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Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI
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Descaso público
Uso da polícia só agrava os problemas da Cracolândia
Entra e sai governo e a única coisa que sabem fazer com relação à Cracolândia é mandar a polícia, medida totalmente ineficaz que só agrava o problema.
Manifestação contra as ações policias na cracolândia em 2017. – Fotógrafo Sergio Silva
As pessoas portadoras de problemas com álcool e outras drogas (AD) que estão em situação de rua no Centro de São Paulo, estão a cada dia sendo expulsas dos locais para onde vão e se espalhando pela cidade.
Não é de hoje que o governo de São Paulo adotou uma política de “higienização” (que é a política do PSDB para resolver a miséria) da Cracolândia, como ficou conhecida a esquina da Rua Helvétia com a Alameda Cleveland, ou “Praça do Cachimbo”, onde pessoas em situação e de rua, usuárias de crack passaram a se concentrar. Lá é considerado um dos maiores espaços abertos de consumo de drogas do mundo.
O surgimento da Cracolândia ainda está relacionado com a degradação da área urbana da região da Luz depois que o terminal rodoviário foi desativado. É vergonhoso ver como uma cidade rica como a de São Paulo está há décadas abandonada pelo poder público, que não usa o dinheiro público para cuidar da cidade e da população, mas sim faz de tudo para dar dinheiro aos bancos.
Em 2012, o então governador Geraldo Alckmin, em parceria com o médico psiquiatra e presidente da Organização Social SPDM ligada à UNIFESP, Ronaldo Laranjeira, queriam internação psiquiátrica compulsória para todos os usuários de drogas da Cracolândia.
À época, foi feita uma campanha impulsionada pela imprensa burguesa e até foram criadas dezenas e dezenas de vagas exclusivas para internação de pessoas portadores de problemas AD. Entretanto, obviamente, não deu certo. Finalmente, não é isolando as pessoas, tirando elas das ruas, que o problema irá ser solucionado. Inclusive, nem foi preciso fazer o gigantesco número de internações compulsórias que acreditavam que iriam fazer, pois as pessoas querem se tratar e aceitam o tratamento. Afinal, elas querem viver a vida, mas sem miséria, descaso, humilhação e fome, algo que o programa de Alckmin não atacava.
Em 2014, já no governo João Dória, ele criou o programa “De braços abertos”, no qual as pessoas portadoras de transtornos ADs seriam encaminhadas para hotéis e trabalhariam na zeladoria da cidade recebendo R$15,00/dia. Logo nos dois primeiros dias, 300 pessoas já estavam inscritas no programa, que tinha 400 vagas. Obviamente não deu certo, até porque a lógica das organizações sociais é trabalhar com o mínimo de equipe para o máximo de pessoas/pacientes, e um trabalho deste nível necessita de equipe especializada, acompanhamento 24h e uma rede ampla de apoio, coisa que não recebe investimento digno por parte dos tucanos.
Em 2017, as ações policiais começaram a ficar cada dia mais violentas e descaradas, tanto ações da PM quanto da GCM (que se mostram mais fascistas ainda que a PM). Denúncias de agressão física, assassinatos, jogar água nas madrugadas frias nas pessoas que estão dormindo embaixo dos viadutos, roubar seus pertences, entre outras coisas, são ações orientadas pelos governos fascistas do estado e município de São Paulo.
A verdade é que, entre um programa mais ridículo que o outro lançado pelos governos da burguesia, o que eles mais sabem fazer é mandar a polícia para agredir e matar as pessoas. Pessoas que estão nesta situação de desespero em que a única forma que encontram para suportar a vida decadente imposta sobre eles é se drogando.
O desemprego, a miséria, a fome e inexistência de políticas públicas de saúde verdadeiras resultam na Cracolândia. Finalmente, é um fruto da crise social causada pelo capitalismo. A única coisa que as ações das polícias fazem é espalhar as pessoas oriundas da Cracolândia, causando insegurança e fechamento de comércios (causando ainda mais desemprego). A própria população já percebeu e tem protestado contra o governo que não quer gastar com programas sociais.
Os problemas provenientes do uso/abuso de drogas, é questão de saúde pública, não de polícia.
https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... acolandia/
Uso da polícia só agrava os problemas da Cracolândia
Entra e sai governo e a única coisa que sabem fazer com relação à Cracolândia é mandar a polícia, medida totalmente ineficaz que só agrava o problema.

As pessoas portadoras de problemas com álcool e outras drogas (AD) que estão em situação de rua no Centro de São Paulo, estão a cada dia sendo expulsas dos locais para onde vão e se espalhando pela cidade.
Não é de hoje que o governo de São Paulo adotou uma política de “higienização” (que é a política do PSDB para resolver a miséria) da Cracolândia, como ficou conhecida a esquina da Rua Helvétia com a Alameda Cleveland, ou “Praça do Cachimbo”, onde pessoas em situação e de rua, usuárias de crack passaram a se concentrar. Lá é considerado um dos maiores espaços abertos de consumo de drogas do mundo.
O surgimento da Cracolândia ainda está relacionado com a degradação da área urbana da região da Luz depois que o terminal rodoviário foi desativado. É vergonhoso ver como uma cidade rica como a de São Paulo está há décadas abandonada pelo poder público, que não usa o dinheiro público para cuidar da cidade e da população, mas sim faz de tudo para dar dinheiro aos bancos.
Em 2012, o então governador Geraldo Alckmin, em parceria com o médico psiquiatra e presidente da Organização Social SPDM ligada à UNIFESP, Ronaldo Laranjeira, queriam internação psiquiátrica compulsória para todos os usuários de drogas da Cracolândia.
À época, foi feita uma campanha impulsionada pela imprensa burguesa e até foram criadas dezenas e dezenas de vagas exclusivas para internação de pessoas portadores de problemas AD. Entretanto, obviamente, não deu certo. Finalmente, não é isolando as pessoas, tirando elas das ruas, que o problema irá ser solucionado. Inclusive, nem foi preciso fazer o gigantesco número de internações compulsórias que acreditavam que iriam fazer, pois as pessoas querem se tratar e aceitam o tratamento. Afinal, elas querem viver a vida, mas sem miséria, descaso, humilhação e fome, algo que o programa de Alckmin não atacava.
Em 2014, já no governo João Dória, ele criou o programa “De braços abertos”, no qual as pessoas portadoras de transtornos ADs seriam encaminhadas para hotéis e trabalhariam na zeladoria da cidade recebendo R$15,00/dia. Logo nos dois primeiros dias, 300 pessoas já estavam inscritas no programa, que tinha 400 vagas. Obviamente não deu certo, até porque a lógica das organizações sociais é trabalhar com o mínimo de equipe para o máximo de pessoas/pacientes, e um trabalho deste nível necessita de equipe especializada, acompanhamento 24h e uma rede ampla de apoio, coisa que não recebe investimento digno por parte dos tucanos.
