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Mensagem por Chapolin Gremista » 17 Nov 2022, 17:06

Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por Chapolin Gremista » 18 Nov 2022, 04:35

NOTÍCIAS
DESVIO DO VERDADEIRO CULPADO
Ataques a obras de arte: um método imperialista
O ataque a obras de arte é um disfarce incentivado pelo imperialismo para acalmar os ânimos dos que são atacados por ele

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Citamos três ataques a obras de arte recentes, um em novembro e dois no mês anterior. No primeiro, ativistas do clima jogaram um líquido preto sobre um quadro do pintor Gustav Klimt num museu na Áustria, o grupo Última Geração Áustria, que faz campanha para que o governo austríaco interrompa novos investimentos em combustíveis fósseis, reivindicou a responsabilidade pelo protesto. O diretor do museu, Hans-Peter Wipplinger, confirmou que nem o quadro, nem a moldura foram danificados.

No segundo, ativistas ambientais do grupo Just Stop Oil jogaram molho de tomate na pintura Girassóis, de Van Gogh, em 14/10, na Galeria Nacional de Londres, no Reino Unido. O objetivo da vandalização era cobrar do governo britânico a suspensão de novos projetos de extração de petróleo e gás. Por ser protegida por vidro, a tela não sofreu nenhum dano. A moldura sofreu arranhões.

No terceiro, um quadro de Claude Monet, da série Les Meules, foi atacado com purê de batata, 23/10. A obra está em exposição no Museu Barberini, em Potsdam, cidade próxima a Berlim, na Alemanha. O grupo ativista pelo clima Letzte Generation, responsável pelo ato, afirmou que a motivação foi a mesma do Just Stop Oil. A pintura não foi danificada.

Diversos motivos podem ser apresentadas para justificar um vandalismo ou um dano a uma obra de arte que, por si própria, não pode fazer nada a não ser expressar um momento da história. A obra é parte da história, quando se ataca parte da história, como protesto a alguma ação nociva cometida contra a sociedade não se está reagindo adequadamente, apenas se está direcionando o ataque a quem não deveria ser o alvo do contra-ataque.

O verdadeiro responsável por tudo de ruim que acontece no mundo é o imperialismo. Sabendo disso e tentando desviar de si a revolta popular, o próprio imperialismo lança mão de movimentos identitários para desviar o foco de si do contra ataque a sua geopolítica invasiva aos governos. O imperialismo objetiva fazer com que se acredite que a destruição ou ataque a alguma obra de arte represente o fim da exploração e de qualquer tipo de violência ambiental contra a sociedade. No caso dos protestos pelo fim da exploração de petróleo por ser nocivo ao meio-ambiente o maior explorador de petrõleo é o imperialismo mesmo, não a sociedade.

O ataque a uma obra de arte que, na verdade, representa a sociedade, não vai minimizar a exploração da sociedade. O objetivo do imperialismo, no incentivo a esses grupos, é mostrar para as câmeras que uma atitude está sendo tomada contra o que seria o inimigo. Os efeitos nocivos do uso do petróleo podem ser minimizados ou ainda outras alternativas ao petróleo pode e estão sendo utilizadas. O uso do petróleo não é o vilão para a sociedade e até promove desenvolvimento. O que prejudica as sociedades é a ação do imperialismo contra as sociedades. Uma obra de arte pode até ser danificada porém o imperialismo vai continuar com sua política de destruição, ou seja, o ataque de populações inteiras, de negros, de mulheres, de minorias de gêneros etc.

A única medida eficaz não seria nem atacar a burguesia financeira, mas sim denunciar o que faz o mercado financeiro quando desapropria um país de seus recursos financeiros, sociais e naturais necessários ao suprimento e desenvolvimento de cada país. Essa é a burguesia que tem que ser combatida, que luta dia e noite contra a classe trabalhadora. A Única maneira de se livrar da opressão provocada pela burguesia financeira é reconhecer e acabar com a possibilidade de ação agressiva que tem. Isso se dá através da revolução socialista, que poderia até ser pacífica porém em última análise seria diverso do caráter beligerante dela própria.

https://causaoperaria.org.br/2022/ataqu ... erialista/
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Artes

Mensagem por Chapolin Gremista » 18 Nov 2022, 20:52

NOTÍCIAS
DIA DE HOJE NA HISTÓRIA
Morre Aleijadinho, maior escultor do Barroco brasileiro
Escultor faleceu em 18 de novembro de 1814

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Aarte barroca floresceu no Brasil graças ao ciclo do ouro em Minas Gerais por volta do final do século XVII e início do século XVIII.

