Carros e Motos

Tópico para notícias e discussão sobre veículos

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Re: Carros e Motos

Mensagem por E.R » 27 Dez 2019, 18:35

https://quatrorodas.abril.com.br/notici ... onix-plus/

O Procon, vinculado à Secretaria de Justiça e Cidadania, notificou a General Motors para que a empresa forneça esclarecimentos sobre problemas apresentados pelo Chevrolet Onix Plus 2020.

Os problemas, no caso, não são os do software do motor que acarreta na quebra do bloco, defeito que já é alvo de recall.

Desta vez, a falha se dá no sistema de alimentação do veículo, mais precisamente nos conectores das linhas de combustível, próximos ao reservatório.

O risco é de vazamento de combustível e a notícia veio a público depois que nossos colegas da revista Carro descobriram dois boletins da fábrica dando conta do problema.

Um dos boletins tratava de falha no led de iluminação das funções da manopla do câmbio automático e outro abordava o problema dos conectores.

O Procon deu sete dias, a partir do dia 23/12, para a GM responder.

No comunicado feito à imprensa sobre a notificação, o órgão pede esclarecimento sobre os dois defeitos (led e vazamento) mencionando apenas o modelo sedã Chevrolet Onix Plus.
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Re: Carros e Motos

Mensagem por E.R » 29 Dez 2019, 10:41

LAURO JARDIM - O GLOBO

O setor automotivo vai fechar 2019 com fôlego recuperado, segundo dados da Anfavea. A

té 26 de dezembro, haviam sido vendidos 2,7 milhões de veículos — 8,6% a mais do que no mesmo período de 2018.

A comercialização de caminhões, indicativo do ritmo de aquecimento da indústria, atingiu as 100 mil unidades na quinta-feira passada, um aumento de 33,7% em comparação ao ano anterior.

A maior alta, porém, apareceu na venda de ônibus : 20.801 unidades (39,7% de crescimento).
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Re: Carros e Motos

Mensagem por Victor235 » 29 Dez 2019, 20:47

Achei bem respeitosa a citação do pessoal da Quatro Rodas, "nossos colegas da revista Carro".
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Re: Carros e Motos

Mensagem por E.R » 01 Jan 2020, 05:56

https://quatrorodas.abril.com.br/notici ... ara-todos/

O ano de 2020 será importante para os compradores de automóveis no que diz respeito à segurança porque, a partir de janeiro, haverá diversos equipamentos que se tornarão obrigatórios.

Como é praxe entre os fabricantes e os legisladores, a obrigatoriedade acontece em duas etapas : na primeira, ela é exigida apenas para os novos modelos e somente depois passa a valer para todos os carros.

Em 2020, portanto, haverá equipamentos que serão obrigatórios pela primeira vez e outros que já chegam na segunda etapa, em definitivo.

Entre os que entram pela primeira vez estão : controle eletrônico de estabilidade e aviso de cinto de segurança não afivelado.

Entre os que já eram obrigatórios para veículos novos e agora se tornam universais estão : sistema de fixação de cadeirinhas Isofix e cintos de três pontos e encosto de cabeça para todos os ocupantes.

Esse sistema é responsável por corrigir a trajetória do carro que começa a ficar desgovernado freando as rodas de forma seletiva e independente.

Seu nome varia entre os fabricantes. O mais popular é ESP. Mas ele também atende por ESC, VSC, VSA, AFU etc. Em gera, vem acompanhado de outros sistemas como controle de tração e auxiliar de partida em rampa.

O ESP entra agora nos carros novos e se torna obrigatórios para todos modelos a partir de 2022.
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Re: Carros e Motos

Mensagem por E.R » 02 Jan 2020, 20:30

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Re: Carros e Motos

Mensagem por E.R » 08 Jan 2020, 11:47

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Re: Carros e Motos

Mensagem por E.R » 09 Jan 2020, 20:17

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Re: Carros e Motos

Mensagem por E.R » 13 Jan 2020, 06:25

https://valor.globo.com/empresas/notici ... ault.ghtml

Dirigentes de alto nível da Nissan aceleraram planos secretos de contingência para a possibilidade de uma separação da Renault enquanto a dramática fuga do Japão de Carlos Ghosn continua a repercutir nas duas empresas.

Os planos incluem uma divisão total nas áreas de engenharia e manufatura assim como mudanças no conselho da Nissan, segundo fontes.

A movimentação para mapear uma possível separação é o mais recente sinal de tensão entre as duas montadoras. Apesar dos esforços para melhorar as relações, a parceria com a Renault — que produz 10 milhões de carros ao ano — se tornou tóxica já que muitos executivos da Nissan creem que a empresa francesa põe para baixo o grupo japonês.