Em 2017, as ações policiais começaram a ficar cada dia mais violentas e descaradas, tanto ações da PM quanto da GCM (que se mostram mais fascistas ainda que a PM). Denúncias de agressão física, assassinatos, jogar água nas madrugadas frias nas pessoas que estão dormindo embaixo dos viadutos, roubar seus pertences, entre outras coisas, são ações orientadas pelos governos fascistas do estado e município de São Paulo.
A verdade é que, entre um programa mais ridículo que o outro lançado pelos governos da burguesia, o que eles mais sabem fazer é mandar a polícia para agredir e matar as pessoas. Pessoas que estão nesta situação de desespero em que a única forma que encontram para suportar a vida decadente imposta sobre eles é se drogando.
O desemprego, a miséria, a fome e inexistência de políticas públicas de saúde verdadeiras resultam na Cracolândia. Finalmente, é um fruto da crise social causada pelo capitalismo. A única coisa que as ações das polícias fazem é espalhar as pessoas oriundas da Cracolândia, causando insegurança e fechamento de comércios (causando ainda mais desemprego). A própria população já percebeu e tem protestado contra o governo que não quer gastar com programas sociais.
Os problemas provenientes do uso/abuso de drogas, é questão de saúde pública, não de polícia.
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Execução sem julgamento
PMs da Rota são presos após morte de suposto sequestrador
O caso em questão ocorreu em 12 de julho deste ano, em uma área de mata em Osasco, na Grande São Paulo.
Carros da Rota estacionados na região da Lapa, zona oeste paulistana – Reprodução
3policiais militares da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) foram presos, ontem, 18, após uma apuração da Corregedoria apontar indícios de irregularidade na morte de um homem suspeito de sequestro.
1 tenente e 2 cabos foram detidos com prisão preventiva no Presídio Militar Romão Gomes, na zona norte da capital. A Rota é considerada tropa de elite da PM paulista, e a imperdoável e executora de suspeitos ou não, e também utilizam câmeras presas ao uniforme, no entanto, não foi informado se o equipamento estava ligado nas prisões. Ou seja, mesmo com redução de 80% dos assassinatos de policiais militares de São Paulo contra suspeitos, depois do uso da câmera no uniforme, sabe-se agora que por algum motivo a Rota pode operar com o não funcionamento desse sistema de “segurança” para a população.
O caso em questão ocorreu em 12 de julho deste ano, em uma área de mata em Osasco, na Grande São Paulo. O Partido da Causa Operária defende o fim da polícia militar e a criação de milícias populares de segurança. Acredita que a PM é uma ferramenta mortal e opressora do Estado burguês contra a população, principalmente as das periferias e favelas.
https://www.causaoperaria.org.br/rede/t ... uestrador/
PMs da Rota são presos após morte de suposto sequestrador
O caso em questão ocorreu em 12 de julho deste ano, em uma área de mata em Osasco, na Grande São Paulo.

3policiais militares da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) foram presos, ontem, 18, após uma apuração da Corregedoria apontar indícios de irregularidade na morte de um homem suspeito de sequestro.
1 tenente e 2 cabos foram detidos com prisão preventiva no Presídio Militar Romão Gomes, na zona norte da capital. A Rota é considerada tropa de elite da PM paulista, e a imperdoável e executora de suspeitos ou não, e também utilizam câmeras presas ao uniforme, no entanto, não foi informado se o equipamento estava ligado nas prisões. Ou seja, mesmo com redução de 80% dos assassinatos de policiais militares de São Paulo contra suspeitos, depois do uso da câmera no uniforme, sabe-se agora que por algum motivo a Rota pode operar com o não funcionamento desse sistema de “segurança” para a população.
O caso em questão ocorreu em 12 de julho deste ano, em uma área de mata em Osasco, na Grande São Paulo. O Partido da Causa Operária defende o fim da polícia militar e a criação de milícias populares de segurança. Acredita que a PM é uma ferramenta mortal e opressora do Estado burguês contra a população, principalmente as das periferias e favelas.
https://www.causaoperaria.org.br/rede/t ... uestrador/
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Punição ineficiente
Governo tucano de São Paulo é condenado por torturar menores
Por tortura e maus-tratos contra adolescentes
Jovem com marca de ferimento na unidade Guaianazes da Fundação Casa – Reprodução
O estado de São Paulo e a Fundação Casa foram condenados a pagar cerca de R$ 3 milhões de indenização por torturar e mau-tratar dezenas de adolescentes da unidade Guaianazes I (Novo Horizonte), na Zona Leste de São Paulo, entre 2013 e 2015.
Trata-se do maior valor de indenização já alcançado na esfera da infância e adolescência no estado de São Paulo, porém sabemos quem isso não apaga os traumas vividos e muito menos mobiliza o estado de SP a abolir esses sistemas correcionais, cadeias de crianças que só servem de escola de crime para jovens e adolescentes.
Determina que o valor da indenização por dano moral coletivo deve ser revertido para o Fundo Municipal dos Direitos das Crianças e Adolescentes da capital paulista. Ou seja, nenhum dos adolescentes abusados e torturados verá a cor dessa indenização, e vão transformar esse fundo em mais aparelhamento às instutuições do Estado que seguem essa mesma prática. O Diretor foi suspenso e hoje, o funcionamento da unidade Guaianazes está suspenso.
“É uma decisão histórica. É muito importante por reconhecer a existência de uma situação de tortura institucionalizada ao menos naquela unidade e naquele período. Foram muitos meses de situação de violência, de descalabro na unidade, e de omissão da direção na época, e do poder Judiciário. O reconhecimento de que essa situação é inadmissível é fundamental. Temos uma dificuldade muito grande no reconhecimento da tortura contra adolescentes no sistema socioeducativo ou em outros espaços”, afirmou Daniel Palotti Secco, coordenador do Núcleo de Infância e Juventude da Defensoria Pública de São Paulo.
https://www.causaoperaria.org.br/rede/t ... r-tortura/
Governo tucano de São Paulo é condenado por torturar menores
Por tortura e maus-tratos contra adolescentes

O estado de São Paulo e a Fundação Casa foram condenados a pagar cerca de R$ 3 milhões de indenização por torturar e mau-tratar dezenas de adolescentes da unidade Guaianazes I (Novo Horizonte), na Zona Leste de São Paulo, entre 2013 e 2015.
Trata-se do maior valor de indenização já alcançado na esfera da infância e adolescência no estado de São Paulo, porém sabemos quem isso não apaga os traumas vividos e muito menos mobiliza o estado de SP a abolir esses sistemas correcionais, cadeias de crianças que só servem de escola de crime para jovens e adolescentes.
Determina que o valor da indenização por dano moral coletivo deve ser revertido para o Fundo Municipal dos Direitos das Crianças e Adolescentes da capital paulista. Ou seja, nenhum dos adolescentes abusados e torturados verá a cor dessa indenização, e vão transformar esse fundo em mais aparelhamento às instutuições do Estado que seguem essa mesma prática. O Diretor foi suspenso e hoje, o funcionamento da unidade Guaianazes está suspenso.
