Coronavírus nas prisões
Irã liberta 70 mil presos para protegê-los do coronavírus
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Irã liberta 70 mil presos para protegê-los do coronavírus
O trabalhador preso, massacrado pelo capitalismo, agora pode morrer na prisão ou nos hospitais por falta de socorro contra o coronavírus
As autoridades do Irã concederam liberdade temporária a 70 mil presos para impedir a disseminação do novo coronavírus nas penitenciárias. O país enfrenta um surto da doença, com 7.161 casos e 237 mortes.
Nesta segunda-feira (09/03), o Ministério da Saúde iraniano informou a ocorrência de 595 novas infecções e 43 mortes pela enfermidade nas 24 horas anteriores. Os números são pouco menores do que os de domingo, enquanto 2.394 pessoas superaram a doença.
A maioria dos pacientes foi registrada na província de Teerã, com 1.945 casos; seguida por Qom, origem da epidemia no Irã, com 742; Mazandaran (633); e Isfahan (601).
Enquanto tentam controlar a situação, escolas e universidades permanecem fechadas, assim como ginásios, centros esportivos e a maioria dos locais turísticos. E todos os tipos de eventos culturais, esportivos e religiosos foram suspensos.
Na verdade, essas prisões são resultado de muita violência que, ordinariamente, a envolve e caracteriza um Estado Burguês, para impor a ordem diante da acumulação injusta que o capital impõe, o que agride diretamente a classe trabalhadora, notadamente o exército de desempregados que o sistema é obrigado a manter para manter o salário baixo.
A realidade da população carcerária, deve ser encarada como uma prática da tortura, física e psicológica, no Irã e em todo lugar cujo capital é determinante. E essa conduta, reflete no judiciários do país.
A violência antecede as prisões, quando milhões de trabalhadores, impedidos de trabalhar, são impelidos a pequenos furtos para a mantença de suas famílias. E, quando são pegos, não conseguem se defender do pesado braço do Estado, que faz cair sobre eles todo o aparato repressivo de forma vil e covarde.
Soma-se a isso, o fato da polícia alcançar confissões e informações por meio de torturas, que contaminam os inquéritos policiais e a instrução criminal, material que, utilizado pelo Ministério Público e o Judiciário, serve tão somente para segregar o trabalhador condenado nas prisões.
Depois, presas ou detidas, quando ficam à disposição da justiça, são submetidas à tortura ou ao tratamento desumano, enquanto aguardam julgamento ou quando já cumprem sentenças. Em tais situações, o modo como permanecem presas, e as situações concretas de danos que sofrem, ou do risco de sofrê-las, põe por terra qualquer garantia constitucional, ou estados de direitos existentes.
A crise nas penitenciárias, não só do Irã, como do mundo todo, e que, frise-se não sofrem só com o coronavírus, demonstram um completo fracasso do sistema prisional e servem somente para esmagar a classe operária mais pobre. É tarefa da esquerda combater o sistema penitenciário e lutar pela libertação dos presos, tanto os que aguardam julgamento quanto os que já cumprem penas, e por abaixo esse degradante sistema, que, de tão desumano, não se espera outra coisa dele que não um foco de doenças, que, numa hora como essa, percebe-se bem o drama dessa realidade e como ela afeta a todos.
As autoridades do Irã concederam liberdade temporária a 70 mil presos para impedir a disseminação do novo coronavírus nas penitenciárias. O país enfrenta um surto da doença, com 7.161 casos e 237 mortes.
Nesta segunda-feira (09/03), o Ministério da Saúde iraniano informou a ocorrência de 595 novas infecções e 43 mortes pela enfermidade nas 24 horas anteriores. Os números são pouco menores do que os de domingo, enquanto 2.394 pessoas superaram a doença.
A maioria dos pacientes foi registrada na província de Teerã, com 1.945 casos; seguida por Qom, origem da epidemia no Irã, com 742; Mazandaran (633); e Isfahan (601).
Enquanto tentam controlar a situação, escolas e universidades permanecem fechadas, assim como ginásios, centros esportivos e a maioria dos locais turísticos. E todos os tipos de eventos culturais, esportivos e religiosos foram suspensos.
Na verdade, essas prisões são resultado de muita violência que, ordinariamente, a envolve e caracteriza um Estado Burguês, para impor a ordem diante da acumulação injusta que o capital impõe, o que agride diretamente a classe trabalhadora, notadamente o exército de desempregados que o sistema é obrigado a manter para manter o salário baixo.
A realidade da população carcerária, deve ser encarada como uma prática da tortura, física e psicológica, no Irã e em todo lugar cujo capital é determinante. E essa conduta, reflete no judiciários do país.
A violência antecede as prisões, quando milhões de trabalhadores, impedidos de trabalhar, são impelidos a pequenos furtos para a mantença de suas famílias. E, quando são pegos, não conseguem se defender do pesado braço do Estado, que faz cair sobre eles todo o aparato repressivo de forma vil e covarde.
Soma-se a isso, o fato da polícia alcançar confissões e informações por meio de torturas, que contaminam os inquéritos policiais e a instrução criminal, material que, utilizado pelo Ministério Público e o Judiciário, serve tão somente para segregar o trabalhador condenado nas prisões.
Depois, presas ou detidas, quando ficam à disposição da justiça, são submetidas à tortura ou ao tratamento desumano, enquanto aguardam julgamento ou quando já cumprem sentenças. Em tais situações, o modo como permanecem presas, e as situações concretas de danos que sofrem, ou do risco de sofrê-las, põe por terra qualquer garantia constitucional, ou estados de direitos existentes.
A crise nas penitenciárias, não só do Irã, como do mundo todo, e que, frise-se não sofrem só com o coronavírus, demonstram um completo fracasso do sistema prisional e servem somente para esmagar a classe operária mais pobre. É tarefa da esquerda combater o sistema penitenciário e lutar pela libertação dos presos, tanto os que aguardam julgamento quanto os que já cumprem penas, e por abaixo esse degradante sistema, que, de tão desumano, não se espera outra coisa dele que não um foco de doenças, que, numa hora como essa, percebe-se bem o drama dessa realidade e como ela afeta a todos.