Uma separação total levaria as duas empresas a procurar outros parceiros num momento em que o setor passa por queda nas vendas e aumento de custos e com a mudança para veículos elétricos.
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Re: Carros e Motos

Mensagem por E.R » 14 Jan 2020, 09:22

https://exame.abril.com.br/revista-exam ... e-uma-era/

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Quando a crise financeira mais severa em sete décadas fez o crescimento global desabar de 5,6%, em 2007, para 0,1%, em 2008, a indústria automobilística chegou à beira do abismo.

Com o passar dos anos, e com uma ajuda da China, o setor se recuperou.

Agora, cerca de uma década após o colapso, as montadoras voltam a emitir sinais de alerta.

Em 2018, a demanda global por veículos caiu pela primeira vez desde 2009, e em 2019 ela segue em declínio. É um choque para um setor que crescia, em média, 4% ao ano desde 2011, segundo um estudo da agência de classificação de risco Fitch. “A retração do setor derrubou 0,2% do PIB global no ano passado. E, em 2019, esperamos uma nova queda, até pior”, diz Brian Coulton, economista-chefe da Fitch.

Poucas indústrias são tão interligadas a outras como a automotiva. O setor concentra 8% das exportações globais de bens e é responsável pelo consumo de metade da produção de petróleo e de borracha, por exemplo.

Qualquer desaceleração, portanto, é capaz de causar grandes estragos em cadeia. “Os carros são uma parte importante da economia e a indústria automotiva é uma grande cliente de outras indústrias. Se ela está com problemas, outras logo estarão”, diz o economista Klaus-Jürgen Gern, do Instituto de Economia Global de Kiel, na Alemanha.

Por trás dos números cambaleantes, dois países-chave destacam-se : a Alemanha e a China.

Na Alemanha, a produção de veículos de passageiros acumula uma queda de 9% de janeiro a setembro em relação ao mesmo período de 2018 — ano em que a produção já havia tomado um tombo de 9,4%.

Os sinais também são preocupantes na China. Desde julho de 2018, o país registra quedas nas vendas de carros todos os meses. A exceção foi em junho deste ano, quando as montadoras fizeram promoções. A expectativa é de mais uma retração em 2019, a segunda em 30 anos — a primeira foi em 2018.

A Alemanha tem na indústria automotiva um dos motores mais vigorosos de sua economia. As exportações como um todo respondem por 47% do produto interno bruto alemão; e 17% dos produtos exportados são automóveis e seus componentes. E uma tempestade na maior economia da Europa não deixa marcas somente dentro de suas fronteiras.

Um estudo produzido em setembro pelo Instituto de Pesquisa Econômica de Munique (Ifo) mostrou os efeitos que a fraca produção de veículos na Alemanha vem causando Europa afora.

A pesquisa apontou que a queda de produção de carros no ano passado atingiu o setor de borracha e de plásticos na República Tcheca e a fabricação de metais na Hungria.

O impacto no PIB foi de 0,75 ponto percentual na Alemanha e de 0,2 ponto na República Tcheca e na Hungria.

Para Klaus-Jürgen Gern, de Kiel, um dos fatores que explicam a queda, além do esfriamento do mercado global, foi a chegada do protocolo WLTP (Worldwide Harmonised Light Vehicle Test Procedure), uma nova regra que tornou mais rígida a medição das emissões de poluentes para carros na União Europeia. “Os fabricantes alemães subestimaram os esforços necessários para adaptar as linhas de produção, e isso derrubou a fabricação de carros”, diz.

O protocolo entrou em vigor em setembro de 2018, no mesmo período em que a queda da produção começou a ser registrada. A situação virou uma preocupação a mais no país, que vive uma desaceleração econômica. Em outubro, o Ifo reduziu a projeção de crescimento da Alemanha no ano de 0,8% para 0,5%.

Na China, o problema é intensificado pela contração das vendas. Dados oficiais mostram que a produção de veículos em setembro de 2019 caiu 11% em relação ao mesmo mês de 2018; e as vendas, 5%.

A situação dos chineses está relacionada com a transformação da indústria, agora focada na produção de veículos menos poluentes, como os elétricos.

Além da redução das emissões de gás carbônico, há uma estratégia para que a China se torne menos dependente da importação de petróleo, que corresponde a 9,4% de tudo o que o país compra do exterior. Em 2017, o governo deu 3 bilhões de dólares em subsídios a fabricantes de modelos elétricos, fazendo com que as vendas saltassem 62%. Só que os incentivos foram reduzidos e logo veio a queda nos negócios.

