Relação entre Globo, Conmebol, FIFA e CBF

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Relação entre Globo, Conmebol, FIFA e CBF

Mensagem por E.R » 17 Jun 2020, 06:11

NOTÍCIAS
https://www.esporteemidia.com/2020/06/g ... ociar.html

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O possível adiamento do início das Eliminatórias da Copa do Mundo para o próximo ano pode ajudar a Globo em sua negociação para transmitir os jogos como visitante da seleção brasileira.

A informação foi publicada pelo UOL Esporte.

Na quinta-feira (25), o Conselho da Fifa vai decidir se cancela as "datas-Fifa" restantes do ano — são três entre o fim de agosto e novembro, o que faria com que as seleções não entrassem mais em campo nesta temporada.

Por enquanto, a Globo só tem acordo para as nove partidas como mandante e para o confronto em Buenos Aires contra a Argentina.

Isso deixaria as federações mais suscetíveis a um acordo com a emissora carioca.

As emissoras precisam negociar diretamente com as federações locais as transmissões dos jogos das eliminatórias, e não mais diretamente com a Conmebol, o que torna o processo mais demorado e trabalhoso.
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Mensagem por E.R » 20 Jun 2020, 02:41

NOTÍCIAS
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/p ... lobo.shtml

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A medida provisória de Jair Bolsonaro que mudou regras dos diretos de transmissão foi bem recebida por integrantes do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) em uma primeira análise.

A avaliação é que o ato dá mais poder de negociação para os clubes e menos para as emissoras de televisão, tendo impacto positivo para a concorrência.

O órgão já teve investigações no passado sobre os direitos de transmissão, de eventual abuso da Globo. No entanto, as apurações não chegaram a nenhuma conclusão sobre irregularidades.
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Mensagem por E.R » 23 Jun 2020, 16:51

NOTÍCIAS
https://veja.abril.com.br/blog/radar/o- ... -e-a-fifa/

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Vítima das transformações e crises provocadas pela pandemia de coronavírus no planeta, o casamento de 14 anos entre a Globo e a Fifa começou a caminhar para o fim.

O litígio multimilionário foi aberto pela emissora brasileira no dia 16, a partir de uma ação protocolada na 6ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Ela envolve o contrato de licenciamento de direitos para a transmissão, no Brasil, de diversos eventos esportivos organizados pela FIFA entre 2015 e 2022.

O arranjo foi firmado em 2011, no valor de 600 milhões de dólares, a serem pagos em nove parcelas, restando três pagamentos anuais de 90 milhões de dólares (cerca de 450 milhões de reais na cotação atual) por vencer.

Em uma petição de 35 páginas à juíza Maria Cristina Brito Lima, a emissora solicita uma autorização liminar para não pagar à entidade máxima do futebol a parcela que vencerá no próximo dia 30 e avisa que tomou a decisão de acionar a cláusula de arbitragem contra a Fifa para rediscutir o contrato na Justiça da Suíça.

“Para assegurar à Globo o direito de levar adiante o litígio com a Fifa sem que sofra prejuízos irreversíveis, é necessário não apenas obter uma ordem judicial que suspenda o cumprimento da obrigação até que ela seja submetida à apreciação dos árbitros, mas também que essa ordem produza efeitos em relação à instituição financeira garantidora da obrigação. Do contrário, de nada valerá a decisão judicial”, registram os advogados do escritório Sergio Bermudes, na ação, citando ainda a garantia bancária do negócio pela qual o Itaú deve pagar a parcela, se a emissora não honrar o compromisso.

Diante do cancelamento de uma série de competições esportivas importantes, previstas no contrato, por causa da pandemia, a Globo considera o mais correto encerrar o acordo com a Fifa.

“Até hoje a Globo não descumpriu uma única obrigação assumida com a Fifa no contrato de licenciamento. Todos os pagamentos foram feitos a tempo e a hora. Esse continua sendo o espírito que norteia o comportamento da autora. Porém, diante da injustificada resistência da Fifa em reconhecer o óbvio; da miopia da entidade maior do futebol mundial em relação às profundas mudanças que a humanidade enfrenta em razão do cenário de pandemia, que se apresentam ainda com maior gravidade no caso brasileiro, não resta alternativa à Globo senão buscar a proteção dos seus legítimos direitos, mesmo antes de iniciada a arbitragem que se avizinha”, escrevem os advogados.