Introduzida no Brasil por força dos jesuítas ,que buscavam atrair os fiéis utilizando a pompa e circunstância própria do estilo, a arte barroca foi alçada pelos artistas de Minas Gerais a um nível ainda mais elevado.

O Barroco mineiro, diferente da arte barroca que já existia no país,importada da Europa para o litoral brasileiro, se caracterizou por seu estilo próprio,proporcionado por diversos fatores,dentre eles o uso de materiais próprios da região na construção das obras como a pedra sabão,o cedro e o próprio ouro.

O tema da religião assim como já acontecia no litoral,se manteve no estilo barroco dos mineiros,porém com algumas particularidades.

Como as ordens religiosas foram proibidas pela Coroa Portuguesa de se instalar em Minas Gerais, o Barroco mineiro foi levado adiante pelas mãos de ordem religiosas parceiras, associações leigas que utilizaram o dinheiro do ciclo do ouro para construir suas próprias igrejas.

As igrejas e capelas idealizadas por essas associações eram em geral construídas em lugares altos e tinham um aspecto simples e sóbrio na parte externa,enquanto a arte barroca iluminava o seu interior com belíssimos forros,colunas,arcadas com belas composições de anjos e santos entre nuvens e halos de glória.

O mais destacado artista dessa época foi Antônio Francisco Lisboa, vulgo Aleijadinho. Nascido em Ouro Preto em 29 de agosto de 1738 e falecido em 18 de novembro de 1814, Aleijadinho compôs ao lado de Manoel da Costa de Ataíde e Mestre Valentim, o principal círculo de artistas do Barroco mineiro.

Aleijadinho foi escultor e arquiteto, suas obras podem ser encontradas pelas cidades mineiras de Ouro Preto,Sao João del Rey, Sabará e Congonhas.A principal delas encontra-se na cidade de Ouro Preto na igreja de São Francisco de Assis e no santuário de Bom Jesus dos Matosinhos em Congonhas.

Mulato e filho bastardo de um importante mestre de carpintaria português,com quem aprendeu a esculpir observando-o, Aleijadinho encontrou muita dificuldade para ver sua arte ser reconhecida, tendo sido inclusive proibido de assinar muitas de suas obras.

Já um artista famoso,apesar das dificuldades, em 1777Aleijadinho foi acometido por uma doença degenerativa,possivelmente lepra, a qual foi progressivamente deformando todo o seu corpo.

Mais do que um artista, um verdadeiro herói, nem mesmo a brutal doença foi capaz de deter a arte de Aleijadinho.O artista perdeu vários dedos das mãos e dos pés,passando inclusive a precisar ser carregado para ir de um lugar ao outro.Nesse período preferiu passar a trabalhar a noite para não ser visto em público.

Aleijadinho foi um artista originalíssimo que transcendeu o estilo da sua época, construindo obras de arte com aspectos que vão do Barroco ao Rococó.

https://causaoperaria.org.br/2022/morre ... rasileiro/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 20 Nov 2022, 04:52

NOTÍCIAS
PRÓ CULTURA
O body horror de Eduardo Valdés-Hevia
O grotesco e o visceral são conceitos que enojam, mas por algum motivo também fascinam

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Quando falamos em horror visceral (o famoso body horror) nos vem à cabeça diversos exemplos, os famosos (e tenebrosos) painéis detalhadíssimos de Junji Ito, os necromorfos de Dead Space ou até o famoso filme Centopeia Humana, de 2009, esses e outros exemplos compõem esse subgênero do terror que vem se tornando mais popular a cada dia. Um exemplo disso é o recém-lançado Scorn (2022), jogo que vem atraindo a atenção do público por seus gráficos e ambientação grotesca de body horror, assim como diversas peças de analog horror que compartilham dessa inspiração, como os woodcrawlers de Gemini Home Entertainment e os infectados de The Smile Tapes. O fato é que o gênero de horror visceral vem ganhando mais relevância e um artista espanhol Chamado Eduardo Valdés Hevia tem ganhado destaque no gênero com suas montagens que exploram um lado interessante do tema tratado.

