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O voto deveria ser impresso?

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Chapolin Gremista
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Mensagem por Chapolin Gremista » 26 Set 2022, 01:23

NOTÍCIAS
O que prepara o TSE?
Tchutchuca dos militares, Xandão abandona ideia de urnas sagradas
Acordos com as forças armadas levantam suspeitas sobre atuação do TSE em defesa da sacralidade das urnas eletrônicas

ImagemMinistro Alexandre de Moraes, presidente do TSE – Foto: divulgação

O processo eleitoral e, sobretudo, as urnas eletrônicas foram elevadas à categoria de coisas sagradas, tornaram-se quase objetos de culto e veneração. O responsável por tal elevação e guardião do dogma da infalibilidade, incorruptibilidade das urnas e do processo eleitoral não é outro senão o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Por meio de uma campanha de perseguição e censura, todas as vozes que condenaram, levantaram críticas ou mesmo propostas de melhoria foram punidas e tiveram suas opiniões classificadas como fake news, vejamos o próprio inquérito das Fake News e a censura nas redes sociais a toda opinião critica as urnas ou ao processo eleitoral. Por meio deste expediente repressivo o TSE impôs ao povo a opinião “correta” sobre as urnas e o processo eleitoral, como outrora a inquisição impunha sobre os dogmas da religião cristã.

No entanto, existe uma instituição que está autorizada a tratar as urnas e o processo eleitoral como assunto temporal, mudando as Forças Armadas brasileiras. E justamente sob o comando daquele que procurou ser o mais inflexível e ardoroso defensor do dogma contra as heresias (opiniões contrárias) que as forças armadas estiveram mais à vontade para o assunto como parte dos assuntos deste mundo. Sob o comando do recém-empossado ministro Alexandre de Moraes, o TSE firmou aceitou uma sugestão das forças armadas para um teste, que coloca em dúvida o dogma.

A Corte superior incluiu, a pedido das Forças Armadas, a biometria e a presença de eleitores voluntários para o chamado teste de integridade das urnas eletrônicas. Trata-se de averiguar a confiabilidade das urnas, se os votos registrados correspondem aos depositados. Os testes ocorreram em 640 urnas, sendo 56 delas com a implementação de biometria. A sugestão acatada é muito mais herética que qualquer crítica expressa nas redes sociais, censuradas e punidas pelo mesmo Alexandre de Moraes.

Também as opiniões expressas pelo presidente Jair Bolsonaro, que não trata as urnas como objeto de adoração como impõe o TSE, passam batido pela Corte. Bolsonaro inclusive falou da sala secreta do TSE onde seria decidida as eleições e colocou sistematicamente as urnas eletrônicas em dúvida. Aparentemente essas duas vozes estão autorizadas a tratar o assunto como meras questões do mundo físico. Para os demais, impõe-se que tratem com o devido respeito, como se deve a religião em uma teocracia.

Pode-se ver claramente no fato de o PCO ter sido incluído no inquérito das Fake News, dentre muitos outros que também aí estão sofrendo, por levantar críticas ao processo eleitoral, as urnas e as pessoas que o conduzem além de propor mudanças democráticas.As próprias redes sociais, monopólios capitalistas, estão orientadas a excluir conteúdos de postagens que ridicularizem ou ponha em suspeição a sacralidade estabelecida pelo TSE.

A atitude descrita acima, de que uma corte estabeleça que o conjunto da cidadania não possa questionar livremente um aspecto do regime político, da res pública, já é por si só um uma espécie de tirania, mas podemos ver também a atitude que ficou caracterizado pela anedota, tchutchuca com os poderosos, tigrão com o povo. As críticas contundentes dos militares e do presidente, um político burguês, foram ou ignoradas ou mesmo acatadas pelo TSE, já as críticas do povo, da esquerda, apenas reprimidas.

Há ainda algo a mais, o TSE, sob a gestão de Alexandre de Moraes tem se reunido com o ministro da defesa com mais frequência, além de dar mais espaço à voz dos militares. O ministro Alexandre de Moraes acabou de autorizar o uso das Forças Armadas em mais de 500 municípios de 11 estados do país para ajudar na segurança da votação, sob o pretexto de atender ao pedido dos órgãos eleitorais locais. A decisão foi confirmada pelo plenário da corte.

