Ai que tá amigo, se as pessoas não fossem obrigadas a pagar por serviços que não usam, teriam bem mais grana.Antonio Felipe escreveu:Por esse mesmo princípio quem usa segurança privada não deveria pagar imposto para financiar a segurança pública...
Sério, nada a ver esse negócio. A educação e a saúde são públicas, justamente para que todos tenham acesso. Inclusive várias pessoas que, pela crise, tiveram de mudar o orçamento, precisaram colocar os filhos na escola pública, por exemplo. Ou se elas não tivessem pago, não deveriam ter acesso?
Fora que o dinheiro que vai para financiar saúde, educação, tudo aí, não vem de uma fonte exclusiva. A maioria dos recursos vem do caixa único do governo, que usa os recursos disponíveis para financiar TUDO do governo: o pagamento dos funcionários, as obras de infraestrutura, a educação, a segurança, a saúde, os programas de distribuição de renda, tudo.
Você tem tributos que são direcionados para determinados fins, outras estruturas que se sustentam à base de sua arrecadação... Mas o grosso vem do caixa do Tesouro. Por exemplo, o Imposto de Renda: http://www.ebc.com.br/noticias/economia ... s-diversas
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Re: DONALD TRUMP
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Re: DONALD TRUMP
Porém na prática como você delimita isso? Já que nem todos os tributos têm uma rubrica dizendo "isso aqui vai pra escola", "isso vai pra saúde"? E se as pessoas não usam agora, podem usar em outro momento. Os serviços são universais e públicos justamente pra isso. E mais: essa separação não aumentaria uma segregação social, diminuindo a solidariedade? Já que muitos ficariam ainda mais fechados em sua redoma e cagando para os serviços que a população em geral utiliza. E outra: como os governos fariam para compensar essa renúncia fiscal significativa? Já que, na prática, só deixaria de pagar imposto quem é abastado e, esses, somente acumulariam mais recursos. Quem já tem grana só teria mais grana, isso retornaria de que forma à sociedade? Ou não abriria porta para mais acumulação sem retorno prático? Isso, também, na prática, não criaria uma categoria social privilegiada? Já que esses mais ricos podem pagar e retornam bem menos à sociedade, enquanto a população mais pobre é quem tem de suportar a carga pelos seus serviços básicos?
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Re: DONALD TRUMP
Se vc vai usar em outro momento, que pague em outro momento, é tipo uma ida ao mercadinho, paga quando precisar daquele serviço.Antonio Felipe escreveu:Porém na prática como você delimita isso? Já que nem todos os tributos têm uma rubrica dizendo "isso aqui vai pra escola", "isso vai pra saúde"? E se as pessoas não usam agora, podem usar em outro momento. Os serviços são universais e públicos justamente pra isso. E mais: essa separação não aumentaria uma segregação social, diminuindo a solidariedade? Já que muitos ficariam ainda mais fechados em sua redoma e cagando para os serviços que a população em geral utiliza. E outra: como os governos fariam para compensar essa renúncia fiscal significativa? Já que, na prática, só deixaria de pagar imposto quem é abastado e, esses, somente acumulariam mais recursos. Quem já tem grana só teria mais grana, isso retornaria de que forma à sociedade? Ou não abriria porta para mais acumulação sem retorno prático? Isso, também, na prática, não criaria uma categoria social privilegiada? Já que esses mais ricos podem pagar e retornam bem menos à sociedade, enquanto a população mais pobre é quem tem de suportar a carga pelos seus serviços básicos?
E qual o problema da pessoa ter mais grana? E querendo ou não, ricos precisam do pobre para seus serviços, se vc produz bem para eles, receberá bem.
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Re: DONALD TRUMP
Essas pessoas que hoje são ricas podem precisar de serviços básicos (Educação, Saúde) no futuro, e no futuro não serem mais endinheiradas. Daí, como estas teriam acesso a serviços universais?