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The Smile Tapes

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Scorn
Hevia posta suas artes no Twitter, e, junto a elas, tece enredos macabros que servem para dar maior profundidade a seus trabalhos. Seus trabalhos seguem um estilo SCP Foundation, contando histórias fictícias como se fossem arquivos sigilosos reais, descrevendo expedições arqueológicas, diagnósticos médicos ou mesmo como se fossem relatórios de algum órgão de controle do governo ao estilo CIA ou ABIN.

Seus trabalhos abrangem frequentemente o escopo do body horror ao descreverem infecções parasíticas anormais, doenças sinistras e fusões entre humanos e insetos, criando um universo macabro, desconfortável, e surpreendentemente realista, com detalhes em abundância e ilustrações de boa qualidade para ilustrar tudo. Valdés cria fios em seu perfil, separando seus contos, onde ele desenvolve universos. Neste momento, seus principais fios são da Megalomorpha que descreve um universo de insetos gigantes, mutações/infecções parasíticas humanas e insetos humanoides ancestrais, tudo contado através de cartas e registros arqueológicos de expedições a terras remotas e registros “encontrados”.

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Fóssil de um Inseto Humanóide
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Registros em escultura de cultos megalomórficos

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Registros de uma expedição arqueológica que encontrou insetóides megalomórficos

Outro de seus universos macabros é o das infecções fractais, um mundo onde, após o naufrágio de um navio de carga, uma misteriosa substância química contamina o oceano, provocando mutações na fauna marinha. Essa substância é carregada à terra firme por um estranho tornado, e, a partir daí, estranhos casos de mutações em organismos vivos passam a acontecer, todos com propriedades semelhantes aos fractais, um conceito da geometria não euclidiana, sendo apenas uma nova e preocupante doença, até a primeira infecção humana.

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Um misterioso tornado estranho pulverizou a substância fractal em terra firme

https://causaoperaria.org.br/wp-content ... 0x500.jpeg

Flor com sintomas de infecção fractal

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Sintoma de infecção fractal humana

Além desses, Hevia ainda tem posts com histórias de casos médicos menores, como a do pupilosarcoma humano, um tipo especial de câncer que afeta as pupilas e estaria relacionado ao desaparecimento de diversas pessoas; a hiperproeficiência do cálcio, uma rara condição relacionada à deficiência de vitamina D; a monodontia, uma rara condição odontológica; os experimentos de Le Lanchon, onde foram postos à prova os limites da evolução humana; e as infecções Micélicas, que causaram a morte de quase a totalidade da população de um vilarejo no sul da França.

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Um caso avançado de monodontia

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Foto de Elizabeth Jourdáin, a única sobrevivente das infecções micélicas de 1906

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Esqueleto de um dos experimentos de Le Lanchon

Hevia é um artista criativo e talentoso, e, para quem gosta de body horror e terror médico, realmente vale a pena conferir o seu trabalho. Fora as histórias que foram citadas aqui, ele ainda possui outras e ainda está em atividade no Twitter, frequentemente com ideias novas, além de ir ao vivo na rede social Twitch, onde ele faz suas montagens.



https://causaoperaria.org.br/2022/o-bod ... des-hevia/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 23 Nov 2022, 02:42

NOTÍCIAS
AMBIENTALISTAS
Mais divagações sobre uma brasileira no exterior
Sobre os protestos que depredam obras de arte

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Hoje divagando sobre o tema do Vandalismo Artístico. Mais perguntas do que respostas

No dia 15 de novembro, dia de São Leopoldo, o padroeiro de Viena, o Museu Leopold, para comemorar a data, liberou a entrada dos visitantes, com a estimativa de receber cerca de 3 mil pessoas.

Nesse mesmo dia, ativistas do grupo “Ultima Geração da Áustria” (Letzte Generation Österreich) conseguiram esconder um oleoso líquido preto numa bolsa de água quente por baixo da roupa e passaram pelos rígidos controles de segurança na entrada do museu e jogaram o líquido no quadro “Vida e Morte” (Tod und Leben, c.1911), que Klimt pintou. A empresa petrolífera austríaca, a OMW (Österreischische Mineralölverwaltung AG), foi a patrocinadora do evento.