O TSE que não aceita do povo que se coloque sob o processo eleitoral e as urnas a mais remota dúvida, tem como parceiro na condução da eleição a instituição que mais duvida das eleições e que está, ao menos nos seus estratos superiores, está a serviço de um dos lados, do Bolsonaro, nas eleições que eles mesmos vão fiscalizar e dar segurança. Há algo de podre no reino do Brasil, e não seria de se estranhar se o resultado das eleições não correspondesse ao anseio das massas hoje expresso massivamente no apoio a candidatura Lula.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... -sagradas/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por Chapolin Gremista » 04 Out 2022, 18:25

NOTÍCIAS
Eleições 2022
Eleitores de cidade no Amazonas utilizam voto impresso
Cidade de Coari, no Amazonas, teve problemas com as urnas eletrônicas e precisou utilizar o voto em cédula

ImagemCoari – AM – Reprodução

Mesmo demonizando as cédulas de papel, foi o recurso que salvou as eleições neste último domingo, 02 em Coari, cidade ha 450km do Amazonas. A urna de lona e as cédulas de papel, substituíram uma urna eletrônica que deu defeito durante a votação.

Muitos reclamaram que a cidade “atrasou” o resultado nacional, porém lá é possível que se recontem os votos, ao contrário de muitos estados, onde resultados completamente fora das previsões e pesquisas não devem ser questionados, por não terem como ser conferidos.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... -impresso/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 06 Out 2022, 06:38

NOTÍCIAS
Fraude?
Esquerda continuará rezando para a santa urna eletrônica?
De Lorenzoni à Tarcísio, bolsonarismo cresce de um dia para o outro. A esquerda vai denunciar esse quadro?

ImagemÉ apenas mobilizando o povo que a fraude eleitoral pode ser derrotada. Caso nada seja feito, a extrema-direita poderá surpreender mais uma vez no segundo turno. – Foto: Reprodução

O primeiro turno das eleições brasileiras foram marcados pela crise em torno das pesquisas eleitorais e das urnas eletrônicas. Bolsonaro, vendo-se cada vez mais longe, segundo as pesquisas da burguesia, da candidatura de Lula, anunciou que as eleições estavam sendo completamente fraudadas. Por outro lado, a esquerda, que sempre desconfiou no regime político, decidiu tornar-se a maior defensora das pesquisas controladas pela Globo, da urna eletrônica, de Alexandre de Moraes, e de toda a suposta lisura das eleições.

Era festa, até que chegou o resultado da votação e a esquerda que tanto defendeu a lisura de todo processo levou um susto ao saber que fora derrotada em grande parte do País e que Bolsonaro, o candidato supostamente morto, teria crescido mais de 10% em apenas 24h. A palavra “desespero” estava em alta no Twitter, denotando a total falta de política da esquerda nacional.

Em todo o País, o “inesperado” aconteceu, sobretudo na região mais importante eleitoralmente, o sul e sudeste.

No Rio Grande do Sul, esperava-se a entrada do candidato do PT em segundo turno disputando com Eduardo Leite, atual governador tucano do estado. Além disso, Olívio Dutra (PT) era dado como vitorioso no senado, muito acima do bolsonarista Mourão. No entanto, como em todo o Brasil, os tucanos caíram exponencialmente e o bolsonarismo ascendeu sem qualquer explicação matemática, ultrapassando também toda a esquerda. Onyx Lorenzoni, candidato de Bolsonaro ao governo, saltou três posições e mais de 10 pontos percentuais, entrando em primeiro lugar no primeiro turno. Mourão, de repente, foi eleito e Bolsonaro ultrapassou Lula na contagem final.

No Paraná, o caso se repetiu com o aparecimento de figuras importantes do regime golpista sendo eleitas, como o procurador Deltan Dallagnol e o ex-juíz Sérgio Moro, ambos os principais nomes da operação Lava Jato. Em São Paulo, Haddad, dado como primeiro colocado em todas as pesquisas, com grande vantagem, foi superado por Tarcísio de Freitas, também em apenas 24h segundo as pesquisas. No estado, Lula que também ganharia, vencendo parte fundamental do eleitorado nacional, o que poderia consagrá-lo em primeiro turno, foi ultrapassado vertiginosamente por Bolsonaro.

