Comidas
O que vocês gostam de comer?
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Re: Comidas
https://veja.abril.com.br/gastronomia/n ... plicidade/
Apenas quatro meses depois de sua inauguração, o restaurante paulistano Président, do chef francês Erick Jacquin — que se tornou conhecido do grande público brasileiro no programa de TV MasterChef, exibido pela Band — fechou as portas.
O inesperado motivo: a pandemia da Covid-19. No âmbito econômico, Erick Jacquin recorreu à estratégia que vem sendo adotada pela maioria dos colegas : a entrega de refeições por delivery.
Em casa, assim como boa parte dos brasileiros em quarentena, o chef começou a perceber que o surto mudará tudo — inclusive dentro da cozinha.
“Agora estou ajudando mais a minha mulher, Rosângela, com os dois bebês. Sou eu que preparo as papinhas deles. Estou aprendendo a cozinhar para as crianças de uma forma diferente”, disse Jacquin a VEJA.
Jacquin defende o que é fácil de fazer. “Aqui em casa comemos coisas simples, como quiche com salada. Outro dia fizemos um risoto”, afirma.
Além de buscar receitas de família, o chef entende o confinamento como um laboratório de experimentações. “Eu procuraria escrever a minha própria história com o que tem na geladeira”, diz ele. “Até porque o mundo seguirá uma nova receita daqui para a frente.” E ela terá, sem dúvida, um sabor mais caseiro.
Apenas quatro meses depois de sua inauguração, o restaurante paulistano Président, do chef francês Erick Jacquin — que se tornou conhecido do grande público brasileiro no programa de TV MasterChef, exibido pela Band — fechou as portas.
O inesperado motivo: a pandemia da Covid-19. No âmbito econômico, Erick Jacquin recorreu à estratégia que vem sendo adotada pela maioria dos colegas : a entrega de refeições por delivery.
Em casa, assim como boa parte dos brasileiros em quarentena, o chef começou a perceber que o surto mudará tudo — inclusive dentro da cozinha.
“Agora estou ajudando mais a minha mulher, Rosângela, com os dois bebês. Sou eu que preparo as papinhas deles. Estou aprendendo a cozinhar para as crianças de uma forma diferente”, disse Jacquin a VEJA.
Jacquin defende o que é fácil de fazer. “Aqui em casa comemos coisas simples, como quiche com salada. Outro dia fizemos um risoto”, afirma.
Além de buscar receitas de família, o chef entende o confinamento como um laboratório de experimentações. “Eu procuraria escrever a minha própria história com o que tem na geladeira”, diz ele. “Até porque o mundo seguirá uma nova receita daqui para a frente.” E ela terá, sem dúvida, um sabor mais caseiro.
- E.R
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Re: Comidas
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/p ... king.shtml
A quarentena impulsionou a receita do Burger King Brasil com delivery e drive thru, mas o avanço não foi suficiente para compensar as vendas perdidas com o fechamento das lojas físicas, segundo Iuri Miranda, presidente da companhia. “É difícil estimar. Isso nunca aconteceu antes”, afirma o executivo.
A empresa tem mais lojas em shoppings, que foram fechados, do que as de rua, que continuam fazendo entregas e retiradas de pedidos.
Em 2019, o percentual de abertura das lojas de rua foi maior do que nos centros comerciais, o que agora favorece a empresa.
Diferentemente do mantra da demissão repetido pelo setor de restaurantes desde o agravamento da crise, Iuri Miranda afirma que a empresa não fez cortes. “Respeito a decisão de cada um, mas temos procurado sustentar as vagas e lançado mão do uso de férias neste momento”, diz.
A quarentena impulsionou a receita do Burger King Brasil com delivery e drive thru, mas o avanço não foi suficiente para compensar as vendas perdidas com o fechamento das lojas físicas, segundo Iuri Miranda, presidente da companhia. “É difícil estimar. Isso nunca aconteceu antes”, afirma o executivo.
A empresa tem mais lojas em shoppings, que foram fechados, do que as de rua, que continuam fazendo entregas e retiradas de pedidos.