A mudança de realidade mundial, com competições paralisadas ou suspensas, além do desvirtuamento do calendário de eventos são argumentos usados pela emissora para invocar o direito de renegociar os termos.

A emissora junta na ação um documento em que a própria Fifa reconhece que, atualmente, não há certeza alguma sobre se e quando serão realizadas as competições internacionais de futebol. “É evidente que o surto da Covid-19 pode levar a situações em que os contratos não possam ser realizados em todo o mundo como inicialmente previsto pelas partes. As obrigações impostas às partes serão potencialmente impossíveis : jogadores e treinadores serão incapazes de trabalhar, e os clubes serão incapazes de fornecer trabalho”. A Fifa, no entanto, segue determinada a receber integralmente a parcela de 90 milhões de dólares.

“A despeito do cancelamento de vários eventos relevantes que eram objeto do contrato, mesmo antes da pandemia da Covid-19, das profundas alterações no contexto fático e econômico havidas desde a celebração do contrato e das enormes incertezas que hoje cercam a realização de eventos esportivos em todo o mundo, a Fifa segue impávida, insensível à gravidade do momento atual, como se nada acontecesse. Quer porque quer que a Globo siga em frente com todos os pagamentos previstos originalmente no contrato, mesmo ciente da brutal modificação do cenário esportivo mundial e que não será mais possível a realização dos eventos nos moldes previstos inicialmente”, registram a ação.

Desde maio, em sigilo, a Globo tenta entrar em um acordo com a Fifa para cancelar o contrato que tem hoje como principal atrativo os direitos de cobertura sobre a Copa do Mundo do Catar, em 2022.

“Seja em razão das inúmeras questões sanitárias que assolam o mundo pós pandemia da Covid-19, ou por conta da grave crise econômica que se abateu sobre o Brasil nos últimos anos, e se aprofundará dramaticamente nos próximos anos, é evidente a necessidade de revisão do Contrato de Licenciamento. A crise é tão grave que a única saída razoável talvez seja o término definitivo do Contrato de Licenciamento, como a Globo, de boa-fé, deixou claro para a Fifa na carta remetida àquela entidade em 19.5.2020 : ‘Em relação ao Acordo de Prorrogação 2018/2022, à luz das circunstâncias materialmente alteradas devido à crise da COVID-19, o valor dos direitos tornou-se desequilibrado e oneroso demais (…) Diante do exposto, a Globo não vê alternativa real senão buscar a rescisão”, registra a emissora.

Para mostrar que o pagamento à entidade do futebol, nesse momento de incertezas econômicas provocadas pela pandemia, provocará sérios prejuízos à emissora, os advogados da Globo analisam a conjuntura de crises que se abateu sobre o mercado de publicidade nos últimos anos.

A Globo sustenta que, “para fazer frente a esse pagamento, terá que utilizar uma parte muito relevante da sua liquidez, justamente quando ela é mais necessária, em razão da acentuada queda de suas receitas em razão dos efeitos da pandemia da Covid-19”.

“Não é lógico nem razoável exigir da autora o desembolso de cerca de cerca de R$ 450 milhões (a que se somam os custos fiscais da remessa de valores, que contratualmente recaem sobre a autora) para honrar o pagamento de uma parcela de um contrato que, já sabemos, terá que ser renegociado, com substancial redução de valores (quiçá extinção). O impacto financeiro desse pagamento será muito grave para a autora, especialmente nesse momento”, registram os advogados.

A iniciativa da Globo contra a Fifa não deve ser isolada, já que o apagão esportivo provocado pela pandemia prejudicou outras relações comerciais com parceiros da entidade pelo planeta. Desde o início da pandemia, o mundo do futebol viu vários campeonatos terem jogos adiados, cancelados ou realizados com portões fechados.

Especialistas consultados pelo Radar avaliam que a emissora, no caso da arbitragem na Suíça, tem fortes chances de vencer a disputa com a Fifa. É o caso do jurista e mestre em direito econômico Leonardo Antonelli, que avaliou o caso em tese. “No direito suíço, assim como no brasileiro, quando se faz presente a chamada justa causa econômica pode ocorrer a revisão dos contratos. O surgimento da pandemia, o desaparecimento de anunciantes e a crise mundial no setor de entretenimento se constituem em três hipóteses distintas que, per si, seriam suficientes para se invocar quaisquer das teorias clássicas que permitem a revisão contratual”, diz.

