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Chapolin Gremista
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Re: Mundo

Mensagem por Chapolin Gremista » 06 Mar 2020, 11:30

Enganar é uma arte americana
EUA ignoram cessar-fogo e bombardeiam talibãs no Afeganistão
Os EUA não respeitam ninguém e agem como se fossem naturalmente os senhores do mundo. Forçaram um acordo com o Talibã e quatro dias depois os atacaram.

O Afeganistão tem uma longa história de dominação e resistência. Atualmente tem fronteira com a Turquia, o Uzbequistão, Turcomenistão, Irã e China. Registra-se que por volta do ano por volta de 500 a.C, foi conquistado por Dario I da Babilônia, e em 329 aC por Alexandre, o Grande, entre outros.

Já foi parte de um grande império, junto com o que hoje é o Irã e a Índia, conquistado por Mahmud de Ghazni, no século 11 d.C., e até mesmo Genghis Khan teria assumido o território no século 13 d.C, mas somente no século XVIII o território reconhecido atualmente foi, de fato, unificado em um único país.*

No século 19, a Inglaterra, com a desculpa de proteger seu império indiano da Rússia, procurou anexar o Afeganistão, o que levou a uma série de guerras entre britânicos e afegãos (1838-42, 1878-80, 1919-21).

Assim, em 1921, os ingleses, que já estavam sitiados após a Primeira Guerra Mundial, são derrotados e o Afeganistão, finalmente, se torna uma nação independente.

Entre as décadas de 1950 e 1970, após derrubada da monarquia, o Afeganistão se aproxima da União Soviética e tem forte influência do comunismo. No entanto, em 1978, há uma rebelião de líderes islâmicos contra as mudanças introduzidas pela constituição de 1975-77, que concedia direitos às mulheres e apontava para a modernização do estado amplamente social.

Em 1979, o embaixador americano Adolph Dubs é morto e os EUA cancelam toda a ‘assistência’ ao Afeganistão. Nesse ponto, há uma intensa luta pelo poder entre Nur Mohammad Taraki, um dos membros fundadores do Partido Comunista Afegão, e o vice-primeiro ministro Hafizullah Amin. Taraki será morto em 14 de setembro em um confronto com apoiadores de Amin.

A União Soviética invade o país em 24 de dezembro e, em 27 de dezembro, Amin e muitos de seus seguidores são executados. O vice-primeiro ministro Babrak Karmal se torna primeiro ministro, mas se forma uma enorme oposição a ele e aos soviéticos, o que vai gerar manifestações públicas violentas.

No início de 1980, os rebeldes Mujahadeen** se uniram contra invasores soviéticos e o Exército Afegão apoiado pela URSS.

A partir de então, muitos afegãos fogem para a Turquia e o Irã. Em 1984, Osama Bin Laden, vindo a Arábia Saudita, chega ao país para se unir aos anti-soviéticos e posteriormente receberá apoio armada dos Estados Unidos, Grã-Bretanha e China via Paquistão.

Após uma década de confrontos, em 1995, a milícia islâmica recém-formada, Talibã, chega ao poder com promessas de paz. A maioria dos afegãos, exaustos por anos de seca, fome e guerra, aprovam o Talibã por defender os valores islâmicos tradicionais.

Agora quem se opõem ao governo afegão, dominado pelo Talibã, são os Estados Unidos que se colocam como inimigos do estado e o pressiona fortemente.

Em 1998, depois dos atentados a duas embaixadas americanas na África pela Al Qaeda, o presidente Clinton ordena ataques aos campos de treinamento de Bin Laden no Afeganistão.

Em 2000, os norte-americanos exigem a extradição de Bin Laden, o que é ignorado pelo Talibã. Em 2001, após o ataque da Al Quaeda aos EUA (Torres Gêmeas e Pentagono), com a recusa do Afeganistão em entregar Osama Bin Laden, os EUA e a Inglaterra lançam um pesado ataque ao país.

O Talibã é forçado a se refugiar e um governo interino, com apoio dos EUA, é assumido por Hamid Karzai. O governo interino que deveria durar 6 meses, vai se estender até 2004.

