Estados Unidos

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Re: DONALD TRUMP

Mensagem por Barbano » 26 Dez 2019, 10:49

Phoebe Buffay escreveu:Pois é, uma das pérolas foi ele sinalizar a construção do muro da fronteira com o Mexico no Colorado, que não faz fronteira com o México. :mellow:

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https://noticias.uol.com.br/internacion ... mexico.htm
É que ele deve ter associado o Colorado ao México por causa do Chapolin :[
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Re: DONALD TRUMP

Mensagem por E.R » 03 Jan 2020, 07:44

https://jornaldebrasilia.com.br/mundo/i ... e-general/

O Irã prometeu “retaliação severa” aos Estados Unidos após a morte do comandante das Forças Quds, uma unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã, o general Qassem Soleimani, em um bombardeiro no Aeroporto Internacional de Bagdá.

O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, alertou que uma “retaliação severa está aguardando” Washington após o ataque aéreo que resultou na morte do general.

A televisão estatal iraniana chamou a ordem de Donald Trump de matar Qassem Soleimani de “o maior erro de cálculo dos Estados Unidos” desde a Segunda Guerra.
Tava tudo calmo demais, lá vai o Trump fazer outra m***.
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Re: DONALD TRUMP

Mensagem por Jezebel do Canto e Mello » 03 Jan 2020, 11:21

O Chico Xavier previu tudo...
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Re: DONALD TRUMP

Mensagem por E.R » 03 Jan 2020, 22:13

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Re: DONALD TRUMP

Mensagem por Chapolin Gremista » 08 Jan 2020, 16:43

Em discurso na Casa Branca
Trump recua de posição belicista mas promete mais sanções contra o Irã
Trata-se de um claro recuo por parte do presidente de extrema-direita norte-americano, que sempre tratou o governo iraniano como a escória da humanidade
Da redação – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizou agora a pouco seu primeiro discurso oficial após a retaliação legítima do Irã contra o assassinato do general Qassem Soleimani, atacando bases militares com presença norte-americana no Iraque na madrugada de hoje (08).

Em seu pronunciamento, ele afirmou que nenhum soldado dos EUA ou do Iraque foi morto pelos ataques, contrariando informações da imprensa iraniana.

Devido aos locais escolhidos pelo Irã como alvos, o país persa estaria “se acalmando” – “o que é bom para todas as partes afetadas e algo muito bom para o mundo”, disse Trump. “O Irã deve abandonar suas aspirações nucleares e sua promoção do terrorismo”, continuou, destacando que EUA e Irã “deveriam atuar juntos em outras prioridades” como o combate ao terrorismo. Devemos fazer o “mundo mais seguro e pacífico.”

Trata-se de um claro recuo por parte do presidente de extrema-direita norte-americano, que sempre tratou o governo iraniano como a escória da humanidade, cujo exemplo maior desse tratamento foi o assassinato de Soleimani por drones norte-americanos na última sexta-feira (03). Antes do discurso, o mundo estava fortemente apreensivo sobre a possibilidade de iniciar uma guerra mundial ainda hoje, mas o discurso de Trump parece diminuir essa possibilidade momentaneamente.

Certamente, os grandes poderes de Washington – banqueiros, donos dos principais monopólios capitalistas, alto escalão das forças armadas e dos serviços de inteligência – optaram por diminuir a escalada das tensões e convenceram Trump em “abaixar a bola” sobre o Irã.

Entretanto, o líder republicano anunciou que irá impor novas sanções aos persas, que já sofrem com um pesado embargo econômico. Trump não deixou de apresentar a velha propaganda imperialista de que o Irã desestabiliza o Oriente Médio desde a Revolução Islâmica de 1979, sendo supostamente o principal promotor do terrorismo internacional. “Nunca vamos deixá-lo ter armas nucleares”, declarou o mandatário, que classificou Soleimani (a quem o próprio Trump deu diretamente a ordem de assassinato) de “principal terrorista do mundo”.
https://www.causaoperaria.org.br/trump- ... tra-o-ira/
Editado pela última vez por Bugiga em 11 Mar 2020, 08:27, em um total de 1 vez.
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Re: DONALD TRUMP