Em entrevista coletiva, o diretor do museu, Hans-Peter Wipplinger, declarou que embora as preocupações dos ativistas ambientalistas fossem “justificadas” (aspas minhas), “o ataque às obras de arte é definitivamente a maneira errada de atingir o objetivo desejado de evitar o colapso climático previsto. Os museus são instituições preservadoras e, nesse sentido, um excelente exemplo de sustentabilidade.”

Houve também uma carta aberta de outros gestores de museus austríacos, membros da Associação de Museus da Áustria (Museumsbund Österreich), salientando que os museus, tanto em suas operações quanto nos seus programas de exposições e de educação, têm se esforçado para dar uma “contribuição de alto nível” à questão ambiental, existindo, portanto, “uma identificação dos museus com as preocupações de proteção climática”. Porém, os museus, por serem “responsáveis pela documentação e preservação do patrimônio natural e cultural”, apelam “urgentemente” a todos os ativistas ambientais “para que se abstenham de qualquer ação que ponha em perigo a preservação do patrimônio natural e cultural e o papel dos museus como lugares de educação e aprendizado” (Kurier Chronik, “So reagieren österreichische Museen auf Klimt-Attacke von Klima-Aktivisten”, por Michaela Reibenwein).

Na sua fala, os ambientalistas justificaram o seu protesto alegando, estarem “desesperados” e que o problema da destruição do planeta já vem há mais de 50 anos e que as emissões de carbono continuam mais “altas do que nunca e que os governos têm que assumir as suas responsabilidades”.

A regra número um numa democracia, todo mundo deve ter o direito de se manifestar. Ponto.

Mas não deixa de ser interessante analisar este tipo de protesto que tem ganhado cada vez mais espaço nos últimos anos. Essas manifestações performativas e depredativas, de cunho propagandístico, são métodos imperialistas que visam tentar apropriar-se de patrimônios culturais e desviar o foco do essencial que é a luta dos oprimidos contra os opressores. Nessas ações, se tenta chamar a atenção de forma agressiva e afrontosa de figuras e fatos históricos que teriam colaborado ou até seriam a razão dos problemas que vivemos atualmente.

No caso dos ativistas austríacos, eles protestaram contra uma empresa petrolífera que supostamente seria a razão de todos os males do país e cujos produtos seriam responsáveis pelas dificuldades dos agricultores e, consequentemente, para as pessoas em geral. Na analogia que tentam fazer com o motivo do quadro: o petróleo representaria a morte e a ausência do petróleo representaria a vida? Mas o que estamos vivenciando é exatamente o contrário. Então, essas manifestações ambientalistas não são baseadas na realidade, mas numa suposta teoria e interpretação da realidade.

O problema que atinge a população não é o fato da empresa petrolífera patrocinar um evento num museu, o grande problema da população é o preço que ela está tendo que pagar para sobreviver (aqui abro um parêntese para um “momento nostalgia”: os velhos tempos em que no final de alguns bons filmes, discos, eventos culturais, em geral, aparecia: patrocinador: Petrobras). Voltando aos problemas reais que é ter que disponibilizar mais de 60 ou 70% do orçamento familiar para pagar as contas de energia, enquanto os governos fazem uma encenação de moral dupla: acusam, sancionam, esperneiam contra o gás e petróleo russos, dizem que vão se livrar da dependência às importações de produtos russos, mas no mercado negro, as empresas distribuidoras seguem comprando os mesmos famigerados produtos russos. Sem falar da grande parte dos grãos russos destinados para a alimentação mundial que foram surrupiados para a produção do chamado biocombustível na Europa. Espera, notícia falsa? Teoria da conspiração? Caro leitor, se está passando essas suspeitas por sua cabeça, não o condeno. Muito provavelmente você não leu isso em nenhum órgão da imprensa tradicional e tão pouco assistiu num noticiário da tv aberta, nem na paga. Mas garanto que as conspirações não se encontram só nas teorias que não são divulgadas nesses meios de comunicação.

E, lembremos, nenhuma fonte de energia pode ser totalmente “limpa” com políticas sujas.