“É uma decisão histórica. É muito importante por reconhecer a existência de uma situação de tortura institucionalizada ao menos naquela unidade e naquele período. Foram muitos meses de situação de violência, de descalabro na unidade, e de omissão da direção na época, e do poder Judiciário. O reconhecimento de que essa situação é inadmissível é fundamental. Temos uma dificuldade muito grande no reconhecimento da tortura contra adolescentes no sistema socioeducativo ou em outros espaços”, afirmou Daniel Palotti Secco, coordenador do Núcleo de Infância e Juventude da Defensoria Pública de São Paulo.
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NOTÍCIAS
Violência policial
Sob desculpa de combater crime, PM agride usuários na Cracolândia
Uma pessoa foi espancada, teve fraturas na cabeça e no braço e está internada na Santa Casa
A Cracolândia – Foto: Reprodução
Na tarde desta quinta-feira, dia 1° de setembro, a Polícia Civil de São Paulo de início a 19° fase da “Operação Caronte”. Essa tem o alvo dois traficantes chaves da região: Lucivaldo Pereira dos Santos, o Bahia, e Alexandro dos Anjos Ferreira, o Veiote. Ambos atuam como “disciplina”, ou seja, são os líderes das facções locais. A operação teria se iniciado após a polícia tomar conhecimento de um homem que teria sido torturado pelos dois líderes.
Sendo toda essa história verdade ou não, é importante ressaltarmos que a repressão não é o caminho para resolver o problema dessas pessoas, os conflitos, nem nada disso. A repressão policial só gera ainda mais conflito e oprime a população pobre, que muitas vezes nem está envolvida, como é o caso de quando crianças são atingidas pelas balas da polícia.
https://www.causaoperaria.org.br/rede/t ... acolandia/
Sob desculpa de combater crime, PM agride usuários na Cracolândia
Uma pessoa foi espancada, teve fraturas na cabeça e no braço e está internada na Santa Casa

Na tarde desta quinta-feira, dia 1° de setembro, a Polícia Civil de São Paulo de início a 19° fase da “Operação Caronte”. Essa tem o alvo dois traficantes chaves da região: Lucivaldo Pereira dos Santos, o Bahia, e Alexandro dos Anjos Ferreira, o Veiote. Ambos atuam como “disciplina”, ou seja, são os líderes das facções locais. A operação teria se iniciado após a polícia tomar conhecimento de um homem que teria sido torturado pelos dois líderes.
Sendo toda essa história verdade ou não, é importante ressaltarmos que a repressão não é o caminho para resolver o problema dessas pessoas, os conflitos, nem nada disso. A repressão policial só gera ainda mais conflito e oprime a população pobre, que muitas vezes nem está envolvida, como é o caso de quando crianças são atingidas pelas balas da polícia.
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NOTÍCIAS
SÃO PAULO
Lula faz ato em São Mateus e militância precisa disputar votos
Região popular tem muitos eleitores que precisam ser disputados pela campanha

Nesta segunda-feira (17), pela manhã, Lula esteve na Zona Leste da cidade de São Paulo em campanha eleitoral no bairro de São Matheus. Em uma de suas falas ele disse:
“Quero pedir a cada um de vocês que até o dia 30 não aceitassem nenhuma provocação, não aceitassem provocação de bolsonarista. Se vocês encontrarem bolsonarista nervoso, vocês perguntem a ele qual é a obra que Bolsonaro fez em São Paulo. E se ele estiver muito nervoso, em vez de brigar, não brigue, vá para casa e mande ele morder a própria língua que ele vai saber o que é bom”, discursou Lula.
Além disso, ele reforçou a campanha do “vira-voto”, pedindo que os militantes convençam quem não votou, anulou ou perdeu a vontade de votar nas eleições, a votar nele. Lula estava numa picape simples, sem proteção lateral e acima da cabeça, popular e acessível.
“Precisamos visitar as pessoas que estão em dúvida, pessoas que não quiseram votar, que se abstiveram de votar para a gente convencer elas a votarem no Haddad e no Lula”, recomendou.
Estava acompanhado do golpista Geraldo Alckmin (PSB), e do candidato do PT ao governo do estado, Fernando Haddad, que está em segundo lugar nas pesquisas. Além disso, apareceu junto a Janja, sua esposa, o deputado estadual mais bem votado do país, Eduardo Suplicy, e os associados do PSOL. Lula tenta recuperar votos tradicionais da periferia da zona leste que não votaram ou foram para o candidato concorrente.
https://causaoperaria.org.br/rede/dco/p ... tar-votos/
Lula faz ato em São Mateus e militância precisa disputar votos
Região popular tem muitos eleitores que precisam ser disputados pela campanha

Nesta segunda-feira (17), pela manhã, Lula esteve na Zona Leste da cidade de São Paulo em campanha eleitoral no bairro de São Matheus. Em uma de suas falas ele disse:
“Quero pedir a cada um de vocês que até o dia 30 não aceitassem nenhuma provocação, não aceitassem provocação de bolsonarista. Se vocês encontrarem bolsonarista nervoso, vocês perguntem a ele qual é a obra que Bolsonaro fez em São Paulo. E se ele estiver muito nervoso, em vez de brigar, não brigue, vá para casa e mande ele morder a própria língua que ele vai saber o que é bom”, discursou Lula.
Além disso, ele reforçou a campanha do “vira-voto”, pedindo que os militantes convençam quem não votou, anulou ou perdeu a vontade de votar nas eleições, a votar nele. Lula estava numa picape simples, sem proteção lateral e acima da cabeça, popular e acessível.
“Precisamos visitar as pessoas que estão em dúvida, pessoas que não quiseram votar, que se abstiveram de votar para a gente convencer elas a votarem no Haddad e no Lula”, recomendou.
Estava acompanhado do golpista Geraldo Alckmin (PSB), e do candidato do PT ao governo do estado, Fernando Haddad, que está em segundo lugar nas pesquisas. Além disso, apareceu junto a Janja, sua esposa, o deputado estadual mais bem votado do país, Eduardo Suplicy, e os associados do PSOL. Lula tenta recuperar votos tradicionais da periferia da zona leste que não votaram ou foram para o candidato concorrente.
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COERÊNCIA POLÍTICA
O voto nulo do PCO em SP não deveria ser surpresa para ninguém
Entenda por que um partido marxista e revolucionário não vota em candidatos como Fernando Haddad, apesar de não o considerar um inimigo

Elementos anônimos nas redes sociais, que buscam indispor os militantes do PT com o PCO em um momento da campanha eleitoral em que o Partido da Causa Operária vem redobrando os seus esforços para mobilizar o povo pela vitória de Lula, iniciaram uma campanha de calúnias contra o Partido a respeito de sua posição no segundo turno em São Paulo.
