Análises de episódios/filmes CH.

[Chavito.M]

Oi pessoal! Eu frequento grupos do discord com o tema das obras do Chespirito e eu ví essa ideia.

Usem esse tópico para analisarem os episódios de todas as obras do Chespirito, além dos filmes. Caso queiram, podem usar também para os programas do Kiko e da Chiquinha.



O Abominável Homen das Neves (1976).


Esse episódio sempre se encontra na lista de episódios que mais aterrorizavam os fãs na infância e, parando para analisar, consigo ver que não era um simples exagero.
Durante os seus primeiros minutos, ele apresenta um clima extremamente desconfortável e incerto, mostrando um casal em uma situação pouco favorável: Para fugir da neve, eles entram em uma casa abandonada. Na teoria, estariam somente os dois, em um local extremamente afastado da sociedade e de outros seres humanos, criando uma sensação de impotência para o expectador, que começa a temer que algo aconteça com eles após vermos a casa destruída, com marcas de um animal. Até então, a história apresenta um clima bem lúdico, não tendo nenhuma piada durante seus 4 primeiros minutos aproximadamente, com eles encontrando um problema comum de falta de luz. A primeira introdução de um elemento possivelmente sobrenatural é feita pela fala da Florinda, que explica a Carlos (e aos expectadores) a lenda do Abominável Homem das Neves, seguida de um berro animalesco.
O público se sente amedrontado, justamente por termos ficado praticamente os 5 primeiros minutos nos afeiçoando ao casal. Aguardamos ansiosamente a aparição do Chapolin para ajudá-los, afinal, se trata de uma história do herói.

O clima se encontra mais leve a partir da aparição do Vermelhinho, que traz consigo uma certa segurança indireta para o público, mesmo que o herói fosse o mais medroso entre os personagens. Suas interações com os campistas é muito icônica, com ótimas piadas textuais, como a do café e a dos sacos de dormir.

A introdução do antagonista é muito bem feita, com aparições curtas ao longo do episódio, que serve para mostrar que ele estava por perto e, a qualquer momento, iria entrar na casa.
Eu tenho que separar um trecho para elogiar a maquiagem e figurino do Ramón, além dos cenários e da ambientação, que realmente passam um clima de um filme de terror.

Infelizmente, o final é extremamente anti-climático, com a revelação de que o Homen das Neves é só um ator. Um final muito decepcionante, que cópia o final do Índio Pele Vermelha e consegue ser ainda mais decepcionante que o final original. Isso denota o quanto a mania de remakes do Chespirito acabava prejudicando, até mesmo, ótimos roteiros originais.

Porém, apesar do final não me agradar muito, ele não empobrece o restante dele.

Nota: 8/10.

[oasis wonderwall da silva blur]

ah sim entendo ja vi alguns

[Chamone]

Eu gosto de tópicos novos e de letras coloridas.

Certos episódios refletem várias questões socioeconômicas, principalmente no contexto de uma comunidade de baixa renda. Lanço aqui uma análise socioeconômica do episódio em análise:

Condições Sociais e Econômicas: A trama ocorre em uma vila simples, onde os personagens lidam com desafios financeiros e limitações educacionais. As ações de matar aula por parte de Chaves e Chiquinha refletem a falta de disciplina e apoio escolar que pode ser comum em comunidades menos favorecidas.

Família e Dinâmica Comunitária: Dona Florinda, como mãe solteira e protetora, mostra um papel autoritário e zeloso, o que é comum em famílias que enfrentam dificuldades econômicas. A interação entre os moradores da vila destaca uma comunidade unida, porém com conflitos e interdependências, típicas de ambientes com laços sociais estreitos, mas recursos escassos.

Educação: A relação dos personagens com a escola reflete a percepção da educação como uma obrigação e não uma oportunidade, indicando um possível desinteresse ou desmotivação que é comum em contextos de baixa renda. A figura do Professor Girafales, autoritária e mal-humorada, representa um sistema educacional pouco acolhedor.

A Questão da Mentira e Sobrevivência: A estratégia dos personagens de inventar desculpas para não ir à escola ilustra mecanismos de adaptação e sobrevivência em situações adversas. Em muitas comunidades, a criatividade e a esperteza são formas de lidar com a falta de recursos e com a rigidez das instituições.

O Desfecho (Era Domingo): O final irônico, onde o Professor revela que era domingo, subverte a expectativa e destaca uma desconexão com a rotina estruturada da escola, que pode simbolizar o caos e a desorganização comuns em ambientes socioeconômicos desafiadores.

Essa narrativa, embora cômica, reflete problemas reais enfrentados por comunidades carentes, como a educação precária, a desmotivação estudantil e a complexidade das relações sociais em contextos de vulnerabilidade econômica. Tudo isto está refletido em Matando Aula de Domingo (1979).