No entanto, os talibãs e a Al-quaeda continuam atuando no país e os conflitos jamais cessaram, tornando o pais um dos mais violentos do mundo. Com essa desculpa, a OTAN assume o controle de Cabul e implementou uma guerra continuada, sob comando dos Estados Unidos, que vão durar, oficialmente, até 2014, data em que as tropas estrangeiras deveriam ter deixado o país.

No entanto, os embates com os talibãs se mantiveram e, somente em 29 de fevereiro deste ano, os Estados Unidos e o Talibã teriam assinado um acordo, pondo fim aos conflitos e a saída das tropas norte-americanas e da OTAN, em até 14 meses.

Passados 4 dias, com a desculpa de executar um ataque defensivo, os EUA executaram um bombardeio em Nahr-e Saraj, em Helmand, contra supostos combatentes talibãs, acusados de atacarem as forças de segurança afegãs.

OU seja, faz mais de duas décadas que os norte-americanos e seus aliados europeus atacam o Afeganistão e com a conivência internacional colocaram tropas dentro de seu território. Quando finalmente se chega a um acordo para a saída de tropas estrangeiras, os norte-americanos fazem como sempre fizeram, inventam um conflito, uma conspiração inexistente, para descumprir acordos.

O Afeganistão não é o único caso, mas é um bom exemplo. Os americanos fazem acordos para outros cumprirem, eles não precisam cumprir e geralmente não cumprem ou encontram modos de justificar o descumprimento.

O que importa é manter sua posição de força e seu domínio, que seja à custa do uso de armas e da morte de civis.

NOTAS:

* É importante ressaltar que somente em 1870, após ser conquistado por árabes, o Islã se enraizou no país.

**Posteriormente constituiram a Unidade Islâmica do Mujahidin do Afeganistão (Aliança Mujahidin dos Sete Partidos ou Sete de Peshawar), entre 1981 ou 1985, entre os sete partidos afegãos mujahidin que lutavam contra os soviéticos – na época eram os que davam sustentação à República Democrática do Afeganistão (Guerra Afegã-Soviética).
https://www.causaoperaria.org.br/eua-ig ... eganistao/
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Re: Europa

Mensagem por Jezebel do Canto e Mello » 06 Mar 2020, 12:09

Nenhum problema dos trabalhadores e de toda sociedade pode ser resolvido sob o capitalismo. A derrubada do regime, o fora Bolsonaro, a luta contra a extrema-direita na Itália, França, Espanha e todos os golpistas, é tarefa urgente. A classe operária está nas ruas por conta das condições de destruição neoliberal em vários países da Europa e América Latina.
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

Derrubar o Bolsonaro pra eliminar uma pandemia global. Ainda bem que a Dilma caiu pra eliminar a epidemia de Ebola... :rolleyes:

Com todo o respeito aos leitores, mas quem escreveu esse papel higiênico melado com borra de bosta que chamam de notícia é um alucinado do caralho.
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Re: Europa

Mensagem por Bugiga » 06 Mar 2020, 12:49

Phoebe Buffay escreveu:Com todo o respeito aos leitores, mas quem escreveu esse papel higiênico melado com borra de bosta que chamam de notícia é um alucinado do caralho.
E quem compartilha uma "notícia" dessas é mais alucinado ainda.
Puxa! Re-Puxa! Super-Ultra-Puxa!

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Re: América Latina

Mensagem por E.R » 07 Mar 2020, 00:32

https://agenciabrasil.ebc.com.br/politi ... nald-trump

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro vai se reunir com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, amanhã (7), em Palm Beach, na Flórida, Estados Unidos.

A situação política da Venezuela será um dos temas da reunião.

Trump e Bolsonaro discutirão oportunidades para restaurar a democracia na Venezuela.
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Re: Europa

Mensagem por Chapolin Gremista » 07 Mar 2020, 03:40

Alucinado é quem vem com argumento de ''mimimi comunista não pode ter iphone'''. Cresce, direitista pobre de direita pé de chinelo !

