Alias acho que ja postaram essa entrevista do Gastaldi aqui, mais acho que vale a pena postar de novo, ela é de outubro de 1990, e ele nao parece ta muito satisfeito com o que rolava por tras das dublagens da séries Chapolin e Chaves, resta saber se é com o SBT ou Televisa
***ESTE PEQUENO DEPOIMENTO FOI REALIZADO DE MANEIRA INFORMAL, NO ESPAÇO CULTURAL VERGUEIRO NA CIDADE DE SÃO PAULO, NO DIA 15/10/1990****
***PROCURAMOS, NA MEDIDA DO POSSÍVEL RETIRAR A ORALIDADE DO TEXTO***
1 - Você começou a sua carreira de dublador bem jovem. Como foi esse início.
R: Sim! Eu quando era criança gostava de ouvir as radionovelas, as vozes que não sabíamos os rostos e quando eu tinha uns 15 anos eu já andava procurando algo em estúdios de rádio. Nessa época, conheci Ribeiro Filho que viu o meu entusiasmo e me levou até a Gravasom para fazer um teste. Gostaram e fiquei dublando o jovem filho na série Papai Sabe Tudo, até a série chegar na AIC.
2 - E depois na AIC ?
R: Eu deveria ter uns 18 anos e ainda só sobravam os adolescentes, os que falavam pouco, mas não desisti, fui fazendo os convidados, muitos só tinham um anel na história.
3 - Houve 4 séries , onde você conseguiu um personagem fixo: A Noviça Voadora, Os Monkees , E as Noivas Chegaram e Chaparral. Qual te traz grandes recordações ?
R: O Carlos foi gratificante trabalhar ao lado da Aliomar de Matos (aprendi muito com ela), parecia que tínhamos conseguido uma certa magia entre nós, o que se repetiu no desenho Bam-Bam e Pedrita. Já Os Monkees foi interessante para a época. Na minha opinião, o Carlos e o Bam-Bam adolescente foram os mais marcantes. Quanto ao Jeremias, ele era muito apagadinho...O Blue de Chaparral, creio que foi a grande oportunidade de dublar um personagem problemático.
4 - Como você vê a experiência do sucesso de Chaves e Chapolin até hoje ?
R: Creio que foram vários fatores: os personagens se identificaram com diversas gerações. Pelo aspecto artístico foi e continua sendo maravilhoso, mas quanto aos direitos autorais é muito triste!
5 - Você mencionou o aspecto artístico. Como foi esse processo ?
R: Parecíamos que estávamos na AIC novamente, só que com mais recursos técnicos. Reunir talentos como Nelsinho Machado, Helena Samara, Mário Vilela, Osmiro Campos e os demais foi muito enriquecedor, pena que a proposta original não tenha vingado.
6 - Qual foi a proposta original ?
R: Bem! Marco Antônio, peço desculpas, mas não gostaria de tratar desse assunto tão, digamos, estressante.
7 - Do que você sente saudades dos tempos da AIC ?
R: Olha, sem medo de ter falsa modéstia, mas dos colegas com que convivi, aquilo era uma casa como tantas: alegrias, aborrecimentos e escola. Aprendi muito com grandes diretores de dublagem, como o José Soares.
8 - Algum fato curioso que você se recorde ?
R: Bom! Quando ainda fazia muitos convidados, eu tinha um anel com a saudosa Rita Cleós. Era pequeno, mas eu errei duas vezes chamando-a de Rita e não de Samantha,rs,rs,rs,
9 - Como você vê o universo da dublagem atualmente ?
R: Com otimismo, porque projetos todos temos, mas também com um olhar de muita cautela.
10 - Deixe uma mensagem para os teus fãs que te acompanham nos seriados até hoje .
R: Agradeço a lembrança de todos! Tenham a certeza de que nós sempre tentamos fazer o melhor, quando nos deixam! Muito obrigado a você Marco Antônio, que vejo como um "dinossauro tentando resgatar a pré-história da dublagem!"
OBS** Marcelo Gastaldi faleceu em 1995, aos 50 anos de idade.
http://universoaicsp.blogspot.com.br/20 ... taldi.html