De norte a sul, a chamada “onda bolsonarista”, sem qualquer explicação matemática, não vista pelas pesquisas burguesas nas 24h que antecediam as eleições, tomou conta, impedindo que Lula fosse vitorioso e acirrando ainda mais as eleições nacionais, colocando a maior bancada de extrema-direita da história.

Sobre este assunto, o Presidente Nacional do Partido da Causa Operária, Rui Costa Pimenta, analisou a situação. Rui destacou a fraude das pesquisas, que serviu para segurar a própria campanha da esquerda e a revelação contraditória das urnas eletrônicas. Fato é que Bolsonaro ficou a frente de Lula por mais de quatro horas de apuração, um resultado totalmente inesperado e que mostrou uma tomada da extrema-direita do regime político em crise.

Com toda esta disparidade, fica a dúvida sobre o que a esquerda irá fazer em relação a sua postura sobre as eleições. Irá denunciar a operação golpista e mobilizar os trabalhadores? Ou irá continuar confiando cegamente no regime golpista e na lisura das eleições?

Outra dúvida que fica: se Bolsonaro terminasse, como por muito tempo ficou, a frente de Lula nas eleições, a esquerda denunciaria a fraude eleitoral? Ou aceitaria o resultado farsesco contra os trabalhadores?

Assim como declarou Rui Costa Pimenta, o resultado do primeiro turno serviu para mostrar que a campanha de alianças do PT com a burguesia tem como único resultado a derrota dos trabalhadores. A direita tradicional afundou totalmente nestas eleições junto a todo regime político, a extrema-direita cresce e derruba todos aqueles atrelados ao chamado “centrão”. Para que a campanha de Lula saia vitoriosa, é preciso se colocar como o verdadeiro candidato antissistema, contra o golpe e em defesa dos direitos dos trabalhadores.

É apenas mobilizando o povo que a fraude eleitoral pode ser derrotada. Caso nada seja feito, a extrema-direita poderá surpreender mais uma vez no segundo turno.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... letronica/
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Mensagem por E.R » 12 Out 2022, 01:09

A questão da biometria nessa eleição, teve gente que passaram o dedo umas quatro ou cinco vezes, deviam pedir para quem não cadastrou a biometria no TRE (e nos tribunais eleitorais de cada região) para fazerem o cadastro diretinho da biometria para quando chegar o dia de votação não precisarem passar o dedo inúmeras vezes para fazer a biometria e não formar filas.

O TSE faz tudo errado.
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Mensagem por Dias » 12 Out 2022, 01:30

Mas em 2019 o TSE pediu para que cadastrassem a biometria naquele ano. Alguns eleitores tiveram a biometria cadastrada nas eleições de 2018. Se a pessoa não cadastrou, não é culpa do TSE, ou se cadastrou e mesmo assim precisou passar várias vezes o dedo, pode ser que as digitais da pessoa tenham sido danificadas, prejudicando a leitura do aparelho. Minha mãe cadastrou em 2018 e precisou passar o dedo várias vezes.
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Mensagem por E.R » 12 Out 2022, 01:33

Em 2019, o cadastro da biometria não foi obrigatório.

O pessoal mais velho geralmente tem mais problemas com digitais e gente que trabalha com jardinagem ou que trabalha no campo mexendo com plantas também costumam ter mais problemas com biometria.
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Mensagem por Chapolin Gremista » 16 Out 2022, 04:21

NOTÍCIAS
SANTAS E IMACULÁVEIS
Tudo pode ser fraudado, menos as urnas
O Brasil é o país mais honesto do mundo quando se trata de urna, só não vê quem não quer.

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Diante da possibilidade de que Lula perca as eleições, toda uma parcela da esquerda pequeno-burguesa acordou, pelo menos parcialmente. Já se admite que a campanha do Lula precisa largar os golpistas e adotar um aspecto mais popular, outra realidade finalmente reconhecida é que as eleições têm boa dose de fraude. Contudo, como o pequeno-burguês não consegue ir muito além do que diz a imprensa burguesa, que exerce uma enorme pressão sobre os círculos sociais bem-pensantes, e acusa fraude em tudo, menos para as urnas.

É claro que a fraude abrange muitos aspectos do processo eleitoral, justamente por isso não podemos confiar ou dar por garantido nenhum desses aspectos, muito menos o mais importante: a urna e a contabilização dos votos.