A rescisão do contrato com a Fifa, pleiteada pela Globo, representa o fim da relação iniciada, segundo os advogados da emissora, em 13 de dezembro de 2006.
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Mensagem por E.R » 24 Jun 2020, 10:14

NOTÍCIAS
https://www.uol.com.br/esporte/futebol/ ... inados.htm

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A Fifa espera que TV Globo cumpra os compromissos assinados referentes aos pagamentos do contrato de direitos de transmissão para o período de 2015 a 2022.

A posição da entidade enviada ao blog mostra que o acordo entre a emissora e a federação internacional deve se transformar em uma briga jurídica que pode afetar até a transmissão da Copa do Mundo de 2022.

O Grupo Globo conseguiu uma liminar na 6ª Vara Empresarial da Justiça do Estado do Rio de Janeiro para não pagar de forma imediata o valor de US$ 90 milhões (R$ 463 milhões, no câmbio atual), previsto no contrato de direitos de transmissão celebrado com a Fifa.

Ao blog, um porta-voz da Fifa afirmou que a entidade "não considera apropriado comentar discussões que podem estar sujeitas a procedimentos legais".

O caso deve parar na Corte Arbitral da Suíça para definir se é necessária a renegociação dos valores e modelo de pagamento, com a Globo quer, ou se fica como está. A rescisão ainda é improvável.

O blog apurou que a ação aberta pela Globo no Brasil surpreendeu os executivos da Fifa, que esperavam resolver as diferenças por meio de negociações. Não há, no momento, previsão de rescisão por parte da entidade que comanda do futebol, mas isso não é descartado caso de fato o caso chegue aos tribunais da Suíça, país onde está a sede da Fifa.
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NOTÍCIAS
https://veja.abril.com.br/blog/radar/no ... -e-a-fifa/

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O Radar revelou os detalhes do divórcio multimilionário tocado na Justiça do Rio entre a Globo e a Fifa pelos direitos de transmissão do futebol.

Além de invocar as incertezas e as incertezas e as mudanças de conjuntura provocadas pela pandemia de coronavírus no planeta, que abalaram seriamente o mundo do futebol e todos os negócios dele derivados, a emissora também cita como justificativa para a revisão do contrato com a entidade as mudanças relacionadas ao cancelamento da Copa das Confederações e a criação do novo Campeonato Mundial de Clubes da FIFA.

“Não bastasse o cancelamento repentino da Copa das Confederações, com os evidentes prejuízos daí decorrentes para a GLOBO, a FIFA foi além e previu a criação, na mesma data, de um novo Campeonato Mundial de Clubes da FIFA, com participação de 24 dos maiores clubes de futebol do mundo”, registram os advogados da emissora em petição protocolada no TJRJ.
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Mensagem por E.R » 30 Jun 2020, 09:22

NOTÍCIAS
https://veja.abril.com.br/blog/radar/os ... a-e-globo/

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Como o Radar mostrou na semana passada a Globo entrou em litígio com a Fifa por causa da resistência da entidade máxima do futebol em rever o contrato de direitos de transmissão com a emissora.

O ponto central do divórcio é a parcela de 90 milhões de dólares (mais de 450 milhões de reais) que a Globo deveria pagar à entidade nesta terça no acerto para manter os direitos de transmissão de competições como a Copa de 2022 no Catar.

A emissora, com argumentos legítimos para pleitear a rediscussão dos papeis, conseguiu uma liminar do Tribunal de Justiça do Rio para não pagar a prestação até que os seus pleitos sejam julgados em ação de arbitragem a ser conduzida na Suíça.

Juristas ouvidos pelo Radar dizem que a Fifa pode ter evitado recorrer no tribunal brasileiro por receio de sofrer numa derrota, “o que pode repercutir a nível mundial”, diz Leonardo Antonelli.

A partir do momento em que a Globo acionar a arbitragem na Suíça, a competência para discussão do tema será deslocada aos tribunais do país europeu. E aí será dada a largada para uma longa partida.
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Relação entre Globo, Conmebol, FIFA e CBF

Mensagem por Rondamon » 07 Ago 2020, 23:20

Em crise, Globo rescinde contrato com Conmebol e deixa de exibir a Libertadores - https://noticiasdatv.uol.com.br/noticia ... ores-40436
Há 11 anos no Fórum Chaves! :vitoria:

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Mensagem por E.R » 08 Set 2020, 13:14

NOTÍCIAS
https://www.esporteemidia.com/2020/09/f ... 17-mi.html

Em julho, a Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) decidiu processar a Globo por conta de uma dívida de mais de R$ 17 milhões.