[Sardse]

vou aproveitar e colocar algumas coisinhas

Chaves

Zarabatanas e Chumbinhos

Parece que essa foca menos no humor físico que as outras esquetes de 72, acho que é melhor quando tem um equilíbrio assim, as vezes as esquetes de 72 exageravam no pastelão, as piadas são muito boas, os personagens todos confusos com a zarabatana foi legal

Lavagem Completa

eu aprendi o que é sentido figurado primeiro aqui, Chaves 1, Escola 0
Episódio solido, o coitado do Seu Barriga não descansa no primeiro bloco, parece que as crianças tinham acordado com fogo..., O Chaves suja o carro do Seu Barriga numa animação
Muita piada visual nesse episódio, o lance das portas do carro é uma coisa que aparece muito em desenho animado (e em roteiros do Chespirito ) a agua saindo do carro também deu essa vibe
Primeiro episódio com o novo visual da rua da vila e os personagens fazem questão que você perceba isso
Nota: 8,5/10

Os Balões

Assisti o episódio "Os Balões" de 76 (editado)
Um roteiro que estou mais familiarizado com a versão do desenho (a versão de 73 foi pro sarro só por causa de uma ceninha)
Inclusive esse episódio é menos "deprimente" sem aquelas musiquinhas do desenho, elas dão uma vibe bem pesada
Legal ver esse episódio com a atuação bem decente dos atores, isso torna o episódio tão mais engraçado, aliás esse episódio é bem mais humor físico que textual
gostei do detalhe que os balões são reforçados e os personagens tem que fazer um esforço a mais para estourar, lol (editado)
O episódio tem um clima bastante deprimente, porém é necessário para que a piada final funcione, assim, a morte do Chaves fica mais marcante
uma coisa que eu esqueci de falar é que a cena dos garotos tentando jogar confetes é longuinha de mais
nota: 9,0

Chapolin

O Bandido

Eu pessoalmente gosto dos episódios no Velho Oeste, a cinematografia é interessante aqui, realmente parece um filme de werstern... Agora eu notei uma coisa, a piada da Disneylanda que é recorrente não faz nenhum sentido, porque é a porcaria do Velho Oeste... pelo menos até o primeiro e segundo bloco, as piadas estão boas... e vou ter que parar por aqui, desculpa kk

Eu meio que fiz tudo no discord ao vivo, mas se quiser ir atualizando de vez um pouquinho, eu vou dá uma atualizadinha nessa mensagem, de uma forma que não perturbe o andar do Tópico

Edit 1: Fazer coisas com pressão do tempo é foda

[Chavito.M]

Aqui vai mais uma feita originalmente no Discord.

Chapolin: O Bandido (1973)

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Sempre que eu assisto esse episódio, parece que ele fica melhor. Conseguiu se tornar, não apenas meu episódio favorito do polegar em 73 (um certo podcast está desatualizado na minha parte, foi mal kkkkk) como o meu episódio favorito do personagem em geral.

O ritmo do episódio é muito bom. Não é nem arrastado, nem acelerado.
As piadas fixas são muito boas (as reações dos personagens ao verem o Racha-Cuca) e não se tornam cansativas ou repetitivas.

O Chespirito estava extremamente inspirado quando escreveu esse episódio. Não tem 1 minuto sequer que eu não esteja dando risada. A piada do leite saindo de um quadro de uma vaca, o Chapolin falando do seu amigo "Pepe", a piada do cartaz de procurado, o Polegar e o Racha-Cuca latindo, a piada da disneylandia,etc.

Além disso, temos uma dublagem Maga inspiradissima. A interpretação do Gastaldi no Chapolin nesse episódio é um dos meus trabalhos favoritos dele.

Nota: 10/10

[Chavito.M]

Eu decidi maratonar à temporada de 74 de Chaves pela primeira vez no áudio original em espanhol.

Com quantos ovos se faz um bolo

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O primeiro bloco abre com a Dona Florinda pedindo para o Chaves encontrar o Quico. Em paralelo, a Dona Clotilde pede ao bochecudo para encontrar o menino do barril. As duas estão com um objetivo em mente, mas não contam de imediato, atiçando a curiosidade do telespectador. Afinal, o que elas queriam? A Dona Florinda poderia só estar querendo paparicar o filho com alguma coisa. E a Dona Clotilde querendo brigar com o Chaves, por chamá-la de bruxa. Quem assiste isso pela primeira vez, pode chegar à essa conclusão.

