Fórum Portal Vídeos Guia de Episódios

Category Archives: Memória CH

Memória CH: Chespirito critica Big Brother e fala de seu livro de poemas (2003)

Matéria original em espanhol. Clique para ampliar.

Matéria original em espanhol. Clique para ampliar.

Em uma matéria distribuída pela Notimex e publicada no jornal El Siglo de Torreón, do México, em outubro de 2003, Roberto Gómez Bolaños criticou o programa Big Brother VIP, então exibido no país, além dos programas humorísticos. Chespirito falou também sobre seu livro … Y También Poemas, lançado naquele ano no México. Confira a matéria traduzida:

Big Brother lhe parece “horrível”
O comediante criticou os programas atuais de humor após considerar que abusam do sexual

NOTIMEX
SAN JOSÉ, PORTO RICO – O comediante mexicano Roberto Gómez Bolaños, Chespirito, afirmou que o programa Big Brother VIP carece de atrativos e tem aspectos “horríveis”, e criticou os programas de humor da atualidade, ao considerá-los vulgares.
“Eu vi pedacinhos (do reality show mexicano) e não encontro nenhum atrativo. Não só isso, mas que há coisas que me parecem ‘horríveis’ e é o que as pessoas menos protestam”, apontou o ator em entrevista ao jornal costarriquenho Al Día.
“A forma como eliminam alguém por meio de uma votação como uns ‘juízes’ e esse rancor com que expressam que se vá um companheiro é criminoso. Criticam-lhes pela linguagem ou pela nudez como se não tivesse em outros programas também”, acrescentou.
“Parece-me aborrecedor ver uns jovens encostados só dizendo besteiras. Eu prefiro os documentários, que é o grande aporte da televisão”, manifestou Chespirito.
Sobre os atuais programas de humor, apontou que “há uma total inclinação e um abuso do sexual. A linguagem não me horroriza ainda que seja pobre, o pior é o conteúdo e como utilizam as piadas que no fundo são agressões machistas com jogos de palavras”. “Isso é mais fácil que buscar uma trama engenhosa. Hoje se usa a liberdade de expressão para ofender às pessoas em sua condição racial, econômica ou religiosa. Não gosto disso tudo e me oponho”, deu ênfase o ator mexicano.
Ao ser consultado sobre se existe algum programa que siga pelo caminho dos seus, Gómez Bolaños sinalizou que admira Javier López “Chabelo”, já que “por demais é quase impossível encontrar um que não fale de sexo ou política”.
Sobre seus projetos, detalhou que está em conversações com a editorial Alfaguara para editar o livro “Y También Poemas” e revelou que seu filho negocia com os estúdios Walt Disney para converter seus personagens em desenhos animados, especialmente o Chapolin Colorado.
A respeito da coletânea de poemas, explicou que sua temática é diversa, com escárnio, crítica, romance, comentários pessoais humorísticos ou trágicos e que não pensou em publicá-lo, mas foi convencido por sua esposa, a atriz Florinda Meza.
“Não pensei em dar a conhecer [os poemas] porque todas as editoras coincidiam que a poesia não se vende, mas os da editora não disseram que este é um trabalho diferente e não sabiam que eu os havia escrito”, comentou o multifacetado artista.
Gómez Bolaños confessou não entender por que seus programas são transmitidos até agora, “mas agradeço infinitamente. Não creio ter os méritos para tudo isso. Minha contribuição foi a honestidade e trabalhar muito, mas não é suficiente para o que aconteceu”.
“É curioso que se repitam os capítulos, o que eu não gosto, porque sei que há programas melhores que os que passam, mas aí continuam no ar. As crianças me saúdam quando me vêem como se eu fosse aquele do programa, pese que já não sou o mesmo”, comentou.
Revelou que seu favorito era Ramón Valdés, que fazia o papel de “Seu Madruga”, assim como o personagem da “Chimoltrúfia”, interpretado por Florinda Meza, com quem leva 25 anos de casamento que se sustenta na afinidade que têm em “muitos aspectos”.
Ao ser consultado sobre se o Chaves de hoje seria igual ao de antigamente, respondeu que “nunca me perguntaram isso. Diria que em algumas coisas sim e em outras não”.
“De todos os modos, não poderia fazer muita variação, pelo conceito que tem. Quiçá lhe acrescentaria um telefone celular como surpresa, ainda que hoje em dia não o é, e quiçá teria outras coisas que se usam na atualidade”, acrescentou.