Mensagem por Barbano » 08 Jan 2020, 16:59

Eu tava vendo a análise do Guga Chacra no Jornal Hoje, e para ele o Trump saiu vencedor desse conflito. Deu fim a um dos nomes mais importantes do Irã, e não teve um americano sequer morto. Irã sabe que não aguenta os Estados Unidos...
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Re: DONALD TRUMP

Mensagem por Victor235 » 08 Jan 2020, 20:34

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Thaila Ayala usa papel higiênico com o rosto de Donald Trump
https://meiahora.ig.com.br/celebridades ... trump.html
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Re: DONALD TRUMP

Mensagem por Chapolin Gremista » 09 Jan 2020, 00:42

Pronunciamento
Irã revida e Trump recua
Depois de ataques do Irã a bases norte-americanas, Trump recuou e não haverá uma nova agressão militar dos EUA, apesar das ameaças anteriores
Na madrugada do dia 8 (no horário do Iraque) os militares iranianos revidaram o ataque norte-americano que assassinou o general Qasem Soleimani no dia 3. Foram disparados 22 mísseis, 17 deles atingiram a base de Ain Al-Asad, na província de Al-Anbar, e dois atingiram uma base em Erbil, capital da região curda dentro do Iraque. Os demais não explodiram. Segundo uma TV iraniana, 80 pessoas teriam sido mortas no ataque. O governo norte-americano negou, e afirmou que não haveria baixas.

Essa foi a aguardada retaliação do Irã, que estava obrigado a dar alguma resposta diante de um ataque vil como o perpetrado pelo imperialismo. Depois que o ataque ocorreu, criou-se expectativa em torno do que o governo dos EUA faria a seguir. As possibilidades incluíam o desencadeamento de uma guerra em larga escala. A resposta veio no começo da tarde da quarta-feira (6), com um pronunciamento oficial de Trump feito da Casa Branca.

Pronunciamento

Durante o pronunciamento, Trump recuou de suas ameaças militares feitas anteriormente, adotando uma posição de suspender o conflito. Trump declarou que os militares norte-americanos “estão preparados para tudo”, mas nenhuma medida militar será tomada agora. Trump reafirmou no pronunciamento que os EUA não teriam tido baixas, nenhum militar dos EUA teria sido morto, o que justificaria não continuar com uma nova agressão. O presidente dos EUA procurou apresentar sua posição como uma vitória, ponderando que os EUA já não seria mais tão dependente do petróleo do Oriente Médio.

Sanções

O presidente dos EUA também afirmou que ampliará as sanções econômicas contra o Irã. E fez um apelo aos países europeus para que deixem o acordo nuclear com os iranianos. Levando adiante sua política de procurar asfixiar o Irã economicamente, uma política criminosa que não atinge apenas o governo, mas penaliza milhões de pessoas atacando suas condições de vida naquilo que é mais básico.

A vingança ainda não aconteceu

Do lado iraniano, as declarações diante do ataque às bases norte-americanas feitas antes do pronunciamento de Trump demonstraram a disposição para continuar contestando a presença dos EUA no Oriente Médio. O próprio líder do regime político do Irã, Aiatolá Ali Khamenei, declarou: “Por enquanto, os americanos receberam um tapa, a vingança é uma questão diferente. A presença corrupta dos EUA no Oriente Médio tem que acabar.” Apesar do recuo de Trump no campo militar, e do aumento do cerco econômico, a tensão deve continuar na região, expressando a crise do domínio imperialismo no Oriente Médio que remonta justamente à revolução iraniana de 1979.
https://www.causaoperaria.org.br/ira-5/
Editado pela última vez por Bugiga em 11 Mar 2020, 08:26, em um total de 1 vez.
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Re: DONALD TRUMP

Mensagem por E.R » 09 Jan 2020, 20:27

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Re: DONALD TRUMP

Mensagem por Chapolin Gremista » 30 Jan 2020, 01:52

Fim do Estado de Israel!
Acordo de paz é mais um golpe do imperialismo contra a Palestina
De maneira unilateral, o presidente Donald Trump impôs uma série de medidas aos povos do Oriente Médio em nome da “paz” na região.
Na última terça-feira (28), o presidente norte-americano Donald Trump revelou, enfim qual seria sua proposta de “acordo de paz” para os povos do Oriente Médio. Ao lado do presidente israelense Benjamin Netanyahu, Trump apresentou texto de 80 páginas que prevê uma série de medidas que, supostamente, permitiria a convivência entre judeus e palestinos na região.

