Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

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Re: Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por E.R » 02 Fev 2020, 06:43

ANCELMO GOIS - O GLOBO

Veja a falta que faz um ministro do Meio Ambiente.

O Parque Nacional e Histórico do Monte Pascoal, na Bahia, está sendo devastado.

Os madeireiros usam até a entrada central para sair com madeira ilegal.
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Re: Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por E.R » 05 Fev 2020, 12:03

https://veja.abril.com.br/blog/radar/sa ... weintraub/

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O Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles passou distante das últimas confusões que quase levaram para fila do facão o chefe do MEC, Abraham Weintraub, e o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

O motivo do sumiço de Ricardo Salles, segundo um graduado integrante do governo, é de origem econômica.

Depois de passar vergonha internacional na Conferência do Clima, ele ouviu de algumas figuras de proa da equipe de Paulo Guedes que, com o serviço de casa sendo feito pela equipe econômica, o seu discurso ambiental representaria uma ameaça ao crescimento do país criando uma espécie de teto para os avanços.

Como nenhum investidor internacional decidiria enterrar dinheiro num país que queima suas florestas e alimenta pragas como garimpo ilegal e grilagem de terras, Salles percebeu que a brincadeira poderia custar caro. De uma hora para outra, sua área poderia ser a causa das dificuldades e limitações econômicas do governo.

Ao entender que suas ações têm consequências na parte mais sensível do governo, Ricardo Salles decidiu mudar. A guinada de discurso e de postura está em formatação e é esse movimento que acabou tirando o ministro, ainda que momentaneamente, dos holofotes. Sorte dele, que ouviu o amigo da economia.
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Re: Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por Bugiga » 05 Fev 2020, 15:37

E.R escreveu:Como nenhum investidor internacional decidiria enterrar dinheiro num país que queima suas florestas ...
Verdade. Ninguém investe na China, por exemplo.

:rolleyes:
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Re: Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por Jezebel do Canto e Mello » 06 Fev 2020, 00:07

Queimadas tem em todo lugar, mas é irresponsabilidade cruzar os braços diante da situação. Só comparar o tratamento das florestas por Brasil e pela Austrália.
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Re: Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por Victor235 » 13 Fev 2020, 21:59

Chapolin Comunista escreveu:
Governo do latifúndio
Urgente: Força Nacional e pistoleiros atacam indígenas em Dourados/MS
Força Nacional enviada pelo golpista Sergio Moro ataca retomada indígena no Mato Grosso do Sul.


Na manhã do dia 29 de janeiro, os indígenas que vivem na retomada Avae’te, área contígua à Reserva Indígena de Dourados, estado de Mato Grosso do Sul, foram surpreendidos com a Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) ao lado de latifundiários e tratores disparando tiros em direção a aldeia.

Os indígenas tiveram que se jogar no chão e entrar em seus barracos para não serem atingidos e reagir contra os ataques das forças policiais e dos pistoleiros. Um vídeo foi gravado pelos indígenas e mostra claramente os tiros vindo das viaturas da FNSP ao lado de tratores.

Segundo os indígenas o conflito começou no dia 28/01 quando o latifundiário se utilizava de um trator para jogar veneno na área da retomada e os indígenas impediram. A noite os latifundiários mandaram pistoleiros destruir os barracos, mas foram expulsos pelos indígenas.

Na manhã do dia seguinte, os indígenas foram surpreendidos com a Força Nacional atirando contra a retomada para proteger os latifundiários e permitir a aplicação de agrotóxicos na imediações e corpos d`água que passam pela aldeia.

“No dia seguinte, às 9 horas da manhã, a Força Nacional se dirigiu a uma das fazendas. De lá veio um dos donos da fazenda, seguranças privados, todos em uma caminhonete preta, e quatro viaturas da Força Nacional. Chegaram no Avaeté atirando. Não chegaram para conversar”, diz um indígena ao CIMI, que não quis se identificar.

No vídeo dá para ouvir claramente os indígenas gritando “Guarani Kaiowá foi judiado por Força Nacional. Força Nacional veio atacar a gente. Tão ali ao lado dos fazendeiro”.

A Força Nacional de Segurança foi enviada a pedido do governador latifundiário Reinaldo Azambuja (PSDB) e autorizada pelo ministro da justiça Sergio Moro, que acabou de devolver 17 processos de demarcação de terras indígenas. A FNSP foi enviada após conflitos onde os indígenas Guarani-Kaiowá colocaram pistoleiros e a polícia para correr após uma tentativa de desocupação de terras. Foi uma medida para conter os indígenas.

Como sempre denunciamos, a Força Nacional de Segurança foi enviada para defender os latifundiários e reprimir os indígenas, instalando um clima de terror contra as famílias que estão nas áreas retomadas dos latifundiários.