O valor é referente à quarta e última parcela do contrato do Campeonato Carioca.

A Ferj acusa a Globo de má-fé e tentativa de coação. As informações foram publicadas pelo Notícias da TV.

A Ferj foi à Justiça para receber o montante que resta da Globo pelo Campeonato Carioca (R$ 17.291.105,60). O acordo entre os dois lados era de que o pagamento deveria ter sido feito até 10 de julho, cinco dias antes do término da competição.

A entidade considera que a emissora agiu com má-fé no rompimento do contrato de transmissão, anunciado em 2 de julho.

No processo, a Ferj acusa a Globo de ter cometido "inadimplemento voluntário por tentativa de coação" e mostra as trocas de mensagens entre os departamentos financeiros.

Os cartolas consideram "instrumento de coação" o recibo pedido pela Globo reconhecendo a rescisão do contrato.

Os advogados chegam a citar um temor de a Ferj não receber o pagamento em razão das dificuldades financeiras da emissora em decorrência da pandemia de Covid-19 e alertam que a inadimplência "pulverizou qualquer tentativa de resolução amigável do imbróglio".
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Mensagem por E.R » 20 Set 2020, 13:06

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Mensagem por E.R » 26 Set 2020, 05:33

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https://noticiasdatv.uol.com.br/noticia ... ebol-43191

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O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) abriu nesta sexta-feira (25) uma investigação para apurar se a Globo tem o monopólio de transmissão de direitos de futebol no mercado nacional.

O conselho tem 180 dias, prorrogáveis por mais 60 dias, para ouvir envolvidos na investigação e tomar conclusões.

A informação foi dada inicialmente pela CNN Brasil.

O UOL Esporte teve acesso à nota técnica do Cade que explica os motivos do inquérito.

No entanto, o órgão diz que há indícios de prática monopolista por diversos motivos. Um exemplo usado foi a disputa que a emissora teve com a Turner e o Flamengo por causa da MP 984, que dá ao mandante o direito de transmissão de uma partida.

Para o Cade, o fato de a Globo ter entrado com um processo contra a Turner, para impedir que ela usasse a MP para exibir jogos, configura uma intimidação à concorrência em um mercado que já é bastante fechado, e que fica ainda mais difícil de se investir com um grupo econômico repreendendo quem tenta entrar no negócio.

"As características do mercado de transmissão de jogos de futebol - com poucos agentes econômicos e marcado pela clara existência de posição dominante - podem desvirtuar o paradigma de 'competição no mercado' por uma competição 'pelo mercado', sobretudo no caso de negociação de campeonatos inteiros", explicou o Cade em seu documento.

Quando fala em transgressão econômica, o Cade cita que a Globo montou uma estrutura em TV aberta, paga e pay-per-view para que os clubes vendam seus direitos para a emissora sem ter uma outra opção, por empresas terem medo de enfrentarem a Globo.

"Com esta prática, o Grupo Globo induz os clubes a não negociarem com outras emissoras, seja para produtos de interesse da Globo ou mesmo para aqueles que a empresa não pretenda adquirir", conclui o documento.

Pelo regimento do Cade, o órgão de controle econômico do Governo Federal tem até o fim de março de 2021, prorrogáveis até maio do mesmo ano, para concluir a investigação e indiciar, ou não, a Globo por crime de abuso de poder econômico.
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Mensagem por E.R » 08 Out 2020, 08:38

NOTÍCIAS
https://www.esporteemidia.com/2020/10/c ... ao-da.html

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A Conmebol decidiu cobrar indenização da Globo pela rescisão do contrato de direitos da Libertadores.

De acordo com o blog do Rodrigo Mattos, no UOL Esporte, a posição da confederação sul-americana é de discordância em relação aos motivos alegados pela emissora para o rompimento.

A disputa deve se desenrolar em um tribunal suíço de arbitragem.

Em agosto, após tentar reduzir o valor do acordo, a Globo mandou uma carta para a Conmebol rompendo o contrato. A Globo informou na época que "havia no contrato uma cláusula específica de rescisão em caso de suspensão da competição por períodos prolongados, por motivo de força maior".

