27/06/2016 16h43 - Atualizado em 27/06/2016 16h54
No Facebook, o produtor Matheus Vieira lamentou morte da mulher e do bebê.
Outro filho do casal, de 4 anos, também esfaqueado pela avó, está internado.
Do G1 Ribeirão e Franca

Matheus Vieira posta mensagem agradecendo familiares e amigos pelo apoio recebido (Foto: Reprodução/Facebook)
O marido da professora, grávida de sete meses, que foi esfaqueada e morta pela mãe em Ribeirão Preto (SP) fez um desabafo no Facebook nesta segunda-feira (27), após o enterro da mulher e do bebê. Lígia Poggi Pereira, de 30 anos, foi socorrida e submetida à cesárea, mas ela e a criança não resistiram aos ferimentos.
O outro filho do casal, de 4 anos, que também foi esfaqueado pela avó no pescoço, permanece internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) da Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (SP). A assessoria da instituição informou que o estado de saúde é considerado grave.
"Ver a Lígia e a Margarida mortas, geladas em um caixão é a visão mais dolorosa que terei que guardar em minha vida. Se tínhamos planos, sonhos, viagens programadas hoje procuro só ter forças para continuar caminhando ao lado de meu filho", disse o produtor audiovisual Matheus Vieira na publicação.

Professora de 30 anos foi esfaqueada pela mãe enquanto dormia (Foto: Reprodução/Facebook)
Vieira estava viajando a trabalho pela Europa há um mês e retornou ao Brasil assim que soube da morte da mulher. O enterro, marcado para a tarde de domingo (26), chegou a ser adiado pela família para esta segunda-feira, para que ele pudesse acompanhar a despedida. A cerimônia aconteceu no Cemitério da Saudade.
A mensagem postada por Vieira foi comentada por 300 pessoas e compartilhada por outras 21 em cinco horas. No texto, o produtor também agradeceu o apoio de familiares e amigos, e disse que os ensinamentos da mulher, que era professora, serão perpetuados pelos alunos e colegas de trabalho.
"Obrigado a todos e todas pela força e mensagens de conforto, a Lígia Poggi Pereira tenho certeza que esta contente, onde estiver, em saber que a luta na qual ela dedicou a vida, na construção de uma sociedade melhor, hoje ecoa por alunos e companheiros de profissão. A lembrança permanecerá viva em nossos corações", concluiu.
Investigação
A professora de música Alda Poggi Pereira, de 59 anos, esfaqueou a filha enquanto dormia. Em seguida, deu duas facadas no pescoço do neto e ligou para um vizinho, dizendo que também se mataria. Cesar Vassimon foi à casa da família e conseguiu evitar o suicídio, mas ficou ferido.
Após o crime, a suspeita foi internada em um hospital particular de Ribeirão e é mantida sedada desde então, segundo informações da Polícia Civil. Presa e sob escolta policial, Alda deve ser levada a uma cadeia da região assim que for liberada.
A motivação do crime ainda não foi esclarecida. Vizinhos descreveram a professora de música como uma pessoa "tranquila" e relataram que ela tinha uma boa convivência com todos os moradores, assim como os familiares.
A delegada Luciana Camargo Renesto Ruivo, que assumiu a investigação, disse que ouvirá o depoimento de Alda assim que a medicação for reduzida. O marido dela e o genro, assim como o vizinho, devem prestar depoimento nesta segunda-feira.