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Chapolin Gremista
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Mensagem por Chapolin Gremista » 08 Fev 2023, 19:07

NOTÍCIAS
IMPERIALISMO SE APROVEITA
Mais de 5 mil pessoas morrem em terremoto na Turquia e Síria
A catástrofe ocorre em um momento delicado para os dois países. Ambos os países sofrem ofensivas por parte do imperialismo

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Nesta segunda-feira, 6 de janeiro, um terremoto de magnitude 7,8 matou mais de 4.300 pessoas na Turquia e na Síria. Este foi o segundo maior tremor do século e foi o mais letal dos últimos 24 anos, ocorrendo justamente no centro de grandes cidades.

Os abalos chegaram a ser registrados durante a noite de domingo e a madrugada de segunda. Diversos prédios foram destruídos e o número de mortes apenas aumenta nas cidades turcas e sírias.


Na Turquia, pelo menos 2.379 pessoas morreram e 14,4 mil feridos, sendo o pior evento deste tipo desde 1939. Na Síria, até o momento, 1.300 pessoas são dadas como mortas e 2 mil feridos.

Na Turquia, mais de 4.500 prédios desabaram, e o caos tomou conta de diversas cidades importantes, chegando os abalos a serem sentidos no Chipre, Líbano e também no Iraque.

A catástrofe ocorre em um momento delicado para os dois países. Ambos os sofrem ofensivas por parte do imperialismo, sobretudo o norte-americano, e o intenso terremoto serve para criar uma maior debilidade na região. O imperialismo anunciou pacotes de “ajuda”, algo que os governos locais já desconfiam como uma nova operação nos países

https://causaoperaria.org.br/2023/mais- ... a-e-siria/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por Chapolin Gremista » 09 Fev 2023, 19:10

NOTÍCIAS
MOBILIZAÇÕES
França e Inglaterra: a classe operária europeia em ação
Guerra da Ucrânia foi o estopim para que se estourasse a crise social

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Desde o final do ano passado, sucessivas movimentações da classe trabalhadora vêm abalando o regime político no Reino Unido e na França. Greves e paralisações de trabalhadores dos setores da saúde, da educação e dos transportes ferroviário e aéreo, além de setores da indústria pesada, apontam para uma explosão social inevitável.

Reino Unido

Mais de meio milhão de trabalhadores britânicos já haviam entrado em greve até essa quarta-feira (8), com sindicatos de diversos setores mobilizando e paralisando por melhores salários e condições de trabalho.


Eles incluem 300 mil professores na Inglaterra, que o Sindicato Nacional de Educação diz ter sofrido um corte de ao menos 23% nos salários reais desde 2010; professores na Escócia; cerca de 100 mil funcionários públicos em mais de 100 departamentos, incluindo guarda costeira e funcionários do Departamento de Trabalho e Previdência; 70 mil trabalhadores universitários, incluindo professores e pessoal de segurança e; cerca de 100 mil maquinistas de trem e ônibus.


Tal ação de greve generalizada não ocorre desde a mobilização do setor público em 2011, quando se estima que mais de um milhão de trabalhadores tenham cruzado os braços contra a reforma da Previdência.

As reivindicações, neste momento, variam de acordo com cada sindicato, mas incluem aumento de salário acima da inflação, inclusive para corrigir quedas históricas dos salários reais; reforma das aposentadorias (que variam por setor) e a manutenção dos direitos trabalhistas nos casos das demissões sem justa causa. O Sindicato Nacional de Educação (NEU) diz que o ensino está em “crise”, pois o corpo docente é levado a abandonar a profissão, pelo derretimento do salário, reajustado abaixo da inflação.


Os protestos também tratam de um projeto de lei que foi aprovado na Câmara dos Comuns na terça-feira que procura impor níveis mínimos de serviço em alguns setores tidos como “essenciais”, com trabalhadores podendo ser demitidos caso se recusem a trabalhar quando determinado pelo Estado, mesmo nos dias de greve. É um flagrante atentado ao direito de greve, como vem sendo feito no Brasil, especialmente após a derrota da greve dos petroleiros no governo de Fernando Henrique Cardoso.


O “Congresso Sindical” (TCU) descreveu o projeto de lei como “errado, impraticável e quase certamente ilegal”.

Os trabalhadores dos correios também entraram em greve e os bombeiros votaram a favor de futuras ações de paralisação.

A greve segue as paralisações dos motoristas de ambulância e enfermeiros do Serviço Nacional de Saúde, que por sua vez, seguem as greves dos ferroviários, que estão de braços cruzados desde 2022.

França

Como apontamos em matéria anterior, a efervescência social também toma conta da França. O setor de transportes foi o mais afetado pelas duas últimas paralisações. De acordo com a “Confédération Générale du Travail” (CGT) — a central sindical francesa —, dois terços dos empregados do setor ferroviário devem aderir à mobilização no dia 14. Além dos atos em Paris, outros 200 protestos explodiram em todo o país, segundo a CGT 800 mil pessoas tomaram as ruas.

Um novo dia de paralisação está marcado para 14 de fevereiro, assim como no próximo sábado, dia 11, está marcada uma manifestação geral. É importante salientar, também, que diferente das manifestações dos “coletes amarelos”, os sindicatos e demais organizações da classe, estão nas ruas em peso para demandar o fim da reforma da Previdência. Este fator logra um avanço qualitativo do movimento operário e o torna mais perigoso para o regime político.

Causas

Além de uma possível recessão “pós-COVID 19” causada pela brusca desaceleração econômica mundial, existem três fatores cruzados, oriundos da guerra ucraniana, que aleijam a economia europeia.

Em primeiro lugar, temos a crise energética, que tomou corpo após o ato de terrorismo estatal promovido pelos EUA: a explosão do gasoduto “NORD STREAM 1”, mas que já estava desenhada quando a UE sancionou o gás russo, fundamental para alimentar a indústria europeia. Em segundo plano, temos o influxo de imigrantes, em especial ucranianos (4 milhões de refugiados atualmente) que consomem amplos recursos destinados a gastos sociais. Por fim, os custos do apoio militar e humanitário que já somam mais de €600 milhões e com novo pacote de €400 milhões já anunciado por Ursula von der Leyen, significam que a burguesia jogará os custos da crise nas costas da classe trabalhadora europeia e de todos os países capitalistas atrasados.

Para se ter real dimensão da crise, vemos no Reino Unido como a remuneração média, excluindo bonificações, aumentou em 2,7% no setor público entre agosto e outubro de 2022. O setor privado obteve, em média, um aumento salarial maior: 6,9%. Tais reajustes não chegam perto de cobrir a maior inflação dos últimos 41 anos, que bateu números superiores a 10% e não dão sinais de diminuição.

O que vemos em duas das três maiores economias da Europa é a entrada da classe trabalhadora na luta política, estimulada pela imensa crise econômica que não apresenta saídas nos marcos do capitalismo. A presença das organizações da classe significa uma evolução qualitativa da crise, que rapidamente ameaça fugir do controle burguês.

https://causaoperaria.org.br/2023/franc ... a-em-acao/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 10 Fev 2023, 20:19

NOTÍCIAS
APÓS TERREMOTO
EUA bloqueiam ajuda à Síria, denuncia ministro
Segundo o Chanceler, a catástrofe do terremoto é imensa e sua profundidade foi aumentada pelas circunstâncias difíceis que o país vem enfrentando nos últimos 12 anos

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Prensa Latina
As autoridades americanas afirmam que suas medidas não afetam a assistência humanitária, mas na realidade impedem que a ajuda humanitária, incluindo medicamentos, chegue ao país, disse o chefe da diplomacia em uma entrevista ao canal al-Mayadeen.