A esquerda pequeno-burguesa adora fazer análises culturalistas da sociedade brasileira, fala do jeitinho brasileiro, nosso povo seria corruptos em tudo… menos no que tange as eleições e as urnas eleitorais, essas últimas são imaculáveis e divinas graças ao poder da tecnologia.

Algumas maneiras de fraudar uma eleição

Comprando votos

Corretamente, algumas pessoas apontaram para o mais óbvio: Bolsonaro gastou bilhões da máquina pública na compra de votos. O já muito conhecido orçamento secreto certamente trouxe muitos votos para Bolsonaro. O presidente e o atual ministro da economia passaram de ferrenhos neoliberais e defensores do laissez-faire para bondosos distribuidores de renda, aumentando os programas sociais existente e subsidiando o preço da gasolina. Bolsonaro foi praticamente obrigado a dar o auxílio emergencial para a população sob risco de uma levante popular e parlamentar (estes acuados pelo povo), agora, coincidentemente em ano de eleição, aumenta o auxílio, mas só até o final desse ano. Fosse o PT a fazer esta política, todos os seus militantes estariam presos. Com o orçamento secreto, é inegável que Bolsonaro comprou o apoio de uma parcela grande da população.

Fraudando as pesquisas

Não foi engano algum, a enorme discrepância entre o que apontavam as pesquisas e o resultado do primeiro turno, a burguesia manipulou as pequisas para tentar frear Bolsonaro no primeiro turno, para que este não atropelasse mais do que necessário a esquerda e sobretudo a direita tradicional. Mostrando que Lula estava praticamente ganho do primeiro turno, as pesquisas conseguiram frear a campanha do petista, que achava que já estava ganho, adotando, portanto, uma postura muito mais à direita e tímida, como a campanha de Bolsonaro, acuando seus eleitores e tentando diminuir a transferência de voto de Bolsonaro para seus candidatos ao governo e ao legislativo. O já ganhou teve um efeito devastador sobre a campanha do PT, isso é claro, mas não podemos medir corretamente o impacto que teve sobre a campanha de Bolsonaro, poderia ser o atual presidente ter ido pro segundo turno em primeiro lugar? Talvez, fato é que no quesito estadual, Bolsonaro foi o franco vencedor das eleições, elegeu a maior bancada do Congresso das últimas duas décadas e meia. Essa prática de fraudas as pesquisas não é de agora, sempre foi usada para poder conter um candidato e fazer outro parecer maior do que é afim “dar um tranco” em sua candidatura, lembrando do caso de Aécio em 2014, que na reta final das eleições saiu do terceiro lugar para ir para o segundo turno contra Dilma. A fraude foi tão grande esse ano que o antigo IBOPE se dividiu em dois, uma parte da empresa para pesquisas eleitorais, pronta para ser descartada depois de um enorme fracasso em suas pesquisas, e outra parte preservada para as pequisas de audiência e outros serviços afins. Vale ressaltar o caso Datafolha que trocou toda sua equipe esse ano e pela primeira vez não realizou e pesquisa de boca de urna.

Quem tem a máquina tem quase tudo

Desde que Fernando Henrique Cardoso alterou, através da emenda constitucional de revisão n.º 5, de 1994, a constituição brasileira permitindo a reeleição, todos os presidentes que se elegeram conseguiram a reeleição. Ter a máquina do estado trabalhando para você é uma vantagem muito grande sobre seu concorrente. Bolsonaro tentou impedir o passe livre para que as pessoas pudessem votar no dia da votação, sabendo que a parcela mais pobre vota tradicionalmente na esquerda. Outra possibilidade de fraude foi denunciada por um colunista do 247, Fernando Horta, que diz :

“Na eleição de 2022 vimos isso acontecer. Jovens negros sendo presos e aviltados por “boca de urna”, enquanto cabos eleitorais da extrema-direita enfestavam o entorno das seções, inclusive adesivando os próprios locais de votação, bastante próximos às urnas. E tudo isso com a anuência de mesários que iam votar com as cores dos candidatos da mesma extrema-direita.

Aliás, o voluntariado para atuar nessa eleição foi incomumente alto. Não é sem errado dizer-se que houve um movimento coordenado para povoar as seções com mesários lenientes com práticas ilegais perpetradas por apenas um lado da eleição.”