Conflitos na Síria
Rússia convence Turquia sobre cessar-fogo, mas Síria ainda é vítima
Erdogan garantiu que irá responder com todo o seu poder a qualquer ataque por parte de Damasco, muito embora a posição da Síria no conflito seja defensiva


Após mais de seis horas de negociações no Kremlin, os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, anunciaram um cessar-fogo para encerrar semanas de confrontos na região síria de Idlib. A notícia foi divulgada na quinta-feira (5/03), em uma coletiva de imprensa em Moscou.

Com as negociações, a Rússia pretende diminuir as tensões entre Moscou e Ancara, sob o regime de Bashar al-Assad. Desde que se iniciaram os conflitos na região, incentivados pelo Imperialismo, a Rússia tem sido uma aliada fundamental da Síria em sua guerra contra o Estado Islâmico e outros grupos.

O acordo entre russos e turcos prevê ainda a criação de um corredor de segurança em alguns setores da estrada M4, que atravessa a província de Idlib e se constitui num eixo estratégico para Damasco. A criação do corredor de segurança demonstra que a Rússia não pretende abandonar o apoio que dá ao regime de Bashar al-Assad, apesar da aproximação com a Turquia. No local, serão organizadas patrulhas conjuntas de Moscou e Ancara.

Apesar do anúncio de cessar-fogo, a Síria ainda se encontra em risco já que a Turquia mantém bases militares na região de Idlib. Além disso, o presidente turco garantiu que irá responder com todo o seu poder a qualquer ataque por parte de Damasco, muito embora a posição da Síria no conflito seja defensiva.

A população síria é quem mais tem sofrido com o conflito na região desestabilizada nas últimas décadas por culpa do Imperialismo. Quase um milhão de pessoas fugiram em direção à fronteira com a Turquia que já abriga 3,6 milhões de sírios em seu território.
https://www.causaoperaria.org.br/russia ... -e-vitima/
Editado pela última vez por Bugiga em 11 Mar 2020, 19:24, em um total de 2 vezes.
Razão: Colocação de spoiler em notícia longa
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Re: Mundo

Mensagem por Chapolin Gremista » 07 Mar 2020, 03:42

Afeganistão
EUA tentam se blindar da culpa por crimes de guerra no Afeganistão
EUA fazem de tudo para barrar as investigações sobre seus crimes de guerra no Afeganistão, incluindo perseguição aos investigadores e denunciantes

Os Estados Unidos farão todo o possível para obstruir investigações sobre crimes de guerra cometidos por eles durante a ocupação do Afeganistão, segundo uma fala de Mike Pompeo, secretário de estado norte-americano. A fala se deu no momento em que o Tribunal Penal Internacional (TPI), do qual não fazem parte os Estados Unidos, abriram uma investigação para apurar os crimes de guerra em território afegão. Tanto o exército quanto a CIA tiveram participação nos crimes de guerra.

No ano passado, a responsável pelo pedido de abertura do inquérito, Fatou Bensouda, teve seu visto para viajar para os EUA recusado, após Mike Pompeu ter falado que o país imperialista recusaria o visto de todos os que apoiassem as investigações. Segundo Bensouda, os EUA “cometeram atos de tortura, tratamento cruel, ultrajes à dignidade pessoal, violações e violência contra detidos”.

Dentre os crimes de guerra dos EUA estão o desaparecimento, mortes, torturas e execuções tanto militares quanto de civis. O exército norte-americano também matou presos sob custódia, destruiu artefatos culturais importantes, bombardeou hospitais e dizimou povoados inteiros, sendo que alguns desses povoados foram invadidos e destruídos à noite, enquanto as pessoas dormiam.

Em 2015, veio à tona que o Departamento de Defesa dos EUA deram carta branca para que seus aliados das forças armadas afegãs tivessem crianças como escravos sexuais, o que possivelmente ainda ocorre dentro do país. Pelo menos 9 crianças morreram ou foram mutiladas por dia desde que os EUA invadiram o país árabe. As crianças são também as principais vítimas dos ataques aéreos norte-americanos, que simplesmente destroem casas de civis e vilarejos inteiros.