A situação desfavorável intensificou-se em 2019, quando entrou em vigor um modelo de financiamento na China que tem como meta fazer com que os carros elétricos atinjam 12% das vendas até o fim de 2020. A montadora que não alcançar o resultado poderá ser punida. “O mercado chinês está passando por uma transformação profunda, com as pessoas trocando os carros com motores a combustão pelos elétricos. Essa mudança é cara, exige inovação e investimentos”, afirma Daniel Lau, diretor de análises da China da consultoria Willis Towers Watson.

Ele é otimista quanto aos próximos capítulos das montadoras na China, que produzem 30% do total de veículos do mundo e respondem por 10% do PIB do país. “O consumidor prefere esperar pelos novos carros e o anúncio de mais subsídios”, diz. “Há um sentimento de postergação da compra. Acredito que o setor deverá se recuperar em 2020.”

As fragilidades nos mercados da Alemanha e da China, além de mudanças de comportamento dos consumidores, refletem alguns desafios da indústria automotiva. Para contorná-los, os gigantes somam forças. Um exemplo é a fusão entre a FCA, que controla a Fiat, e a PSA, dona da Peugeot, para criar o quarto maior grupo automotivo do mundo. “As montadoras estão tentando sobreviver em um ambiente hostil. Com a retração global, é preciso acelerar as alianças para ganhar eficiência e reduzir custos. Elas contribuem para a criação de novos produtos e para as vendas em novos mercados”, diz Ricardo Bacellar, líder do setor automotivo da consultoria KPMG no Brasil.

Em meio a esse cenário, fica evidente que os problemas da indústria de carros não vêm em boa hora para a economia global : o crescimento deverá ficar em 3% em 2020, o mais fraco desde 2008, segundo o Fundo Monetário Internacional. Mais do que isso, porém, para o setor, o momento pode marcar o início do fim de uma era do negócio de automóveis como foi até hoje.
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Re: Carros e Motos

Mensagem por Victor235 » 15 Jan 2020, 22:11

Na história "A modernidade antiquada" (Tio Patinhas (Culturama) # 07, de outubro de 2019), Patinhas dirige uma "limusine obsoleta". Estranhei a expressão, uma vez que sempre imaginei uma limousine como aqueles carros compridos de casamentos e filmes. O dicionário, porém, apresenta um significado mais próximo ao da palavra utilizada no roteiro: "Limusine: Antigo tipo de automóvel em que só passageiros de trás são completamente abrigados e cujos condutores são protegidos apenas pelo pára-brisa".

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Re: Carros e Motos

Mensagem por Victor235 » 19 Jan 2020, 21:46

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Re: Carros e Motos

Mensagem por Chad' » 19 Jan 2020, 23:01

Que montagem horrorosa a desse thumbnail, hein.
Títulos e posições de destaque:
1º em A Fazenda do Fórum Chaves 4 :campeao:
1º no Foot Betting 2015 :campeao:
1º na eleição de usuário do mês - dezembro/2015 :campeao:
1º na eleição de usuário do mês - setembro/2016 :campeao:
1º no Torneio GUF 19 - Série A :campeao:
1º em A Fazenda do Fórum Chaves Segunda Chance :campeao:
1º na eleição de usuário do mês - junho/2019 :campeao:
2º na eleição de usuário do mês - agosto/2012 :vice:
2º na eleição de usuário do mês - outubro/2013
2º no XIV Concurso de Piadas
2º no Trivia Fórum Chaves 3
2º na A Casa do Chavesmaníacos 14
2º no Foot Betting 2017
3º na eleição de usuário do mês - setembro/2013 :terceiro:
3º no Torneio GUF Série B 14
3º na eleição de usuário do mês - outubro/2015
3º no Torneio GUF Série A 18
3º na eleição de usuário do mês - janeiro/2016
3º na eleição de usuário de 2016
3º na eleição de usuário do mês - novembro/2017
3º na eleição de usuário do mês - março/2019
3º no Bolão do Brasileirão 2019
4º na III A Fazenda do Fórum Chaves Imagem
4º na eleição de usuário do mês - abril/2015
4º na eleição de usuário do mês - novembro/2015
4º no Bolão da Copa América 2019
4º na eleição de usuário do mês - setembro/2019

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Re: Carros e Motos

Mensagem por Victor235 » 19 Jan 2020, 23:06

Sim, confesso que nem o tinha visto antes de postar o vídeo. Assisti e copiei o link direto.
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Re: Carros e Motos

Mensagem por E.R » 23 Jan 2020, 03:49

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2 ... oras.shtml

As três maiores locadoras de veículos do país – Localiza, Unidas e Movida – faturam mais com a revenda de seminovos do que com a locação de veículos.