Acusam o PCO de se aliar com os bolsonaristas por não apoiar Fernando Haddad e decidir que irá votar nulo na eleição paulista. Reproduz-se, assim, o mesmo discurso caluniador e fantasioso promovido há algum tempo por setores da esquerda identitária vinculada à CIA, que, curiosamente, acusa o PCO de ser uma quinta-coluna da direita infiltrada na esquerda.
O principal argumento seria de que o adversário de Haddad é Tarcísio Freitas, um bolsonarista que, portanto, faria um governo muito pior para a população paulista do que Haddad. Mesmo que Haddad não fosse o melhor candidato da esquerda, em um caso como esse seria óbvio que qualquer um que se considera de esquerda deveria votar nele para que o bolsonarista não vencesse ─ eis a opinião de nossos críticos. Um perfil chegou a fazer uso de chantagem da mais baixa qualidade ao dizer que Tarcísio trará a milícia de volta para São Paulo e o PCO não teria se comovido com isso. Um terrorismo político que não vai funcionar com o PCO.
Voltamos, mais uma vez, ao argumento do “mal menor”, da “civilização contra a barbárie”, da “democracia contra o fascismo”.
O problema é que o PCO não age conforme esse “raciocínio” que, em última instância, é um raciocínio desesperado e irracional. O PCO segue a política de Lênin e dos bolcheviques, como explicou o líder revolucionário a respeito da posição dos comunistas nas eleições:
Oque nos importa não é assegurar por meio de negociatas um lugar na Duma. Ao contrário, estes lugares só são importantes na medida em que possam contribuir para desenvolver a consciência das massas, elevar o seu nível político, organizá-las, não em nome da placidez filisteia, da «tranquilidade», da «ordem» e da «prosperidade pacífica (burguesas)», mas em nome da luta, da luta para conquistar a plena libertação do trabalho de toda a exploração e opressão. Só nesta medida são importantes para nós os postos na Duma e toda a campanha eleitoral. O partido operário deposita todas as suas esperanças nas massas, mas não em massas atemorizadas, que se submetam com passividade e tolerem resignadamente a opressão, mas em massas conscientes, que reivindiquem e lutem. O partido operário deve desdenhar o habitual método liberal de intimidar o filisteu com o fantasma do perigo das centúrias negras [os bolsonaristas da época]. A social-democracia deve despertar nas massas a consciência do verdadeiro perigo, a consciência da verdadeira tarefa de luta das forças que não veem na Duma a fonte de inspiração, que não consideram os debates na Duma como a plena expressão das suas aspirações, nem resolvem na Duma o problema do futuro da Rússia. ─ Lênin (Os comunistas e as eleições)
As eleições realmente são um período especial. Todos os políticos bandidos, pistoleiros, assassinos, estupradores, coronéis, traficantes etc. transformam-se em santos milagreiros. Os hackers que tudo invadem tornam-se inofensivos diante da inviolável urna eletrônica. A eleição, que nunca resolveu minimamente os verdadeiros problemas dos trabalhadores, passa a ser a única solução para tudo. Esse é o pensamento da maioria da esquerda brasileira.
Para o PCO, entretanto, a eleição nada mais é do que uma extensão das atividades cotidianas de seus militantes. O PCO não se comporta na eleição diferente de como se comporta fora dela, ao contrário de todos os outros partidos ─ que, após passarem quatro anos sem fazer nada pelo povo, apresentam-se em 45 dias como os grandes salvadores da nação, mesmo os da esquerda.
Nesse sentido, é preciso resgatar um pouco da história recente do PCO. O Partido fez intensa campanha e votou em Lula nas eleições de 1989, 1994 e 1998, porque Lula era um candidato que expressava, mesmo que de maneira confusa, a mobilização da classe operária em sua luta contra a burguesia. Em 2002, no entanto, diante da iminente explosão social com a crise neoliberal e a revolta das massas, o imperialismo teve de fazer um acordo com o PT e apoiou a eleição de Lula para que ela contivesse o movimento das massas. Portanto, naquela eleição, o PCO lançou candidatura própria e votou nulo no segundo turno quando Lula disputou com José Serra (PSDB), porque Lula não trazia consigo o movimento operário na tendência de enfrentamento com a burguesia. O mesmo sucedeu em 2006 e depois com Dilma Rousseff (que sequer era uma representante do movimento operário, ao contrário de Lula) em 2010 e 2014 ─ mesmo que, no segundo turno de 2014, Dilma tenha dado uma guinada à esquerda para vencer Aécio Neves. E também com o próprio Haddad em 2018, contra Bolsonaro.
O que muitos companheiros não entendem é que o compromisso do PCO é com a classe operária, não com algum político ou partido. E quando uma candidatura não expressa os interesses da classe operária, logicamente não terá apoio do PCO. Mesmo que venham chantagear o Partido com o argumento do “mal maior vs. mal menor”.
Nenhuma ameaça das centúrias negras em relação à Duma causará tanto prejuízo quanto a corrupção da consciência das massas que acompanhem cegamente a burguesia liberal, as suas palavras de ordem, as suas candidaturas, a sua política. (idem)
É exatamente o que ocorre com Fernando Haddad. Ao contrário do Lula de 1989, 1994, 1998 e 2022, ele não representa a classe operária. Mesmo o Lula de 2002 e de 2006, embora estivesse comprometido com a burguesia, ainda tinha um histórico de luta dentro do movimento operário, tendo sido metalúrgico, líder sindical, fundador da CUT etc. Haddad, por outro lado, é um membro da pequena burguesia que, mesmo sendo de sua ala progressista, expressa os interesses dessa classe social, e não da classe operária. O próprio Lula já afirmou que Haddad é “o mais tucano dos petistas”.
Como um partido marxista e revolucionário, portanto, o PCO não poderia votar e fazer campanha para um tucano de esquerda. Trata-se de uma questão de princípios políticos e ideológicos. E o PCO nunca abrirá mão de seus princípios e de suas convicções.
Na sua campanha eleitoral, o partido operário deve ser independente, não apenas nas palavras, mas de fato. Deve dar a todo o povo, e em particular às massas proletárias, um exemplo de crítica fiel aos princípios alheios, firme e audaciosa (Idem)
Alguns companheiros, principalmente do PT, esquecem-se, em suas críticas, que o PCO é um partido independente do PT. Portanto, tem a sua própria política. Se tivesse a mesma política do PT, não haveria razão para ser um outro partido. Tendo sua própria política, a política marxista e revolucionária, o PCO jamais poderia ter a obrigação de se comprometer com uma política diferente da sua. E a política do PCO é participar das eleições para elevar a consciência política e organizar o movimento do proletariado. O PCO não tem a obrigação em votar em nenhum candidato que não seja os seus próprios candidatos, porque, sendo um partido operário, apresenta candidaturas operárias e populares, aquelas que representam verdadeiramente os setores oprimidos da população, inclusive sendo geralmente oriundos desses mesmos setores. Apenas por alguma exceção um partido operário poderia apoiar candidaturas de outros partidos, caso elas expressem esses mesmos interesses que o partido operário defende, ou seja, os interesses do proletariado. Esse é o caso da candidatura de Lula, e apenas dela.