Na proposta, Trump prevê a possibilidade de o povo palestino assumir um Estado independente — reivindicação histórica dos palestinos em resposta aos sucessivos ataques do imperialismo na região. No entanto, a proposta vem repleta de restrições. Se, por um lado, o documento propõe que Israel congele seu desenvolvimento por quatro anos em uma área que poderá ser utilizada para a constituição do Estado palestino, por outro, institui Jerusalém como uma cidade pertencente aos judeus.

Obviamente, a proposta de Trump não é nenhuma tentativa real de conciliação, mas sim uma forma de garantir que os interesses de Israel — e, sobretudo, do imperialismo norte-americano — continue prevalecendo. Não é à toa, portanto, que nenhuma autoridade palestina esteve presente na anúncio de Trump: a proposta partiu unilateralmente de Israel e dos Estados Unidos.

O presidente israelense aplaudiu a proposta de Trump. Afinal, o governo norte-americano se mostrou, por meio da proposta, disposto a reconhecer os assentamentos judaicos nos territórios palestinos como parte de Israel e a conceder soberania a Israel sobre o Vale do Jordão. Mahmoud Abbas, atual presidente da Autoridade Nacional Palestiniana, acompanhado pelo Hamas, rejeitou a proposta do imperialismo.

Qualquer solução que seja apresentada para os conflitos no Oriente Médio envolvendo judeus e palestinos passa, obrigatoriamente, pela dissolução do Estado de Israel, e não por meio de negociatas propostas por Donald Trump. A criação do Estado de Israel por meio do imperialismo no século XX, de maneira a abrir uma frente para a intervenção direta da burguesia mundial sobre os povos do Oriente Médio, é o que impede qualquer paz na região.

O Estado de Israel é, inclusive, uma ameaça para os próprios judeus. Uma vez que seus governantes se lançam em uma guerra contra os povos da região em nome dos interesses do imperialismo, é inevitável que seus cidadãos sejam alvo da reação furiosa de palestinos, árabes e demais povos oprimidos. É preciso, portanto, rejeitar que o imperialismo — causador de todos os conflitos — intervenha na região e lutar pelo fim do Estado de Israel.
https://www.causaoperaria.org.br/acordo ... palestina/
Editado pela última vez por Bugiga em 11 Mar 2020, 08:12, em um total de 1 vez.
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Re: Donald Trump

Mensagem por E.R » 03 Fev 2020, 09:38

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Re: Donald Trump

Mensagem por E.R » 07 Fev 2020, 07:10

https://veja.abril.com.br/mundo/democra ... o-no-jogo/

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Acabou a impressão de que a eleição presidencial americana ainda estava longe de acontecer.

Com a avalanche de fatos que sacudiram os Estados Unidos nos últimos dias, a votação de 3 de novembro ficou concreta e próxima do cotidiano dos eleitores.

A campainha mais estridente partiu de Iowa, estado agrícola do Meio-Oeste onde é dado o pontapé inicial nas primárias que vão definir os candidatos democrata e republicano à Presidência.

O candidato republicano à presidente dos Estados Unidos , todo mundo já conhece : Donald Trump, candidatíssimo à reeleição.

Nas divididas hordas democratas, em que o processo começou com mais de duas dezenas de interessados, anda tudo embolado. Até a quinta-feira 6, quem despontava na frente em Iowa, ao lado do senador Bernie Sanders, era um nome que nunca decolou, sempre oscilando entre o quarto e o quinto lugar nas sondagens do partido : Pete Buttigieg, 38 anos, ex-­prefeito de uma cidade de Indiana, no mesmo Meio-Oeste.

A senadora Elizabeth Warren vinha em seguida. Distante e em situação desconfortável para quem já foi o favorito para duelar com Donald Trump, aparecia Joe Biden, que foi vice no governo Barack Obama.

Enquanto os votos democratas eram ainda contabilizados, o Senado se preparava para a decisão final e definitiva sobre o pedido de impeachment de Donald Trump, um jogo jogado : ele foi absolvido das acusações de abuso de poder e obstrução do andamento do processo por 52 votos (contra a condenação) a 48 (a favor), no primeiro caso, e 53 a 47, no segundo (eram necessários 67 votos para afastá-­lo).