Dá autógrafos

O ator Roberto Gómez Bolaños assegurou que seu livro “Y Tambiém Poemas”, em sua terceira edição, significou “muito porque eu fazia os poemas para mim, sem a menor ideia de que se publicariam algum dia e porque além disso, a poesia não tem muito apelo”.
Emocionado de poder conviver e dar seu autógrafo à coletânea ao seu público, em uma livraria ao sul da Cidade do México, Gómez Bolaños disse que a pessoa que movimentou tudo foi sua mulher, Florinda Meza, que “agilizou tudo, mas nunca imaginei que fosse tão rápido”.
O comediante que deleitou a muitas gerações com seus personagens como “Chaves” e “Chapolin”, entre outros, disse que compartilha estes poemas com seu público sem querer querendo.
“O que pretendo nestes poemas é dizer algo, haverá alguém que não gostará e outros que se encantarão, mas é questão de gosto, porque além disso estão escritos com rima e métrica, que quase ninguém faz”, destacou.
Durante a sessão de autógrafos de seus livros, crianças, adolescentes e adultos felicitaram e agradeceram a Gómez Bolaños por seu legado humorístico no programa “Chaves”, já que cresceram com ele e se divertem com as confusões de CHaves, Kiko, Seu Madruga, Chiquinha, Senhor Barriga e Professor Girafales, que atualmente é retransmitido no Canal 5.

COM MUITO TRABALHO
Foi tanta a insistência que terminaram por convencê-lo. Roberto Gómez Bolaños disse que sim realizará uma autobiografia, “sim estou nisso, estou a escrevendo, convenceram-me depois de muito tempo porque considerava quee uma autobiografia não era muito interessante, já que não sou consumidor de drogas, não estive na prisão e nem sou infiel, então a quem vai interessar”.

. Roberto Gómez acrescentou que depois de muita insistência, o fará, “haverá coisas que divertem porque tive a oportunidade de ter intercâmbios com muita gente de todas as partes do mundo, e isso pode despertar a curiosidade das pessoas”.
. Adiantou que é mais provável que saia ao mercado o livro de futebol, “é mais curto, não pode ir em um só livro, por isso eu terei que acompanhar com outros ensaios que estou nisso, e assim será mais fácil que saia primeiro”.
. Promove o livro “Y También Poemas”, editado por Punto de Lectura, cuja primeira tiragem saiu com oito mil exemplares, e a qual tem um preço de 65 pesos nas livrarias.
. A obra contém poemas como “Versos Antiguos”, “La Risa”, “Hugo Sánchez, El Torero”, “Mi Mejor Amigo”, “Ensueño” e “Los Pequeños Callejeros”, entre muitos outros.
. Acrescentou que segue usando a rima para dar mais força a muitas coisas, “porém creio que fui sincero, não tratei de agradar a ninguém, talvez a mim, é o que pretendi, e censurar o que não gosto”.
. O ator indicou que não voltou à televisão porque seus programas anteriores ainda são reprisados e “não quero incomodar o público” e disse que regressar seria algo distinto, “me ofereceram ser cronista esportivo, mas prefiro escrever”.

Publicado no jornal El Siglo de Torréon, em 26 de outubro de 2003.

Discuta este assunto com outros fãs no tópico no Fórum Chaves!

Texto e pesquisa: Antonio Felipe

Memória CH: Elenco de Chaves fará turnê pelo Brasil no próximo ano (1989)

Você sabia que o elenco da turma do Chaves quase fez uma turnê pelo Brasil no começo da década de 1990? Isto foi planejado no ano de 1989, porém não se concretizou. Era parte de um grande projeto para explorar comercialmente as séries Chaves e Chapolin no Brasil, que com cinco anos de exibições no SBT, eram um enorme sucesso de audiência. Saiba mais sobre isso na matéria abaixo, publicada pela revista Veja:

PASTELÃO À MODA MEXICANA

Os heróis Chaves e Chapolim conquistam as crianças no SBT e preparam uma turnê de shows pelo país

Há dois meses, de olho no efervescente mercado de ídolos infantis e produtos derivados de suas imagens, a empresa de produções artísticas Diana Backstage, de São Paulo, realizou uma pesquisa para saber qual o espetáculo ao vivo a que elas mais gostariam de assistir. Errou quem apostou na vitória disparada dos Trapalhões, de Xuxa, de Jaspion ou do Trem da Alegria. Os vencedores, ao lado de Xuxa, foram Chaves e Chapolim, protagonistas de dois seriados de teleteatro que levam seus nomes, produzidos no México e apresentados no Brasil pelo SBT diariamente ao meio-dia e meia e às 6 da tarde. Embora os seriados estejam no ar desde 1984, nos últimos tempos eles se tornaram a nova febre entre a criançada, com audiência média de 15 pontos nos dois horários, com picos de 20 pontos à tarde, marcas excepcionais para qualquer emissora concorrente da Globo.

Nas próximas semanas, os pais que ainda não conhecem a estampa de justiceiro superpateta de Chapolim, com suas antenas de besouro na cabeça, ou a figura de adolescente bobalhão de Chaves não escaparão de conviver com eles. Os dois heróis se preparam para invadir o quarto de brinquedos com a mesma disposição dos outros ídolos infantis, na esteira de um investimento de 400 000 dólares pagos pela Diana pela compra dos direitos de imagem dos personagens. Primeiro, será lançado o disco com as músicas temas de Chaves e Chapolim, compostas pelo ator que representa ambos os personagens, o mexicano Roberto Bolagños (sic), de 63 anos. Logo a seguir, virão álbuns de figurinhas, revistas de histórias em quadrinhos, bonecos e jogos de todos os tipos. No final de abril do ano que vem, os heróis e os integrantes de suas turmas, como o Professor Girafales, Dona Florinda, Madruga e Chiquita (sic), iniciarão uma série de apresentações em dez cidades brasileiras.

PIRÂMIDES – Como teledramaturgia, os seriados Chaves e Chapolim não poderiam ser mais mambembes. Eles representam um humor pastelão tão óbvio e repetitivo que, perto deles, Renato Aragão é Charlie Chaplin. Chaves é um menor abandonado que mora num barril na frente de um cortiço e se mete em constantes confusões com seus moradores. Chapolim é um super-herói que não tem superpoderes e é medroso, mas mesmo assim aventura-se por locais tão mirabolantes quanto as pirâmides do Egito, sempre com seu grito de guerra: “Que me sigam os bons!” As crianças de menos de 10 anos adoram esses heróis – riem de suas burradas e se sentem mais capazes do que eles de realizar as proezas a que se propõem. Os adultos também começam a se dobrar a suas aventuras. “Eu paro tudo o que estou fazendo para assistir ao Chaves e sei que o Chico Anysio faz o mesmo”, diz o compositor e comediante Zé Rodrix. “Os pais também acabam rindo de tanta besteira junta, é um humor que agrada porque é leve”, teoriza o ator Marcelo Gastaldi, que dubla os seriados para o Brasil. Comparados com os super-heróis japoneses, Chaves e Chapolim são superiores num terreno: os mexicanos são ridículos e não fazem mal a ninguém. Eles não têm nenhuma agressividade nem apelam para a violência como os nipônicos.

Chaves e Chapolim são hoje personagens consagrados em 26 países, inclusive nos Estados Unidos, onde os seriados são transmitidos por 125 emissoras dedicadas ao público de idioma espanhol. No Brasil, Chapolim e Chaves desembarcaram em treze episódios comprados pelo SBT junto com um pacote de enlatados. A princípio, a emissora não acreditou muito no êxito de uma produção que, na forma e nos cenários, lembra as antigas telenovelas mexicanas. Mesmo assim, programou-os, e o sucesso da dupla não parou de crescer.

Depois, novos episódios foram comprados e hoje são repetidos à exaustão pelo SBT. Os seriados que vão ao ar atualmente foram produzidos há quinze anos, e assim se explica que Chisperito (sic), o nome artístico de Roberto Bolagños no México, pareça mais jovem que os seus 63 anos. Agora, o SBT acaba de comprar um novo lote de 125 novos programas de produção mais recente. Os telespectadores mirins, porém, não devem se preocupar. Segundo a emissora, o novo lote tem exatamente as mesmas características dos programas que hoje são mostrados. A produtora Diana, por sua vez, espera ter em um ano um lucro quinze vezes maior que o investimento inicial feito no licenciamento de imagem. Do pacote que ela prepara, sob o nome de Projeto Chaves, o lance mais ambicioso é a produção de desenhos animados que serão também exportados para outros países onde Chaves e Chapolim encantam a imaginação das crianças.

Veja a reprodução da matéria abaixo:

Texto publicado pela revista Veja em 22 de novembro de 1989.

Discuta este assunto com outros fãs no tópico no Fórum Chaves!

Pesquisa: Antonio Felipe

Memória CH – Faleceu a atriz Angelines Fernández, a “Bruxa do 71” (1994)

Clique para ampliar

Por ocasião dos 19 anos da morte de Angelines Fernández, a Dona Clotilde, hoje a seção Memória CH relembra uma matéria publicada dois dias após o trágico acontecimento. Confira:

Faleceu a atriz Angelines Fernándes “A Bruxa do 71”

MEXICO, (Univ-AEE) – Depois de vários meses de luta, o coração de Angelines Fernández, a criadora da inesquecível personagem “Bruxa do 71”, deixou de funcionar.

Sua morte deixa a várias pessoas com tristeza, principalmente às crianças e jovens, porque nos últimos anos deu vida a um personagem que causava a alegria de todos e não o espanto que sentiam.

Suas boas obras e sua atitude de mulher zangada mostrava simplesmente a bondade que durante toda sua vida teve para com seus semelhantes, porém às 19:40 de ontem, seu coração deixou de bater.

Apesar dos esforços dos médicos especialistas do Hospital Dalinde, Angelines Fernández deixou de existir e logo depois de ser velada hoje sábado em uma agência funerária, seus restos descansarão desde este domingo no Mausoléu del Angel.

Seus últimos programas ainda podem ser vistos nos espaços televisivos de Roberto Gómez Bolaños, quem durante os últimos anos a tinha em seu elenco.

O nome real da atriz é Angelines Fernández Abad, que nasceu em 30 de julho de 1922 [N. do Editor: ela nasceu na verdade em 9 de julho] em Madrid, Espanha, lugar onde iniciou artisticamente com a comédia musical “Carlo Monte em Monte Carlo”, na companhia de Isabela Garcés.

Posteriormente emigrou ao México em 1947, com a companhia de María Guerrero e Fernández Ardavin, para debutar no teatro Fábregas e mais adiante no teatro Ideal.

Mais adiante, realizou turnês pela América do Sul e Central e Caribe, para ter uma longa temporada em Cuba, onde radicou-se por mais de um ano e meio.

Posterioremnte, voltou ao México onde trabalhou nos principais teatros, sobretudo ao lado de Angel Garaza, Mario Martinez Casado, Jorge Mistral, Fernando Soler e María Teresa Montoya.

Assim mesmo, voltou-se fundadora da televisão no México, na qual trabalho consecutivamente por três anos em exclusiva. Também é fundadora da Televisão Independente do México, agora canal de empresa privada.

O rádio também foi seu forte e realizou várias novelas para uma conhecida marca comercial, principalmente na XEW, onde sua voz fez muitos personagens.

Durante muitos anos, protagonizou a inesquecível Bruxa do 71, com Roberto Gómez Bolaños, pelo que as pessoas de todas as idades a recordam e admiram.

Agora deixou de existir, porém suas personagens, seu trabalho atoral, sua maneira amável de ser e personalidade ficarão entre todos que tiveram oportunidade de vê-la. Descanse em paz.

Matéria publicada originalmente pelo jornal El Siglo de Torreón, em 27 de março de 1994. 

Texto e pesquisa: Antonio Felipe

Memória CH: Kiko percorre o interior de São Paulo em circo (1997)

Clique para ampliar

Em abril, o ator Carlos Villagrán desembarca no Brasil para uma turnê de despedida de seu personagem Kiko, com shows em São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte. O Memória CH resgata uma notícia sobre a turnê que Villagrán fez no interior de São Paulo em 1997, com o Circo Stankowich. Confira:

Kiko, agora, anima circo no interior
O ator Carlos Villagrán, que ganhou fama no seriado “Chaves”, vai rodar o Estado de São Paulo durante 45 dias

EDUARDO ZANELATO
Especial para o Estado

Mesmo 18 anos depois de ter deixado o elenco do seriado Chaves, o bochechudo Kiko continua a ser o ganha-pão de Carlos Villagrán. Na semana passada, o ator mexicano chegou ao país para uma turnê pelo interior de São Paulo. Durante 45 dias, Villagrán volta a encarnar o personagem nas apresentações do Circo Stankowich. A estréia será em Campinas. “As trapalhadas do Kiko encerram o espetáculo: ele tenta tocar violão, cantar e dançar, mas não consegue”, diz Villagrán.

Segundo o ator, Kiko era mais popular do que Chaves, o que seria uma das causas de sua saída do elenco. “Havia muito ciúme”, comenta. Carlos Villagrán tentou, sem sucesso, permanecer na TV: voltou a representar o personagem em programas no México e na Venezuela. Uma das séries foi exibida pela Bandeirantes.

Na década de 80, Villagrán caiu na vida mambembe. Passou a percorrer os países onde Chaves era exibido, fazendo shows. Em 1995, esteve no sul do Brasil. Hoje, seus planos incluem shows na Europa e na Ásia – provavelmente em fevereiro. Aonde quer que vá, Villagrán tem de revelar o “segredo” das bochechas do Kiko. “Não uso nada artificial, apenas encho as bochechas de ar”, diz. “Eu nasci com esse defeito de fabricação”.

Sem artistas na família, Carlos Villagrán iniciou sua trajetória em 1971, com pequenas participações em programas humorísticos. No ano seguinte, o personagem que o tornou célebre surgiu ao lado de Chaves e sua turma, num quadro de Chespirito (CNT/Gazeta), programa da emissora mexicana Televisa, em que atuou por sete anos. Chegou a interpretar personagens sérios no teatro, mas sempre gostou de comédia. “É muito melhor fazer o público rir do que chorar”, afirma.

Concorrência – O ator diverte-se ao saber que muitos brasileiros pensam que ele está morto (do elenco, os únicos mortos são os intérpretes do sr. Madruga e de Dona Clotilde, a Bruxa do 71). “Foi a concorrência do SBT que inventou isso”, diz.

Villagrán afirma que nenhum dos seis filhos dos seus dois casamentos pretende seguir a carreira artística. “Não tenho sucessores”, lamenta Villagrán. Aos 48 anos, o comediante, que de bobo não tem nada, não descarta a possibilidade de trabalhar no vídeo, até mesmo no Brasil. “Se houver alguma proposta, terei muito prazer em voltar à TV”.

* Publicado no jornal O Estado de São Paulo, em 8 de junho de 1997.

Discuta este assunto com outros fãs no tópico no Fórum Chaves!

Pesquisa: Antonio Felipe

Memória CH: SBT não quis renovar contrato de Chaves e série quase vai parar na Globo (2005)

O ano de 2005 foi particularmente especial para os fãs de CH por vários aspectos positivos, como o lançamento de boxes das séries pela Amazonas Filmes, o livro Chaves – Foi sem querer querendo? e o primeiro Festival da Boa Vizinhança, em São Paulo. Mas um evento daquele ano foi terrível para os fanáticos, pelas incertezas sobre o futuro de Chaves no Brasil.

Em abril, era noticiado que o SBT não renovaria o contrato de Chaves e Chapolin com a Televisa. As séries, assim, parariam em outros canais ou sairiam do ar definitivamente. Motivo da discórdia? Chaves dava audiência, mas não faturava, alegava o SBT. Com a notícia, outras emissoras fizeram ofertas por Chaves, o que incluiu até mesmo a Globo.

No Memória CH, resgatamos hoje essa história, quase trágica para os fãs, mas que teve um final feliz.

Memória CH: “Chaves” revela seu segredo que o mantém nos primeiros lugares na audiência (1987)

Clique para ampliar

Confira uma matéria em que Roberto Gómez Bolaños fala sobre o sucesso de suas séries na América Latina e alguns de seus “segredos”:

“Chaves” revela seu segredo que o mantém nos primeiros lugares na audiência

Se falou muito da presença na televisão de Roberto Gómez Bolaños em seu programa “CHESPIRITO”, porém pouco se sabe realmente dos resultados que obteve ao largo de quase 18 anos de estar no ar no México e em diversos países da América Latina.

De entrada resulta difícil assimilar a conta e imaginar às 300 milhões de pessoas que vêem e desfrutam deste programa, pioneiro em muitos aspectos. E é precisamente Roberto Gómez Bolaños quem se remonta ao passado e comenta: “em estes momentos estamos em primeiro lugar dentro do grupo de programas deste tipo em 15 países da América Latina e, pois que posso dizer – diz modestamente – estou muito agredecido com Televisa por dar-me a oportunidade de produzir esta série; se estou nos primeiros lugares é porque temos trabalhado muito – tanto atores como produção – para fazer o melhor e de maior qualidade. E com isso quero dizer desde roteiros, cenários, vestuário, etc”.

“CHESPIRITO NÃO ESCREVE PARA CRIANÇAS”

“Muita gente crê que este programa se escreve especialmente para as crianças; resulta muito engraçado, porque quem mais vê são os adultos… não digo com isso que não seja para crianças, porém creio que o adulto capta com maior força o significado de cada personagem, pois todos são muito humanos. Chaves por exemplo, é muito terno ainda que leve comicidade, transmite humildade, sinceridade, etc”.

Cada personagem que Roberto Gómez Bolaños apresenta em seu programa, está baseado na realidade porém como uma caricatura; também estão acentuados os defeitos ou as virtudes. Neste caso, ele dá a ideia de cada caracterização aproveitando algum defeito do artista, como sua gordura ou altura. Porém finalmente, é o ator quem lhe dá vida e o alimenta de qualidades, pelo que acrescenta: “quando me ocorreu a ideia do Professor Girafales, me baseei na estatura de Rubén Aguirre, porém ele agregou uma série de características, como o típico “Ta… Ta… Ta”, que diz ao se enojar e surgiu um dia que se travou e lhe ocorreu de fazer assim… achamos engraçado e deixamos… essas são coisas que mais recorda o público”.

E já que fala do público, como responde a estes 18 anos de êxito quando se apresenta pessoalmente em suas turnês?

“É impressionante – diz contente – sentimos muito gosto de estar em países tão distintos e em todos temos chegado como convidados de honra; nos recebem chefes de estado, presidentes, ministros, governadores, e em todos os lugares, com os braços abertos. Sem dizer que temos recebido presentes significativos, que de recordarmos, dão vontade até de chorar de emoção”

Quanto tempo mais seguirá no ar Chespirito?

“Até que o corpo aguente, como dizia Luis Sandrini – rindo -. Não sei, eu vivo de meus personagens não somente economicamente, mas humanamente. São como meus herdeiros e me dão energia. Quando escrevo os roteiros, trato de fazer com realidade e que não transmitam só alegria. Creio que a televisão mexicana é muito importante e em especial, desejo seguir mantendo-me no gosto do público do México, porque é meu país e porque o quero”.

Publicado pelo jornal El Siglo de Torreón, em 7 de dezembro de 1987.

Discuta este assunto com outros fãs no tópico no Fórum Chaves!

Texto e pesquisa: Antonio Felipe

Memória CH: Turma do Chaves reúne mais de 2 milhões de pessoas em Bogotá (1981)

Clique para ampliar

Em mais um post da série Memória CH, que resgata a história das séries de Chespirito através dos meios de comunicação, confira uma notícia sobre o dia em que a turma do Chaves reuniu milhões em Bogotá:

Inveja de políticos
Em um só dia, Chaves reúne 2 milhões de bogotanos

BOGOTÁ (UPI) – Não utilizou seus poderes, nem calculou friamente, porém o comediante mexicano Roberto Gómez Bolaños logrou impactar aos colombianos ao reunir a mais de dois milhões de pessoas em uma larga caminhada e um improvisado carnaval nas ruas de Bogotá, como nunca se viu nesta capital.

Gómez Bolaños, melhor conhecido por crianças e adultos por seus personagens do Chapolin e Chaves, converteu-se no fim-de-semana passado em centro de atração nacional, ao encabeçar uma larga caravana auspiciada pela primeira-dama, Lidia de Turbay, em uma jornada benéfica de “solidariedade por Colômbia”, que permitir arrecadar fundos para as crianças necessitadas.

A marcha foi no domingo e mais de dois milhões de bogotanos tomaram as ruas para observar de perto o famoso comediante, quem com todo seu elenco artístico repartiu saudações e sorrisos à multidão.

Alguém comentou que “Chaves”, uma de cujas frases na televisão é fazer algo “sem querer querendo”, conseguiu o que gostariam muitos políticos: atrair a atenção em um só dia de tão imensa quantidade de pessoas.

O artista e seus companheiros foram declarados hóspedes de honra de Bogotá e receberam a chave da cidade, ferramenta que na realidade não necessitaram para adonar-se desta cidade.

Publicado pelo jornal El Siglo de Torreón, em 2 de setembro de 1981.

Discuta este assunto com outros fãs no tópico no Fórum Chaves

Texto e pesquisa: Antonio Felipe

Memória CH: Após protestos, Governo da Venezuela manda emissora mudar horário do Chaves (1978)

Clique para ampliar

Blog do Fórum Chaves começa a partir de hoje uma série de postagens para recuperar a história das séries de Chespirito no Brasil e na América Latina, bem como trazer a público fatos que os fãs pouco conhecem ou até mesmo informações inéditas, resgatadas em acervos jornalísticos.

Para começar, você sabia que uma emissora de TV da Venezuela foi obrigada pelo governo a mudar o horário de Chaves? Confira:

Mudam horário de “Chaves” ante pressão infantil

CARACAS (UPI) – Uma forte pressão infantil e jornalística obrigou ontem ao governo a ordenar a uma emissora de televisão a mudança de horário do programa cômico mexicano “Chaves”, cujo ator principal é Roberto Gómez Bolaños.

O programa, um dos mais exitosos na televisão venezuela nos últimos anos, é retirado temporariamente do ar quando as estatísticas demonstram que a sintonia do canal 2 está alta.

No entanto nas últimas semanas parece que os executivos da emissora viram baixar a audiência da sintonia, motivo pelo qual incluíram novamente a “Chaves”, porém no horário das nove da noite.

Os protestos infantis foram intermináveis e delas se fez eco a imprensa para uma campanha que incluiu reportagens, cartas e chamadas telefônicas ao canal.

Os protestos pareceram chegar aos ouvidos governamentais e ontem o Ministério das Comunicações ordenou ao canal a mudança de horário.

Publicado por El Siglo de Torreón, em 18 de fevereiro de 1978.

Discuta este assunto com outros fãs no tópico no Fórum Chaves!

Texto e pesquisa: Antonio Felipe