Urnas
Outro colunista do 247, lembra da fraude em eleições passadas, com urnas sendo levada para casa durante a República Velha, e, mais recentemente, do famoso episódio envolvendo Brizola no Rio de Janeiro:

“As fraudes em votações eram corriqueiras na eleição brasileira antes da urna eletrônica. Muitos ainda se recordam das urnas grávidas, do voto de cabresto, do roubo de urnas, do voto formiguinha, do sumiço de boletins de urnas, da adulteração de atas e até mesmo o famoso escândalo da Proconsult no Rio de Janeiro. Conjugado com o voto em cédula, o sistema de apuração montado pela empresa de mesmo nome direcionava votos para o candidato do PDS, Moreira Franco, contra o trabalhista Leonel Brizola. O mecanismo da fraude era desviar votos brancos e nulos, para derrotar Brizola em 1982 ao governo do estado. A apuração paralela, contratada pelo PDT, diagnosticou a fraude e impediu que ela se consumasse. Esse terror começou a desaparecer a partir do desenvolvimento da urna eletrônica em 1996, efetivada pelo ministro Carlos Velloso, inicialmente em 57 cidades e 5 anos depois implantada com sucesso em todo o país.”

Estranho pensar que depois de 1996, todos os problemas envolvendo as urnas eletrônicas foram resolvidas no Brasil, através de um simples ação do TSE, o Brasil resolveu um problema secular. Mais estranho ainda é que outros países mais desenvolvidos, como EUA, França, Alemanha, Itália, Japão, Canadá… a lista é longa, com praticamente todos os países do mundo (alguns até usam um sistema mesclado), com exceção do Brasil, Bangladesh e Butão que superaram todos os demais e adotaram a urna eletrônica sem comprovante de voto. Talvez seja um peculiaridade de países atrasados que começam com B!

No Brasil, onde até eleição de condomínio e Centro Acadêmica são fraudadas, onde a burguesia consegue se safar de qualquer lei e o juiz dobra contra o cidadão comum, a população pode dormir tranquila porque os algozes do povo não se atrevem a fraudar as urnas que eles mesmo controlam.
A eleição deveria ter um processo auditável pela população, o mais comum dos cidadãos deveria ser capaz de entender e reproduzir o processo de escrutínio, o que não acontece com a urna eletrônica. Para entender como funciona essa é preciso entender de programação, o que excluí a esmagadores maioria da população. Um simples pen drive ou um algorítimo já embutido quem sabe poderia alterar o resultado final da eleição. Mas isso não pode sequer ser debatido. Ao apontar esse fato e suscitar esse debate, a imprensa burguesa e os bem pensantes se furtam ao debate e partem para ataques, taxando o outro de “conspiracionista” ou “louco”.

Loucura é acreditar que toda a corrupção do sistema capitalista termina ou se detém com uma simples urna eletrônica.

https://causaoperaria.org.br/rede/dco/o ... -as-urnas/
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Mensagem por Billy Drescher » 18 Out 2022, 18:05

Dias escreveu:
12 Out 2022, 01:30
Mas em 2019 o TSE pediu para que cadastrassem a biometria naquele ano. Alguns eleitores tiveram a biometria cadastrada nas eleições de 2018. Se a pessoa não cadastrou, não é culpa do TSE, ou se cadastrou e mesmo assim precisou passar várias vezes o dedo, pode ser que as digitais da pessoa tenham sido danificadas, prejudicando a leitura do aparelho. Minha mãe cadastrou em 2018 e precisou passar o dedo várias vezes.
O problema desse ano é que todo mundo, mesmo quem não estava cadastrado no TSE, votou por biometria e isso atrasou tudo.
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Mensagem por Chapolin Gremista » 09 Nov 2022, 16:14

NOTÍCIAS
CONTESTANDO VITÓRIA DE LULA?
Militares devem entregar hoje relatório sobre urnas
Se as urnas foram "fraudadas", como dizem muitos bolsonaristas, certamente foi para tentar impedir vitória de Lula

O Ministério da Defesa promete entregar hoje (09), o relatório com suas conclusões sobre o processo eleitoral nacional. O prazo seria de 30 dias, mas o atual presidente Jair Bolsonaro pressionou para que saísse antes dos 30 dias estipulados.

“Brevemente teremos as consequências do que está acontecendo”, afirmou ele, na última segunda-feira (7) quando perguntado sobre as expectativas do relatório.

Junto com o discurso de democracia das eleições do TSE e todo o judiciário em comum, o Comando do Exército não tem intenção de questionar o resultado das urnas, mas deve apresentar ressalvas, como a de que nenhum sistema informatizado está 100% blindado e precisa de aprimoramento, ou seja, o risco de fraude é “quase zero, mas não é zero”, segundo Bolsonaro.

os bolsonaristas que estão acampados em quartéis pelo Brasil afora estão ansiosos pelo relatório que, segundo eles acreditam, mudarão o cenário atual drásticamente. Apesar de já ter sido dito que é uma relatório de acompanhamento e performance e não de mudança de resultados.


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Mensagem por Barbano » 10 Nov 2022, 09:35

E.R escreveu:
10 Nov 2022, 09:13
Deveria ter voto auditável a partir da eleição 2024.
Já tem há décadas

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Mensagem por E.R » 10 Nov 2022, 10:22

O que falo é a pessoa votar na urna eletrônica e depois sair um papel mostrando em quem a pessoa votou e depois esse papel ser depositado em um lugar para que depois possam fazer uma checagem (auditoria).

É como se fosse uma urna eletrônica mais moderna.

E que o ministro Barroso atuou para impedir que fosse implantada na eleição desse ano.
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Mensagem por Luciano Junior » 10 Nov 2022, 11:15

Esse modelo híbrido seria uma boa opção. 100% impresso ou 100% digital tem seus riscos. Inclusive alguns países da América Latina implementaram esse modelo (com cada cédula imprimida pela urna tendo um chip único pra evitar alterações).

Mas ainda acho que o código-fonte da urna deveria ser liberado.
Esses usuários curtiram o post de Luciano Junior (total: 1):
E.R
"The time has come to make a decision. Are we in this thing alone, or are we in it, together?"

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Mensagem por Chapolin Gremista » 10 Nov 2022, 17:56

NOTÍCIAS
ELEIÇÕES 2022
Forças Armadas entregam relatório sobre as urnas eletrônicas
A principal discussão que deveria ter sido feita é em relação à mobilização da burguesia, enquanto classe, para impedir a vitória de Lula



Nessa quarta-feira (09), as Forças Armadas entregaram seu relatório sobre as urnas ao Superior Tribunal Eleitoral (TSE) relativo às eleições de 2022. Após questionamentos do presidente ilegítimo Bolsonaro, os militares se comprometeram a realizar uma auditoria do pleito para aferir a lisura do processo eleitoral.

“OMinistério da Defesa informa que, no próximo dia 9 de novembro, quarta-feira, será encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o relatório do trabalho de fiscalização do sistema eletrônico de votação, realizado pela equipe de técnicos militares das Forças Armadas”, disse o Ministério da Defesa em comunicado.

Em setembro de 2021, o então presidente do TSE, o ministro Barroso, convidou as Forças Armadas a compor a Comissão de Transparência das Eleições. Entretanto, desde que assumiu a presidência do órgão, neste ano, Alexandre de Moraes, o skinhead de toga do Supremo Tribunal Federal (STF), assumiu uma postura de guerrilha entre o judiciário e os militares. Todavia, Xandão deu para trás poucas semanas antes das eleições, jogando no lixo toda a sua retórica de que ninguém poderia contestar as urnas ao acenar ao exército e realizar um acordo permitindo que realizasse uma certa auditoria.

Ao mesmo tempo, os militares também diminuíram o tom de suas denúncias, cedendo a Alexandre de Moraes atingindo o que aparenta ser um meio termo. Nesse sentido, o relatório, que ainda será divulgado, provavelmente não tocará nos principais pontos que demonstram que, apesar da vitória de Lula, o pleito beneficiou Bolsonaro.

Em outras palavras, não denunciará as arbitrariedades cometidas por Alexandre de Moraes sobre o tratamento que ele deu a Bolsonaro. Afinal, Xandão não combateu as ditas fake news bolsonaristas, permitiu com total anuência a coação patronal nas empresas, que atingiu milhares de trabalhadores, e, no dia do segundo turno, fechou os olhos para as operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que, ao contrário do que afirmou o ministro, efetivamente impediram eleitores de Lula de votar.