Isso não significa que o PCO fará alguma campanha contra Haddad, coisa que nunca fez. O PCO critica os posicionamentos de Haddad, como se aliar a Alckmin na repressão ao movimento pelo passe livre em 2013 ou se aliar aos golpistas no ataque ao governo venezuelano. Mas, embora não vote em Haddad, o PCO não o está atacando como inimigo dos trabalhadores, ainda mais em uma eleição em que o adversário é alguém da direita ─ que vem sendo denunciado pelo Partido como o candidato preferido da burguesia neste segundo turno em São Paulo, inclusive com o apoio do PSDB.
O PCO vai ainda mais longe: caso Haddad fosse eleito governador e mais para a frente a burguesia tentasse derrubá-lo, o Partido seria certamente o primeiro a se colocar contra esse golpe, como comprova o seu histórico: o PCO foi o primeiro a denunciar o golpe contra o PT já em 2012, quando ninguém do PT imaginava que, quatro anos depois, Dilma Rousseff seria deposta. O PCO foi quem mais mobilizou seus esforços para evitar esse golpe, assim como para evitar a prisão de Lula. Quando a direita estava em sua campanha golpista contra Dilma, ela fez o mesmo contra o governo petista de Fernando Pimentel em Minas Gerais, tentando um processo de impeachment contra ele. O PCO denunciou isso como um golpe ilegal em sua imprensa e lutou contra isso, mesmo não tendo votado em Pimentel e mesmo não apoiando as suas políticas, pois também ele era um político pequeno-burguês que não expressava os interesses dos trabalhadores. Mas o PCO sabia que, assim como foi feito contra Dilma, um golpe contra um governador do PT pela direita seria exatamente para atacar os trabalhadores com uma política ainda mais agressiva e a luta contra esse golpe poderia ─ ao contrário da eleição desses políticos ─ colocar os trabalhadores em movimento contra a direita e a burguesia.
Ao contrário dos outros partidos de esquerda, o PCO tem princípios e é coerente com eles. O PCO não apoia candidaturas da boca para fora apenas para abocanhar cargos. Tanto é assim que o PCO nunca exigiu absolutamente nada de Lula para o apoiar. Nem mesmo faz parte da coligação do PT. E mesmo assim é o partido que mais distribuiu materiais chamando voto no candidato petista.
É preciso reforçar novamente que os ataques ao PCO a respeito da eleição em São Paulo têm uma clara intenção fraccionista e ultra sectária que, em última instância, servem para dividir o movimento de luta dos trabalhadores por Lula Presidente, precisamente em um momento em que o PCO está imprimindo milhões de materiais que podem ser distribuídos não apenas pelos seus militantes, mas por toda a esquerda que quer fazer campanha por Lula, como estão fazendo muitos companheiros do PT.
A luta mais importante neste momento de toda a esquerda nacional e dos trabalhadores é para eleger Lula presidente. É preciso focar nessa luta e não cair em provocações que desviam a luta, porque, isso sim, serve aos interesses da direita e do bolsonarismo.
https://causaoperaria.org.br/2022/o-vot ... %ef%bf%bc/
O voto nulo do PCO em SP não deveria ser surpresa para ninguém
Entenda por que um partido marxista e revolucionário não vota em candidatos como Fernando Haddad, apesar de não o considerar um inimigo

Elementos anônimos nas redes sociais, que buscam indispor os militantes do PT com o PCO em um momento da campanha eleitoral em que o Partido da Causa Operária vem redobrando os seus esforços para mobilizar o povo pela vitória de Lula, iniciaram uma campanha de calúnias contra o Partido a respeito de sua posição no segundo turno em São Paulo.
Acusam o PCO de se aliar com os bolsonaristas por não apoiar Fernando Haddad e decidir que irá votar nulo na eleição paulista. Reproduz-se, assim, o mesmo discurso caluniador e fantasioso promovido há algum tempo por setores da esquerda identitária vinculada à CIA, que, curiosamente, acusa o PCO de ser uma quinta-coluna da direita infiltrada na esquerda.
O principal argumento seria de que o adversário de Haddad é Tarcísio Freitas, um bolsonarista que, portanto, faria um governo muito pior para a população paulista do que Haddad. Mesmo que Haddad não fosse o melhor candidato da esquerda, em um caso como esse seria óbvio que qualquer um que se considera de esquerda deveria votar nele para que o bolsonarista não vencesse ─ eis a opinião de nossos críticos. Um perfil chegou a fazer uso de chantagem da mais baixa qualidade ao dizer que Tarcísio trará a milícia de volta para São Paulo e o PCO não teria se comovido com isso. Um terrorismo político que não vai funcionar com o PCO.
Voltamos, mais uma vez, ao argumento do “mal menor”, da “civilização contra a barbárie”, da “democracia contra o fascismo”.
O problema é que o PCO não age conforme esse “raciocínio” que, em última instância, é um raciocínio desesperado e irracional. O PCO segue a política de Lênin e dos bolcheviques, como explicou o líder revolucionário a respeito da posição dos comunistas nas eleições:
Oque nos importa não é assegurar por meio de negociatas um lugar na Duma. Ao contrário, estes lugares só são importantes na medida em que possam contribuir para desenvolver a consciência das massas, elevar o seu nível político, organizá-las, não em nome da placidez filisteia, da «tranquilidade», da «ordem» e da «prosperidade pacífica (burguesas)», mas em nome da luta, da luta para conquistar a plena libertação do trabalho de toda a exploração e opressão. Só nesta medida são importantes para nós os postos na Duma e toda a campanha eleitoral. O partido operário deposita todas as suas esperanças nas massas, mas não em massas atemorizadas, que se submetam com passividade e tolerem resignadamente a opressão, mas em massas conscientes, que reivindiquem e lutem. O partido operário deve desdenhar o habitual método liberal de intimidar o filisteu com o fantasma do perigo das centúrias negras [os bolsonaristas da época]. A social-democracia deve despertar nas massas a consciência do verdadeiro perigo, a consciência da verdadeira tarefa de luta das forças que não veem na Duma a fonte de inspiração, que não consideram os debates na Duma como a plena expressão das suas aspirações, nem resolvem na Duma o problema do futuro da Rússia. ─ Lênin (Os comunistas e as eleições)
As eleições realmente são um período especial. Todos os políticos bandidos, pistoleiros, assassinos, estupradores, coronéis, traficantes etc. transformam-se em santos milagreiros. Os hackers que tudo invadem tornam-se inofensivos diante da inviolável urna eletrônica. A eleição, que nunca resolveu minimamente os verdadeiros problemas dos trabalhadores, passa a ser a única solução para tudo. Esse é o pensamento da maioria da esquerda brasileira.
Para o PCO, entretanto, a eleição nada mais é do que uma extensão das atividades cotidianas de seus militantes. O PCO não se comporta na eleição diferente de como se comporta fora dela, ao contrário de todos os outros partidos ─ que, após passarem quatro anos sem fazer nada pelo povo, apresentam-se em 45 dias como os grandes salvadores da nação, mesmo os da esquerda.