Acrescentou que Washington e seus aliados ocidentais ordenam a alguns governos e os ameaçam com sanções se negociarem com a Síria, exacerbando a tragédia do povo sírio.

Segundo o Chanceler, a catástrofe do terremoto é imensa e sua profundidade foi aumentada pelas circunstâncias difíceis que o país vem enfrentando nos últimos 12 anos e sua luta contínua contra o terrorismo e seus apoiadores.

Apelou novamente a todos os povos e países do mundo para que prestassem assistência para lidar com esta catástrofe humanitária e agradeceu às nações e organizações que enviaram ajuda e demonstraram solidariedade.

De acordo com números atualizados, o terremoto deixou até agora mais de 1.600 mortos e 3.500 feridos, um número que poderá aumentar à medida que os esforços de resgate continuarem.

https://causaoperaria.org.br/2023/eua-b ... -ministro/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 12 Fev 2023, 05:17

NOTÍCIAS
MANUTENÇÃO DAS SANÇÕES
Washington Post quer que os sírios morram após terremoto
Jornal porta-voz do imperialismo norte-americano defende que para as sanções não vão ajudar os sírios a lidarem com a catástrofe

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Em matéria de opinião publicada no dia 9 de fevereiro, o The Washington Post, um dos principais porta-vozes da política imperialista norte-americana, defendeu que suspender as sanções à Síria não irá ajudar as vítimas do terremoto. Na última segunda-feira (6), o noroeste da Síria e também o sul da Turquia foram atingidos por terremotos que já causou a morte de mais de 25 mil pessoas.

O estado de calamidade nesses países, no entanto, não é suficiente para que os bandidos imperialistas se compadeçam. A porta-voz do governo sírio, Bouthaina Shaabam, disse à Sky News que, se os Estados Unidos e a União Europeia suspenderem as sanções, “o povo sírio poderá cuidar de seu país”. Os EUA impõem uma série de sanções a Síria desde 1979. Desde 2011, foram impostas ainda mais sanções para privar de recursos o regime sírio, bloqueando a propriedade de funcionários do governo e proibindo importação de petróleo sírio pelos EUA. As criminosas sanções são um ataque à política de Bashar al-Assad, que não se submete às imposições que o imperialismo coloca.


Na matéria em questão, é mencionado os supostos crimes de Assad e suas medidas “repressivas”. A motivação das sanções seria a de “limitar a capacidade de Assad de financiar militares e milícias”. O jornal ainda aponta que Rússia e Irã se esforçam para pôr a culpa da crise econômica nas sanções e não no papel de Assad. A declaração é de um cinismo inimaginável. Quando uma potência econômica mundial como os Estados Unidos impõe sanções a um país pobre, impedindo-o de comercializar e se desenvolver economicamente, fica muito explícito de quem é a culpa.


O imperialismo norte-americano, junto da União Europeia, são os maiores inimigos dos países atrasados. Para que suas economias se mantenham em pleno funcionamento, é necessário explorar até a última gota desses países oprimidos, inclusive impedindo-os de crescer. Essa política de impor com quem um país pode ou não comercializar é um crime contra os povos oprimidos.


A declaração do governo sírio demonstrou a gravidade do problema. Em meio a uma catástrofe natural, os Estados Unidos continuam sendo os maiores criminosos do mundo e acham que o povo sírio deve morrer com os terremotos.

O jornal ainda menciona que “em vez de apelos equivocados para suspender as sanções contra um regime que deslocou milhões de pessoas afetadas pelo terremoto, o que é necessário é um alcance imediato e direto e assistência aos sírios no canto noroeste do país, bem como uma onda de equipes especializadas e ajuda salva-vidas em todas as passagens de fronteira disponíveis da Turquia”.

Para o imperialismo norte-americano, o mais importante é penetrar na Síria para levar democracia e supostamente salvar a população. Não se considera sob nenhuma hipótese acabar com as sanções e deixar o país cuidar dos próprios problemas sozinhos.

Além disso, o jornal deixa bem evidente a sua ânsia golpista, ao mencionar que os únicos que podem ajudar as vítimas do terremoto estão ligadas ao Conselho Americano Sírio. Quem quer ajudar, deve entrar em contato com um órgão controlado pelo governo norte-americano. Para o jornal “não se pode confiar em Assad e seu regime para ajudar as mesmas pessoas que eles vêm tentando exterminar há mais de uma década”. E encerra o texto com uma frase de impacto: “só as boas pessoas do mundo podem”.

Ou seja, os sírios não podem ter sua economia livre para se desenvolver e cuidar dos próprios problemas, mas devem ser controlados pelos Estados Unidos. Os países não alinhados com o imperialismo só podem ajudar a Síria se for através dos órgãos norte-americanos. E, no fim das contas, as “boas pessoas” são os próprios Estados Unidos, os mesmos que impõem sanções no mundo inteiro. São realmente pessoas adoráveis. É muito “bom-mocismo” monopolizar ajuda a um país que sofreu terremoto e teve milhares de vítimas.

Os Estados Unidos são inimigos dos povos oprimidos no mundo inteiro. Essa é a democracia que eles exportam para todo o mundo. Os povos oprimidos devem se rebelar contra essa barbaridade, assim como fez o Talibã no Afeganistão, que deu fim a 20 anos de ocupação norte-americana no país. O povo sírio não deve se contentar com essa ajuda e deve denunciar os interesses mesquinhos dos EUA em seu país. O governo sírio está correto ao denunciar esse absurdo e deve exigir o fim das sanções para poder enfrentar a crise. Os Estados Unidos não devem ter o direito de infringir sobre a economia de nenhum país e deve ser expulso pela própria população.

https://causaoperaria.org.br/2023/washi ... terremoto/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 13 Fev 2023, 05:25

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Mensagem por Chapolin Gremista » 14 Fev 2023, 18:50

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Mensagem por Chapolin Gremista » 16 Fev 2023, 00:27

NOTÍCIAS
CRISE DA SOCIAL-DEMOCRACIA
Crise da social-democracia alemã se aprofunda
O SPD, partido de Olaf Scholz, foi derrotado nas eleições parlamentares em Berlim, tendo o pior resultado desde o fim da 2ª Guerra Mundial

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Neste último domingo (12), ocorreram as eleições parlamentares de Berlim, na Alemanha. O pleito foi repetido, tendo a primeira tentativa ocorrido em setembro do ano passado. No entanto, em meio à crise política, ele foi cancelado e adiado para este ano seguinte. Esse fato, por si só, já mostra a situação crítica em que se encontra o regime político alemão.

O partido Social-Democrata Alemão, um dos mais tradicionais do país, sofreu uma dura derrota, ficando com 18% dos votos, atrás do conservador CDU – de Angela Merkel – que pontuou 28%. Trata-se do pior resultado da social-democracia desde o fim da 2ª Guerra Mundial. Os social-democratas governavam o estado de Berlim há 22 anos, em coalizão com os verdes e com os esquerdistas do Die Linke, que receberam, respectivamente, 18% e 13% dos votos.