Mas o entendimento da Conmebol é diferente. Para a confederação, a cláusula só valeria se o campeonato fosse paralisado por culpa da própria Conmebol, não no caso de uma pandemia como a do coronavírus.
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Relação entre Globo, Conmebol, FIFA e CBF

Mensagem por E.R » 26 Out 2020, 03:51

NOTÍCIAS
https://www.uol.com.br/esporte/ultimas- ... roprio.htm

:globo:

Mesmo após a queda da MP do Mandante, que perdeu validade no dia 16 de outubro de 2020, o Athletico Paranaense resolveu continuar exibindo partidas por meio de um serviço de pay-per-view próprio.

Ontem, o clube paranaense cumpriu a promessa de transmitir o jogo contra o Grêmio, válido pelo Campeonato Brasileiro, que a princípio seria "cego" por causa da falta de acordo do clube de Curitiba com a Globo.

O Grêmio tem contrato em TV aberta, TV por assinatura e pay-per-view com o Grupo Globo, o que a princípio deveria tornar a transmissão ilegal.

O jogo é exibido em uma nova plataforma chamada Furacão Live, uma evolução do antigo Furacão Play.

O clube paranaense anunciou a iniciativa por volta das 15h nas redes sociais, cerca de três horas antes do início da partida. O Athletico começou a vender pacotes para o público e prometeu que mostraria o confronto com imagens ao vivo, mesmo sem acordo com o Grêmio - de acordo com a lei, um jogo só pode ser transmitido com a concordância dos dois times.

Ao UOL Esporte, Beto Carvalho, executivo de marketing do Grêmio, afirmou ao UOL Esporte que o tricolor gaúcho não foi informado sobre a transmissão e que levou equipe completa da rádio do clube acreditando que o jogo seria "cego".

Desde o dia 16 de outubro, a MP 984, que dava ao clube mandante o direito de transmissão de uma partida de futebol, não tem mais validade.

O Athletico tem uma liminar favorável para transmissão em pay-per-view, obtida quando a MP ainda estava em vigor.

Para sócios do Athletico e torcedores localizados no estado do Paraná, o pacote foi vendido por R$ 24,90. Também foi possível assinar o serviço de outros lugares do país por R$ 34,90. Além de partidas ao vivo, o Furacão Live promete também cobertura pré e pós-jogo.

Procurada oficialmente, a Globo não respondeu aos contatos do UOL Esporte. Pouco antes do jogo, a Comunicação do Athletico confirmou que faria a partida contra o Grêmio com imagens, como de fato aconteceu.

A disputa entre Athletico Paranaense e Globo acontece desde agosto. Inicialmente, uma associação de clubes ligada ao Furacão entrou na Justiça pedindo uma liminar que autorizasse a exibição de jogos no pay-per-view do Furacão. A Justiça concedeu a liminar, e o clube transmitiu a vitória sobre o Goiás, pela segunda rodada do Brasileirão.

A Globo entrou com recurso logo após e conseguiu reverter rapidamente a decisão judicial. Entre o fim de agosto e início de setembro, o Athletico tentou recorrer duas vezes, uma delas na Justiça do Rio, mas não obteve sucesso.

Em segunda instância, já na Justiça do Paraná, o clube conseguiu uma vitória a seu favor no fim de setembro e exibiu partidas contra o Corinthians. Tudo antes de a MP perder validade.

Em fala no processo, a emissora disse que o Athletico estava fazendo "jogo de cena" e ameaçou rescindir o contrato que possui com o clube para TV aberta se o Furacão insistisse na decisão de exibir jogos em pay-per-view próprio.

O Furacão também o movimento Futebol Livre, que uniu clubes da Séries A, B e C do Campeonato Brasileiro pedindo ao Congresso Nacional que aprovasse a MP 984, alegando que isso traria mais concorrência pela disputa dos direitos de transmissão no Brasil.

O movimento não surtiu efeito prático na aprovação do texto, mas prometeu continuar lutando para mudar a forma de negociação do futebol no Brasil.
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Relação entre Globo, Conmebol, FIFA e CBF

Mensagem por Barbano » 26 Out 2020, 10:18

Se o serviço for terceirizado, mesmo com a MP caducada, o Furacão provavelmente poderá continuar transmitindo os jogos enquanto o contrato estiver em vigor. Contrato assinado durante a MP permanece em vigor mesmo com a queda dela, assim como os contratos assinados antes da MP deviam ser respeitados mesmo quando ela entrou em vigor.