Nesse sentido, é preciso resgatar um pouco da história recente do PCO. O Partido fez intensa campanha e votou em Lula nas eleições de 1989, 1994 e 1998, porque Lula era um candidato que expressava, mesmo que de maneira confusa, a mobilização da classe operária em sua luta contra a burguesia. Em 2002, no entanto, diante da iminente explosão social com a crise neoliberal e a revolta das massas, o imperialismo teve de fazer um acordo com o PT e apoiou a eleição de Lula para que ela contivesse o movimento das massas. Portanto, naquela eleição, o PCO lançou candidatura própria e votou nulo no segundo turno quando Lula disputou com José Serra (PSDB), porque Lula não trazia consigo o movimento operário na tendência de enfrentamento com a burguesia. O mesmo sucedeu em 2006 e depois com Dilma Rousseff (que sequer era uma representante do movimento operário, ao contrário de Lula) em 2010 e 2014 ─ mesmo que, no segundo turno de 2014, Dilma tenha dado uma guinada à esquerda para vencer Aécio Neves. E também com o próprio Haddad em 2018, contra Bolsonaro.
O que muitos companheiros não entendem é que o compromisso do PCO é com a classe operária, não com algum político ou partido. E quando uma candidatura não expressa os interesses da classe operária, logicamente não terá apoio do PCO. Mesmo que venham chantagear o Partido com o argumento do “mal maior vs. mal menor”.
Nenhuma ameaça das centúrias negras em relação à Duma causará tanto prejuízo quanto a corrupção da consciência das massas que acompanhem cegamente a burguesia liberal, as suas palavras de ordem, as suas candidaturas, a sua política. (idem)
É exatamente o que ocorre com Fernando Haddad. Ao contrário do Lula de 1989, 1994, 1998 e 2022, ele não representa a classe operária. Mesmo o Lula de 2002 e de 2006, embora estivesse comprometido com a burguesia, ainda tinha um histórico de luta dentro do movimento operário, tendo sido metalúrgico, líder sindical, fundador da CUT etc. Haddad, por outro lado, é um membro da pequena burguesia que, mesmo sendo de sua ala progressista, expressa os interesses dessa classe social, e não da classe operária. O próprio Lula já afirmou que Haddad é “o mais tucano dos petistas”.
Como um partido marxista e revolucionário, portanto, o PCO não poderia votar e fazer campanha para um tucano de esquerda. Trata-se de uma questão de princípios políticos e ideológicos. E o PCO nunca abrirá mão de seus princípios e de suas convicções.
Na sua campanha eleitoral, o partido operário deve ser independente, não apenas nas palavras, mas de fato. Deve dar a todo o povo, e em particular às massas proletárias, um exemplo de crítica fiel aos princípios alheios, firme e audaciosa (Idem)
Alguns companheiros, principalmente do PT, esquecem-se, em suas críticas, que o PCO é um partido independente do PT. Portanto, tem a sua própria política. Se tivesse a mesma política do PT, não haveria razão para ser um outro partido. Tendo sua própria política, a política marxista e revolucionária, o PCO jamais poderia ter a obrigação de se comprometer com uma política diferente da sua. E a política do PCO é participar das eleições para elevar a consciência política e organizar o movimento do proletariado. O PCO não tem a obrigação em votar em nenhum candidato que não seja os seus próprios candidatos, porque, sendo um partido operário, apresenta candidaturas operárias e populares, aquelas que representam verdadeiramente os setores oprimidos da população, inclusive sendo geralmente oriundos desses mesmos setores. Apenas por alguma exceção um partido operário poderia apoiar candidaturas de outros partidos, caso elas expressem esses mesmos interesses que o partido operário defende, ou seja, os interesses do proletariado. Esse é o caso da candidatura de Lula, e apenas dela.
Isso não significa que o PCO fará alguma campanha contra Haddad, coisa que nunca fez. O PCO critica os posicionamentos de Haddad, como se aliar a Alckmin na repressão ao movimento pelo passe livre em 2013 ou se aliar aos golpistas no ataque ao governo venezuelano. Mas, embora não vote em Haddad, o PCO não o está atacando como inimigo dos trabalhadores, ainda mais em uma eleição em que o adversário é alguém da direita ─ que vem sendo denunciado pelo Partido como o candidato preferido da burguesia neste segundo turno em São Paulo, inclusive com o apoio do PSDB.
O PCO vai ainda mais longe: caso Haddad fosse eleito governador e mais para a frente a burguesia tentasse derrubá-lo, o Partido seria certamente o primeiro a se colocar contra esse golpe, como comprova o seu histórico: o PCO foi o primeiro a denunciar o golpe contra o PT já em 2012, quando ninguém do PT imaginava que, quatro anos depois, Dilma Rousseff seria deposta. O PCO foi quem mais mobilizou seus esforços para evitar esse golpe, assim como para evitar a prisão de Lula. Quando a direita estava em sua campanha golpista contra Dilma, ela fez o mesmo contra o governo petista de Fernando Pimentel em Minas Gerais, tentando um processo de impeachment contra ele. O PCO denunciou isso como um golpe ilegal em sua imprensa e lutou contra isso, mesmo não tendo votado em Pimentel e mesmo não apoiando as suas políticas, pois também ele era um político pequeno-burguês que não expressava os interesses dos trabalhadores. Mas o PCO sabia que, assim como foi feito contra Dilma, um golpe contra um governador do PT pela direita seria exatamente para atacar os trabalhadores com uma política ainda mais agressiva e a luta contra esse golpe poderia ─ ao contrário da eleição desses políticos ─ colocar os trabalhadores em movimento contra a direita e a burguesia.
Ao contrário dos outros partidos de esquerda, o PCO tem princípios e é coerente com eles. O PCO não apoia candidaturas da boca para fora apenas para abocanhar cargos. Tanto é assim que o PCO nunca exigiu absolutamente nada de Lula para o apoiar. Nem mesmo faz parte da coligação do PT. E mesmo assim é o partido que mais distribuiu materiais chamando voto no candidato petista.
É preciso reforçar novamente que os ataques ao PCO a respeito da eleição em São Paulo têm uma clara intenção fraccionista e ultra sectária que, em última instância, servem para dividir o movimento de luta dos trabalhadores por Lula Presidente, precisamente em um momento em que o PCO está imprimindo milhões de materiais que podem ser distribuídos não apenas pelos seus militantes, mas por toda a esquerda que quer fazer campanha por Lula, como estão fazendo muitos companheiros do PT.
A luta mais importante neste momento de toda a esquerda nacional e dos trabalhadores é para eleger Lula presidente. É preciso focar nessa luta e não cair em provocações que desviam a luta, porque, isso sim, serve aos interesses da direita e do bolsonarismo.
https://causaoperaria.org.br/2022/o-vot ... %ef%bf%bc/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI
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Notícias e Debates sobre São Paulo
NOTÍCIAS
ALIADO?