Assim, começa uma sequência dos personagens gritando um pelo outro, entrando em casas, indo para o segundo pátio, etc. Mas sempre se desencontram. Na versão dublada, sempre achei essa cena extremamente cansativa e ficava torcendo para ela acabar logo. Já no áudio em espanhol, o carisma do Chespirito e do Carlos deixou ela muito divertida.

Os quatro personagens finalmente se encontram e temos revelação do que as duas adultas queriam: Dona Florinda pede para o Quico ir na padaria e comprar um bolo escondido, para ela falar para o Professor Girafales que foi ela quem fez. Já a Dona Clotilde, fez um bolo gigantesco e pede para o Chaves colocar escondido na casa do Seu Madruga (que não participa do episódio, por motivos desconhecidos), junto de dois bilhetes. Um para o Madruga se declarando, outro para o Zenon, dizendo que não tem dinheiro para o aluguel.

Vendo de uma forma mais crítica, achei meio forçado as duas tendo ideias semelhantes no exato mesmo dia e na mesma hora. Eu sei que, sem isso, não aconteceria a confusão desse episódio, além de ser um programa de humor. Para contornar isso, o episódio poderia ter começado com as duas falando sobre formas de "encantar" os homens e elas chegando na conclusão que o bolo seria a melhor forma, mas sem deixarem explícito para a outra.

Acelerando o episódio, temos cenas do Chaves detonando o bolo da Bruxa, ficando todo lambuzado. Já o Quico, tem que ficar se escondendo do Professor Girafales.

Aí, entra o elemento mais problemático desse episódio: Senhor Barriga.

Ele entra na casa do Seu Madruga e, por algum motivo, acha que o recado era para ele

Aí, ele dá em cima da Dona Florinda. Ironicamente, esse é o meu momento favorito do episódio. É hilário o Edgar jogando charme para a Florinda.

No final, ainda temos a cena das crianças tentando fazer um bolo. Achei uma cena engraçada, mas senti que quebrou o ritmo do episódio. Se fosse uma esquete inteiramente dedicada para isso, seria bem melhor. Achei a decisão do Chespirito de tirar essa parte dos remakes boa.

Não vou falar da incoerência do Barriga estar dando em cima da Florinda, sendo casado, pois esse conceito ainda não havia sido criado na época.

Porém, fica bem na cara que foi um roteiro criado para ser feito com o Seu Madruga, mas o Ramón não pôde gravar, por algum motivo, e tiveram que colocar o Edgar no lugar
Resumindo: É um episódio com momentos divertidos, mas sofre com o a conveniência da D.Florinda e D.Clotilde terem a mesma ideia; o furo do Zenon entrando na casa de um inquilino e achando que era para ele o recado; além do final que, apesar de divertido e tendo boas gags, acaba deixando o roteiro bem mais cansativo e sem ritmo. Os remakes realmente melhoraram ele.

Nota: 7/10.

[Chavito.M]

Chapolin: Os prisioneiros (1972)

► Exibir Spoiler

É um esquete que usa o mesmo esquema de piadas do episódio do Conde Terra Nova, aonde tem uma piscina no meio do cenário e as piadas consistem neles se atrapalhando e caindo nela.

Porém, nessa esquete o Chespirito tenta dar uma importância maior para esse elemento, colocando os vilões ameaçando jogarem os heróis na piscina, como uma punição.

Mas, sinceramente, acho algo bem bobo e meio exagerado. A maior ameaça era da água ser muito fria...é sério mesmo?

A partir do momento que os personagens ficam caindo durante o episódio todo, essa piscina termina de perder toda a "ameaça" que estavam prometendo.

Além disso, a Maria Bonita é uma antagonista extremamente sem-graça e rasa. Em nenhum momento, eles dão o trabalho de explicar o motivo dela estar prendendo pai e filha.

Em geral, se trata de um esquete bem repetitivo e vazio. Falando sério, até mesmo esquetes primitivos de 70 e 71 conseguem ter uma composição melhor.

Ele perde vários pontos quando lembramos que o Chespirito usou essa piada da piscina em duas esquetes diferentes. E, mesmo esquecendo isso, ele não consegue se sustentar por conta própria.

Os únicos momentos que fizeram esse esquete não perder tantos pontos, foram às piadas do Ramón não querer tomar banho, que ficaram realmente bem engraçadas e espontâneas.

Nota: 2/10

[Eng. Pudim]

A maior graça desse esquete é o capanga da maluca, que fica rindo da forma mais caricata possível.

"A senhora quem manda, DIVINA! Jogo agora mesmo?!"