Essa votação pode tirar a prefeita social-democrata, Franziska Giffey, do seu cargo, bem antes do final do mandato. Ela lembra, porém, que a maioria obtida pela CDU não é estável, para manter o governo. Procurando diminuir o tamanho e impacto da derrota, afirmou:


“Devemos ver com muita clareza que este resultado mostra, primeiro, que os berlinenses não estão satisfeitos com o que existe. Eles desejam que as coisas sejam diferentes”

Essa derrota da Social Democracia é mais uma demonstração da crise dos principais partidos do imperialismo ao redor do mundo, o que tem significado, principalmente, um fortalecimento da extrema-direita.


Na Alemanha, essa já é mais uma em uma série de derrotas dos social-democratas. Anteriormente, houve o caso do pleito regional ocorrido na região da Saxônia-Anhalt, anteriormente pertencente à Alemanha Oriental, em que a Social-Democracia teve uma votação ínfima, e a vitória ficou com o partido de direita, CDU, de Angela Merkel, com 30% dos votos, mas com a extrema-direita (AFD), logo atrás, com 26%.

Ainda é importante ressaltar que, no caso das eleições regionais da Saxônia-Anhalt, durante todo o período que precedeu o pleito, havia um empate entre o CDU e o AFD, com a superação da direita tradicional apenas nos últimos momentos.

O SPD (Partido Social-Democrata Alemão) é o partido de Olaf Scholz, primeiro-ministro da Alemanha. O fato de ele não ter conseguido eleger maioria no parlamento de Berlim, um dos estados em que tradicionalmente é predominante, demonstra o seu grande enfraquecimento. A própria crise mencionada em torno das eleições em Berlim já é um demonstrativo dessa crise.

O partido só chegou ao poder também graças à aliança que fez com o partido conservador de Angela Merkel, o que também configura uma maior guinada à direita da Social-Democracia. A crise é total. O SPD é um importante instrumento do imperialismo e essas derrotas (além desta, houve derrotas nos municípios, rachas internos, crescimento da extrema-direita etc.) representam uma diminuição do poder que o imperialismo tem para influir na situação política alemã.

A crise tende a se acentuar com a guerra na Rússia e o apoio indiscriminado do governo alemão à Ucrânia. O envio de armas já incomodou um amplo setor da população, que saiu para protestar nas ruas contra essa situação. A crise energética que decorre do boicote aos russos também é um importante fator nessa situação.

Em toda a Europa, a situação é semelhante. A extrema-direita tem crescido na França, na Itália, na Inglaterra está no governo, com o mesmo ocorrendo até mesmo nos EUA. Para superá-la, é preciso reorganizar os partidos operários tragam as principais reivindicações dos trabalhadores e mostrem que há uma alternativa ao neoliberalismo que não seja a alternativa fascista.

Enquanto toda a esquerda europeia tem se tornado subserviente ao imperialismo, adotando o identitarismo como principal ideologia e apoiando toda a política imperialista, a extrema-direita tem procurado se apresentar como “antissistema” e está conquistando o apoio de uma fatia da classe operária e outros setores esmagados da sociedade.

É preciso que a esquerda volte a levantar as bandeiras que interessam à classe operária, em todos os países. Além disso, é preciso levantar novamente a bandeira do socialismo, da luta contra o capitalismo, que está em franca decadência, como se pode ver na crise dos principais partidos do imperialismo.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 18 Fev 2023, 13:23

NOTÍCIAS
PROPOSTA INDECENTE
Decadência do imperialismo japonês
O imperialismo japonês prevê discussão de politicas econômicas baseadas em suicídio em massa de idosos.

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Dr. Yusuke Narita, ideólogo japonês radicado nos EUA, propõe eutanásia voluntaria para resolver o “problema” dos idosos no Japão.

O Japão está passando por uma crise econômica sem precedentes, a dívida do imperialismo japonês está superando 1,1 quatrilhão de ienes, ou seja, 8.47 trilhões de dólares. Essa crise provocou uma drástica baixa de natalidade no país que, somado com o envelhecimento da população, está fazendo com que o problema vire uma bola de neve. Mesmo com investimentos estrangeiros ainda haverá o problema da falta de mão de obra.


Além do problema da pensão que os idosos devem ou deveriam receber, há as questões de saúde, existem por exemplo muitos idosos portadores de demências morrendo sozinhos em asilos, ou idosos praticando pequeníssimos delitos para serem presos e assim ter onde dormir e comer. É a decadência da decadência.


Mas, para resolver esse “fardo” que o imperialismo japonês está passando, o Dr. Yusuke Narita, 37 anos, radicado nos EUA e professor assistente de economia em Yale, em suas redes sociais, entrevistas e até como orientador de seus alunos, está propondo que suicídio em massa seria uma forma de resolver essas questões. Em um programa online no final de 2021 ele disse: “Sinto que a única solução é bastante clara”; “No final, não é suicídio em massa e ‘seppuku’ em massa dos idosos?”

Para piorar, se é que é possível, “seppuku” era um ritual suicida japonês reservado à classe guerreira, principalmente Samurai. No ocidente é mais conhecido como harakiri, quando o samurai desonrado, ou com a perda de seus senhores, por exemplo, pratica o suicídio, se eviscerava com uma pequena espada (tantô) ou punhal. Portanto, se Yusuke Narita propõe como soluçãooé seppuku em massa dos idosos, está dizendo que os idosos são desonrados ou estão sem serventia. Em outra ocasião, o Dr. Narita, abordando o tema da eutanásia, pontuou que: “A possibilidade de tornar isto obrigatório no futuro vai surgir em discussão”. Aparentemente, o milenar respeito aos mais velhos está indo para o ralo no Japão.


Em 2016 já haviam denuncias sobre maus tratos de idosos em asilos ou pelas famílias
As críticas realizadas ao Dr. Narita são de como suas colocações podem influenciar os mais jovens, que já acreditam que a culpa por sua falta de crescimento econômico é decorrência do envelhecimento da sociedade. Embora o Dr. Narita seja um desconhecido no círculo acadêmico estadunidense, suas posições fascistas o fizeram conquistar centenas de milhares de seguidores nas redes sociais japonesas. Yusuke Narita se defende afirmando que suas falas foram colocadas fora de contexto, e que sua pretensão é “abordar um esforço crescente para empurrar os mais idosos para fora dos cargos de liderança nos negócios e na política, para dar espaço às gerações mais novas”.

Durante um painel de discussão sobre um respeitado talk show na Internet com acadêmicos e jornalistas, Yuki Honda, sociólogo da Universidade de Tóquio, descreveu os comentários do Dr. Narita como: “ódio aos vulneráveis”.


Apesar das discussões e críticas ao Dr. Narita, certo é que essa não é a primeira vez que esse tipo de solução “econômica” é levantada, o fascismo está sempre em pauta no imperialismo japonês.