Entre um dia e outro, o presidente Donald Trump foi ao Congresso para pronunciar seu discurso sobre o Estado da União, no qual cantou louros aos próprios feitos, sempre de olho nele, o 3 de novembro.

Saldo da semana 1 das eleições nos Estados Unidos : um Donald Trump fortalecido — nova pesquisa cravou 49% de aprovação à sua gestão, o recorde em sua temporada na Casa Branca — e um Partido Democrata correndo atrás do nome capaz de derrotá-lo.

A primária de Iowa (uma convenção em que eleitores registrados estavam fisicamente presentes em grupos de apoio a um e outro candidato) poderia ter sido uma boa abertura dos trabalhos, derramando luz sobre os candidatos democratas, mas acabou tendo efeito reverso. Era a primeira vez que os votos seriam computados de forma eletrônica, e o aplicativo emperrou, fazendo todo o processo voltar à contagem manual e atrasar horrores. Já alardeado em pesquisas prévias, o bom desempenho do Prefeito Pete (como ele se apresenta, para evitar o sobrenome com excesso de consoantes) na confusa estreia pode ser creditado, em boa medida, ao fato de ter investido mais cedo e mais maciçamente nesta primeira rodada. Ele despejou 10 milhões de dólares em anúncios na TV e espalhou trinta escritórios de campanha pelo estado, engrenagem movida com dinheiro doado por quarenta bilionários, segundo a revista Forbes, e que acabou botando sua candidatura no mapa.

A indicação para concorrer à Casa Branca, evidentemente, está a várias milhas de distância. A quem acredita na afirmação de que Iowa sempre emplaca o candidato final, vale cutucar a memória : no caucus republicano de 2016, Donald Trump perdeu para Ted Cruz. Alguém se lembra dele ? Na verdade, desde 1972, quando o estado tomou a dianteira nas primárias, houve doze pleitos para presidente, sendo que apenas três dos vencedores foram consagrados também ali : Jimmy Carter, George W. Bush e Barack Obama.

Mas aquelas urnas estão dando agora alguns recados. Um deles é em relação a Joe Biden, o mais palatável (pelo menos até o momento, é sempre bom ressaltar) para os democratas de raiz. Sua campanha vem emitindo claros sinais de falta de vigor, e não é de hoje. “Enquanto outros candidatos têm propostas fortes e bem expostas, Biden oferece um retorno à agenda de Obama e fica batendo na tecla de que é o único que pode derrotar Trump”, observa o cientista político Peverill Squire, da Universidade de Missouri.

Com Donald Trump bem fincado no polo à direita, os democratas naturalmente caminham para o outro espectro, mais à esquerda. É lá que Sanders se encontra desde sempre e onde Warren se alojou. Biden se situa em um matiz moderado, zona na qual Pete Buttigieg também marcha. Homossexual assumido, Pete Buttigieg é casado com um professor de ensino médio, o mais jovem no páreo é dono de currículo vistoso — carimbos das universidades Harvard e Oxford, passagem pela consultoria McKinsey, serviço militar como voluntário no Afeganistão — e discurso sem radicalismos : no lugar de saúde pública gratuita para todos, como pregam Sanders e Warren, ele defende um híbrido com o sistema privado.

Assim pode avançar sobre o campo de Biden, embora ainda seja cedíssimo para qualquer aposta. “Pete é novidade, e isso atrai votos”, ressalta o cientista político Thomas Whalen, da Universidade de Boston.

Analistas acreditam que, na saga pelo candidato que unirá o partido, o bem posicionado Sanders, socialista de quatro costados, corre o risco de ser engolido pelos próprios correligionários. Foi mais ou menos o que aconteceu em 2016, quando ele estava à frente nas pesquisas e quase empatou com Hillary Clinton em Iowa (ela teve ligeiríssima vantagem); o próprio partido cuidou de inflar a candidatura de Hillary, acreditando que Sanders iria dividir e perder.

Nesse cenário repleto de incertezas, o recente ingresso na corrida do ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg, multimilionário que já torrou 120 milhões de dólares em campanha e nem sequer concorreu em Iowa (está guardando munição para a Super Terça-Feira, em 3 de março), reúne ingredientes para chacoalhar ainda mais as bases democratas — e pode vir a se tornar uma sólida alternativa do establishment a Donald Trump.