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Mensagem por E.R » 27 Out 2020, 07:10

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https://www.esporteemidia.com/2020/10/j ... al-da.html

:globo:

A Justiça do Rio de Janeiro marcou para o próximo dia 12 de novembro de 2020 a audiência "final", em segunda instância, que vai decidir se a Globo continuará sem pagar uma parcela de 90 milhões de dólares (R$ 506 milhões na cotação atual) do contrato de direitos de transmissão de eventos organizados pela Fifa entre 2015 e 2022. A informação é do UOL Esporte.

Alegando efeitos causados pela pandemia do novo coronavírus, a Globo conseguiu suspender, com um mandado de segurança, o pagamento do valor previsto para junho.

A Fifa disse que não foi avisada da medida pela Globo e tentou um medida cautelar para conseguir o cumprimento do acordo, mas a Justiça negou.

A Globo alega que sempre pagou as parcelas em dia e que vai honrar o compromisso quando a situação se normalizar.
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Mensagem por E.R » 18 Nov 2020, 05:58

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https://www.uol.com.br/esporte/futebol/ ... aberta.htm

A Mediapro, empresa que detém os direitos das outras oito seleções das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2022, estabeleceu uma pedida inicial de dois milhões de dólares (R$ 10,66 milhões na cotação atual) para liberar os direitos de transmissão em TV aberta do duelo realizado ontem entre Uruguai e Brasil, em Montevidéu.

Considerado alto por todos os procurados, o valor contribuiu para inviabilizar a exibição da vitória por 2 a 0 do Brasil em cima do Uruguai fora de emissoras de canais fechados e plataformas de streaming.

Tradicional detentora dos jogos da seleção, a Globo tentou uma conversa até a véspera para reduzir os valores, mas viu a Mediapro irredutível.

E a novela pode se repetir em março. Ainda não se sabe quem transmitirá o confronto da seleção contra a Colômbia, no dia 25 de março de 2021, pela quinta rodada das Eliminatórias.

Depois de duas rodadas de negociações fracassadas em outubro e novembro na tentativa de exibir os jogos da seleção brasileira fora de casa contra Peru e Uruguai, a direção de Esporte da Globo não nutre a maior das paciências para retomar conversas com a Mediapro.

A De Primeira apurou que a executiva da emissora estuda desistir do pacote e de qualquer acordo para partidas longe do Brasil, considerando que a empresa espanhola tem sido intransigente demais na negociação, principalmente nos valores pedidos, fora do comum para a atual realidade de crise por causa da pandemia do novo coronavírus.

Outra reclamação é a falta de clareza em informações básicas, como envio de sinal e detalhes operacionais das transmissões.
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Mensagem por E.R » 20 Nov 2020, 06:59

NOTÍCIAS
https://www.uol.com.br/esporte/futebol/ ... r-copa.htm

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O Grupo Globo venceu em segunda instância o processo que move contra a Fifa para não pagar a parcela de 2020 do contrato de direitos de transmissão que envolve competições da entidade desde 2015 - incluindo a Copa do Mundo de 2022.

Por conta da pandemia do covid-19, a emissora conseguiu uma medida cautelar em junho para não pagar os 90 milhões de dólares (R$ 478 milhões na cotação atual) à entidade, alegando principalmente que o valor fugia da realidade do momento atual.

A TV também argumentou que, com a falta de realização dos eventos previstos pelo contrato, teve prejuízo.

A Fifa tentou derrubar inicialmente a medida com uma liminar de emergência em setembro, mas não conseguiu.

A entidade recorreu e esperou o julgamento na segunda instância, que aconteceu na semana passada.

O caso foi para o plenário, e por unanimidade, os desembargadores da 6ª Vara Empresarial da Justiça do Rio de Janeiro, deram novamente razão ao grupo brasileiro.

O relator do caso, Plínio Pinto Coelho Filho, citou principalmente as dificuldades que diversas companhias nacionais tiveram com o novo coronavírus para embasar seu voto, que foi seguido por todos os seus colegas.

A Globo, com isso, pode renegociar o valor com a FIFA ou apenas pagar a parcela do contrato referente a 2021.

A FIFA ainda pode recorrer em instâncias superiores - Superior Tribunal de Justiça (STJ) e, posteriormente, Superior Tribunal Federal (STF), porém não revelou o que fará.
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