A receita dessas vendas varia de 51% a 60% do faturamento bruto dessas empresas, segundo os balanços da companhia referentes a 2019.

O setor é o principal cliente da venda direta, na qual empresas em geral e outros públicos (como pessoas com deficiência e taxistas) podem comprar carros diretamente das montadoras, com benefícios fiscais como alíquotas mais baixas de ICMS e IPI.

As locadoras também se beneficiam de descontos que conseguem das montadoras devido às compras em grandes quantidades.

Como colocam o carro à venda no setor de usados a preço de mercado, conseguem obter margens de lucro maiores que os demais revendedores.

"Conseguem descontos de 15%, ou até mais, em modelos novos que têm vendas mais fracas no varejo. Esses carros rodam na locadora por um tempo e depois são vendidos ao consumidor final ou a concessionárias se a atratividade do carro é menor", diz Milad Kalume, gerente de desenvolvimento da consultoria Jato.

O setor, segundo a Abla (associação das locadoras), é responsável por 20% das compras de carros novos no país –44% de todas as vendas diretas.

As três maiores locadoras responderam por 14,88% de todos emplacamentos de 2019, segundo a Fenabrave (federação das distribuidoras). Juntas, compraram 288 mil veículos.

Segundo o advogado tributarista Rodrigo Prado Gonçalves, sócio do escritório Felsberg, as locadoras não recolhem o ICMS na revenda dos carros por se tratar de ativo imobilizado, sobre o qual não há a incidência desse imposto.

Os incentivos fiscais que beneficiam o setor, porém, têm sido alvo de reclamações. A Fenabrave afirma que as locadoras vendem os usados a preços mais baixos graças aos descontos que têm, o que pressiona as margens do setor como um todo.

"Também compramos na fonte, mas pagamos ICMS [na revenda]. Locadoras, quando vendem, são isentas. É uma assimetria", diz Alarico Assumpção, presidente da Fenabrave.

As discussões chegaram ao Congresso. Há um projeto de lei do deputado Mario Heringer para ampliar o tempo que a locadora deve ficar com o carro antes de poder revendê-lo sem perder o benefício fiscal dos atuais 12 meses para 24 meses.

Essa regra, diz Luca Salvoni, tributarista sócio do Cascione, não é exclusiva de locadoras e pode ser aproveitada por empresas em geral.

Na prática, diz o deputado Mario Heringer, não há controle sobre o prazo mínimo para revenda. "Virou uma bagunça, até porque não existe lei que restrinja, é um acordo. E quem cumpre acordo no Brasil ?", diz.

O deputado usa dados da Fenabrave que apontam que só com o IPI menor para venda direta a União deixou de arrecadar cerca de R$ 2,4 bilhões em 2019 para defender o projeto.

A federação, porém, é contra o projeto de Mario Heringer e defende a manutenção do prazo mínimo de vendas em 12 meses. "O que defendemos é uma fiscalização dos estados para que esse prazo [de 12 meses] seja cumprido. Há empresas que não respeitam esse tempo mínimo", afirma Alarico Assumpção.

São Paulo, Minas Gerais e Paraná, que concentram sedes ou grande parte das operações das principais locadoras, afirmam cobrar 12% de ICMS na venda direta de veículos.

A Secretaria da Fazenda de São Paulo afirmou que fiscaliza as empresas do setor para verificar as operações de revenda.

A Abla (associação das locadoras) diz que as locadoras precisam vender seus carros usados para renovar seus ativos e que essa venda é feita pela tabela Fipe.

"A venda de veículos para renovação de frota tende a superar o valor de faturamento com locação na medida em que, na venda do veículo, é recebido o valor integral do bem, e na locação é recebida somente uma fração do valor", diz a associação.

Especialistas, no entanto, afirmam que, como o resultado da venda de seminovos já passa da metade do faturamento das locadoras, seria necessário uma revisão do modelo de negócio e das isenções às quais o setor tem acesso.

A Localiza, maior empresa do setor, questiona no Supremo Tribunal Federal o prazo de 12 meses para revenda. Pede para poder comercializar os carros antes disso sem pagar o tributo.

"O argumento é que o convênio é inconstitucional, pois bens do ativo imobilizado não são [considerados] mercadorias", afirma o advogado Rodrigo Prado Gonçalves.
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Re: Carros e Motos

Mensagem por E.R » 24 Jan 2020, 00:49

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