É preciso denunciar essa situação e expulsar a Força Nacional de Segurança das terras indígenas e das áreas de conflitos, pois serve apenas para fortalecer os latifundiários e invasores de terras indígenas e reprimir as famílias que vivem nas retomadas.

Veja o vídeo abaixo: (entre no link)
https://www.causaoperaria.org.br/urgent ... urados-ms/
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Re: Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por JF CH » 13 Fev 2020, 22:27

Lia tanto os posts deles que nem reparei nisso :P
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F42 escreveu:
18 Abr 2021, 21:26
com todo o perdão da palavra e com toda a certeza que eu serei punido, piada é a cabeça da minha piroca! porra mano, eu tive que adicionar seu nome como "pseudo" pré candidato a moderação lá no datafórum e você agora fala que é piada? o que vc tem na sua cabeça, mano?
piadaitaliano/

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Re: Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por E.R » 14 Fev 2020, 20:42

https://veja.abril.com.br/blog/radar/ma ... -amazonia/

Rodrigo Maia (DEM) vai colocar a Câmara para atuar na área de Meio Ambiente comandada por Ricardo Salles, fonte de notícias negativas para o país.

A Câmara deve tomar a dianteira da agenda política para a Amazônia, endurecendo punições por queimadas e repensando a participação internacional do país nos debates do setor.

“Cada vez mais a decisão de investimento estrangeiro está atrelada à política ambiental, de preservação das florestas. Nossas florestas são um ativo muito maior de pé do que desmatadas ou queimadas. A gente pode ter o papel em ajudar o governo brasileiro a entender que há um cruzamento claro entre investimento e meio ambiente”, diz.

O presidente da Câmara fala em organizar um projeto de marco regulatório para a floresta amazônica e melhorar a relação do país em espaços de debate no exterior.

“Vamos criar uma comissão para chegarmos preparados na Conferência de Biodiversidade das Nações Unidas, na China. O objetivo é que o Parlamento tenha uma participação mais efetiva. Na COP-25 a nossa participação ficou muito pequena”, diz.
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Re: Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por Bugiga » 15 Fev 2020, 10:58

E.R escreveu: “Vamos criar uma comissão para chegarmos preparados na Conferência de Biodiversidade das Nações Unidas, na China.
Piada pronta isso...
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Re: Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por E.R » 18 Fev 2020, 08:10

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Re: Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por E.R » 20 Fev 2020, 10:35

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Re: Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por E.R » 23 Fev 2020, 04:25

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2 ... idor.shtml

O ministro Paulo Guedes (Economia) quase conseguiu a cabeça de um colega da Esplanada, Ricardo Salles (Meio Ambiente).

Paulo Guedes voltou de Davos (Suíça), onde participou do Fórum Econômico Mundial, extremamente inquieto com a recepção de investidores estrangeiros a seus apelos para que injetassem dinheiro no Brasil. O evento aconteceu no fim de janeiro na famosa estação de esqui suíça.

Nesse contexto, além da preocupação com a articulação política para implementar as reformas econômicas, um dos motivos alegados por investidores para segurar os investimentos foram as dúvidas em relação à política ambiental do governo Jair Bolsonaro.

Ricardo Salles, que chegou ao governo por indicação da bancada do agronegócio, tem uma visão sobre o ambiente alinhada com a do presidente. Para ambos, muitas áreas de proteção poderiam ser exploradas economicamente, ajudando no crescimento do país.

Ricardo Salles foi identificado como o grande responsável pelo mau humor do empresariado estrangeiro para com o Brasil, em especial pelo que consideram política ambiental desastrosa do governo federal.

O feedback dos estrangeiros desagradou ao ministro da Economia. Paulo Guedes voltou ao Brasil disposto a melhorar a imagem que os empresários têm da política ambiental do governo federal.

Paulo Guedes teria até passado por cima de Ricardo Salles ao dar ordens ao Ibama para enviar equipes de fiscalização à Amazônia. Paulo Guedes usou o argumento de que “tem dinheiro” para que os fiscais façam ações de supervisão contra o desmate.

Ricardo Salles, ao saber da intervenção no Meio Ambiente, ficou irritado e reagiu. Ele lembrou a Paulo Guedes que a pasta não está sob os domínios da Economia.

A resposta inflamou ainda mais o superministro, que foi ao Palácio do Planalto pedir a cabeça do colega.

Sentindo que estava em posição frágil, Ricardo Salles recuou e pediu a intervenção da ministra Tereza Cristina (Agricultura). Mesmo consciente de que a política apregoada por Ricardo Salles prejudica a economia brasileira, Tereza Cristina entrou no circuito e tentou colocar panos quentes.

O ministro do Meio Ambiente, por sua vez, submergiu e só voltou aos holofotes na última semana, quase um mês depois da ação de Paulo Guedes.