Há uma década, Taro Aso, que atualmente serve como vice-primeiro-ministro e ministro das finanças desde dezembro de 2012, e que também serviu, de 2008 a 2009 como Primeiro-ministro do Japão, sugeriu que os idosos deveriam “apressar-se e morrer”;
E em 2022, o cineasta Chie Hayakawa, fez um filme distópico, Plan 75, onde a eutanásia era patrocinada pelo governo;
Em 1948, o Japão aprovou uma lei eugênica, os médicos esterilizaram à força milhares de pessoas com deficiência intelectual, doenças mentais ou doenças genéticas.
Em 2016, um homem que acreditava que as pessoas com deficiência deveriam ser “eutanasiadas” assassinaram 19 pessoas num lar nos arredores de Tóquio.
Na verdade, o Dr. Narita que conduz pesquisas técnicas de algoritmos informatizados usados na política de educação e cuidados de saúde, só está escancarando uma questão que já está borbulhando no imperialismo japonês, pois alguns legisladores como Shun Akita de 39 anos, membro da câmara alta do Parlamento com Nippon Ishin no Kai, um partido de direita, já se pronunciou dizendo que as ideias do Dr. Narita estão a abrir as portas para conversas políticas muito necessárias sobre a reforma das pensões e as mudanças no bem-estar social. “Há críticas de que os idosos estão a receber demasiado dinheiro para a pensão e os jovens estão a apoiar todos os idosos, mesmo aqueles que são ricos”.

Um outro ponto levantado pelos críticos do Dr. Narita, é que ele só realça o fardo que os velhos são para a política econômica do país,e que ele não propõe políticas realistas que possam aliviar algumas das pressões. Alexis Dudden, historiador da Universidade de Connecticut, pontua que “Ele não está a focar-se em estratégias úteis, como um melhor acesso a creches ou uma inclusão mais ampla das mulheres na força de trabalho ou a inclusão mais ampla de imigrantes”. Mas não podemos concordar com essa crítica, pois na realidade o Dr. Narita propõe sim uma solução, que é o assassinato em massa dos idosos do país

O verdadeiro problema
O que essas discussões não tocam é justamente na raiz do problema. Não é o excesso de pessoas, ou o envelhecimento que provoca essas mazelas sociais, mas o próprio capitalismo. A sociedade produz mais do que o suficiente para todos terem uma vida digna, mas as riquezas ficam acumuladas nas mãos de poucos. Com o envelhecimento da população, o governo precisa investir mais em políticas sociais, assim sobra menos dinheiro para os ricaços e para o sistema financeiro.

Pessoas como esse Dr. Narita são porta-vozes do grande capital, servem para ocultar que o centro da questão é a falência do próprio capitalismo. A tentativa de jogar a culpa nas pessoas é uma mostra da falência moral de indivíduos dentro do próprio meio acadêmico.


Em vez de lutar contra a desigualdade social, e de se exigir que o Estado dê assistência para pessoas que produziram a vida toda, aparecem essas pessoas degeneradas propondo o extermínio. Isso mostra que a única saída para a humanidade é a superação do capitalismo e a construção de uma sociedade socialista. A principal tarefa da classe trabalhadora.
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Mensagem por Chapolin Gremista » 18 Fev 2023, 22:47

NOTÍCIAS
500 PROPRIEDADES
Rússia nacionaliza propriedades e bancos ucranianos na Crimeia
Rússia estatiza importantes propriedades como estaleiro e indústrias, mas serão privatizados futuramente

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Em 18 de outubro de 2022, os deputados do Conselho de Estado da Crimeia aprovaram uma lei sobre a possibilidade de reconhecer a propriedade de estados estrangeiros hostis e seus cidadãos como propriedade da república. O chefe da Crimeia, Sergey Aksyonov, ordenou a nacionalização das propriedades de organizações e indivíduos associados às autoridades de Kiev, incluindo a indústria de cimento JSC Bakhchysarai Factory Stroyindustriya, o estaleiro Zaliv, de propriedade da RusLine. Ao todo nacionalizaram cerca de 500 propriedades de bancos e de milionários ucranianos.

A Comissão Antiterrorista da República do Cazaquistão está envolvida na identificação de empresas e instalações de propriedade de estrangeiros que cometem ações hostis contra a Federação Russa. Por exemplo, na primeira onda de nacionalização realizada em 2014 na Crimeia, o Igor Kolomoisky perdeu o maior número de ativos. Ele conseguiu salvar alguns negócios usando meios para ocultar o verdadeiro dono das propriedades. Porém alguns foram detectados e nacionalizados nesta segunda onda.


O governo não considera o arrendamento ou a manutenção de bens nacionalizados em domínio estatal. “A posição fundamental é vender tudo”, disse o chefe da República do Cazaquistão, Sergey Aksyonov. “E o dinheiro recebido com a venda dessas instalações, antes de tudo, deve ser usado para equipar unidades que cumprem o dever de proteger nossa pátria, realizando as tarefas de uma operação militar especial”.

Embora notícias de uma larga estatização de empresas ajudem a esquerda contra a política liberal, o caso da Criméia não ajuda muito. Outro detalhe, o governo russo levou quase 1 ano para tomar essa decisão, pode ter sido devido ao tempo da investigação, ou o governo russo não queria atacar diretamente alguns milionários ucranianos. No final de outubro, por alguma razão, o Estado da Crimeia recebeu permissão e realizou a expropriação nestes últimos dias.

https://causaoperaria.org.br/2023/russi ... a-crimeia/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 20 Fev 2023, 20:54

NOTÍCIAS
ELEIÇÕES DEMOCRÁTICAS
O parlamento de Cuba é diferente de qualquer outro no mundo
A única coisa que nossos deputados vão ganhar é mais trabalho, mais responsabilidade, mais compromisso

Granma
Qualquer estrangeiro que chegue pela primeira vez a Cuba durante o período eleitoral ficará surpreso de não encontrar cartazes com os rostos dos candidatos, nem em postes nem em paredes, nem em anúncios de televisão paga.

Não há propaganda eleitoral individual. Sem promessas de soluções milagrosas. Não há debates televisionados, onde os competidores competem pelo favor do público, atacando-se uns aos outros em um programa de boxe verbal.


O que é tão comum em outros países, aqui são práticas que desapareceram ao mesmo tempo em que o multipartidarismo.


Os indicados, quando eleitos como deputados, não terão rendimentos extraordinários e muitos outros benefícios, algo muito comum em outros países, onde às vezes os números são aprovados pelas mesmas pessoas que legislam.

A única coisa que nossos deputados vão ganhar é mais trabalho, mais responsabilidade, mais compromisso. E, é claro, o reconhecimento popular, se eles alcançarem resultados.


Aos 470 candidatos que desta vez farão parte da Assembleia Nacional do Poder Popular, a nação oferece apenas o que José Martí ofereceu a Máximo Gómez na carta histórica em que o conclamou a travar a Guerra necessária, em 1895: «o prazer de seu sacrifício e a provável ingratidão dos homens».

Uma cadeira no parlamento cubano não é uma cadeira macia para balançar no mérito. É um lugar na trincheira das ideias. Uma missão dura e exaltante que nunca será compreendida por aqueles que confundem valor com preço ou medem os seres humanos pelo que eles têm e não pelo que eles são.

Em nosso arquipélago, com sua grande Ilha, sua pequena ilhota e seus muitos rochedos, todos os cidadãos com capacidade jurídica podem intervir na administração do Estado, diretamente ou através de seus representantes eleitos.

Todos têm o direito de indicar e ser indicados, e de eleger e ser eleitos para cargos nos órgãos do Poder Popular. Com igualdade de oportunidades, são as capacidades, valores, méritos e prestígio pessoal que determinam a inclusão das pessoas indicadas nas listas originais.