Kassab, o democrata, vira cabo eleitoral do bolsonarismo
Considerado aliado por setores da esquerda, Gilberto Kassab empreende um enorme esforço para eleger o candidato bolsonarista em São Paulo.

Direita articula a máquina pública da esmagadora maioria dos municípios do estado para eleger Tarcísio de Freitas ao governo de São Paulo. Liderando a iniciativa, ninguém menos do que Gilberto Kassab. Vice-prefeito de José Serra na capital e depois prefeito por 6 anos, um dos mais agressivos contra a população pobre. Durante seu segundo mandato criou o PSD, uma sublegenda do DEM com um disfarce “centrista”, que ajudou Kassab a transitar com facilidade entre os governos Dilma e Temer no âmbito federal.
A imprensa burguesa dá conta de que Kassab vem se dedicando à tarefa de aliciar os prefeitos dos municípios do estado desde o final do primeiro turno. Na última semana, tem literalmente voado de cidade em cidade para garantir que a máquina pública dos municípios aliados ajudem na vitoria do candidato bolsonarista. A contagem divulgada na Folha de São Paulo coloca cerca de 500 dos 645 prefeitos do estado como integrados à articulação liderada por Kassab.
Kassab é o típico rato de esgoto da política burguesa, um oportunista que faz o que tiver que fazer para alavancar sua carreira. Obviamente isso envolve estar completamente nas mãos dos capitalistas para atuar em seu favor o melhor possível, o que significa que é um inimigo de primeira hora contra os interesses dos trabalhadores.
O truque de desvincular sua imagem do partido derivado do Arena (Arena virou PFL e depois DEM) apesar de barato parece ter funcionado com parte da esquerda. Em 2021, Kassab foi um dos convidados direitistas para ato organizado pelo grupo Direitos Já, que contou com figuras da esquerda que apoiava a iniciativa da Frente Ampla com a direita. Diante da tendência de que os discursos ecoassem o Fora Bolsonaro das ruas, Kassab declinou do convite.
Via de regra, Kassab tem sido tratado pela esquerda como um político “civilizado” e “democrata” o que mostra o nível de indigência política de diversos setores. Kassab foi Ministro das Cidades no segundo governo Dilma, votou favoravelmente ao impeachment e um mês depois já era Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações do governo golpista de Michel Temer. Se seu histórico de ataques à população como prefeito em São Paulo não fosse suficiente, sua participação antes, durante e depois do golpe de Estado deveria servir para marcá-lo perpetuamente como um político canalha, um inimigo da esquerda e dos trabalhadores.
Não por acaso, Kassab foi uma das figuras da direita que se apressou em elogiar Boulos, quando o psolista conseguiu deixar o candidato do PT de fora do segundo turno à prefeitura de São Paulo em 2020. Enquanto Kassab se disfarça de “centro”, Boulos de disfarça de esquerdista “radical”, um esquerdista adorado pela imprensa golpista.
A campanha do “mal menor” se prova novamente uma armadilha. Kassab, um dos “democratas” combatentes do fascismo, aparece aqui empreendendo uma verdadeira operação de guerra para eleger o candidato de Bolsonaro em São Paulo. Contra o fascismo, contra os ataques da direita ao povo, a esquerda só pode contar com a população. Quando a situação se mostra favorável, todos os “democratas” da burguesia se juntam rapidamente aos fascistas, sem pestanejar.
https://causaoperaria.org.br/2022/kassa ... sonarismo/
Kassab, o democrata, vira cabo eleitoral do bolsonarismo
Considerado aliado por setores da esquerda, Gilberto Kassab empreende um enorme esforço para eleger o candidato bolsonarista em São Paulo.

Direita articula a máquina pública da esmagadora maioria dos municípios do estado para eleger Tarcísio de Freitas ao governo de São Paulo. Liderando a iniciativa, ninguém menos do que Gilberto Kassab. Vice-prefeito de José Serra na capital e depois prefeito por 6 anos, um dos mais agressivos contra a população pobre. Durante seu segundo mandato criou o PSD, uma sublegenda do DEM com um disfarce “centrista”, que ajudou Kassab a transitar com facilidade entre os governos Dilma e Temer no âmbito federal.
A imprensa burguesa dá conta de que Kassab vem se dedicando à tarefa de aliciar os prefeitos dos municípios do estado desde o final do primeiro turno. Na última semana, tem literalmente voado de cidade em cidade para garantir que a máquina pública dos municípios aliados ajudem na vitoria do candidato bolsonarista. A contagem divulgada na Folha de São Paulo coloca cerca de 500 dos 645 prefeitos do estado como integrados à articulação liderada por Kassab.
Kassab é o típico rato de esgoto da política burguesa, um oportunista que faz o que tiver que fazer para alavancar sua carreira. Obviamente isso envolve estar completamente nas mãos dos capitalistas para atuar em seu favor o melhor possível, o que significa que é um inimigo de primeira hora contra os interesses dos trabalhadores.
O truque de desvincular sua imagem do partido derivado do Arena (Arena virou PFL e depois DEM) apesar de barato parece ter funcionado com parte da esquerda. Em 2021, Kassab foi um dos convidados direitistas para ato organizado pelo grupo Direitos Já, que contou com figuras da esquerda que apoiava a iniciativa da Frente Ampla com a direita. Diante da tendência de que os discursos ecoassem o Fora Bolsonaro das ruas, Kassab declinou do convite.
Via de regra, Kassab tem sido tratado pela esquerda como um político “civilizado” e “democrata” o que mostra o nível de indigência política de diversos setores. Kassab foi Ministro das Cidades no segundo governo Dilma, votou favoravelmente ao impeachment e um mês depois já era Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações do governo golpista de Michel Temer. Se seu histórico de ataques à população como prefeito em São Paulo não fosse suficiente, sua participação antes, durante e depois do golpe de Estado deveria servir para marcá-lo perpetuamente como um político canalha, um inimigo da esquerda e dos trabalhadores.
Não por acaso, Kassab foi uma das figuras da direita que se apressou em elogiar Boulos, quando o psolista conseguiu deixar o candidato do PT de fora do segundo turno à prefeitura de São Paulo em 2020. Enquanto Kassab se disfarça de “centro”, Boulos de disfarça de esquerdista “radical”, um esquerdista adorado pela imprensa golpista.
A campanha do “mal menor” se prova novamente uma armadilha. Kassab, um dos “democratas” combatentes do fascismo, aparece aqui empreendendo uma verdadeira operação de guerra para eleger o candidato de Bolsonaro em São Paulo. Contra o fascismo, contra os ataques da direita ao povo, a esquerda só pode contar com a população. Quando a situação se mostra favorável, todos os “democratas” da burguesia se juntam rapidamente aos fascistas, sem pestanejar.
https://causaoperaria.org.br/2022/kassa ... sonarismo/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI
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NOTÍCIAS
VAI VIRAR?
