Mensagem
por JoãoB » 26 Jan 2025, 12:44
Respeito a opinião de todos vocês, mas gostaria de trazer um ponto para essa discussão: a nostalgia também pode ser um benefício. Imaginem, por exemplo, se criassem um desenho do Chaves ou do Chapolin que fosse muito diferente do original e/ou sem graça nenhuma. Poderia não ser bom! O próprio desenho de 2006 é a prova disso: se descaracterizou a partir da terceira temporada e fez muito menos sucesso do que a série original. Poderia ter sido muito melhor se não tivesse se distanciado tanto do original. E, mesmo se o desenho quisesse se distanciar da série, mudar totalmente, ainda assim poderia ter sido melhor do que foi. Sinal de que isso de mudar totalmente em relação ao original, sem se apegar a nostalgia, nem sempre é o melhor.
Outro exemplo é a dublagem. Tem um pessoal aqui no fórum que defende que os dubladores clássicos não deveriam participar de novos projetos porque poderiam morrer no meio ou parar de dublar antes do final do projeto, afetando o produto e que é preciso dar mais espaço para novos dubladores, sem se apegar a nostalgia. Pois bem: imaginem como teria sido as dublagens da Gábia, da Herbert Richers, da Rio Sound e da Som de Vera Cruz sem nenhum dublador da Maga. Óbvio que teria sido pior! Se com eles o pessoal ainda critica a dublagem, sem eles teria sido muito pior, haveria muito mais críticas e não só do pessoal aqui do fórum, mas também dos fãs leigos. Por que a maioria dos dubladores clássicos esteve nessas dublagens? Um dos motivos foi o fator nostalgia, isso salvou em parte essas dublagens. E se engana quem pensa que o público não liga para as mudanças de vozes, liga sim, como em qualquer dublagem, não só em CH. Exemplos disso tem aos montes, sempre que um dublador muda alguém estranha. Aliás, as próprias séries CH são o exemplo disso: as dublagens da BKS e da Gota Mágica foram muito criticadas porque mudaram muitos dubladores da Maga. A da Rio Sound também foi e olha que lá só dois dubladores clássicos ficaram de fora, Nelson Machado e Carlos Seidl.
Enfim, para mim, a nostalgia também pode ser um benefício e não apenas um fator que atrapalhe.