Ricardo Salles procurou reconstruir pontes com o ministro publicamente. No dia 12, teceu inúmeros elogios a Paulo Guedes em uma rede social, chegando ao ponto de chamá-lo de “melhor ministro da Economia do mundo”.

“Pessoa séria, espontânea e que por sua pureza de caráter ainda não compreendeu que tudo que disser será distorcido e maliciosamente manipulado”, escreveu.

Apesar da intervenção, Tereza Cristina demonstra nos bastidores estar descontente com Ricardo Salles pela repercussão negativa que sua gestão está tendo para o agronegócio. O setor como um todo não aprova a política e a atitude adotadas pelo ministro.

As críticas se fundamentam em dois motivos : Ricardo Salles fez várias promessas que não cumpriu — uma delas era rebaixar o Parque Nacional da Lagoa do Peixe, no Rio Grande do Sul, a área de proteção ambiental, que tem normas menos restritivas — e adotou um discurso que gera uma reação negativa no exterior.

No próprio Meio Ambiente, Ricardo Salles enfrenta resistência de técnicos. Integrantes de suas equipes já se recusaram a fazer projetos que podem violar normas ambientais.

Segundo uma fonte que está a par dos acontecimentos na pasta, o ministro dá ordens e ninguém as segue por estarem os servidores contrariados.

Eles disseram à reportagem que preferem desobedecer aos comandos do chefe da pasta, que é uma indicação política, a ter de responder a inquérito no Ministério Público, já que são servidores públicos com estabilidade.

Passado o ápice do atrito, os três ministérios — Meio Ambiente, Agricultura e Economia — vão se reunir nas próximas semanas para tentar aparar as arestas e reverter os danos da política ambiental brasileira no exterior.

A expectativa é que o governo federal module o tom da política ambiental no exterior após o recado dado por investidores durante o Fórum Econômico Mundial.
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Re: Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por Victor235 » 23 Fev 2020, 14:47

Demoram pra perceber algumas coisas, não?
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Re: Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por Victor235 » 26 Fev 2020, 18:45

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Re: Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por Chapolin Gremista » 02 Mar 2020, 02:16

Privatização e seus efeitos.
Vale sabia do possível rompimento de Brumadinho há 25 anos
Um relatório divulgado na semana passada mostra que a Vale tinha ciência das falhas estruturais e liquefação da barragem de Brumadinho e que poderia acabar em catástrofe.

Foi divulgado na sexta-feira (21) um relatório final no site da mineradora Vale com 50 páginas, feito pelo Comitê Independente de Assessoramento Extraordinário de Apuração (CIAE-A), instituído pelo Conselho de Administração da Vale para apurar causas e responsabilidades do rompimento da barragem de Brumadinho em MG, o documento mostra que a estrutura tinha problemas há 25 anos. Mesmo sabendo dos perigos de rompimento e os riscos para os trabalhadores a empresa tendia a ignorar e contestar os estudos anteriores.

O rompimento da barragem (B1) que aconteceu na Mina Córrego do Feijão no dia 25 de Janeiro às 12h28 de 2019, registrou 665 vitimas. O crime deixou 259 mortos 11 desaparecidos e um estrago gigantesco para o meio ambiente da região. 11,3 milhões de metros cúbicos de rejeitos e lama se espalharam por mais de 46 km e atingiu animais, casas, carros, rios como Paraopeba e afluentes do rio São Francisco, devastou aproximadamente 125 hectares de floresta, a água que antes era consumida por animais diretamente dos rios se tornou imprópria para o consumo.

A B1 foi construída em 1976, e foi de posse da Ferteco Mineração até 2001. Os detritos minerais, rochas e terras escavadas durante a mineração são descartados e depositados em camadas num vale, formando a barragem, esse tipo de lixo de minério – a barragem- é mais barato para as empresas, mas é também o que oferece mais riscos. Com a visão capitalista de investimento mínimo e lucros altos, vidas de pessoas entram na linha de frente desses tipos de trabalho como a mineração. Atualmente o Brasil tem 430 barragens, segundo o relatório da Agência Nacional de Águas (ANA).

O comitê coordenado pela ex-ministra do STF Ellen Gracie, concluiu que Vale sabia dos problemas da B1 desde 2003. A empresa comprou a estrutura em 2001 da Ferteco Mineração que também tinha informações anteriores à aquisição sobre as fragilidades da estrutura. Segundo o relatório, ’em 1995 a empresa Tecnosolo apresentou um projeto para a Ferteco sobre condições desfavoráveis de segurança, sobretudo em relação aos altos níveis freáticos e baixos fatores de segurança’. A analise da CIAE-A confirmou que o rompimento se deu devido a instabilidade estrutural com liquefação.