Em 2009 e em 2010, ficou famoso também o caso de três afegãos mortos por militares norte-americanos, que após fuzilarem os três civis, tiraram fotos com os corpos e levaram seus pertences embora como se fossem troféus de caça (Bacurau não está nem um pouco longe da realidade). Bem conhecidos são também os casos de tortura na prisão de Bragam, em que os prisioneiros eram duramente torturados e assassinados. Alguns deles eram acorrentados elos pulsos e, depois, eram puxados pelas correntes de modo a se chocarem com o teto.

Durante as buscas por Osama Bin Laden, vários afegãos foram mortos pelo exército de ocupação dos EUA, que preferiam
matar qualquer um que se parecesse com Osama à “perder a oportunidade” de não pegar o verdadeiro chefe da Al-Qaeda.

Há de se lembrar que os EUA e o Talibã assinaram um acordo no último dia 29 de fevereiro, que previa a retirada total dos exércitos norte-americanos do Afeganistão. No entanto, o exército de ocupação já realizou operações militares no país e não dá mostras de que respeitará o acordo feito.
https://www.causaoperaria.org.br/eua-te ... eganistao/
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Re: Europa

Mensagem por JF CH » 07 Mar 2020, 10:59

"Direitista pobre de direita"

Se é direitista, é óbvio que é de direita, animal...
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F42 escreveu:
18 Abr 2021, 21:26
com todo o perdão da palavra e com toda a certeza que eu serei punido, piada é a cabeça da minha piroca! porra mano, eu tive que adicionar seu nome como "pseudo" pré candidato a moderação lá no datafórum e você agora fala que é piada? o que vc tem na sua cabeça, mano?
piadaitaliano/

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Re: Europa

Mensagem por Chapolin Gremista » 07 Mar 2020, 11:01

Pode ser um direitista rico, dã!
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Re: Europa

Mensagem por JF CH » 07 Mar 2020, 11:02

Mas continua sendo de direita, porra :P
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F42 escreveu:
18 Abr 2021, 21:26
com todo o perdão da palavra e com toda a certeza que eu serei punido, piada é a cabeça da minha piroca! porra mano, eu tive que adicionar seu nome como "pseudo" pré candidato a moderação lá no datafórum e você agora fala que é piada? o que vc tem na sua cabeça, mano?
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Re: Mundo

Mensagem por Chapolin Gremista » 07 Mar 2020, 12:21

Matança contra estudantes
Policiais e paramilitares massacram estudantes na Índia
Estudantes reagem a lei racista. Governo fascista responde com 30 assassinatos

Foram assassinados, na semana passada, cerca de 30 estudantes pela polícia indiana e paramilitares, na capital da Índia, Nova Delhi. O motivo foi por conta das manifestações estudantis contra uma lei racista que tira os direitos de cidadania dos islâmicos. O governo Narenda Modi, aliado de Bolsonaro, está cada vez mais cercando o movimento estudantil, partidos de esquerda e movimentos sociais, utilizando em conjunto a repressão estatal e com a maior organização paramilitar do mundo, a Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS).

A lei fere um dos princípios fundamentais da constituição indiana, que é o secularismo, a liberdade de crença. Devido a isso, a União de Estudantes da Universidade Jawaharlal Nehru (JNU), que fica na capital indiana, entende que se quaisquer princípios fundamentais da Constituição são violados, então não há mais diferença entre regimes ditatoriais e democráticos. Nota-se que neste exemplo ocorre não somente a perda do direito à liberdade religiosa aos muçulmanos, como também a liberdade de expressão, massacrando a juventude organizada. Processo este que também está ocorrendo no Brasil desde 2016 por conta do golpe de estado, no qual vem evoluindo uma série de ataques contra os direitos democráticos.

Além disso, é importante destacar que os fascistas sempre utilizam da religião como uma camuflagem para atrair os seus seguidores ‘fiéis’. Isto porque usufruem da religiosidade como uma desculpa para atacar seus inimigos. Percebe-se que tanto no governo do Bolsonaro (cristianismo), como a do Narenda (hinduismo), usam elementos de tais religiões para justificar o massacre dos estudantes organizados no movimento estudantil, provocar chacina contra comunidades indígenas, quilombolas, sem terras, etc.