Em São Paulo, esquerda continua confiando nas pesquisas
Não pode haver ilusão, o golpe não quer o PT vitorioso em São Paulo

As mais recentes pesquisas eleitorais, as mesmas que erraram de maneira grosseira os resultados de primeiro turno em todo País, vem dando uma tendência de crescimento da candidatura de Fernando Haddad (PT) contra o candidato de Jair Bolsonaro, Tarcísio de Freitas (Republicanos). No entanto, no lugar de uma campanha séria, as últimas semanas vem demonstrando uma enorme despolitização da esquerda que decidiu confiar, mais uma vez, nas pesquisas eleitorais organizadas pela burguesia e virar torcida para Haddad em São Paulo.
Os dados apresentados pela pesquisa Badra, encomendada pela Celio Ricardo Silva da Costa Comunicação e divulgada nesta sexta-feira (28), dois dias antes das eleições, mostram que a distância entre Haddad e Tarcísio diminuiu para 4% percentuais, criando um ar de esperança na candidatura petista. Contudo, mesmo estando tecnicamente empatados pela margem de erro do levantamento, a confiança de uma virada na reta final é mais uma das ilusões da esquerda pequeno-burguesa.
No cenário nacional, onde Lula ainda lidera as pesquisas, pode parecer natural ter ilusões, afinal, ele está na frente. Entretanto, no principal estado brasileiro, onde a burguesia montou uma enorme operação para impedir a eleição do PT, crer nas pesquisas burguesas é a última coisa que pode ser feita.
Em São Paulo, a política central da burguesia, neste momento, é impedir a todo custo a eleição de Haddad. Mesmo o candidato petista não sendo alguém como Lula, ligado diretamente ao movimento operário, basta o fato que sua eleição no principal estado da federação poderia fortalecer o PT a nível nacional que a campanha dos golpistas contra Haddad tornou-se um fato.
Tarcísio não é o candidato principal da burguesia em São Paulo, no entanto, um eventual governo seu seria para os golpistas um fator “menos pior” do que permitir a ascensão do PT no estado. Esse mesmo cenário se repete a nível nacional, onde os capitalistas montam uma grande operação para impedir a eleição de Lula, que apenas se sustenta, ao contrário de Haddad, devido a sua grande mobilização popular.
A política de acreditar cegamente nas pesquisas e fazer torcida nas eleições foi posta a prova durante o primeiro turno. Com a fraude se desenvolvendo rapidamente contra as candidaturas do PT, e na busca de garantir a continuidade do regime golpista, o partido vem sendo atacado de todos os lados nestas eleições. Apenas uma candidatura capaz de mobilizar os trabalhadores é capaz de lutar contra esta maquina de guerra organizada pelos grandes capitalistas.
Além disso, a política de torcer para pesquisas eleitorais serve apenas para desorganizar a própria ação dos trabalhadores. Do que serve se iludir para uma pouco provável virada de Haddad? Que beneficio trará à mobilização popular a depressão pós-eleição, quando todas as fichas são depositadas em algo que não trará retorno às reivindicações populares?
Por isso, é preciso quebrar estas ilusões e acabar com a política a reboque da burguesia de confiança nas instituições e nas pesquisas. A provável derrotar de Haddad em São Paulo não pode ser motivo para colocar toda a direção do movimento no principal estado do País em depressão por uma eleição. E preciso focar na mobilização popular independente do que ocorra, tendo como política não a confiança nas instituições, mas sim, na mobilização dos trabalhadores.
https://causaoperaria.org.br/2022/em-sa ... pesquisas/
Em São Paulo, esquerda continua confiando nas pesquisas
Não pode haver ilusão, o golpe não quer o PT vitorioso em São Paulo

As mais recentes pesquisas eleitorais, as mesmas que erraram de maneira grosseira os resultados de primeiro turno em todo País, vem dando uma tendência de crescimento da candidatura de Fernando Haddad (PT) contra o candidato de Jair Bolsonaro, Tarcísio de Freitas (Republicanos). No entanto, no lugar de uma campanha séria, as últimas semanas vem demonstrando uma enorme despolitização da esquerda que decidiu confiar, mais uma vez, nas pesquisas eleitorais organizadas pela burguesia e virar torcida para Haddad em São Paulo.
Os dados apresentados pela pesquisa Badra, encomendada pela Celio Ricardo Silva da Costa Comunicação e divulgada nesta sexta-feira (28), dois dias antes das eleições, mostram que a distância entre Haddad e Tarcísio diminuiu para 4% percentuais, criando um ar de esperança na candidatura petista. Contudo, mesmo estando tecnicamente empatados pela margem de erro do levantamento, a confiança de uma virada na reta final é mais uma das ilusões da esquerda pequeno-burguesa.
No cenário nacional, onde Lula ainda lidera as pesquisas, pode parecer natural ter ilusões, afinal, ele está na frente. Entretanto, no principal estado brasileiro, onde a burguesia montou uma enorme operação para impedir a eleição do PT, crer nas pesquisas burguesas é a última coisa que pode ser feita.
Em São Paulo, a política central da burguesia, neste momento, é impedir a todo custo a eleição de Haddad. Mesmo o candidato petista não sendo alguém como Lula, ligado diretamente ao movimento operário, basta o fato que sua eleição no principal estado da federação poderia fortalecer o PT a nível nacional que a campanha dos golpistas contra Haddad tornou-se um fato.
Tarcísio não é o candidato principal da burguesia em São Paulo, no entanto, um eventual governo seu seria para os golpistas um fator “menos pior” do que permitir a ascensão do PT no estado. Esse mesmo cenário se repete a nível nacional, onde os capitalistas montam uma grande operação para impedir a eleição de Lula, que apenas se sustenta, ao contrário de Haddad, devido a sua grande mobilização popular.
A política de acreditar cegamente nas pesquisas e fazer torcida nas eleições foi posta a prova durante o primeiro turno. Com a fraude se desenvolvendo rapidamente contra as candidaturas do PT, e na busca de garantir a continuidade do regime golpista, o partido vem sendo atacado de todos os lados nestas eleições. Apenas uma candidatura capaz de mobilizar os trabalhadores é capaz de lutar contra esta maquina de guerra organizada pelos grandes capitalistas.
Além disso, a política de torcer para pesquisas eleitorais serve apenas para desorganizar a própria ação dos trabalhadores. Do que serve se iludir para uma pouco provável virada de Haddad? Que beneficio trará à mobilização popular a depressão pós-eleição, quando todas as fichas são depositadas em algo que não trará retorno às reivindicações populares?
Por isso, é preciso quebrar estas ilusões e acabar com a política a reboque da burguesia de confiança nas instituições e nas pesquisas. A provável derrotar de Haddad em São Paulo não pode ser motivo para colocar toda a direção do movimento no principal estado do País em depressão por uma eleição. E preciso focar na mobilização popular independente do que ocorra, tendo como política não a confiança nas instituições, mas sim, na mobilização dos trabalhadores.
https://causaoperaria.org.br/2022/em-sa ... pesquisas/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI