Arkantos escreveu:Don CHelipe escreveu:Acho que ai é o grande ponto que temos que analisar: nomes das chamadas "músicas clássicas" não causaram um impacto tão grande quanto os cabeludos de Liverpool. Os Beatles foram o primeiro grande produto da mídia, em qualquer lugar do planeta são conhecidos.
Depende do tipo de impacto analisado. Se for por popularidade, você tem razão. No entanto, estou me referindo mais à influência sobre vários estudiosos de música (talvez o Barney também esteja se referindo a isso). Geralmente, qualquer pessoa que estuda música seriamente, incluindo vários aspectos de teoria musical, estuda os grandes mestres desses períodos (não sou um estudioso, mas confesso que tenho um certo interesse em estudar seriamente teoria musical no futuro, mesmo que seja num período bem distante).
Sobre preferir rock a música clássica, é questão de preferência mesmo. Já curti bastante rock no passado. Atualmente, curto bem menos (estou preferindo música erudita ou jazz). Também tenho interesse em conhecer mais sobre outros estilos (algo que farei no futuro).
Exatamente sobre isso que estou falando Arkantos. Não se trata de popularidade, mas sim excelência. Se todos pararem pra pensar, de onde veio a música? Estudiosos apontam que o primeiro registro do que se entende por "música" hoje, para uma data não precisada, que seria antes de Cristo.
Mas e a real influência, a mais próxima, mas também mais antiga, fica na música erudita, datada em 1445 com o compositor Josquin Des Prés. Daí surge o conceito de "música" (formulação de acordes através da combinação de notas, que por consequência geram uma harmonia entendida como "música"). Acho que esse fato não pode passar despercebido. É a velha questão, o que veio primeiro: "O ovo ou a galinha?" Enfim, no meu entendimento se não houvesse a fase da música que hoje é chamada de "erudita", nada existiria, pois alguém tem que dar o primeiro passo né? Aí não estamos falando de popularidade, muito menos impacto.
Quanto a preferir o rock à música erudita também acho que é uma questão personalíssima, cada um com seus gostos. Mas o que reitero é que: A música erudita não pode passar despercebida, pois sem ela, com certeza não existiriam os Beatles, Sinatra, Stones, Bon Jovi, etc. Enfim, os "grandes nomes" mais perto do século em que vivemos.
Eu particularmente sou um cara que escuto de tudo e mais um pouco. O que me agrada eu ouço. Tenho a particularidade de conseguir ouvir Hilary Duff e Metallica, por ex. Quando se estuda música desde cedo (comecei piano com 6 anos de idade), essa transição fica mais fácil e o preconceito deixa de existir, afinal, o músico analisa minuciosamente todos os aspectos técnicos de certa canção e não só a questão sociológica e popularidade de tal música. Uma boa música tem que ter uma boa letra, uma boa combinação de harmonias, uma boa mixagem...
Anyway, o assunto pode se alongar por horas. Mas por ora é isso.
Ao som de If I Had You, interpretada pelo mestre Sinatrão!
