua linha e a chance que tem de fazer uma viagem refrigerada de acordo com o percentual de ônibus climatizados.

O Consórcio Santa Cruz, que atende os moradores da Zona Oeste, é o que tem o maior número de linhas sem refrigeração: 51. Para os passageiros desses trajetos, às vezes longos, a viagem refrigerada é um sonho distante.
— Ônibus climatizado é um luxo que a gente desconhece aqui — reclamou Rosinei Seabra, de 55 anos, usuário da 366, linha expressa que percorre um trajeto de mais de 52 quilômetros.

Fábio de Jesus da Silva, de 60 anos, faz coro :
— Pelo jeito, ar-condicionado é coisa para rico. Aqui, nosso ar é o que vem da janela.

Também na linha 398, todos os 16 veículos são sem ar. A técnica de enfermagem Clarissa Lopez, de 39 anos, enfrenta uma hora e meia de viagem todos os dias entre Campo Grande, onde mora, e São Cristóvão, onde trabalha. Quando a temperatura sobe, conta ela, é comum os passageiros passarem mal.
— Tem gente que fica com pressão baixa e falta de ar, ainda mais quando o ônibus vai lotado — relatou.

Pela planilha, o consórcio com mais linhas totalmente refrigeradas é o Internorte: 51. Intersul e Santa Cruz têm 42 e Transcarioca, 35. Linhas de BRT e de frescão não foram consideradas pelo EXTRA.

Pela planilha da prefeitura, 170 linhas são totalmente climatizadas e outras 72 parcialmente refrigeradas. Mas, há passageiros de algumas delas que reclamam de nunca terem visto um ônibus com ar nas ruas, embora para a Secretaria municipal de Transportes eles existam.
— Nunca vi. Já nem sonho com ar-refrigerado — afirmou Maria José Santos, de 49 anos, moradora da Vila Kennedy e usuária do 394 (Vila Kennedy-Tiradentes).

Essa linha deveria ter nove veículos climatizados de um total de 17, segundo a planilha. Na última quinta-feira, o EXTRA, esteve no ponto final dela, na Rua Dom Pedro I, no Centro, onde permaneceu das 16h10 às 18h40. Nesse período sete coletivos chegaram e partiram. Nenhum era refrigerado. Reclamação semelhante à da passageira da 394 é feita por usuários de linhas como a 497 (Penha-Cosme Velho), que deveria ter todos os 20 ônibus com ar, e da Troncal 2 (Jardim de Alah-Rodoviária), que, pela planilha, tem todos os seus 35 carros refrigerados.

Os consórcios se defendem informando que o critério de escolha das linhas que serão operadas com ônibus com arcondicionado, “como ocorreu nas determinações de troca de tecnologia das linhas Troncal 2 e 497 , é uma decisão unilateral da Prefeitura do Rio, com o objetivo de cumprir a meta de viagens com ar, sem levar em consideração a capacidade de investimento das empresas em ônibus climatizado”.

A Secretaria de Transportes diz que há linhas sem ar porque o processo de climatização é progressivo. E lembrou que o assunto ainda está na Justiça. A SMTR diz que existem 5.522 ônibus com ar e 3.070 sem, mas inclui na conta BRTs e frescões.

Os consórcios afirmam que o Rio tem a maior frota de ônibus com ar do país e que essa obrigatoriedade não é estipulada no contrato de concessão. Mas frisaram que são favoráveis à climatização, com definição de “cronograma realista” para a compra dos ônibus e fonte de recursos. Alegaram ainda que a a crise financeira, agravada pela defasagem da tarifa, afeta a capacidade de investimento.
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Re: Ônibus

Mensagem por Billy Drescher » 11 Nov 2017, 22:50

Justiça do RJ determina que passagens municipais de ônibus devem ser novamente reduzidas
A Prefeitura do Rio terá que reduzir novamente a passagem de ônibus. A decisão da Justiça fluminense desta quinta-feira (9) determina que a nova tarifa seja de R$ 3,40. Atualmente, são cobrados R$ 3,60. O despacho da 13ª Vara de Fazenda Pública suspende os efeitos de um decreto municipal que autorizou o acréscimo a partir de 1º de janeiro de 2016.

"Por tais fundamentos, defiro a tutela de urgência para determinar a suspensão imediata dos efeitos do Decreto Municipal nº 41.190/2015 com a exclusão da estrutura tarifária do acréscimo de R$ 0,20 (vinte centavos) ao reajuste contratual autorizado a partir de 1º de janeiro de 2016", escreveu a juíza Luciana Losada Lopes, titular da 13ª Vara de Fazenda Pública.


A magistrada também estabelece que o município seja intimado com urgência e dá 48 horas, "a contar da intimação", para que a prefeitura cumpra a decisão. Se não cumprir, o Rio terá de pagar multa diária de R$ 5 mil. A informação foi antecipada pela coluna do jornalista Ancelmo Gois, de O Globo.

Em nota, a Procuradoria Geral do Município informou que "o Município do Rio ainda não foi intimado da referida decisão".

Nova redução em 2017

Em agosto deste ano, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) já havia conseguido junto à 20ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça uma decisão obrigando a Prefeitura a reduzir em R$ 0,20 as passagens de ônibus do município.

A Justiça aceitou recurso de apelação proposto pelo MPRJ contra o acréscimo ao reajuste anual de tarifa de ônibus previsto no contrato de concessão. Naquela ocasião, os magistrados decidiram que a Prefeitura ficaria obrigada a reduzir o valor dos atuais R$ 3,80 para R$ 3,60.

https://g1.globo.com/rio-de-janeiro/not ... idas.ghtml
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