Para terminar, novamente uma dica: que tal em vez de depredar e danificar obras de arte, monumentos históricos, dirijam os protestos contra as políticas hipócritas e que atendem, em primeira instância, aos interesses dos nossos opressores?

————————————————

Vídeo com a fala dos ativistas:

Öliger Protest im Leopold-Museum: schwarze Farbe auf Klimts “Tod und Leben”


Tradução da fala:

“Sabemos deste problema há 50 anos. Devemos finalmente agir – o planeta está sendo destruído. Sabemos do problema há 50 anos, as emissões são mais altas do que nunca. Por que não paramos finalmente com isso? Nosso governo deve assumir a responsabilidade. A agricultura não funcionará mais, as pessoas vão ser atingidas. Temos que agir agora. Empresas como a OMV estão patrocinando esta exposição, por exemplo, elas querem lavar as mãos com tais subsídios, assim como a indústria do tabaco. Atrás de mim está a pintura “Morte e Vida”, foi exatamente o que Gustav Klimt pintou naquela época, hoje se trata exatamente desta questão e desta decisão. Decidimos pela vida, nem pela sobrevivência da humanidade, ou continuamos a destruir nosso mundo com combustíveis fósseis. Mortos ou vivos – essa é a decisão que temos que tomar agora. Essa é a decisão que a política tem que tomar agora.”



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Mensagem por Chapolin Gremista » 02 Dez 2022, 01:20

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Mensagem por Chapolin Gremista » 03 Dez 2022, 14:01

NOTÍCIAS
ARTE E REVOLUÇÃO
Arte e Revolução: Pagu, a revolucionária do Modernismo
O Programa Arte e Revolução falou sobre a artista revolucionária ligada ao Modernismo Pagu.

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No programa Arte e Revolução desta quinta, os companheiros Rui Costa Pimenta, Vicente Pietroforte e Henrique Áreas falaram sobre a vida e a obra de Patrícia Galvão, conhecida como Pagu, que foi uma das principais personalidades do movimento modernista.

O companheiro Rui iniciou a análise citando um termo que está muito em voga hoje em dia: “ícone”. Primeiramente, tal palavra revela a tendência entre a pequeno-burguesia de tratar as pessoas de uma maneira idealizada e não como ela realmente é. Por detrás do ícone, há a pessoa real.

E isso é feito em larga medida com a Pagu. Muitas feministas pequeno-burguesas e muitos identitários reivindicam seu legado e defendem a Patrícia Galvão como se ela fosse adepta do identitarismo e das teses liberais que tanto agradam aos pequeno-burgueses bem pensantes. Na realidade, ela era uma pessoa muito diferente do que se pensa: era verdadeiramente rebelde, era anticonvencional ao extremo – não só para a época, mas muitas de suas atitudes seriam extravagantes até mesmo nos dias de hoje –, além de ser muito politizada e rebelde. Mas não era uma politização estética ou uma rebeldia de forma, mas uma rebeldia e um radicalismo com um profundo conteúdo político.

Tanto é que ela entrou no Modernismo no período de maior radicalismo do movimento, que foi em 1929. Foi nesse período que, influenciado pela Crise de 29, todos os movimentos artísticos do mundo se radicalizaram e que a estrutura da sociedade capitalista se balançou profundamente.

O melhor exemplo dessa radicalização, que tomou conta do Modernismo e que influenciou profundamente a Pagu, é o Surrealismo. A diferença do ponto de vista político do Surrealismo nos anos 1920 e nos anos 1930 é marcante; nos anos pós-crise de 29, diversos artistas se radicalizaram ao ponto que se aproximaram até mesmo do trotskismo; foi o caso de André Breton, por exemplo, que escreveu o Manifesto da FIARI junto do Trótski, e também do Benjamin Péret, que era militante da Quarta Internacional – no sentido estrito do termo, de se organizar em célula e de responder de maneira centralizada à direção – e que veio ao Brasil e ajudou Mário Pedrosa a fundar o primeiro partido trotskista do Brasil.

É fato que Pagu era radical, de tal maneira que ela era militante do Partido Comunista do Brasil (antigo PCB); e, inclusive, foi ela que arrastou Oswald de Andrade para militar no partido. Ou seja, acima de tudo, ela era uma militante política marxista e revolucionária. E tudo isso torna ainda mais contraditório que os identitários falsifiquem sua vida como se ela fosse uma feminista que defendia a repressão estatal, a mudança na linguagem e as pequenas mudanças individuais como forma de libertar a mulher.