Em 2003 a Vale contratou o Consórcio Dam DF para realizar a auditoria externa, que encontrou valores de fator de segurança inferiores aos mínimos considerados satisfatório. A empresa Pimenta de Ávila recomendou que a mineradora que fizessem analise de potencial de liquefação todos os anos a partir de 2010, já que o último havia sido feito em 2006, mas somente em 2014 a Vale foi encomendar um novo estudo. Em 2016, novos relatórios finalizados pela Geoconsultoria “mostraram resultados desfavoráveis a respeito da instabilidade da B1”.

Em 2017 novos estudos foram realizados pelas empresas Potamos e Tüv Süd ambas cacularam o fator de segurança divulgado em 2018 como 1,06 atestando a estabilidade da barragem já que os padrões internacionais atestam como fator mínimo de segurança de 1,3. Apesar dos riscos a Vale não fez nada para que em caso de rompimento os trabalhadores e moradores pudessem de forma rápida e objetiva evacuar o local, a maioria dos mortos foram funcionários da mineradora e de empresas terceirizadas que atuavam na Mina Córrego do Feijão.

A Vale foi criada em 1942, com recursos do tesouro nacional, foi vendida pelo governo FHC em 1997 por R$ 3,3 bilhões, na época suas reservas minerais eram calculadas em mais de R$ 100 bilhões, a empresa é produtora de ouro, explora Bauxita, Titânio e possui uma gigantesca malha ferroviária. Portanto o capitalismo e a privatização de empresas estatais coloca em jogo a vida a moradia e habitat de centenas de pessoas e animais. Uma vez vendida, a empresa diminui drasticamente os investimentos em manutenção e estrutura visando apenas o lucro.

Quando a empresa passa para o controle do capital financeiro internacional, o dinheiro tende a sair do país, no caso da Vale a intensificação da produção voltada para fora, causa um esgotamento das matérias primas e como consequência graves impactos ao meio ambiente, em relação a população soma-se ataques a legislação trabalhistas e práticas antissindicais. Esses monopólios não defende nem se preocupa com o território e o povo brasileiro, apenas em mais dinheiro para si e para seus acionistas.



https://www.causaoperaria.org.br/vale-s ... a-25-anos/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Re: Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por Chapolin Gremista » 02 Mar 2020, 19:21

Formar comitês de autodefesa!
Índios se armam: “vamos defender nossas terras com as próprias mãos”
“Agora vamos com nossas próprias mãos e corpos a defender a terra, não podemos esperar nem o governo nem nenhuma instituição porque já esperamos demais”, afirma membro Munduruku

Da redação – Os indígenas da etnia Munduruku estão começando a se armar e a organizar patrulhas de vigilância para protegerem sua comunidade dos ataques de elementos a serviço de mineradores e madeireiros.

Isso ocorre em resposta às atividades de mineração ilegal no território Munduruku, na região divisória entre os estados do Mato Grosso e do Pará, especialmente em torno ao rio Tapajós. São empreendimentos clandestinos que afetam os cerca de 14 mil indígenas dessa etnia que vivem no território.

“Nunca recebemos nenhuma ajuda institucional para nos proteger”, denuncia Alessandra Korap, membro da etnia, ao portal de notícias em espanhol da rede RT. “Por isso agora vamos com nossas próprias mãos e corpos a defender a terra, não podemos esperar nem o governo nem nenhuma instituição porque já esperamos demais.”

Com já vem noticiando desde o ano passado o Diário Causa Operária, outras etnias indígenas também estão criando grupos armados de autodefesa, como os Guajajara, os Manoki e os Ka’apor.

Os Guajajara, no Maranhão, criaram a organização Guardiões da Floresta e também têm realizado patrulhas de vigilância autônoma em suas terras. Recentemente, um jovem Guajajara foi morto a tiros por madeireiros que haviam sido encontrados explorando ilegalmente as terras, após ele os encontrar enquanto fazia vigília.

Por sua vez, os Manoki realizaram seis grandes expedições de vigilância durante dias em todo o seu território, que fica no Mato Grosso, em 2019. Na metade delas, encontraram invasores com os quais tiveram que negociar sozinhos, sem qualquer amparo das autoridades tanto municipais como federais, que, como eles mesmo denunciam, estão ao lado dos mineradores, madeireiros e latifundiários.

Já os Ka’apor, também do Maranhão, formaram os guardas de Autodefesa Ka’apor.

Todos esses casos mostram que está crescendo a resistência efetiva dos indígenas contra os capitalistas e latifundiários e seus bandos fascistas apoiados pelo governo ilegítimo de Jair Bolsonaro. Todas as tribos indígenas que sofrem algum tipo de ameaça devem seguir os exemplos dessas comunidades e constituir comitês de autodefesa armados, porque seus inimigos que invadem suas terras estão armados e realizando verdadeiros massacres.

https://www.causaoperaria.org.br/indios ... rias-maos/
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