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O dono da empresa Outsider Sports, Fernando Sampaio de Souza e Silva, foi indiciado em pelo menos dois inquéritos em 2025 por estelionato e é investigado em diversos outros procedimentos nas polícias do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Fernando Sampaio de Sousa e Silva e suas empresas são alvos de mais de 600 processos e registros de ocorrência em todo o Brasil.
Em meio a dívidas e cerca de R$ 2 milhões pagos em acordos nos últimos meses, a empresa oferece pacotes para a final da Libertadores 2025, na cidade de Lima, no Peru.
Torcedores dos clubes já tiveram problemas com a Outsider : em 2022, centenas de torcedores do Flamengo não conseguiram embarcar para a final da mesma competição em Guayaquil, no Equador.
Vários rubro-negros processaram a empresa, venceram as ações na Justiça, mas até hoje não receberam o dinheiro.
“O que a gente fica mais triste é que a empresa continua operando, e que continuam os problemas : Champions League, a própria Libertadores. A gente percebe que a empresa continua lesando as pessoas”, relata Vinicius Leon Cavalcante, de 44 anos, um dos que não conseguiram embarcar para o Equador.
Em 2025, palmeirenses reclamaram de problemas com ingressos para o Mundial de Clubes nos Estados Unidos, segundo a rádio CBN.
O caso motivou a abertura de uma investigação na Delegacia de Defraudações no Rio de Janeiro.
Outras investigações foram abertas este ano, a pedido do Ministério Público, em outra delegacia.
Um inquérito por estelionato tramita atualmente na Justiça de São Paulo.
Em agosto, Fernando Sampaio foi indiciado por estelionato pela 77ª DP (Niterói).
Um dos casos incluído nesse inquérito é o de um cliente que foi a Londres para assistir à final da Champions League de 2024. Contou ter pago por um pacote com ingressos para a partida, além de passagens aéreas, hospedagens e passeio. Segundo ele, os ingressos e o transfer para Wembley não foram entregues.
O cliente e a empresa assumiram uma confissão de dívida, e a empresa ofereceu um pacote de 10 dias em Orlando, com passagens aéreas inclusas. No entanto, mais uma vez as reservas não foram feitas, e o cliente precisou pagar R$ 65 mil do próprio bolso.
Intimado pela delegacia duas vezes, Fernando Sampaio não respondeu e não deu qualquer justificativa para a ausência.
Fernando Sampaio também foi indiciado pela 16ª DP (Barra da Tijuca) pelo mesmo crime (estelionato) e por induzir o consumidor ao erro.
A delegacia também pediu um bloqueio de R$ 28 mil de bens de Fernando Sampaio, das empresas Turismo Esporte e Lazer LTDA e Outsider Turismo LTDA.
O delegado Neilson Nogueira, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), disse que Fernando Sampaio foi intimado três vezes e não compareceu à delegacia e não deu qualquer justificativa.