Pelo contrário, no jornal Homem do Povo, em que ela escrevia, ela discorria sobre o problema da mulher e sempre tratou de criticar aqueles que achavam que perfumarias resolveriam tal problema. Inclusive, ridicularizava as feministas pequeno-burguesas em seus textos, que ela criticava como “feministas de elite”, bem como se opunha fortemente à tese de que reformas sem conteúdo político e mudanças na vida pessoal seriam um avanço na luta da mulher. Diferentemente disso, ela defendia que a libertação da mulher só poderia acontecer como fruto de uma revolução social – e atrelava fortemente a questão da mulher com a luta da classe operária.

Mais para frente na exposição, depois de demonstrar a completa falsificação operada na história de Pagu pelos identitários, o companheiro Rui Costa Pimenta citou mais fatos da vida pessoal de Patrícia Galvão, que permitem a descrever como excêntrica. Por exemplo, quando ela foi presa pela ditadura do Estado Novo, ela, em determinado momento na prisão, brigou com o interventor da ditadura, Ademar de Barros – e, inclusive, teve sua pena aumentada por isso.

Inclusive, a sua prisão revela o caráter militante de sua atividade. Ela é considerada por muitos como a primeira mulher presa política do Brasil: ela foi presa após uma greve dos estivadores, em Santos, no ano de 1931, da qual ela participou. Anos mais tarde, em 1938, ela voltou a ser presa, tendo ficado presa até 1940. É importante ter claro que 1935 foi o ano do fracasso da insurreição comunista, chamada de modo precipitado e desorganizado, com base na política contrarrevolucionária da III Internacional baseada no tal “terceiro período”. Com a política ultraesquerdista, o governo Vargas instaurou o Estado Novo e a imensa maioria dos militantes de esquerda ou foram presos – como Pagu –, ou tiveram de fugir do país. Com isso, as organizações de esquerda – desde as organizações trotskistas até o PCB – foram totalmente desmanteladas.

Quando Pagu sai da prisão, ela tem contato com influentes trotskistas, que faziam parte do setor vanguardista da sociedade brasileira, sendo eles importantíssimos intelectuais. Com esse contato, ela rompe com o PCB e se aproxima dos trotskistas, opondo-se profundamente ao stalinismo – muito em razão do balanço que fez do Levante Comunista de 1935 (também conhecido como Intentona Comunista, pela forma desarticulada como foi realizado). Ela se casa com o escritor Geraldo Ferraz, que era próximo do fundador do trotskismo brasileiro Mário Pedrosa, e constitui o Partido Operário Leninista, que construía a IV Internacional.

Por fim, é importante ter claro que, apesar de não ter sido muito ativa na literatura, sendo principalmente uma militante revolucionária, ela escreveu o romance O Parque Industrial. Inclusive, ela viveu o último período do Modernismo, antes de a crise política consumir tudo. Ela foi, mesmo não tendo sido a mulher mais dedicada à literatura do modernismo, a mais vanguardista de todas as mulheres do Modernismo, visto que era a única efetivamente militante.



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Artes

Mensagem por Chapolin Gremista » 04 Dez 2022, 02:03

NOTÍCIAS
IDENTITARISMO
Cancelamento: Museu de artes de Denver censura Cristovão Colombo
Ao invés de caracterizar a América Latina e seus problemas hoje pelo que ocorre agora - a ditadura do imperialismo - a culpa é transferida a pessoas e eventos de séculos atrás

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Na esteira das campanhas de cancelamento e revisionismo histórico, a coisa cresceu, e, agora, o Museu de Arte de Denver embarcou na campanha. O Museu retirou todas as referências a Cristóvão Colombo de suas galerias. Não apenas isso, mas algumas seções do museu foram renomeadas, e ainda foi inaugurada uma mostra de arte contemporânea para supostamente lidar com a questão e expandir o leque do museu. A arte pré-colombiana agora é Arte das Antigas Américas, e a arte hispânica colonial, Arte Latino-Americana.