Infelizmente, tal qual como no Brasil, os partidos de esquerda na Índia ainda apostam nas instituições, um caso é o Partido Comunista Marxista Indiano (CPI-M), com a sua nota sobre esse massacre, no qual exige que a polícia pare com “comportamento pouco profissional tendencioso e aja rapidamente para parar a violência”. Não somente a isso, CPI-M e demais principais partidos de esquerda pedem que o governo reconheça o fracasso da polícia e convoque o Exército para tentar erradicar a violência na capital. Quando na verdade esses partidos estão entregando de bandeja para o governo fascista atacar mais duramente os manifestantes. É importante que esse acontecimento sirva de alerta aqui no Brasil para estimular cada vez mais os comitês de auto-defesa.
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Re: Mundo

Mensagem por Jezebel do Canto e Mello » 07 Mar 2020, 20:18

Todo o apoio ao regime de Modi, que está enfrentando esses islâmicos radicais horrendos.
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Re: América Latina

Mensagem por E.R » 08 Mar 2020, 00:40

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Re: América Latina

Mensagem por Jezebel do Canto e Mello » 08 Mar 2020, 01:05

Excelente, presidente Pou não caindo nessa demagogia puritana e mantendo os direitos do povo, e indo no que realmente importe (o enxugamento do estado).
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Re: Mundo

Mensagem por Chapolin Gremista » 09 Mar 2020, 04:25

Tensões sírio-turcas
Estaria o imperialismo retomando o controle político da Turquia?
Após se distanciar da influência imperialista durante alguns anos, o presidente Erdogan adota uma postura que atende aos interesses imperialistas de desestabilizar o Oriente Médio

Por Eduardo Vasco

Voltaram a escalar as tensões entre Turquia e Síria. A região de Idlib é o palco dos combates. O governo do presidente Recep Tayyip Erdogan mantém forças militares – exército e aeronáutica – no território sírio para apoiar guerrilheiros opositores de Bashar al-Assad.

Os embates têm se intensificado e a Rússia – aliado fundamental da Síria em sua guerra contra o Estado Islâmico, outros grupos armados promovidos pelo imperialismo e a própria intervenção imperialista direta – tomou partido de Damasco contra os turcos, dos quais se aproximaram intensamente nos últimos anos.

Já houve troca de ataques entre sírios e turcos, e mesmo entre turcos e russos, embora estes últimos tentem mediar a situação.

Para fazer qualquer esboço de análise sobre a complexa situação na qual se encontra a política externa turca atualmente, entretanto, é preciso voltar um pouco no tempo.

As oscilações de Erdogan

Erdogan foi consolidando seu poder na Turquia desde sua ascensão como primeiro-ministro, em 2003. Durante o período que se encerrou em 2014, quando se elegeu presidente, a Turquia manteve uma firme aliança com o imperialismo, sendo fortemente cogitada para integrar a União Europeia e considerada um país democrático em comparação com as outras nações de maioria islâmica.

Em 2011, os turcos foram responsáveis por iniciar a desestabilização e finalmente a guerra na Síria, junto com outros países do Oriente Médio, como Catar e Arábia Saudita, com o imperialismo por trás, armando e financiando “rebeldes” para derrubar Assad.

No entanto, tudo mudou após julho de 2016, quando militares apoiados pelos Estados Unidos e a OTAN tentaram um golpe de Estado contra Erdogan, que não caiu graças à ajuda da inteligência russa e da reação popular nas ruas, respondendo com um violento expurgo no interior das forças armadas para enfraquecer os setores pró-imperialistas.

A partir daí, a política externa turca mudou consideravelmente. Os EUA foram perdendo cada vez mais terreno para a Rússia e Erdogan se aliou a outros governos nacionalistas pelo mundo, como a Venezuela de Maduro.

Mas seu governo continuou mantendo fortes contradições, tanto interna como externamente.