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Re: DONALD TRUMP
Trabalhando e pagando pelos serviços, existiriam outros ricos para pagar por produtividade deles, mas obrigar eles hj, a pagar por serviços que outros vão usar não faz sentido.Victor235 escreveu:Essas pessoas que hoje são ricas podem precisar de serviços básicos (Educação, Saúde) no futuro, e no futuro não serem mais endinheiradas. Daí, como estas teriam acesso a serviços universais?
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Re: DONALD TRUMP
Como caralhos alguém que depende do SUS pagará os impostos pro governo sozinho? É o que menos deveria pagar imposto! Só acho que o SUS não deveria ser totalmente gratuito, apenas oferecer desconto pra tratamento em hospital básico que siga um padrão mínimo. O imposto pago pelos mais ricos seria apenas pra manter este subsídio.
Bem, não entendo de economia, mas acho que seria uma proposta razoável.
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Re: DONALD TRUMP
Nem deveria ter sistema único de saúde, deveriam era parar de explorar o cidadão com impostos e retirar essa burocracia infernal na hora de empreender.Chokito Cabuloso escreveu:Como caralhos alguém que depende do SUS pagará os impostos pro governo sozinho? É o que menos deveria pagar imposto! Só acho que o SUS não deveria ser totalmente gratuito, apenas oferecer desconto pra tratamento em hospital básico que siga um padrão mínimo. O imposto pago pelos mais ricos seria apenas pra manter este subsídio.
Bem, não entendo de economia, mas acho que seria uma proposta razoável.
Sério, é algo simples, acontece em praticamente todo país desenvolvido, mas os porras só conseguem olhar pros amiguitos latinos.
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Re: DONALD TRUMP
Vamos olhar para a Escandinávia, então, onde o estado é robusto e a o índice de desenvolvimento humano é altíssimo.
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Re: DONALD TRUMP
Não existe acumulação sem retorno. Não existe dinheiro parado, dinheiro acumulado. Todo dinheiro é direcionado a algum tipo de investimento. Quando você bota dinheiro no banco (seja em uma conta corrente, poupança, CDB, fundo, etc) o banco age como um intermediador. Você indiretamente está emprestando dinheiro para outra pessoa investir, seja um empresário, um agricultor, ou mesmo alguém que está comprando o imóvel próprio. Quando você compra títulos do Tesouro, o governo usa essa grana para pagar despesas ou realizar investimentos em estrutura.Antonio Felipe escreveu:E outra: como os governos fariam para compensar essa renúncia fiscal significativa? Já que, na prática, só deixaria de pagar imposto quem é abastado e, esses, somente acumulariam mais recursos. Quem já tem grana só teria mais grana, isso retornaria de que forma à sociedade? Ou não abriria porta para mais acumulação sem retorno prático?
E achar que só os mais abastados pagam imposto é ilusão. Todos nós somos afetados.
Primeiro atingiram um alto IDH para depois aplicar um estado robusto, né?Antonio Felipe escreveu:Vamos olhar para a Escandinávia, então, onde o estado é robusto e a o índice de desenvolvimento humano é altíssimo.
Olha o caso da Suécia: cresceu e se tornou um país de alta renda tendo uma das menores cargas tributárias do mundo: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2406
Quando o país atinge um pib per capita alto, ou seja, quando o dinheiro é abundante, o IDH tende a ser alto também, seja com o Estado robusto ou mínimo. E veja que a tributação sobre renda na Suécia é bem menor do que no Brasil. Nesses países se tributa muito o consumo, justamente para incentivar a poupança, e para taxar também os mais pobres, para não prejudicar o investimento e o crescimento.
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Re: DONALD TRUMP
Eu me refiro a um plano governamental de saúde feito para os pobres no qual o intuito não fosse lucrar, como nos planos privados. O pobre ainda teria que pagar, talvez 30/50 reais, porém os resto seria completado pelos impostos.João Vitor A.K.A The Butcher escreveu:Nem deveria ter sistema único de saúde, deveriam era parar de explorar o cidadão com impostos e retirar essa burocracia infernal na hora de empreender.Chokito Cabuloso escreveu:Como caralhos alguém que depende do SUS pagará os impostos pro governo sozinho? É o que menos deveria pagar imposto! Só acho que o SUS não deveria ser totalmente gratuito, apenas oferecer desconto pra tratamento em hospital básico que siga um padrão mínimo. O imposto pago pelos mais ricos seria apenas pra manter este subsídio.