Cabe então à Comissão de Indicações, formada por representantes das organizações de massa e estudantes, analisar o conjunto de propostas que emergem das sessões plenárias das organizações, selecionar os pré-candidatos com critérios que garantam a maior representatividade possível da nação que somos, e depois consultar cada delegado (vereador) das assembleias municipais do Poder Popular, que são as que aprovam as candidaturas.

O Conselho Nacional Eleitoral, órgão do Estado encarregado de organizar, dirigir e supervisionar as eleições, deve assegurar a transparência e a imparcialidade dos processos de participação democrática, validar os resultados e informar a nação.

Os deputados eleitos serão tomadores de decisão ativos na definição da estratégia com que o país enfrenta as consequências diárias do bloqueio, intensificada pelo império em sua obstinada determinação de inviabilizar nosso sistema de governo, para que o povo seja finalmente derrotado pela persistente escassez, e até mesmo pela descrença induzida contra si mesmo pelos inimigos da Revolução.

Enquanto esta política criminosa prevalecer, para Cuba, na agenda do vizinho arrogante que ignora e desrespeita nossa democracia, o nosso continuará sendo um Parlamento em uma luta resistente e criativa, pelo bem-estar dos cidadãos e pelo desenvolvimento do país. Apesar do bloqueio.

E se, mesmo com estes argumentos, alguém perguntasse porque parabenizamos os candidatos, conhecendo todo o trabalho e desafios que os esperam, teríamos que responder com palavras ditas por Fidel há 30 anos, na véspera da constituição de uma nova legislatura diante de um mundo incerto:

«Os valores que defendemos são muito sagrados, são muito elevados, são muito poderosos, são os valores da pátria, são os valores da Revolução, são os valores do socialismo, são os valores da justiça, são os valores da igualdade, são os valores da dignidade humana e da honra. Estes valores carregam um peso tremendo».

https://causaoperaria.org.br/2023/o-par ... -no-mundo/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 21 Fev 2023, 07:44

NOTÍCIAS
GLOBO X LULA
O Globo mente e ataca a Venezuela em coluna sobre Lula
A campanha da imprensa imperialista é para colocar Lula cada vez mais a direita e contra o povo brasileiro

Aimprensa golpista está a todo momento cercando e atacando o governo Lula, uma hora esperneia pelas declarações de Lula contra os banqueiros, o “mercado” e a política do Banco Central, em outro momento cerca o atual presidente tenta colocá-los nos trilhos, que seria, para esses meios de comunicação ligados ao imperialismo, fazer um governo de direita em favor da burguesia e contra o povo brasileiro. A pergunta que fica é: será que essas manobras da imprensa estão surtindo efeito algum sobre o presidente Lula?

Em uma coluna muito curiosa, para não dizer desaforada, do jornal O Globo, publicada nessa quinta-feira (16), a jornalista tenta mostrar o caminho de como governar para o atual presidente. E vai além, segundo a colunista, Lula estaria entre ser um vingador ou uma estrela da paz, nas palavras da autora, Lula estaria buscando “Duas coisas principais neste terceiro mandato. Uma é reparação. A outra, consagração”.


Reparação, segundo a jornalista do Globo, seria: “reconstruir o que foi destruído nos últimos anos e corrigir o que considera injustiças – contra ele, preso pela Lava-Jato, contra Dilma Rousseff, que sofreu impeachment, contra seus aliados, muitos expurgados da máquina pública sob a acusação de corrupção”. A consagração seria, o atual presidente deixar tudo isso para trás e “manter os olhos no futuro”. É visivel no artigo que o ataque é feito a toda ala e discursos mais esquerda que Lula vem fazendo.

Na sequencia, a jornalista coloca a politica totalmente alinhada do imperialismo contra a Venezuela e cobra uma posição do Lula. “Enquanto isso, na nossa vizinhança prospera uma ditadura que produziu uma das maiores diásporas do planeta, que tortura opositores nas cadeias e que já foi alvo de diversas denúncias da ONU por violações de direitos humanos.” Afirma a jornalista.

Veja que a mentira é descarada, segundo a colunista, a Venezuela é uma ditadura e tortura opositores e já teria sido denunciada várias vezes por violação de direitos humanos. A realidade é totalmente contrária, na Venezuela o sistema é eleitoral é um dos mais seguros do mundo pois é controlado diretamente pela população. E a maior parte dessa população apoia o governo chavista. Em relação à tortura quem tem costume de fazer isso são os países ditos democráticos como os Estados Unidos. O que os nazistas estão fazendo com o povo ucraniano é que se configura como tortura e violação dos direitos humanos.

É importane levar em consideração que esses ataques ao governo Lula não irão parar. É preciso organizar a mobilização popular para defender o governo nas ruas. Por outro lado Lula deve por em prática uma politica concreta em favor dos trabalhadores e da população mais oprimida do país. E se está havendo toda essa campanha da imprensa burguesa contra o presidente é porque ele está no caminho certo.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 23 Fev 2023, 03:02

NOTÍCIAS
THIERRY MEYSSAN
A derrota da Ucrânia concretiza-se
O resultado de um ano de guerra

Ofuturo da Ucrânia está a definir-se. Os combates opõem por um lado o governo de Kiev, que se recusa a honrar a sua assinatura dos Acordos de Minsk e, do outro, a Rússia que pretende fazer cumprir a Resolução 2202 do Conselho de Segurança, ratificando os referidos Acordos. De um lado, um Estado que recusa o Direito Internacional e é apoiado pelos Ocidentais, do outro, um outro Estado que recusa as regras ocidentais e é apoiado pela China e pela Turquia.

Como é que o Presidente Volodymyr Zelensky, eleito para aplicar os Acordos de Minsk, conseguiu se transformar num «nacionalista integralista» [1], tomar o partido dos fanáticos, herdeiros dos piores criminosos do século XX? É um mistério. A hipótese mais provável é a financeira, já que Zelensky é conhecido, desde a publicação dos Paradise Papers, pelas suas contas offshore e as suas propriedades em Inglaterra e em Itália. Fora disso, Volodymyr Zelensky não tem grande relação com os seus « nacionalistas integralistas ». É um covarde. No início da guerra, ele permaneceu várias semanas escondido num bunker, provavelmente fora de Kiev. Só saiu depois que o Primeiro-Ministro israelita Nafatali Bennett lhe ter garantido que o Presidente Vladimir Putin lhe prometera que não mataria o presidente ucraniano [2]. Desde aí, arma-se em fanfarrão através de vídeo em todas as cimeiras (cúpulas-br) políticas e festivais artísticos ocidentais.