Defesa das fronteiras e agressões militares

Um episódio que reflete bem essas contradições, no caso externas, do governo turco, foi a Operação Ramo de Oliveira. Em janeiro de 2018, o exército da Turquia invadiu o noroeste da Síria, ocupando a região de Afrin sob a desculpa de combater as forças separatistas curdas, que constituiriam uma ameaça à sua integridade territorial.

A invasão foi fortemente denunciada pelo governo sírio e pela Rússia. Os próprios Estados Unidos não a viram com bons olhos, uma vez que naquela oportunidade as suas relações com a Turquia não estavam em alta e uma ação turca visava esmagar aqueles que estavam sendo treinados por Washington para confrontar o exército sírio em sua última tentativa de derrubar Assad. É importante lembrar que naquela ocasião o Pentágono já mantinha bases militares no noroeste da Síria, sob os protestos de Damasco.

Na prática, Turquia e Síria lutavam contra um inimigo em comum: os curdos, que buscam constituir uma nação independente e para isso precisam de partes territoriais que hoje pertencem aos dois países, além do Iraque. Logo, o correto seria se aliarem. Mas não foi o que ocorreu e o exército turco permanece até hoje na região, financiando organizações armadas radicais sunitas contra as forças armadas do governo sírio.

Esse dado é importante. O governo sírio, ao contrário dos outros governos do Oriente Médio, é laico e secular. Assad é alauíta, uma vertente do xiismo. O principal aliado da Síria na região é o Irã, xiita. Assim, tal aspecto do conflito sírio-turco se insere na disputa geopolítica regional, na qual Irã e Turquia disputam – junto com a Arábia Saudita – para ver quem consegue alcançar maior influência entre os países, povos e movimentos armados.

Erdogan está tratando as regiões no noroeste da Síria, com presença militar turca (Afrin e Idlib), como se fossem territórios da Turquia. Ele tem feito sérias ameaças contra Bashar al-Assad caso as suas tropas sejam atacadas e prometido reagir violentamente às mortes de seus soldados pelas forças de Damasco. Ora, mas o agressor é justamente a Turquia! A Síria está apenas se defendendo de uma invasão ilegal.

Na atual etapa do conflito, Erdogan está apelando a discursos nacionalistas para reforçar sua base de apoio interna. Os sentimentos ufanistas sempre foram utilizados pelo imperialismo ao longo da história para jogar um povo contra o outro. Países que, um dia, já foram potências regionais, são ainda mais suscetíveis a isso, pois seus setores mais atrasados ainda têm alguma ambição reacionária de voltar à antiga condição reconquistando territórios perdidos. Basta lembrar da Guerra da Iugoslávia, quando forças reacionárias sérvias se aproveitaram da situação em que o imperialismo financiava de alguma maneira todos os lados do conflito e falavam em reconstruir a “Grande Sérvia” e até mesmo alguns albaneses chegaram a cogitar uma “Grande Albânia”.

Ou então a guerra entre Irã e Iraque na década de 1980, quando dois governos nacionalistas se digladiaram ao invés de se unirem pelo interesse comum que era expulsar o imperialismo do Oriente Médio. Ou mesmo os frequentes conflitos territoriais que duram desde o final dos anos 1970 entre a China e o Vietnã. A própria China e a União Soviética caíram nessa trama, logicamente com o imperialismo tendo um papel obscuro na fustigação dessas escaramuças.

O Império Otomano, cujo centro era o que hoje é a Turquia, foi uma fortíssima potência regional que abrangeu, em diferentes momentos históricos, partes da África do Norte, do Sudeste Europeu e do Oriente Médio. Certamente, com o crescimento da Turquia como um “país emergente”, isto é, devido à política nacionalista de Erdogan que levou o país a um relativo desenvolvimento econômico – e à força militar turca –, há diversos setores retrógrados que anseiam pela volta de uma “Grande Turquia”.