Bem, não entendo de economia, mas acho que seria uma proposta razoável.
Sério, é algo simples, acontece em praticamente todo país desenvolvido, mas os porras só conseguem olhar pros amiguitos latinos.
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Re: DONALD TRUMP
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2017 ... exas.shtml
Um dos principais obstáculos à muralha de fronteira do presidente Donald Trump começa no extenso quintal de Aleida Garcia.
Ela e o marido construíram um pequeno parque, em seus 12 hectares de terras, e desfrutam de uma vista panorâmica do rio Grande.
Os dois dizem que resistirão ferozmente a qualquer esforço do governo federal para desapropriar suas terras, dando prosseguimento a uma luta iniciada 10 anos atrás.
E não são os únicos. Mais de 90 processos judiciais envolvendo proprietários que se opõem à desapropriação de suas terras pelo governo federal estão em curso desde 2008, no sul do Estado do Texas. Os proprietários de terras contam com o apoio de muitos políticos texanos, em uma área na qual a propriedade de terra tem ressonância quase mística, e a oposição deles á muralha na fronteira pode causar anos de atraso em qualquer construção, enquanto os processos correm no sistema judiciário.
Trump e John Kelly o secretário de Segurança Interna norte-americano, disseram que seriam capazes de construir a muralha em 24 meses, ainda que o Congresso não tenha incluído verbas para isso em seu mais recente projeto de lei de custeio de despesas. Novas contestações judiciais, além das já existentes, tornam altamente improvável que o cronograma possa ser cumprido.
A estratégia dos proprietários de terras é clara: usar os tribunais para bloquear a construção e tentar sobreviver ao mandato de Trump.
De fato, as pessoas mais próxima àquilo que costuma ser descrito como "os perigos da imigração" talvez venham oferecendo a oposição mais forte aos planos do presidente. Elas estão perfeitamente cientes de que suas terras se tornaram um ponto de passagem importante para contrabandistas e traficantes de drogas, e algumas delas foram vítimas de crimes. Mas acreditam que a fronteira já é pesadamente patrulhada, por aeronaves de pilotagem remota (drones), agentes federais e autoridades locais, e afirmam que a muralha teria principalmente valor simbólico, e as privaria de suas terras.
Embora Trump tenha feito da muralha uma das peças centrais de sua campanha presidencial, o conceito não é novo. Em 2006, por insistência do Congresso, o presidente George W. Bush assinou a Lei da Cerca de Segurança, que determinava a construção de estruturas físicas para impedir a travessia ilegal da fronteira por pessoas e veículos. Cerca de 1,1 mil quilômetros de muros e cercas foram construídos, principalmente em terras federais na Califórnia e Arizona.
Mas o governo desapropriou muito pouca terra no Texas, que tem 2017 quilômetros de fronteira com o México, ao longo da qual as terras em geral são propriedade privada.
"Aqui no Texas, levamos muito a sério o conceito de propriedade privada", disse o deputado federal Henry Cuellar, democrata cujo distrito eleitoral abarca quase 480 quilômetros de fronteira com o México. "Temos orgulho de nossa terra, que em muitos casos está nas mãos das mesmas famílias há diversas gerações. E os texanos se defendem, quando o governo federal tenta tirar o que nos pertence".
O caso de Garcia demonstra o quanto pode ser difícil desapropriar terrenos privados. Quase uma década atrás, representantes do Departamento de Segurança Interna (DSI) tentaram desapropriar parte das terras de Garcia para a construção da muralha de fronteira. Ela recorreu à Justiça para evitar a desapropriação, e este ano o governo decidiu que não precisava de sua propriedade, afinal.