[cyber Revolvinho]

Errar é humano - parte 1
O dia internacional da mulher - parte 1 e esse episódio acho que foram uns dos que mais assisti. Considero a de 1978 a melhor versão, acho ela mais engraçada.
Triste que seja um perdido mundial e só nós tenhamos tido a oportunidade de vê-lo, porque o elenco está muito afiado (e a dublagem é incrível), ele retrata bem a época e tem um bom ritmo, e a Chiquinha ser tão "feminista", mesmo que espevitada e armando para a Glória, minha inspiração aos sei lá 6/7 anos.
E por causa desses dois episódios aprendi que bolo em espanhol é pastel, estranhava muito quando criança.
Tem um humor físico que funciona bem, enfim, adoro esse episódio.

[Douglas Reis]

Esse tópico me deu saudade das edições do SARECH. Fez falta um pra avaliar os episódios da Som de Vera Cruz quando passaram no Multishow.

Depois vou pegar um episódio pra analisar.

[Cyrano (Fabricio De Carvalho).]

Esse tópico me deu saudade das edições do SARECH. Fez falta um pra avaliar os episódios da Som de Vera Cruz quando passaram no Multishow.

Depois vou pegar um episódio pra analisar.

O que é "SARECH"?

[Douglas Reis]

Esse tópico me deu saudade das edições do SARECH. Fez falta um pra avaliar os episódios da Som de Vera Cruz quando passaram no Multishow.

Depois vou pegar um episódio pra analisar.

O que é "SARECH"?

Há mais 11 anos, ocorreu a última das 3 edições do SARECH (Sistema de Avaliação e Ranqueamento de Episódios CH).

Basicamente, o povo do Fórum avaliava os episódios de Chaves e Chapolin disponíveis dublados (só a dublagem Gábia não contava, por ser dos DVDs) e davam notas de 0 a 10. Houve 3 edições entre 2011 e 2013 porque o SBT estreou vários episódios de ambas entre uma e outra. Inclusive os tópicos com os resultados estão fixados no topo da parte do Da Discussão Nasce a Luz na Lata da Florinda.

[Chavito.M]

Esse tópico me deu saudade das edições do SARECH. Fez falta um pra avaliar os episódios da Som de Vera Cruz quando passaram no Multishow.

Depois vou pegar um episódio pra analisar.

O que é "SARECH"?

Há mais 11 anos, ocorreu a última das 3 edições do SARECH (Sistema de Avaliação e Ranqueamento de Episódios CH).

Basicamente, o povo do Fórum avaliava os episódios de Chaves e Chapolin disponíveis dublados (só a dublagem Gábia não contava, por ser dos DVDs) e davam notas de 0 a 10. Houve 3 edições entre 2011 e 2013 porque o SBT estreou vários episódios de ambas entre uma e outra. Inclusive os tópicos com os resultados estão fixados no topo da parte do Da Discussão Nasce a Luz na Lata da Florinda.

Eu criei o tópico, justamente, me baseando nas antigas edições do SARECH.

Quando eu entrei para o Fórum, me fascinava às análises que os usuários antigos faziam nelas.

[Pereira Vinícius]

Chapolin: Os prisioneiros (1972)

► Exibir Spoiler

É um esquete que usa o mesmo esquema de piadas do episódio do Conde Terra Nova, aonde tem uma piscina no meio do cenário e as piadas consistem neles se atrapalhando e caindo nela.

Porém, nessa esquete o Chespirito tenta dar uma importância maior para esse elemento, colocando os vilões ameaçando jogarem os heróis na piscina, como uma punição.

Mas, sinceramente, acho algo bem bobo e meio exagerado. A maior ameaça era da água ser muito fria...é sério mesmo?

A partir do momento que os personagens ficam caindo durante o episódio todo, essa piscina termina de perder toda a "ameaça" que estavam prometendo.

Além disso, a Maria Bonita é uma antagonista extremamente sem-graça e rasa. Em nenhum momento, eles dão o trabalho de explicar o motivo dela estar prendendo pai e filha.

Em geral, se trata de um esquete bem repetitivo e vazio. Falando sério, até mesmo esquetes primitivos de 70 e 71 conseguem ter uma composição melhor.

Ele perde vários pontos quando lembramos que o Chespirito usou essa piada da piscina em duas esquetes diferentes. E, mesmo esquecendo isso, ele não consegue se sustentar por conta própria.

Os únicos momentos que fizeram esse esquete não perder tantos pontos, foram às piadas do Ramón não querer tomar banho, que ficaram realmente bem engraçadas e espontâneas.

Nota: 2/10

Nunca entendi o plot desse episódio! Se o problema era eles cairem na água (o mote pra chamar o chapolin) porque justamente eles ficam caindo ferrando com o propósito do esquete?

[Eng. Pudim]

O problema não era só esse, eles estavam sendo mantidos em cárcere privado. A ridícula ameaça é o estopim, mas sempre entendi que o chamado era por causa do resgate.