Como é que a Turquia, aliado dos Ocidentais no seio da OTAN, se alinhou do lado russo? Isto é mais fácil de compreender por aqueles que seguiram as tentativas de assassinato do Presidente Recep Tayyip Erdoğan pela CIA. À partida, Erdoğan era um bandido de rua. Depois, envolveu-se numa milícia islâmica que o levou a aproximar-se tanto dos insurgentes afegãos como dos jiadistas russos da Ichquéria (Chechénia -ndT), só depois desse percurso é que ele ingressou na política, no sentido clássico do termo. Durante o seu período de apoio aos grupos muçulmanos anti-russos, ele foi um agente da CIA. Como muitos, quando chegou ao Poder, considerou as coisas de modo diferente. Distanciou-se progressivamente de Langley (sede da Cia) e quis servir o seu povo. No entanto, a sua evolução pessoal foi-se dando enquanto o seu país ia mudando várias vezes de estratégia. A Turquia nunca digeriu a queda do Império Otomano. Ela experimentou diferentes estratégias sucessivamente . Desde 1987 que ela é candidata à União Europeia. Em 2009, com Ahmet Davutoğlu, pensou restabelecer a sua influência otomana. Uma coisa levando a outra, ela imaginou juntar esse objectivo nacional ao percurso pessoal do seu Presidente para se tornar a pátria dos Irmãos Muçulmanos e restabelecer o Califado, suprimido por Mustafa Kemal Atatürk em 1924. Mas, a queda do Emirado Islâmico obriga-a a abandonar esse projecto. Então a Turquia virou-se para os povos turcófonos. Hesita em incluir os Uigures e, finalmente, escolhe os povos etnicamente turcos. Seja como for, nessa busca, ela já não tem necessidade nem dos Europeus, nem dos Estados Unidos, mas da Rússia e da China. Após a sua vitória contra a Arménia, criou a « Organização dos Estados Turcos » (o Cazaquistão, o Quirguistão, a Turquia e o Usbequistão. Além de que a Hungria e o Turcomenistão têm nela o estatuto de observador).


Hoje, segundo o Wall Street Journal, mensalmente 15 empresas turcas exportam, por 18,5 milhões de dólares, materiais comprados aos Estados Unidos para uma dezena de sociedades russas sujeitas a medidas coercivas ilegais unilaterais dos EUA (apresentadas como «sanções» pela propaganda atlantista) [3]. O Subsecretário do Tesouro dos EUA encarregado do Terrorismo e da Inteligência Financeira, Brian Nelson, foi a Ancara em vão a fim de forçar a Turquia a respeitar as regras ocidentais. Ancara continua secretamente a apoiar o Exército russo.


Quando o emissário norte-americano salientou que a Turquia estava na corrida errada ao colocar-se do lado do perdedor russo, os seus interlocutores apresentaram-lhe os números verdadeiros da guerra na Ucrânia, estabelecidos pela Mossad e publicados por Hürseda Haber [4]. No terreno, a relação de forças é de 1 para 8 a favor da Rússia. Há 18. 480 mortos do lado russo, contra 157. 000 do lado ucraniano. Tal como no conto de Andersen, o rei vai nu.


Hoje em dia, a Turquia bloqueia a adesão da Suécia à OTAN. Ao fazê-lo, ela bloqueia também a da Finlândia que havia sido apresentada em conjunto no mesmo dossiê. Se admitirmos as informações do Wall Street Journal, não se trata de um acaso. É certo, Ancara havia obtido o compromisso destes dois países em extraditar os chefes do PKK e do movimento de Fethullah Gülen; compromisso que eles não cumpriram. Mas isto não podia ser diferente na medida em que, depois da prisão do seu chefe, Abdullah Öcallan, o PKK se tornou uma ferramenta da CIA e se bate hoje sob as ordens da OTAN, quando antigamente era aliado dos Soviéticos [5]. Quanto a Fethullah Gülen, ele vive nos Estados Unidos sob a protecção da CIA.


A Turquia apoia hoje, portanto, a Rússia da mesma forma que a China : ela fornece-lhe peças de reposição para a sua indústria de Defesa e não hesita em reexpedir-lhe o material de fabrico norte-americano. Mas enquanto a Croácia e a Hungria, também membros da OTAN, não hesitam em dizer publicamente que o apoio da Aliança à Ucrânia é uma estupidez, sem no entanto a deixar, Ancara finge ser totalmente atlantista.

O tremor de terra que acaba de sacudir a Turquia e a Síria não tem as características dos tremores de terra observados até agora, em todo o mundo. O facto de uma dezena de embaixadores ocidentais terem deixado Ancara nos cinco dias precedendo o sismo e de, no mesmo período, os seus países terem emitido avisos contra deslocações à Turquia parece indicar que os Ocidentais sabiam antecipadamente o que se ia passar. Os Estados Unidos dispõem de meios técnicos para provocar tremores de terra. Em 1976, eles tinham-se comprometido a jamais recorrer a a tal. A Senadora romena Diana Ivanovici Șoșoacă afirma que eles violaram a sua assinatura da « Convenção sobre a interdição em utilizar técnicas de modificação do ambiente com fins fins militares ou quaisquer outros fins hostis » e provocaram este sismo [6]. O Presidente Recep Tayyip Erdoğan ordenou aos seus Serviços Secretos (MİT) estudar aquilo que não passa hoje senão de uma hipótese. No caso de uma resposta positiva, seria preciso admitir que Washington, consciente de que já não é mais nem a primeira potência económica mundial, nem a maior potência militar mundial, está a destruir os seus aliados antes de morrer.

Contrariamente às mensagens com as quais os Ocidentais são bombardeados, no terreno, não só a Ucrânia perde como a OTAN é posta em causa internamente por, pelo menos, três dos seus membros.

Nestas condições, como explicar que os Estados Unidos continuem a enviar armas para o campo de batalha e a exigir aos seus aliados que as enviem de forma maciça? É forçoso constatar que a maioria dessas armas não são modernas, antes datam da Guerra Fria e são geralmente soviéticas. É, pois, inútil desperdiçar armas dos anos 2000 sabendo que elas serão destruídas porque a Rússia dispõe de armas mais modernas que as do Ocidente. Além disso, pode ser interessante para vários exércitos testar armas de última geração em combates de alta intensidade. Neste caso, os Ocidentais enviam apenas alguns espécimes destas armas e nada mais.

Por outro lado, enquanto as unidades de « nacionalistas integralistas » ucranianas recebem armas ocidentais, os conscritos não. O diferencial, provavelmente dois terços, é conservado na Albânia e no Kosovo ou enviado para o Sahel. Há três meses, o Presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, na Cimeira da Comissão da Bacia do Lago Chade (LCBC), denunciou a chegada destas armas em mãos do Estado Islâmico [7]. Perante as exclamações de surpresa e de indignação dos parlamentares dos EUA, o Pentágono criou uma comissão encarregue de fazer um seguimento dos fornecimentos. Mas em momento algum, ela deu conta sobre suas actividades e os desvios que teria constatado.

Há duas semanas, o Inspector-geral do Pentágono dirigiu-se à Ucrânia, oficialmente para lançar luz sobre esses desvios. Num artigo precedente, mostrei que ele foi lá principalmente para apagar com êxito os traços dos negócios de Hunter Biden [8]. O Ministro da Defesa ucraniano, Oleksiy Reznikov, anunciou que iria com urgência demitir-se junto com vários membros da sua administração. Ora, nada se passou ainda.

Última pergunta : porque é que a Alemanha, a França e a Holanda, co-proprietários dos gasodutos Nord Stream, não protestam após a sabotagem de que foram vitimas, em 26 de Setembro de 2022 ? E, porque é que eles não reagem às revelações de Seymour Hersch sobre a responsabilidade americano-norueguesa no atentado? [9] ? É certo que o porta-voz dos nacionalistas da “Alternativa para a Alemanha” (AfD) pediu, a propósito desta sabotagem, a criação de uma comissão de inquérito no Bundestag, mas a grande maioria dos responsáveis políticos destes três países fazem-se de mudos : o seu pior inimigo é, afinal, o seu aliado!