Mas agora Garcia acha que Trump pode uma vez mais colocar em perigo as suas terras. "Estamos esperando e observando, agora que eles começaram a falar de novo sobre a construção de uma muralha", ela disse.
A muralha proposta por Trump se estenderia por um longo trecho do vale do rio Grande. Em março, o DSI abriu concorrência para a construção de uma muralha "fisicamente imponente" na fronteira com o México. Mais de 100 prestadores de serviços apresentaram propostas, e representantes do departamento disseram que os vencedores podem começar a ser anunciados já na semana que vem. A construção de diversos protótipos para a muralha deve ser iniciada em San Diego depois da metade do ano.
Além disso, Trump quer contratar 20 advogados para obter terras no sudoeste dos Estados Unidos nas quais a muralha ou outras instalações de segurança possam ser construídas.
O vale do rio Grande é uma das mais movimentadas rotas de contrabando na fronteira mexicana com os Estados Unidos. No ano passado, agentes da patrulha de fronteira norte-americana confiscaram 148.182 quilos de maconha na área, um total inferior apenas ao confiscado no setor de Tucson. As autoridades também confiscaram 662 quilos de cocaína, o maior total entre todos os setores de fronteira. Quase 187 mil pessoas foram detidas tentando atravessar a fronteira ilegalmente na região, em 2016, o maior total entre todos os setores da patrulha de fronteira.
Em documentos apresentados ao Congresso, a patrulha de fronteira identificou o vale do rio Grande como prioridade para novas cercas de fronteira.
Embora o governo tenha conseguido persuadir alguns proprietários a ceder terras para a construção de barreiras e muros, muitos dos demais resistiram, o que forçou o governo a recorrer à Justiça para defender o que os proprietários classificam como desapropriação injusta de suas terra. Mais de 300 casos de desapropriação chegaram aos tribunais, de acordo com o registro público, e o governo no total gastou US$ 78 milhões para adquirir terras nas quais hoje há cercas instaladas, de acordo com documentos do Congresso.
Efrén Olivares, advogado do Projeto de Direitos Civis do Texas, em Alamo, disse que o governo provavelmente enfrentaria oposição semelhante, caso voltasse a tentar construir uma muralha na área.
"O imenso volume de desapropriações que o governo terá de realizar causará atraso significativo", disse Olivares, cuja organização representa diversos proprietários de terras na região.
Para pessoas como Garcia, a decisão de combater a muralha envolve mais que dinheiro. As terras em que ela vive pertencem à sua família desde o final do século 18. A muralha, ela disse, dividiria o pequeno parque que construiu, e cortaria o acesso ao rio.
"A patrulha de fronteira disse que haveria um portão na muralha para que mantivéssemos o acesso ao restante de nossa propriedade, mas quem gostaria de algo assim?", questionou Garcia.
Ela diz ter testemunhado contrabando de drogas e travessias ilegais da fronteira. Mas disse que o governo deveria elevar o efetivo da patrulha de fronteira e usar tecnologia de segurança mais efetiva na área, em lugar de construir uma muralha.
E além do obstáculo representado pelos processos judiciais, a geografia local também representa uma barreira, mais permanente.
O rio Grande tem um trajeto sinuoso em boa parte da área, e seu curso se alarga durante os períodos de chuva forte, inundando terras e causando erosão, o que complica a construção no local.
Além dos processos judiciais e da geografia, outro obstáculo à muralha é a oposição da bancada texana no Congresso federal.
O senador John Cornyn, republicano, questionou a efetividade de uma muralha na fronteira, e disse a repórteres que "não creio que seja possível resolver a segurança da fronteira com uma barreira física, porque as pessoas podem passar por cima, por baixo e através dela".
Outros foram ainda mais francos.
"É uma ideia muito, muito estúpida, e um desperdício do dinheiro dos contribuintes", disse o deputado Filemon Vela, democrata do Texas, cujo distrito eleitoral abarca um longo trecho da fronteira. "Não precisamos de uma muralha nos separando do México. O país é nosso aliado e um de nossos maiores parceiros comerciais".