Em 2019, o percentual de abertura das lojas de rua foi maior do que nos centros comerciais, o que agora favorece a empresa.
Diferentemente do mantra da demissão repetido pelo setor de restaurantes desde o agravamento da crise, Iuri Miranda afirma que a empresa não fez cortes. “Respeito a decisão de cada um, mas temos procurado sustentar as vagas e lançado mão do uso de férias neste momento”, diz.
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Re: Comidas
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/p ... dias.shtml
O iFood diz que repassou mais de R$ 500 mil em gorjetas para entregadores nos últimos 15 dias, alta de 176% na comparação com a primeira quinzena de março.
O valor médio pago subiu 18%.
Por causa da calamidade, o aplicativo elevou as sugestões de gorjeta feitas ao cliente, que antes eram de R$ 1, R$ 3 e R$ 5 para R$ 2, R$ 5 e R$ 10.
O iFood diz que repassou mais de R$ 500 mil em gorjetas para entregadores nos últimos 15 dias, alta de 176% na comparação com a primeira quinzena de março.
O valor médio pago subiu 18%.
Por causa da calamidade, o aplicativo elevou as sugestões de gorjeta feitas ao cliente, que antes eram de R$ 1, R$ 3 e R$ 5 para R$ 2, R$ 5 e R$ 10.
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Re: Comidas
O iFood tem cerca de 100 mil entregadores. Isso aí da uma média de 5 reais por entregador em 15 dias. Irrisório.
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Re: Comidas
Que nojo. Vísceras de porco ralado que ninguém quis empanado em uma massa com óleo e que deixa a gente con 2 semanas a menos de vida a cada mordida.
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Re: Comidas
Bizarro!!!E.R escreveu:
Uma vez fizeram coxinha de carne moída, e até que não ficou ruim.
Meus títulos e conquistas no FCH:
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Re: Comidas
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2 ... ento.shtml
Com aumento da demanda, o preço do ovo atingiu o maior valor desde o início da série histórica do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da USP, em 2013.
O produto desponta como protagonista da alta nos preços dos alimentos após o início da pandemia de coronavírus.
O choque de preços dos alimentos, que já se reflete em índices de inflação, foi iniciado com a corrida aos supermercados antes do começo do isolamento e se mantém em um período de empobrecimento da dieta em famílias de baixa renda mais afetadas pela crise.
Proteína barata, de fácil preparo e durável, o ovo é usado por famílias de baixa renda como substituto de carnes mais caras.
O cenário de alta retrata bem as mudanças de hábito do consumidor, que passou a realizar as refeições em domicílio após o isolamento.
Com aumento da demanda, o preço do ovo atingiu o maior valor desde o início da série histórica do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da USP, em 2013.
O produto desponta como protagonista da alta nos preços dos alimentos após o início da pandemia de coronavírus.
O choque de preços dos alimentos, que já se reflete em índices de inflação, foi iniciado com a corrida aos supermercados antes do começo do isolamento e se mantém em um período de empobrecimento da dieta em famílias de baixa renda mais afetadas pela crise.
Proteína barata, de fácil preparo e durável, o ovo é usado por famílias de baixa renda como substituto de carnes mais caras.
O cenário de alta retrata bem as mudanças de hábito do consumidor, que passou a realizar as refeições em domicílio após o isolamento.
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Re: Comidas
https://exame.abril.com.br/revista-exam ... churrasco/
Uma coisa é certa e incontestável no Brasil : a fome de carne só aumenta.
Na última década, o consumo por pessoa cresceu, em média, de 39 para 42 quilos por ano. Ao mesmo tempo, nunca se falou tanto em equilibrar o consumo de proteína animal. Nos festivais ou no quintal de casa, uma nova ética consiste em entender o que está acontecendo e absorver essas transformações.
Comer menos carne e de melhor qualidade, comprar com consciência e confraternizar com as diferenças estão no topo da lista das novas boas práticas do churrasco.