Pelo contrário, eles fizeram gala em receber o Presidente Volodymyr Zelensky em Bruxelas. Mas este tinha ido previamente a Washington e a Londres, as duas capitais que contam, antes de vir arengar àqueles que pagam.

https://causaoperaria.org.br/2023/a-der ... retiza-se/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 23 Fev 2023, 23:06

NOTÍCIAS
LÍTIO
Plano de industrialização boliviano é retomado junto a China
Governo irá retomar reindustrialização com lítio em parceria com a China

Imagem

Brasil de Fato
ABolívia retomou seu plano de industrialização do lítio, a partir de uma parceria com China, firmada há poucas semanas, com a promessa de ampliar a capacidade de produção anual do composto químico, fundamental na fabricação de baterias elétricas par equipamentos eletrônicos e automóveis.

O atual presidente boliviano, Luis Arce, assinou um convênio com o consórcio CBC – integrado pelas companhias chinesas Contemporary Amperex Technology Limited (CATL), Brunp e China Molybdenum Company Limited (CMOC) – para instalar duas plantas de produção de carbonato de lítio nos salares bolivianos de Coipasa e Uyuni.


Com investimento de mais de US$ 1 bilhão (quase R$ 5,2 bilhões), cada planta teria capacidade de produzir 25 mil toneladas por ano de carbonato de lítio. Para se ter uma ideia, mesmo batendo recorde, em 2022 a produção anual boliviana do composto foi de apenas 600 toneladas, ou 40 vezes menos do que a estimativa de cada fábrica, segundo dados divulgados recentemente pela estatal Yacimientos de Lítio Bolivianos (YLB).


Vale lembrar que o lítio boliviano já esteve no centro de diversas empasses internacionais e até tentativas de golpe de Estado. Em 2019, o ex-presidente boliviano Evo Morales afirmou que o golpe contra seu governo, em novembro daquele ano, foi um “golpe pelo lítio”. Durante a última campanha eleitoral, o atual presidente boliviano, Luis Arce, reafirmou a fala de Evo: “o golpe não foi contra os indígenas, mas pelo lítio. Foi desenhado por transnacionais interessadas em sua privatização e na do gás”.


No mesmo ano, o dono da fabricante de carros elétricos Tesla e agora segundo maior bilionário do mundo, Elon Musk, confirmou esse interesse no já famoso tweet em que afirmou “vamos dar golpe em quem quisermos!”, em resposta a um usuário que acusava os Estados Unidos de organizar o golpe para, justamente, beneficiá-lo.

O projeto

A construção das plantas industriais deve ocorrer após os primeiros seis meses do convênio, que serão dedicados a estudos. Sua operação iniciará em 2024, seguindo o acordo comercial firmado entre Bolívia e China.

“Até o primeiro trimestre de 2025, a Bolívia já deve estar exportando baterias de lítio, com matéria-prima nacional”, afirmou Luis Arce na cerimônia de assinatura do convênio.


O ministro de Hidrocarbonetos e Energias, Franklin Molina Ortiz, afirmou que o consórcio construirá a planta e vai operá-la sob um modelo de prestação de serviços para YLB. “A Bolívia está implementando um modelo bastante revolucionário, onde tanto a exploração, como a industrialização e a comercialização são propriedade da YLB, ou seja, a YLB tem cem por cento de participação”, disse ao canal Bolivisión. “A propriedade, em nenhum momento, passa a ter outras características: aqui não tem associação de 50%-50%, a propriedade é da YLB”.

Mercado aquecido

Em 2022, a CATL voltou a ser a líder mundial no mercado de baterias para carros elétricos pelo sexto ano consecutivo, retendo 37% do mercado mundial, segundo um relatório divulgado no começo deste mês pela sul-coreana SNE Research. Já a Brunp é sua subsidiária dedicada à reciclagem de pequenas baterias recarregáveis ​​e baterias automotivas. A CMOC tem atuação na indústria de metais não ferrosos; no Brasil é uma das maiores produtoras de rocha fosfática .

Com o acordo, a Bolívia começará a utilizar a tecnologia de Extração Direta de Lítio (EDL), que pode economizar tempo e água na extração do metal. A tecnologia foi desenvolvida pela chinesa Xi’an Lanshen New Material Technology, e anunciada em 2021 como um grande avanço.


O método tradicional de extração de lítio é feito através de piscinas de evaporação. O engenheiro Salvador Beltrán, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da YLB, explica um dos motivos pelos quais a implementação pode mudar significativamente a exploração do lítio no país: “Diferente do Salar de Atacama [no Chile], que é um lugar árido, o Salar de Uyuni tem muita umidade e chove muito, portanto com as piscinas do método tradicional leva de doze até dezoito meses para ter uma matéria-prima processada para extrair carbonato de lítio, e com tecnologias de Extração Direta de Lítio podemos fazê-lo de forma imediata”.

Os preços do carbonato de lítio bateram um recorde em novembro de 2022, chegando a quase 600 mil yuans/tonelada. Segundo índice da Benchmark Minerals Intelligence, em 2022, os preços do lítio subiram até 10 vezes em relação aos níveis históricos, com oferta não acompanhando o crescimento da demanda.

O que outros países da região fazem com seu lítio

Diferente de seus vizinhos Chile e Argentina, o lítio na Bolívia é nacionalizado. Isso aconteceu em 2008, quando o interesse na exploração do metal era muito menor que o atual. Os três países formam o Triângulo do Lítio e respondem por cerca de 60% das reservas identificadas do mineral, segundo relatório da US Geological Survey de janeiro deste ano.

No Chile, parte dos parlamentares constituintes apresentaram, no ano passado, propostas para regulamentar a mineração chilena de cobre, lítio, e acabar com as concessões privadas determinando a soberania do Estado sobre essas explorações. As propostas, porém, foram rejeitadas pela Convenção Constitucional, e sequer chegaram a versão do texto final da nova Constituição, que também acabou sendo rejeitada em plebiscito.

O debate sobre a nacionalização do lítio na Argentina também ganhou força nos últimos anos, com propostas de criação de uma empresa estatal de lítio, discutidas em um país onde os bens minerais pertencem às províncias. O setor empresarial argentino, representados pela Cámara Argentina de Empresarios Mineros (CAEM), Unión Industrial Argentina (UIA) e a Cámara Argentina de la Construcción (Camarco), tem se oposto à iniciativa.

Com 880 mil toneladas de reservas identificadas de lítio, o Peru se encontra em 13° lugar na lista da US Geological Survey. Dois meses antes do recente golpe contra Pedro Castillo, o chamado Bloque Magisterial de Concertación Nacional apresentou no parlamento peruano um projeto de lei para nacionalizar a prospecção, exploração e industrialização do lítio no país.

A aprovação de um projeto desse tipo implicaria na desapropriação da mina Falchani, da canadense American Lithium Corp, na província de Puno. Segunda a própria companhia, trata-se do 6º maior depósito de lítio de rocha dura do mundo.

O modelo boliviano serviu recentemente de exemplo para o México, 9° em reservas de lítio no mundo, com 1,7 milhão de toneladas. Em 2022, o governo de Manuel López Obrador conseguiu que o Congresso mexicano aprovasse sua proposta de reforma da Lei de Mineração, feita fundamentalmente para nacionalizar o lítio. Meses depois, López Obrador criou a empresa estatal Lítio para México (LitioMx).