Finalmente, as urnas, o foco do relatório das Forças Armadas, não são a única forma pela qual se monta uma fraude nas eleições. Todos os acontecimentos citados acima contribuem para isso e, assim, órgãos como o TSE, o STF e as polícias militares passarão ilesos da suposta auditoria militar que, até então, não pode nem mesmo ser considerada como uma auditoria séria.

No momento em que a burguesia estava se mobilizando enquanto classe para impedir a vitória de Lula, era possível denunciar, discutir e escancarar o tamanho da manipulação da votação do domingo. Entretanto, nesse momento, a imprensa burguesa, o judiciário e demais instituições representativas dos patrões esconderam completamente essa discussão.

Agora, o debate em relação à validez das urnas, na esfera proposta pelos militares, foge completamente do controle popular. É uma discussão técnica que poucos dominam, que poucos têm acesso e que, no final, está sobre o controle da burocracia das Forças Armadas.

Ou seja, quem vai determinar se as eleições são legítimas ou não são os militares, e não o povo que, antes, tinha total condição de participar completamente do debate proposto no decorrer das duas últimas semanas antes do segundo turno. Este último ficará completamente fora do processo. Não significa que, necessariamente, a burguesia, por meio dos militares, armará um golpe para impedir a posse de Lula. Mas, o ponto é que, caso queira, terá todas as armas que precisa em mãos para fazê-lo, escondendo, mais uma vez, o golpe por meio de uma discussão completamente técnica e esdrúxula.


https://causaoperaria.org.br/2022/forca ... etronicas/
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Na sua opinião: O voto deveria ser impresso?

Mensagem por Chapolin Gremista » 13 Nov 2022, 00:34

NOTÍCIAS
O QUE O RELATÓRIO MOSTROU
Esquerda não deveria defender a caixa preta das urnas
Resistência do TSE em apresentar todos os dados para perícia abre brecha para que eleições sejam contestadas


As Forças Armadas entregaram, na última quarta-feira (9), o seu relatório sobre o funcionamento e a segurança das urnas eletrônicas utilizadas no processo eleitoral de 2022. No documento, os “especialistas” concluem que não foi possível detectar fraude nas eleições, mas, ao mesmo tempo, alegam que as máquinas não são perfeitamente seguras e ainda criticam a falta de informações fornecidas pelo TSE.

Para os setores mais otimistas, que vivem em um mundo cor de rosa e qualquer notícia é obrigatoriamente positiva, o relatório significaria a “posse antecipada” de Lula. Seria o desfecho do segundo turno, a garantia de que o resultado não será contestado. Trata-se, no entanto, de uma análise irresponsável. Embora os militares não tenham apontado a ocorrência de fraude, o relatório deixa brechas para que, no futuro, a eleição seja apontada como ilegítima. Basta ver os trechos abaixo:

“É importante registrar que o TSE definiu limites de acesso ao sistema, o que dificultou a análise dos códigos-fonte […] foram autorizadas somente análises estáticas, ou seja, foi impossibilitada a execução dos códigos-fonte […} não foi autorizado o acesso ao sistema de controle de versões do SEV […] não há certeza de que o código presente nas urnas é exatamente o que foi verificado”

Ou seja, no final das contas, as Forças Armadas disseram apenas que não encontraram fraude, e não que não houve fraude. Em outras palavras, afirmaram que não é possível assegurar a confiabilidade da urna eletrônica, uma vez que seus mecanismos são sigilosos até mesmo para os militares. Seguindo essa lógica, confiar na urna eletrônica seria um ato de fé, não há nada de técnico ou de científico nisso.

Na medida em que o TSE se recusa a fornecer todas as informações sobre a urna, a desconfiança de que há algo de podre se torna ainda maior. Notem que o TSE se recusou a dar o código-fonte não para a equipe do governo Lula, mas para as Forças Armadas, que é cúmplice sua na manutenção do regime político! Quer dizer, é uma caixa preta, ninguém, absolutamente ninguém, a não ser os funcionários sob a tutela de Alexandre de Moraes, o homem que lavou as mãos para a coerção patronal no final do segundo turno e mandou derrubar os perfis do PCO na internet, sabem o que tem nela.