É de se recordar que o norte da ilha de Chipre é controlado pelos turcos – a Turquia é o único país que reconhece a independência do Chipre do Norte, após a invasão de 1974. Ou seja, trata-se de um território ocupado pela Turquia. Por sua vez, além da invasão da Síria desde 2018, Ancara está empreendendo uma nova intervenção em terras estrangeiras, e agora longe de suas fronteiras: na Líbia.

É difícil de saber, entretanto, até que ponto todas essas investidas representam os interesses nacionais da Turquia e até que ponto não servem à política do imperialismo de utilizá-la para seus próprios interesses.

A Turquia se reaproxima das potências imperialistas

Os turcos são o maior exército da Organização do Tratado do Atlântico Norte. Teriam condições de se protegerem por conta própria sem precisar estar sob a bota dos militares dos países imperialistas que controlam a OTAN. No entanto, mesmo quando sofreu a tentativa golpista de 2016 promovida pelo imperialismo, Erdogan não se retirou da Aliança.

No final de fevereiro, a Turquia solicitou uma reunião no âmbito do Artigo 4º do Tratado de Washington, que estipula a assistência dos países da OTAN a um membro que veja sua segurança nacional ameaçada.

A ajuda militar da OTAN à Turquia contra a Síria só não ocorreu até agora por causa do veto da Grécia. Além da rivalidade histórica entre helenos e otomanos (à qual o Chipre está incluso), os gregos exigem que a Turquia impeça a passagem em massa de refugiados para a Europa, o que afeta primeiramente a Grécia devido à sua posição fronteiriça.

A fronteira com a Europa é o principal instrumento de barganha de Erdogan com a União Europeia, tanto para acordos benéficos à Turquia como para a política que vem de anos de ingresso de seu país ao bloco continental.

O país sempre foi um ponto estratégico do imperialismo, especialmente durante a Guerra Fria. Quando da Crise dos Mísseis, todos culparam a União Soviética por quase ter desencadeado uma guerra nuclear ao instalar arsenal em Cuba, mas poucos se lembram que isso foi apenas uma resposta à instalação de mísseis nucleares norte-americanos na Turquia, apontados para a URSS.

Após o golpe fracassado de 2016, Erdogan preferiu comprar o sistema de mísseis S-400 russos ao invés do Patriot dos EUA. Porém, diante da invasão à Síria a qual não é apoiada por Moscou, a Turquia está buscando finalmente armamento norte-americano.

As tensões políticas e diplomáticas entre Turquia e Rússia têm se intensificado ao ponto de a polícia turca ter prendido, neste final de semana, jornalistas da agência de notícias russa Sputnik em Istambul e Ancara. Esse episódio apenas aumentou a crise entre os dois países.

Aparentemente o imperialismo está tentando enfraquecer a aliança formada entre Turquia e Rússia e, ao mesmo tempo, provocar um conflito na Síria que sirva de pretexto para retomar uma intervenção no país árabe após a derrota que sofreu para a Síria, o Irã e a Rússia. Isso afeta diretamente outro inimigo do imperialismo, o Irã, que tem lutado para estabilizar a região e aumentar sua influência, cujo ponto máximo até o momento foi justamente a vitória na Síria.

Além disso, a cooperação econômica da Turquia com a Rússia entra em contradição com os interesses dos Estados Unidos. O Turkstream, gasoduto que levará gás russo à Europa através da Turquia, está a ponto de ser inaugurado, o que é um duro golpe aos monopólios norte-americanos do gás.

É preciso acompanhar detalhadamente o desenvolvimento da situação no Oriente Médio e a crise entre Síria e Turquia, bem como os passos dados por Erdogan na política externa e interna, para tirar qualquer tipo de conclusão. Todavia, o que não pode restar dúvidas é o fato de que o imperialismo age de todas as maneiras possíveis para retirar a autonomia política dos governos nacionalistas, extremamente suscetíveis de sofrerem pressões para que atendam aos interesses das grandes potências capitalistas.
https://www.causaoperaria.org.br/estari ... a-turquia/
Editado pela última vez por Bugiga em 12 Mar 2020, 07:03, em um total de 1 vez.
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Re: Europa

Mensagem por E.R » 09 Mar 2020, 22:15

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