“Ter uma alimentação baseada em vegetais não quer dizer que você é vegetariano ou vegano. Sou contra selos e radicalismos na alimentação”, afirma Lis Cereja, nutricionista e chef, além de vegetariana. “É mais saudável comer carne de um pequeno produtor do que ser vegano e se entupir de comida industrializada, tanto para a saúde quanto para o planeta.”
Cofundadora da Feira Naturebas e do projeto Criado Solto, ela enfatiza a importância do equilíbrio, seja no prato, seja no diálogo.
“Comer ou não comer carne é uma escolha pessoal. Fingir ignorância sobre a indústria alimentar e a indústria de animais, não. É um tema controverso e é difícil falar sobre isso sem ser superficial, pois é algo muito mais profundo do que muita gente pensa, e que, infelizmente, leva as pessoas à beira do fanatismo cego, de ambos os lados”, argumenta.
Em termos de churrasco, entrar num acordo é fundamental. “Afinal, quem acende a churrasqueira para comer sozinho ? O churrasco faz sucesso aqui porque o brasileiro se identifica com o acolhimento em torno disso, é da nossa cultura”, diz o chef e assador Fernando Carneiro, do restaurante especializado em churrasco Lolla Meets Fire, em São Paulo. Após um período na Nova Zelândia, ele é um dos pensadores da nova forma de consumir carne no Brasil. “A gente come pelo prazer e pelo conforto, além da fome. A proposta atual não é se empanturrar de comida, ficar com a barriga cheia e não conseguir nem dormir.”
De acordo com ele, com toda a tecnologia genética, novas raças de gado, cultivos de frutos do mar que respeitam as sazonalidades e processos ambientalmente responsáveis, comer bem está ainda mais fácil de digerir.
Sabe aquele número mágico de 300 gramas de carne por pessoa ? Não há regras. Experimente colocar na grelha porções mais generosas de abobrinha, tomate, cebola e metades de pimentões, que vai cozinhando aos poucos dentro do vegetal.
Entre os pratos mais disputados do Lolla Meets Fire está a costela defumada por mais de 8 horas no pit, equipamento especial para a técnica do churrasco típico dos Estados Unidos, que usa lenha de árvores frutíferas no preparo.
Até a manteiga servida com o pãozinho do couvert entra na defumação. Alimentos variados, como polvo, batata e abóbora, ganham versões deliciosas diretamente na brasa.
“O número de interessados em fazer fumaça em casa também aumentou”, garante o pitmaster e empresário Anderson Amar, da empresa Smoke Texas, em São Paulo. Especialista no preparo, ele passou a fabricar pits diante do aumento da demanda no ano passado. As versões domésticas, a partir de 1.800 reais, ampliaram a nova onda para as varandas gourmet e ainda garantem economia. “Com 1 quilo de carvão e 600 gramas de lenha, o cliente tem 10 horas de defumação a 150 graus, em média”, destaca.
Por ser uma cocção longa e em baixa temperatura, a técnica permite assar com excelência, por exemplo, o brisket, ou peito bovino, considerado erroneamente por muitos brasileiros como carne de segunda pela rigidez das fibras.
Com o método, é possível aproveitar os cortes dianteiros do animal. É algo bem diferente do nosso churrasco tradicional, feito em poucos minutos com carnes do traseiro bovino, que são naturalmente mais macias e vão direto à grelha sobre a brasa de carvão quente.
É preciso estar atento ao uso de lenha certificada no processo. Eucalipto, nem pensar. “Tem de ter nota fiscal comprovando que a lenha é originária de uma erradicação ou poda. Além disso, para os agrotóxicos não trazerem malefícios na hora do uso, desenvolvemos um processo que envolve os que trabalham na colheita das frutas a fim de gerar renda para a região produtora”, afirma Renato Andrade, proprietário da Special Meats, que vende o quilo da lenha a partir de 6 reais no atacado. A mesma preocupação quanto à procedência vale na hora de comprar carvão.
Para Eduardo Cocco, do frigorífico Cowpig, em Boituva, no interior paulista, com fazendas em Mato Grosso, a nova ética do churrasco também atinge a produção na aplicação de máximas condições possíveis de bem-estar animal, principalmente em relação aos animais confinados e aos tipos de manejo, que vem crescendo no Brasil, com condições de criação sustentável e sem agredir o meio ambiente. “A produtividade para o empresário rural deverá ser sempre o foco do trabalho, mas respeitando aspectos legais e morais”, diz.