O museu, que tem por destaque de seu acervo a coleção de objetos maias e astecas, além de possuir um expressivo número de pinturas e objetos do período colonial, está “abrindo uma nova porta” com exposições temporárias de arte contemporânea de artistas latino-americanos, com vistas a aumentar seu público. As novas exposições irão atualizar a história da América Latina, segundo o museu.

Segundo o diretor do Museu de Arte de Denver: “Acho muito mais fácil alguém se conectar à arte se ela fala do momento atual, se parte do contemporâneo para chegar à arte mais tradicional.” Vejamos como isso será feito.

A exposição que chega se chama “Who Tell a Tale Adds a Tail” (equivalente a “Quem Conta um Conto Aumenta um Ponto”), está reunindo temas como “gênero”, sexualidade, tecnologia, entre outros assuntos.

A colonização espanhola, antes marcada como um momento definitivo na história da América Latina, não será mais exposta dessa forma, mas será colocada ao lado de outras visões. Entre as novas exposições, uma sala com luzes neon e mesas de café, onde poesia homoerótica em espanhol pode ser escutada, é um dos exemplos do que está ocupando as galerias.

O questionamento da “masculinidade sexy e tóxica do vaqueiro e essa dualidade”, também é outra parte da exposição. Há ainda vídeos que metaforizam sobre a questão da violência sexual na sociedade contemporânea e pinturas em acrílico que exploram a relação entre o ser humano e a natureza.

Entre esses elementos que levam adiante a política do identitarismo, que substituem exposições com algum valor histórico real, uma se destaca por oposição, ao menos no tema: “A vingança da História”, que se utiliza de livros, recortes de jornal e um grande mural para relembrar o assassinato da guerrilheira colombiana Carmenza Cardona Londoño, em 1981, e comenta sobre a violência política na Colômbia.

Ainda segundo o diretor do museu: “Muitos problemas que esses artistas enfrentam hoje, se originaram com o primeiro momento de contato [com o colonizador].” Uma declaração que ilustra justamente a política do identitarismo.

Ao invés de caracterizar a América Latina e seus problemas hoje pelo que ocorre agora – o imperialismo, os golpes de Estado e invasões militares – a culpa é transferida a um homem, ou um evento, que ocorreu há séculos.

O único trabalho histórico é ocultado por um apanhado de arte politicamente inócua. As conexões históricas são inexistentes e o que se propõe a resgatar a história da América Latina termina por, de fato, enterrá-la sob o que é efetivamente um conjunto de obras que nada mais fazem que refletir a política do próprio imperialismo, o colonizador dos dias de hoje, que é o identitarismo.

A censura no museu foi sequência à derrubada de uma estátua de Colombo na frente do prédio, do outro lado da rua. Essa política também se expressou no Brasil, com os ataques à estátua de Borba Gato, ao Monumento às Bandeiras e à estátua de Pedro Álvares Cabral.

Enquanto Cabral foi responsável pelo descobrimento, ou seja, é um personagem histórico do início do processo que levou ao desenvolvimento do Brasil como é hoje, uma verdadeira potência entre os países atrasados, os bandeirantes levaram adiante a constituição do território nacional em toda sua amplitude que tem hoje.

Os ataques, que se propõe a defender os índios, são meros ataques ao Brasil. Enquanto estátuas da história nacional referentes a momentos importantíssimos da construção do País são chamuscadas e campanhas são feitas por sua remoção, os índios são assassinados à bala pelo latifúndio, não tem suas terras defendidas pelo judiciário e pelo STF, em particular, e ficam nas beiras das estradas numa miséria quase indescritível.

A política identitária é um ataque à História, mas, em particular, aos países atrasados. Ela desvirtua lutas reais para subjetividades sem conteúdo, que acabam por apenas enfraquecer movimentos reais de luta, esvaziá-los e sequestrá-los, inserindo a ingerência até direta de organizações do imperialismo, como as chamadas ONGs, e disso temos exemplos concretos, tal qual a “índia” do imperialismo, Sonia Guajajara.

Essa política deve ser combatida sem qualquer defensiva frente aos cancelamentos e à histeria que acusa de preconceituosos aqueles que de fato defendem os direitos do povo. O identitarismo deve ser denunciado sempre que aparecer.



https://causaoperaria.org.br/2022/cance ... o-colombo/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por E.R » 06 Dez 2022, 19:20

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