O presidente Donald Trump saiu-se da agitada semana como se previa desde o início do processo de impeachment : absolvido pela maioria republicana de senadores.

A carta estava cantada com todas as notas na sexta-feira 31, quando foi rejeitado o pedido de convocação de novas testemunhas. Dos quatro votos republicanos necessários, dois que estavam em cima do muro foram contra e selaram a rejeição. Assim, os congressistas — e o país — deixaram de ouvir o ex-conselheiro de Segurança Nacional John Bolton, um falcão execrado pelos liberais que, depois de sair do governo, escreveu um livro ainda não publicado cheio de revelações comprometedoras sobre a Casa Branca (vazadas rapidamente, claro) e se tornou herói da oposição ao governo.

Em seu relato, John Bolton descreve como o presidente condicionou a liberação de uma ajuda militar de milhões de dólares para a Ucrânia à abertura de uma investigação sobre seu adversário político Joe Biden, o ponto crucial do pedido de impedimento.

Os advogados de John Bolton diziam que ele estava disposto a testemunhar e desembuchar mais detalhes sobre o caso. Uma pesquisa mostrou que 66% da população queria ouvir seu depoimento. Nada feito. “Essa foi a primeira vez que o Senado conduziu um julgamento de impeachment sem intimar testemunhas”, diz Peverill Squire, em referência aos dois presidentes anteriores que também foram réus no Capitólio : Andrew John­­son, em 1868, e Bill Clinton, em 1998 ­— Richard Nixon renunciou antes dessa etapa, em 1974. “Agora fica muito difícil que qualquer presidente venha a ser destituído do cargo por esse mecanismo.”

Antes que a absolvição se concretizasse, Donald Trump, no mesmo Congresso, bateu no peito e proclamou, no tom superlativo que privilegia, “o grande retorno americano”, enaltecendo os números na economia, sem mencionar uma única vez a famigerada palavra impeachment.

Sua maior algoz, a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, a quem ele não cumprimentou, assistia a tudo com o semblante contrariado. No fim, ela rasgou a cópia do discurso bem na frente das câmeras.

Na fala de 78 minutos tipo comício, Donald Trump afirmou ainda que “a fortuna da América está aumentando e seu futuro está brilhando”. Sua base eleitoral delirou, mas a vitória em novembro não está assim tão garantida.

É líquido e certo que os democratas vão explorar à exaustão o fato de que boa parte dos senadores viu, sim, atitude condenável de Donald Trump na forma como conduziu o Ucraniagate; só não achou que fosse fundamento para o seu afastamento do cargo. “A absolvição do presidente no Senado pode também ajudar a minimizar as diferenças entre os democratas e unificar o partido antes da votação de novembro”, avalia Thomas Whalen. A largada foi dada.
Editado pela última vez por Bugiga em 11 Mar 2020, 08:11, em um total de 1 vez.
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Re: Donald Trump

Mensagem por Victor235 » 09 Fev 2020, 20:16

Ótima matéria para contextualizar a situação atual da política americana.
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Re: Donald Trump

Mensagem por Victor235 » 12 Fev 2020, 23:49

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Re: Donald Trump

Mensagem por Victor235 » 23 Fev 2020, 20:43

Bernie Sanders lidera apuração da primária democrata em Nevada
O chamado “caucus” é uma das etapas para escolher o candidato do Partido Democrata que irá disputar a presidência dos EUA em novembro de 2020. A cada etapa, os pré-candidatos conquistam 1 número de delegados proporcional à quantidade de votos que receberam.
O empresário Michael Bloomberg, que usou outdoors para provocar Donald Trump, também está na disputa. Mas ele só participará das primárias democratas a partir de março. O bilionário quer contratar internautas para divulgar sua campanha em suas redes sociais e por mensagem de texto.
Na chamada Super Tuesday (“Super Terça”), em 3 de março, vários Estados fazem as prévias ao mesmo tempo, e 1.344 delegados estarão em jogo.
Os republicanos também realizam 1 processo semelhante para escolher seu concorrente. O mais provável é que o atual presidente, Donald Trump, tente a reeleição.
https://www.poder360.com.br/internacion ... em-nevada/
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