Hoje, o consumidor tem duas grandes preocupações : a primeira, do ponto de vista gastronômico, da experiência; e a segunda, de como o alimento é produzido”, pontua Marcelo Shimbo, da marca 481, referência no mercado em padronização e alta qualidade. “Não aceitamos nenhuma alimentação para o gado que não seja vegetal nem uso de hormônio. Nossos frigoríficos são, além de inspecionados rigorosamente, auditados para garantir a segurança alimentar de maneira muito minuciosa”, explica.
Para uma compra sem erro, é possível customizar a espessura dos steaks e observar a escala de 1 a 5 identificada nas embalagens, que leva em conta sabor, maciez e suculência de cada corte.
Queridinha dos mais abastados, a carne da raça Wagyu pode custar 400 reais o quilo. Mas quantidade não é garantia de satisfação : o intenso marmoreio, ou gordura entremeada dos cortes, pede uma degustação moderada.
Da mesma forma, o dry aged, método de maturação longa a seco, que vai de 30 a 120 dias, que amacia e transforma o sabor da carne, também pede moderação no volume para ser bem apreciado.
Enquanto, no pasto, o resistente Nelore cede espaço pouco a pouco para as raças britânicas Angus e Hereford, a picanha também dá lugar na prateleira para pacotes com nomes estrangeiros, como chorizo (Argentina e Uruguai), T-bone (Estados Unidos) ou entrecôte (França). “Ainda é grande o volume, em torno de 80%, de animais Nelore em nosso rebanho. Mas cada vez cresce mais a inseminação artificial com as raças europeias continentais e britânicas. Isso está mudando o perfil da pecuária nacional”, diz o agrônomo e consultor Roberto Barcellos, que criou uma linha própria de cortes nobres, a BBQ Secrets, em parceria com o frigorífico Frigol.
“Esse é o tipo de consumo que, depois que começa, torna-se um aprendizado do qual não se abre mão”, opina Pedro Merola, engenheiro agrônomo e sócio-proprietário do açougue-butique Feed, em São Paulo, que vende carnes da própria fazenda, em Goiás. “Minha família mexe com gado há cinco gerações, e só em 2007 passamos a pensar o que queríamos no prato e a procurar na fazenda como chegar a esse resultado.”
De uma família de açougueiros com mais de um século de tradição, Rogério Betti produz e vende 100 toneladas de carne de cruzamento de Angus com Nelore e já fez churrascos até para xeiques árabes em Dubai. Ele resume o que considera ser a nova ética no segmento : “É comprar um animal de alta qualidade, bem tratado, pagar um bom preço ao fornecedor, ter minha margem de lucro e meu cliente ficar satisfeito”.
Para Rogério Betti, quando o consumidor pede uma carne de qualidade, come menos e não tem desperdício. Ele prega a democratização do consumo. “No meu restaurante vêm pessoas simples, que consomem 25 reais, e milionários que pagam contas de 10.000 reais. Acho que churrasco é isto : diversão para todo mundo”, afirma.
Uma coisa é certa e incontestável no Brasil : a fome de carne só aumenta.
Na última década, o consumo por pessoa cresceu, em média, de 39 para 42 quilos por ano. Ao mesmo tempo, nunca se falou tanto em equilibrar o consumo de proteína animal. Nos festivais ou no quintal de casa, uma nova ética consiste em entender o que está acontecendo e absorver essas transformações.
Comer menos carne e de melhor qualidade, comprar com consciência e confraternizar com as diferenças estão no topo da lista das novas boas práticas do churrasco.
“Ter uma alimentação baseada em vegetais não quer dizer que você é vegetariano ou vegano. Sou contra selos e radicalismos na alimentação”, afirma Lis Cereja, nutricionista e chef, além de vegetariana. “É mais saudável comer carne de um pequeno produtor do que ser vegano e se entupir de comida industrializada, tanto para a saúde quanto para o planeta.”
Cofundadora da Feira Naturebas e do projeto Criado Solto, ela enfatiza a importância do equilíbrio, seja no prato, seja no diálogo.
“Comer ou não comer carne é uma escolha pessoal. Fingir ignorância sobre a indústria alimentar e a indústria de animais, não. É um tema controverso e é difícil falar sobre isso sem ser superficial, pois é algo muito mais profundo do que muita gente pensa, e que, infelizmente, leva as pessoas à beira do fanatismo cego, de ambos os lados”, argumenta.
Em termos de churrasco, entrar num acordo é fundamental. “Afinal, quem acende a churrasqueira para comer sozinho ? O churrasco faz sucesso aqui porque o brasileiro se identifica com o acolhimento em torno disso, é da nossa cultura”, diz o chef e assador Fernando Carneiro, do restaurante especializado em churrasco Lolla Meets Fire, em São Paulo. Após um período na Nova Zelândia, ele é um dos pensadores da nova forma de consumir carne no Brasil. “A gente come pelo prazer e pelo conforto, além da fome. A proposta atual não é se empanturrar de comida, ficar com a barriga cheia e não conseguir nem dormir.”
De acordo com ele, com toda a tecnologia genética, novas raças de gado, cultivos de frutos do mar que respeitam as sazonalidades e processos ambientalmente responsáveis, comer bem está ainda mais fácil de digerir.
Sabe aquele número mágico de 300 gramas de carne por pessoa ? Não há regras. Experimente colocar na grelha porções mais generosas de abobrinha, tomate, cebola e metades de pimentões, que vai cozinhando aos poucos dentro do vegetal.
Entre os pratos mais disputados do Lolla Meets Fire está a costela defumada por mais de 8 horas no pit, equipamento especial para a técnica do churrasco típico dos Estados Unidos, que usa lenha de árvores frutíferas no preparo.
Até a manteiga servida com o pãozinho do couvert entra na defumação. Alimentos variados, como polvo, batata e abóbora, ganham versões deliciosas diretamente na brasa.
“O número de interessados em fazer fumaça em casa também aumentou”, garante o pitmaster e empresário Anderson Amar, da empresa Smoke Texas, em São Paulo. Especialista no preparo, ele passou a fabricar pits diante do aumento da demanda no ano passado. As versões domésticas, a partir de 1.800 reais, ampliaram a nova onda para as varandas gourmet e ainda garantem economia. “Com 1 quilo de carvão e 600 gramas de lenha, o cliente tem 10 horas de defumação a 150 graus, em média”, destaca.
Por ser uma cocção longa e em baixa temperatura, a técnica permite assar com excelência, por exemplo, o brisket, ou peito bovino, considerado erroneamente por muitos brasileiros como carne de segunda pela rigidez das fibras.
Com o método, é possível aproveitar os cortes dianteiros do animal. É algo bem diferente do nosso churrasco tradicional, feito em poucos minutos com carnes do traseiro bovino, que são naturalmente mais macias e vão direto à grelha sobre a brasa de carvão quente.
É preciso estar atento ao uso de lenha certificada no processo. Eucalipto, nem pensar. “Tem de ter nota fiscal comprovando que a lenha é originária de uma erradicação ou poda. Além disso, para os agrotóxicos não trazerem malefícios na hora do uso, desenvolvemos um processo que envolve os que trabalham na colheita das frutas a fim de gerar renda para a região produtora”, afirma Renato Andrade, proprietário da Special Meats, que vende o quilo da lenha a partir de 6 reais no atacado. A mesma preocupação quanto à procedência vale na hora de comprar carvão.
Para Eduardo Cocco, do frigorífico Cowpig, em Boituva, no interior paulista, com fazendas em Mato Grosso, a nova ética do churrasco também atinge a produção na aplicação de máximas condições possíveis de bem-estar animal, principalmente em relação aos animais confinados e aos tipos de manejo, que vem crescendo no Brasil, com condições de criação sustentável e sem agredir o meio ambiente. “A produtividade para o empresário rural deverá ser sempre o foco do trabalho, mas respeitando aspectos legais e morais”, diz.