Um dos principais obstáculos à muralha de fronteira do presidente Donald Trump começa no extenso quintal de Aleida Garcia.
Ela e o marido construíram um pequeno parque, em seus 12 hectares de terras, e desfrutam de uma vista panorâmica do rio Grande.
Os dois dizem que resistirão ferozmente a qualquer esforço do governo federal para desapropriar suas terras, dando prosseguimento a uma luta iniciada 10 anos atrás.
E não são os únicos. Mais de 90 processos judiciais envolvendo proprietários que se opõem à desapropriação de suas terras pelo governo federal estão em curso desde 2008, no sul do Estado do Texas. Os proprietários de terras contam com o apoio de muitos políticos texanos, em uma área na qual a propriedade de terra tem ressonância quase mística, e a oposição deles á muralha na fronteira pode causar anos de atraso em qualquer construção, enquanto os processos correm no sistema judiciário.
Trump e John Kelly o secretário de Segurança Interna norte-americano, disseram que seriam capazes de construir a muralha em 24 meses, ainda que o Congresso não tenha incluído verbas para isso em seu mais recente projeto de lei de custeio de despesas. Novas contestações judiciais, além das já existentes, tornam altamente improvável que o cronograma possa ser cumprido.
A estratégia dos proprietários de terras é clara: usar os tribunais para bloquear a construção e tentar sobreviver ao mandato de Trump.
De fato, as pessoas mais próxima àquilo que costuma ser descrito como "os perigos da imigração" talvez venham oferecendo a oposição mais forte aos planos do presidente. Elas estão perfeitamente cientes de que suas terras se tornaram um ponto de passagem importante para contrabandistas e traficantes de drogas, e algumas delas foram vítimas de crimes. Mas acreditam que a fronteira já é pesadamente patrulhada, por aeronaves de pilotagem remota (drones), agentes federais e autoridades locais, e afirmam que a muralha teria principalmente valor simbólico, e as privaria de suas terras.
Embora Trump tenha feito da muralha uma das peças centrais de sua campanha presidencial, o conceito não é novo. Em 2006, por insistência do Congresso, o presidente George W. Bush assinou a Lei da Cerca de Segurança, que determinava a construção de estruturas físicas para impedir a travessia ilegal da fronteira por pessoas e veículos. Cerca de 1,1 mil quilômetros de muros e cercas foram construídos, principalmente em terras federais na Califórnia e Arizona.
Mas o governo desapropriou muito pouca terra no Texas, que tem 2017 quilômetros de fronteira com o México, ao longo da qual as terras em geral são propriedade privada.
"Aqui no Texas, levamos muito a sério o conceito de propriedade privada", disse o deputado federal Henry Cuellar, democrata cujo distrito eleitoral abarca quase 480 quilômetros de fronteira com o México. "Temos orgulho de nossa terra, que em muitos casos está nas mãos das mesmas famílias há diversas gerações. E os texanos se defendem, quando o governo federal tenta tirar o que nos pertence".
O caso de Garcia demonstra o quanto pode ser difícil desapropriar terrenos privados. Quase uma década atrás, representantes do Departamento de Segurança Interna (DSI) tentaram desapropriar parte das terras de Garcia para a construção da muralha de fronteira. Ela recorreu à Justiça para evitar a desapropriação, e este ano o governo decidiu que não precisava de sua propriedade, afinal.
Mas agora Garcia acha que Trump pode uma vez mais colocar em perigo as suas terras. "Estamos esperando e observando, agora que eles começaram a falar de novo sobre a construção de uma muralha", ela disse.
A muralha proposta por Trump se estenderia por um longo trecho do vale do rio Grande. Em março, o DSI abriu concorrência para a construção de uma muralha "fisicamente imponente" na fronteira com o México. Mais de 100 prestadores de serviços apresentaram propostas, e representantes do departamento disseram que os vencedores podem começar a ser anunciados já na semana que vem. A construção de diversos protótipos para a muralha deve ser iniciada em San Diego depois da metade do ano.