Lítio no Brasil

O Brasil, por sua vez, possui 730 mil toneladas do recurso, 8% das reservas globais. A exploração vinha sendo feita fundamentalmente pela Companhia Brasileira de Lítio (CBL) e a AMG Brasil, filial da Amg Advanced Metallurgical, dos Países Baixos.

No ano passado, Bolsonaro assinou o decreto 11.120 possibilitando a entrada de transnacionais na exploração e comercialização do lítio e de todos seus derivados.

A primeira beneficiada foi a canadense Sigma Lithium que já é 100% proprietária da Grota do Cirilo, no Vale do rio Jequitinhonha (MG), o maior depósito de lítio de rocha dura das Américas. A empresa prevê embarcar em abril deste ano 15 mil toneladas de concentrado de lítio para a China, segundo jornal Valor Econômico.

À diferença dos países anteriormente mencionados, não há no Brasil propostas ou debate destacado sobre estatização ou nacionalização do lítio.

Reação estadunidense

A preocupação dos Estados Unidos em perder acesso ao lítio da região torna-se cada vez mais evidente. No início deste mês, o líder da maioria democrata no Senado dos Estados Unidos, Chuck Schumer, pediu que o Congresso aprovasse o mais rápido possível um acordo tributário com o Chile que visa eliminar a dupla tributação para as empresas estadunidenses.

“Por causa da política atual, as empresas americanas enfrentam dupla tributação no Chile e estão em grande desvantagem em comparação com outras nações como a China. Não queremos que a China obtenha esse lítio”, disse Schumer ao Senado estadunidense.

Em uma entrevista recente no canal do YouTube da empresa de estudos estadunidense Atlantic Council, a general Laura Richardson, comandante do Comando Sul dos EUA, afirmou ter conversado com os embaixadores do seu país na Argentina e no Chile, junto a executivos das empresas estadunidenses do setor do lítio Livent e Albemarle para discutir a exclusão de competidores da região, em referência principalmente à China.

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Mundo

Mensagem por Fola » 24 Fev 2023, 14:29

Texto escrito hoje por Rodrigo da Silva, do site Spotniks, em seu Twitter. Vale a pena ler, tem bastante informação sobre o genocídio russo cometido contra a Ucrânia:
NOTÍCIAS
Há um ano, um líder fascista invadiu um território soberano com o objetivo de anexá-lo, ameaçando jogar o mundo numa guerra nuclear.

E essas são algumas das consequências dessa invasão:

[+18]

Entre os civis, as primeiras vítimas, como sempre, são as mulheres.

Há uma onda de estupros na Ucrânia. E segundo a ONU, isso é pura estratégia de guerra: soldados russos invadem o país não só com tanques e armas, mas literalmente com caixas de Viagra.

https://www.marca.com/en/lifestyle/worl ... b456c.html

Quando estupram, os soldados assumem para as próprias vítimas que o objetivo é criar um trauma tão grande nelas que elas nunca mais terão coragem de chegar perto de um homem novamente, e isso evitará o nascimento de bebês ucranianos.

https://www.bbc.com/news/world-europe-61071243

Os casos são repugnantes.

Segundo este relatório da ONU, dois soldados russos invadiram uma casa e estupraram uma ucraniana de 22 anos. Não contente, estupraram seu marido e forçaram a filha do casal, de 4 anos, a fazer sexo oral em um deles.

https://documents-dds-ny.un.org/doc/UND ... penElement

Na página 17, o relatório também conta a história de uma senhora de 83 anos estuprada pelas forças russas na frente de seu marido, um senhorzinho de idade, deficiente físico.

O caso chamou atenção da imprensa.



Também há múltiplos casos de tortura sexual, incluindo estupro com bastões e choques elétricos nos órgãos genitais.

https://www.nytimes.com/2023/01/05/worl ... ussia.html

E tudo isso é admitido por soldados russos.

https://www.theguardian.com/world/2023/ ... soners-war

Civis ucranianos são assassinados aos montes.

Este fotojornalista registrou essas imagens numa única cidade do país.

https://www.nytimes.com/interactive/202 ... error.html

Câmaras de tortura estão espalhadas por toda Ucrânia, aterrorizando a população.

https://www.bbc.com/news/world-europe-62970845

Nesses espaços, muitas mulheres são estupradas, enquanto seus maridos são espancados. Muitos não aguentam a pressão e tentam o suicídio.

https://www.washingtonpost.com/world/20 ... on-russia/

Aqui, a Human Rights Watch lista uma série de casos de tortura.

https://www.hrw.org/news/2022/10/19/ukr ... -detainees

Chama atenção a parede de uma câmara de tortura, onde soldados russos escreveram “A verdade liberta” em alemão, em referência ao nazista “O trabalho liberta” escrito num portão de Auschwitz.

Há até mesmo "câmaras de tortura para crianças".

https://www.reuters.com/world/europe/ru ... 022-12-14/

Nesses espaços, com acesso escasso à água e à alimentação, elas recebem, entre outras coisas, tortura psicológica, forçadas a acreditar que foram abandonadas pelos pais.

Muitas crianças estão sendo sequestradas e levadas à força para a adoção na Rússia. Lá, conhecidas como “filhos do estado”, elas viram cidadãs russas - o que constitui genocídio.

Centenas de milhares de vítimas passaram por esse processo no último ano.

https://apnews.com/article/ukrainian-ch ... 7986d85ef6

Esse vídeo aqui mostra o momento em que soldados russos invadem um orfanato ucraniano em busca de crianças para serem raptadas e levadas à Rússia. Às pressas, as crianças são escondidas pelos funcionários. A reação dos russos é furiosa.

https://news.sky.com/story/cctv-shows-c ... s-12772595

Segundo a ONU, "1,5 milhão de crianças ucranianas correm o risco de depressão, ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático e outros problemas de saúde mental decorridos da guerra".

Muitas têm medo de terminar como essa criança de 4 anos aí: mortas.

https://news.un.org/en/story/2023/02/1133737

Foi torturado e precisa de hospital? As notícias não são boas.

Segundo a UNICEF, mais de 800 estabelecimentos de saúde foram destruídos ou danificados por bombardeios e ataques aéreos russos na Ucrânia.

https://www.unicef.org/press-releases/d ... en-ukraine

Nem maternidades escapam.

https://edition.cnn.com/2022/03/09/euro ... index.html

A guerra também devastou o sistema de abastecimento de água da Ucrânia. Milhões de ucranianos lutam todos os dias para ter água potável.

Os sistemas de eletricidade também estão dizimados.

Isso, claro, impacta diretamente o funcionamento dos hospitais.

https://www.reuters.com/world/europe/ho ... 022-10-22/

É por isso que o Parlamento Europeu declarou a Rússia como um estado patrocinador de terrorismo.

https://www.europarl.europa.eu/news/en/ ... -terrorism

Essa não é uma guerra de trincheira, entre soldados. É uma guerra entre uma das maiores forças militares do mundo contra uma população indefesa e desarmada.

Esse não é só um conflito entre nações. É uma luta da barbárie contra a civilização, apunhalando suas crianças, estuprando suas mulheres e assassinando seus avôs.

Putin é um genocida. E não haverá lugar na história para quem propaga suas mentiras.

Nós não esqueceremos de vocês.
"Um governo que não aparece faz o povo feliz. Um governo que tudo quer determinar faz o povo infeliz." - Lao Tsé

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Mundo

Mensagem por Chapolin Gremista » 25 Fev 2023, 01:59

Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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