Hoje, o consumidor tem duas grandes preocupações : a primeira, do ponto de vista gastronômico, da experiência; e a segunda, de como o alimento é produzido”, pontua Marcelo Shimbo, da marca 481, referência no mercado em padronização e alta qualidade. “Não aceitamos nenhuma alimentação para o gado que não seja vegetal nem uso de hormônio. Nossos frigoríficos são, além de inspecionados rigorosamente, auditados para garantir a segurança alimentar de maneira muito minuciosa”, explica.
Para uma compra sem erro, é possível customizar a espessura dos steaks e observar a escala de 1 a 5 identificada nas embalagens, que leva em conta sabor, maciez e suculência de cada corte.
Queridinha dos mais abastados, a carne da raça Wagyu pode custar 400 reais o quilo. Mas quantidade não é garantia de satisfação : o intenso marmoreio, ou gordura entremeada dos cortes, pede uma degustação moderada.
Da mesma forma, o dry aged, método de maturação longa a seco, que vai de 30 a 120 dias, que amacia e transforma o sabor da carne, também pede moderação no volume para ser bem apreciado.
Enquanto, no pasto, o resistente Nelore cede espaço pouco a pouco para as raças britânicas Angus e Hereford, a picanha também dá lugar na prateleira para pacotes com nomes estrangeiros, como chorizo (Argentina e Uruguai), T-bone (Estados Unidos) ou entrecôte (França). “Ainda é grande o volume, em torno de 80%, de animais Nelore em nosso rebanho. Mas cada vez cresce mais a inseminação artificial com as raças europeias continentais e britânicas. Isso está mudando o perfil da pecuária nacional”, diz o agrônomo e consultor Roberto Barcellos, que criou uma linha própria de cortes nobres, a BBQ Secrets, em parceria com o frigorífico Frigol.
“Esse é o tipo de consumo que, depois que começa, torna-se um aprendizado do qual não se abre mão”, opina Pedro Merola, engenheiro agrônomo e sócio-proprietário do açougue-butique Feed, em São Paulo, que vende carnes da própria fazenda, em Goiás. “Minha família mexe com gado há cinco gerações, e só em 2007 passamos a pensar o que queríamos no prato e a procurar na fazenda como chegar a esse resultado.”
De uma família de açougueiros com mais de um século de tradição, Rogério Betti produz e vende 100 toneladas de carne de cruzamento de Angus com Nelore e já fez churrascos até para xeiques árabes em Dubai. Ele resume o que considera ser a nova ética no segmento : “É comprar um animal de alta qualidade, bem tratado, pagar um bom preço ao fornecedor, ter minha margem de lucro e meu cliente ficar satisfeito”.
Para Rogério Betti, quando o consumidor pede uma carne de qualidade, come menos e não tem desperdício. Ele prega a democratização do consumo. “No meu restaurante vêm pessoas simples, que consomem 25 reais, e milionários que pagam contas de 10.000 reais. Acho que churrasco é isto : diversão para todo mundo”, afirma.
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Re: Comidas
https://valor.globo.com/financas/notici ... coes.ghtml
A pandemia do coronavírus deu um baque nas transações de fusões e aquisições (M&A) no Brasil e no mundo.
A americana Bloomin’ Brands, controladora do Outback no Brasil, tinha dois interessados no negócio - a gestora Advent e a concorrente Madero. “Esse negócio morreu. É um segmento que tem sentido forte impacto da crise, o que afasta o interesse da Advent e faz com que o Madero tenha que lidar com seus próprios problemas”, disse um executivo.
A pandemia do coronavírus deu um baque nas transações de fusões e aquisições (M&A) no Brasil e no mundo.
A americana Bloomin’ Brands, controladora do Outback no Brasil, tinha dois interessados no negócio - a gestora Advent e a concorrente Madero. “Esse negócio morreu. É um segmento que tem sentido forte impacto da crise, o que afasta o interesse da Advent e faz com que o Madero tenha que lidar com seus próprios problemas”, disse um executivo.
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