Se as Forças Armadas utilizarão isso para insinuar uma fraude eleitoral no futuro, não se sabe. Mas uma coisa é certa: a esquerda não deveria compactuar com o esquema sigiloso do TSE. Por um lado, estará endossando uma urna que ninguém sabe como funciona, e que muito bem pode se voltar contra os interesses dos trabalhadores. Por outro, estará estimulando, neste caso, a desconfiança no sistema eleitoral que, por causa das contradições do regime, acabou permitindo a vitória eleitoral de Lula.

https://causaoperaria.org.br/2022/esque ... das-urnas/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 25 Nov 2022, 07:44

Ditadura.


NOTÍCIAS
DITADURA DO JUDICIÁRIO
Questione a santa urna eletrônica e seja queimado na fogueira
Alexandre de Moraes demonstra, mais uma vez, que não será tolerado qualquer tipo de questionamento acerca do processo eleitoral ao perseguir politicamente o PL


Nessa quarta-feira (23), o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), rejeitou uma ação apresentada pelo Partido Liberal (PL), partido de Jair Bolsonaro, que pedia a anulação dos votos em mais de 279 mil urnas utilizadas no segundo turno das eleições deste ano.

Entretanto, além de simplesmente recusar a ação, o skinhead de toga do Supremo Tribunal Federal (STF) impôs uma multa de cerca de R$23 milhões sob a acusação de “má-fé”. Ademais, suspendeu o fundo partidário de todas as legendas que fazem parte da coligação Pelo Bem do Brasil, nominalmente, o PL, o Republicanos e o Progressistas (PP).

Por fim, Moraes encaminhou à Corregedoria-Geral Eleitoral a instauração de um procedimento administrativo para apurar “possível cometimento de crimes comuns e eleitorais” em relação à atuação de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, e Carlos Rocha, engenheiro responsável pelo instituto que elaborou o relatório utilizado como base pela ação do PL. Ambos também foram incluídos no Inquérito das Milícias Digitais.

Em primeiro lugar, é preciso dizer que a legislação brasileira não prevê nenhum tipo de punição por supostamente agir de má-fé. Decerto que é uma prática que não agrada os olhos do judiciário, mas não é um crime. Por princípio, a decisão de Moraes é, então, antidemocrática e inconstitucional, utilizando os chamados crimes de opinião como justificativa para levar adiante os seus próprios interesses.

Finalmente, independentemente do que pretende o partido de Bolsonaro, fato é que a ação encaminhada ao TSE é legítima e age conforme a lei, pois, ao reivindicar a atuação do tribunal, age como pessoa jurídica livre. Fundamentalmente, trata-se de um cidadão acionando um serviço público para que cumpra com as atribuições que a Constituição prevê.

Além disso, o fato de Moraes ter negado o processo simplesmente por considerar que a ideologia apresentada é “golpista” demonstra um caso de perseguição política. É o mesmo, por exemplo, que uma escola pública negar a matrícula de um filho pelo posicionamento político de seus pais.

A situação em questão pode ser colocada em termos mais claros. Digamos que, na época do massacre do Jacarezinho, determinado ativista dos direitos humanos fosse ao judiciário brasileiro pedir informações e explicações acerca da chacina. Ao invés de auxiliar o cidadão, o órgão público se recusa a cumprir com o seu dever legal e, então, inicia um processo contra o ativista lhe acusando de associação com o crime. É completamente esdrúxulo.

Fica claro que a decisão contra o PL é simplesmente absurda do ponto de vista jurídico e demonstra que a burguesia continua perseguindo os direitos democráticos do povo por meio da demagogia da defesa das “instituições democráticas”. Moraes dá o aviso de que, se você questionar a santa urna eletrônica, será condenado pela Inquisição do Xandão a um suplício tal qual os hereges na Idade Média.

Até porque o PL estava fazendo exatamente isso: questionando determinado aspecto do processo eleitoral, algo completamente válido, inclusive, enquanto partido político que efetivamente participou do pleito.

A esquerda brasileira não deve continuar defendendo as medidas absolutamente ditatoriais de Alexandre de Moraes e, no geral, do judiciário brasileiro. O caso do Partido da Causa Operária (PCO) mostra que, no final, são precedentes que servem para atacar os trabalhadores e as suas organizações. Portanto, devem ser denunciados e combatidos, pois a defesa dos direitos democráticos deve ser absoluta, até mesmo para os maiores inimigos políticos da classe operária.



https://causaoperaria.org.br/2022/quest ... -fogueira/
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