Além disso, Trump quer contratar 20 advogados para obter terras no sudoeste dos Estados Unidos nas quais a muralha ou outras instalações de segurança possam ser construídas.
O vale do rio Grande é uma das mais movimentadas rotas de contrabando na fronteira mexicana com os Estados Unidos. No ano passado, agentes da patrulha de fronteira norte-americana confiscaram 148.182 quilos de maconha na área, um total inferior apenas ao confiscado no setor de Tucson. As autoridades também confiscaram 662 quilos de cocaína, o maior total entre todos os setores de fronteira. Quase 187 mil pessoas foram detidas tentando atravessar a fronteira ilegalmente na região, em 2016, o maior total entre todos os setores da patrulha de fronteira.
Em documentos apresentados ao Congresso, a patrulha de fronteira identificou o vale do rio Grande como prioridade para novas cercas de fronteira.
Embora o governo tenha conseguido persuadir alguns proprietários a ceder terras para a construção de barreiras e muros, muitos dos demais resistiram, o que forçou o governo a recorrer à Justiça para defender o que os proprietários classificam como desapropriação injusta de suas terra. Mais de 300 casos de desapropriação chegaram aos tribunais, de acordo com o registro público, e o governo no total gastou US$ 78 milhões para adquirir terras nas quais hoje há cercas instaladas, de acordo com documentos do Congresso.
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"O imenso volume de desapropriações que o governo terá de realizar causará atraso significativo", disse Olivares, cuja organização representa diversos proprietários de terras na região.
Para pessoas como Garcia, a decisão de combater a muralha envolve mais que dinheiro. As terras em que ela vive pertencem à sua família desde o final do século 18. A muralha, ela disse, dividiria o pequeno parque que construiu, e cortaria o acesso ao rio.
"A patrulha de fronteira disse que haveria um portão na muralha para que mantivéssemos o acesso ao restante de nossa propriedade, mas quem gostaria de algo assim?", questionou Garcia.
Ela diz ter testemunhado contrabando de drogas e travessias ilegais da fronteira. Mas disse que o governo deveria elevar o efetivo da patrulha de fronteira e usar tecnologia de segurança mais efetiva na área, em lugar de construir uma muralha.
E além do obstáculo representado pelos processos judiciais, a geografia local também representa uma barreira, mais permanente.
O rio Grande tem um trajeto sinuoso em boa parte da área, e seu curso se alarga durante os períodos de chuva forte, inundando terras e causando erosão, o que complica a construção no local.
Além dos processos judiciais e da geografia, outro obstáculo à muralha é a oposição da bancada texana no Congresso federal.
O senador John Cornyn, republicano, questionou a efetividade de uma muralha na fronteira, e disse a repórteres que "não creio que seja possível resolver a segurança da fronteira com uma barreira física, porque as pessoas podem passar por cima, por baixo e através dela".
Outros foram ainda mais francos.
"É uma ideia muito, muito estúpida, e um desperdício do dinheiro dos contribuintes", disse o deputado Filemon Vela, democrata do Texas, cujo distrito eleitoral abarca um longo trecho da fronteira. "Não precisamos de uma muralha nos separando do México. O país é nosso aliado e um de nossos maiores parceiros comerciais".
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Re: DONALD TRUMP
Faltou pensar antes do Trump fazer a proposta. Em todo caso, ela é imbecil de qualquer maneira.
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Re: DONALD TRUMP
Oras. Já existem outros meios de monitoramento de fronteiras.
Vão gastar milhões e perder um tempão apenas para fazer uma imensa fronteira física.
Essa fronteira, apesar de física, é simbólica, é só um jeito de separar a população, o que pode até piorar os conflitos na área.
Não há necessidade alguma disto.
Vão gastar milhões e perder um tempão apenas para fazer uma imensa fronteira física.
Essa fronteira, apesar de física, é simbólica, é só um jeito de separar a população, o que pode até piorar os conflitos na área.
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Re: DONALD TRUMP
De quem porras tu estás falando? Da caipira carrancuda ou do Trump? Se for do Trump, ele é trans? Revê teu post.